Segundo o Público:
http://www.publico.pt/Economia/mais-de- ... os-1536283

Crise
Mais de 100 mil pessoas têm os salários penhorados
Com o desemprego tem sido cada vez mais difícil executar as cobranças Com o desemprego tem sido cada vez mais difícil executar as cobranças
Cerca de 100 mil pessoas em Portugal têm os ordenados penhorados. A lei limita a penhora até um terço do vencimento, o que tem permitido recuperar mensalmente cerca de 13 milhões de euros.
“A penhora de vencimentos e de outro tipo de bens tem vindo a aumentar significativamente”, disse Carlos de Matos, presidente do Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução. Nos últimos anos, os portugueses “endividaram-se sem limites” e, com a crise económica, “as pessoas começaram a ter cada vez mais dificuldades em cumprir com as suas obrigações”, acrescentou.
De acordo com um cálculo realizado pela Câmara dos Solicitadores (CS), em Janeiro mais de 100 mil pessoas tinham os seus salários penhorados. A CS estima que mensalmente sejam recuperados cerca de 13 milhões de euros.
A lei permite penhorar até um terço do ordenado e em média os processos resolvem-se em dois anos. No entanto, são muitas as histórias de quem nunca consegue voltar a ter as contas em ordem: “Há financiamentos que cobram juros elevadíssimos, na ordem dos 20 ou 30%, e por vezes a penhora do vencimento não cobre sequer os juros mensais, o que faz com que o executado ande toda a vida a pagar sem nunca conseguir cobrir o valor na totalidade”, relatou o presidente do Colégio da Especialidade dos Agentes de Execução.
...leiam o resto da notícia seguindo o link acima

Esta é outra realidade que desconhecíamos, eu pelo menos.

A penhora dos salários, tem a ver em mais de 50% dos casos, com o não cumprimento da pensão de alimentos aos filhos por parte de um do progenitores (casos de divórcio).

E no restante tem muito a ver com o facto de as pessoas não procurarem negociar as dívidas contraidas para consumo e habitação junto dos bancos. Deixam de pagar, não ligam aos avisos e a seguir vem a penhora.

Atualmente, qualquer divida (consumo, saúde ou habitação) é negociável e inclusive, passivel de recurso para adiamento do prazo de pagamento, se o devedor provar a não existência de condições para o pagamento da mesma naquele momento (desemprego, doença. etc).

Só que as pessoas pura e simplesmente deixam de pagar e quando vem a decisão, já é tarde.

Impressionou-me o número, porque não fazia ideia da sua dimensão, no entanto, é mais um a somar a outras situações problemáticas, como sejam as prestações das casas e o não pagamento de rendas.

É que os bancos e as empresas de crédito até aqui iam arrastando a coisa e aumentando o crédito (só ajudavam era cada vez mais o barco a afundar), agora, face à diminuição dos resultados, passaram às execuções das dívidas e "apanharam" os devedores completamente "distraídos".

Para mim não é surpresa, depois de durante anos, sobretudo depois de entrarmos no euro, ter visto a forma como todos os bancos e outras empresas de crédito actuaram de forma totalmente irresponsável. Toda a gente comprava casas, carros, férias no Brasil e Caraíbas, TV´s e PC´s e ficava para pagar em 50, 10, 4 ou 2 anos. A chamad análise de crédito era um mero pró-forma e toda a gente conseguia crédito apesar de notóriamente não terem capacidade para o fazer.
Nada de espantar pois os governos fizeram o mesmo para dar aos seus eleitores auto-estradas á borla, hospitais,escolas e tribunais em cada esquina, subsidios para todos, reformas mesmo para quem nunca contribuiu para a SS, etc.
Agora estamos a cair na real e o pessoal estrabucha mas pouco pode fazer. Só quando o governo racionalizar as despesas do Estado e todos passarem a gastar um pouco menos do que ganham é que isto endireita. Mas vai doer muito...

Também acho, que a racionalização tem de passar pelos gastos do próprio Estado, pois neste momento os particulares já têm o crédito totalmente restringido e penhoras atrás de penhoras.

Primeiro e conforme referes, os bancos emprestavam de qualquer modo (conheço casos em que concediam novo empréstimo para pagarem o anterior). Depois passaram rápidamente à penhor dos bens e vencimentos para os incumpridores que não pediram a negociação para o pagamento das dívidas.

Sem crédito, com parte do vencimento penhorado e muitos a entregarem as casas onde vivem, vai mesmo ser muito duro, mas e independentemente de cada um ser responsável pelos seus actos, o Estado, através dos seus organismos de fiscalização, não deixa igualmente de ser responsável pelas "facilidades" dadas pelos bancos e pelas empresas de crédito, sem antes efectuarem uma análise de risco séria.

Têm ambos razão, mas a verdade é que muita gente apresentava condições para ter o crédito, apenas as condições alteraram e de forma radical, sobretudo, a nível de emprego. Vêm que uma parte importante das famílias com dificuldades, eram as que ganhavam igual ou mais de 5000 € mês e para valores destes não era difícil obter crédito e até para o emprestador apresentava alguma segurança.

Porque análise de risco era efectuada com base na taxa de juro ao momento e no presuposto que o mesmo iria baixar ainda mais, não considerando "outras despesas" nem taxa de poupança fixa. Vivia-se com base no principio "Diz-me quanto deves e digo-te quanto vales". Recebia-se para se pagar, não havia excedente.

O drama começou a verificar-se a partir do momento em que as taxas de juro começaram a subir, os impostos subiram, os bens também e as pessoas deixaram de conseguir fazer face aos empréstimos que tinham contraido.

Ou seja: A análise do risco efectuada, era a de uma economia saudável e em crescimento. Ora os bancos mais que ninguém, sabiam perfeitamente que essa não era a realidade da economia portuguesa, mas como lhes dava jeito para efeitos de resultados, continuavam a emprestar.

Agora, quem precisar de um empréstimo, ou apresenta garantias (fiador com liquidez) ou cauciona valores próprios.

Segundo o JN:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=2341464

Grécia poderá vir a pedir nova ajuda em 2015
Grécia poderá vir a recorrer a um terceiro plano de ajuda internacional, no valor de 50 mil milhões de euros, em 2015, noticia o semanário alemão Der Spiegel.
A 'troika', composta pela União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, terá escrito numa versão preliminar do seu último relatório de que não é certo que a Grécia regresse aos mercados em 2015.
A necessidade de financiamento externo da Grécia para o período 2015-2020 poderá atingir os 50 mil milhões de euros dentro de três anos, refere o Der Spiegel, que adianta que aquela passagem foi retirada do relatório final a pedido do governo alemão.
De acordo com a revista alemã, o BCE deverá acionar a cláusula de ação coletiva (CAC), o que permitirá a Atenas pressionar os credores privados relutantes em participar no "alívio da dívida grega".
Esta cláusula, segundo a lei, pode ser acionada se pelo menos 66 por cento dos bancos participarem na operação, o que levará os credores relutantes a aderir ao programa de troca de dívida, que terá lugar a 12 de março.
Esta operação vai permitir à Grécia excluir 107 dos 200 mil milhões de euros da sua dívida pública e é uma condição para a transferência dos 130 mil milhões de euros do segundo plano de emergência, aprovado na quinta-feira em Bruxelas.

Ainda agora receberam os 130 mil milhões e já auguram que vão necessitar mais em 2015! aquilo é um poço sem fundo...

Segundo o DN:
http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... id=2341864

Chávez aprovou 79,2 milhões de euros em importações
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou hoje que aprovou 79 milhões de euros para importar maquinaria de Portugal para uma fábrica de blocos de argila no estado venezuelano de Falcón, a 500 quilómetros a este de Caracas.
"Aprovei uma empresa mista entre o governo nacional e o de Falcón e disponibilizei 79,2 milhões de euros do Fundo de Desenvolvimento Nacional para importar de Portugal a maquinaria necessária", disse.
Hugo Chávez falava durante um programa transmitido hoje pelo canal de televisão estatal Venezuelana e gravado sábado em Havana, Cuba, onde se encontra em recuperação depois de ser submetido a uma operação cirúrgica para extração de uma "lesão", no mesmo sítio onde em junho de 2011 lhe foi extraído um tumor cancerígeno.
"Isto é importante, o financiamento para a produção de blocos em Falcón, meu querido Falcón, minha querida governadora (Stella Lugo de Montilla)", frisou.
O presidente da Venezuela explicou que a fábrica estará instalada na estrada que liga a cidade de Coro, capital do Estado de Falcón, à localidade de Churuguara.
Frisou ainda que a argila venezuelana "é das melhores do mundo" segundo o resultado de amostras levadas "a laboratórios de Europa, onde há muita experiência".
leiam o resto da notícia seguindo o link

Espero que o senhor não morra, até porque sempre fui um admirador dele...

Que morra, também não lhe desejo, agora que seja substituido nas primárias a realizar no final de 2012, desejo e muito.

Que esta maquinaria pesada, seja algo de diferente do navios que encomendou em tempos.

Hugo Chavez, quis eternizar uma ditadura de esquerda na Venezuela, para tal armou os seus partidários e estabeleceu acordos com as guerrilhas (dai a sua facilidade em intermediar para a libertação de reféns).

Como a Venezuela é um dos maiores exportadores de petróleo da América do Sul, é por natureza rico, logo a necessidade de investimento com vista ao desenvolvimento é relativa.

Com a crise gerada com as sanções ao Irão e o embargo por parte deste a alguns paises europeus, o volume de exportações da venezuela tenderá a aumentar.

No restante, trata-se de um país com grandes desiquilibrios de distribuição de riqueza, insegurança galopante, muita gente armada pelo governo e a politica do ou ´
es por mim, ou contra mim.

Hugo Chavez, nunca conseguiu manter a "sua" ditadura e preparar a transição de poder, como o fez Fidel de Castro, nem preparar o país para a mudança (lenta mas eficaz) como o está a fazer Raul Castro.

Logo, as hipóteses de haver uma transição pacífica na Venezuela, serão mínimas.

Concordo inteiramente, apenas brinquei com a situação, porque, mesmo doente, continua a mandar as suas "bazófias" e, tal como disse, ele não cumpriu grande parte dos acordos que fez connosco, penso que o Magalhães foi o único.

Também acho que a transição não irá ser pacífica e será mais um foco de instabilidade, ou não, e a coisa será pacífica, apesar de eu pensar que ele não vai ter a coragem para que se faça uma transicção pacífica.

Segundo o Público:
http://economia.publico.pt/Noticia/port ... ro-1536396

Portugal foi o país da União Europeia com maior queda nas vendas em retalho em Janeiro.
De acordo com os dados do Eurostat, hoje divulgados, a queda do comércio a retalho em Portugal foi de 8,7% em termos anuais, a maior entre os 27 países da UE. Em termos mensais, ou seja, comparando Janeiro com Dezembro passado, Portugal também surge como o país europeu que mais viu cair as vendas – 2,7%
Em Janeiro, o volume do comércio a retalho aumentou 0,4% na UE e 0,3% na zona euro, quando comparado com Dezembro. Em termos anuais, o indicador manteve-se estável na região da moeda única, enquanto ao nível dos 27 Estados registou uma subida de 0,7%.
Em termos anuais, as vendas a retalho cresceram em 11 países e caíram em sete. Os maiores aumentos deram-se na Lituânia (17%), Letónia (16,6%) e Roménia (10,2%). As maiores quedas foram em Portugal (-8,7%), Malta (-5,7%) e Bulgária (-2,6%).
Em termos mensais, houve igual número de países (nove) a registar aumentos e descidas, de entre aqueles para que há dados disponíveis. Os maiores aumentos do comércio a retalho foram la Letónia (6,4%), Eslovénia (5,5%) e Roménia (3%), enquanto as maiores quedas foram, além de Portugal (-2,7%), a Dinamarca (-2,1%) e a Alemanha (-1,6%).

Contraditórios estes últimos numeros referentes à Dinamarca e à Alemanha.

A economia alemã estava estagnada já em Dezembro, é natural que haja contenção nos custos por parte dos próprios alemãs, que se há coisa que eles são é organizados e já devem andar preocupados com o tema do equilibrio salarial global.

Os Dinamarqueses, a Dezembro ainda estavam em crescimento (mas menos de 1 casa décimal).

Qual será a casa?