Cada vez que leio este pequeno post lapidar do estimado Jolinho, logo a seguir tropeço em qualquer coisa...neste caso, no Expresso do passado fim-de-semana. No caderno de economia, pag.11, vem um artigo sobre os estaleiros de Viana. O titulo é " Estado afoga 130 milhões em Viana ". Temos ali um caso tipico de que o MONSTRO vai ser combatido...refiro-me como é obvio, ao monstro do administrador que teve a desfaçatez de anunciar que iriam prescindir de 380 dos actuais 720 trabalhadores. Que falta de sensibilidade para mais um caso do chamado "estado social". Diz o jornal, que a empresa está em falencia tecnica, com capitais negativos de menos 75 milhões e que o resultado operacional é negativo há 19 anos...apenas. Nos ultimos 20 anos a empresa acumulou prejuizos de 250 milhões e o defice de 2011 ficará perto dos 40 milhões. Cada navio tem sido uma fonte de prejuizos. Os ultimos 10 sofreram desvios consideraveis face ao orçamento. No ultimo ano pagou o salario a centenas de trabalhadores qiue não tinham nada para fazer. O ciclo de produção é descontinuo e as novas encomendas só em Outubro entram em produção. Não percebo tanto alarido... o estado tambem paga a professores que nada fazem. Mas o que me chama mais a atenção neste caso são dois pequenos pormenores. Um tem a ver com a folha salarial desta rapaziada e outro a sua reacção, em relação ao anuncio do porco fascista administrador. Ficamos a saber agora que, em linha com aquilo que já tinhamos visto na CP http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Inte ... t_id=15675 todos estes "engenheiros navais" se fazem pagar modestamente, para as funções que ocupam. Assim, " a massa salarial corresponde ao pagamento anual de 22 salarios ( e não 14 ) salarios base, devido a complementos e subsidios acumulados " . A reacção da turbe foi ao melhor estilo do PREC...o homenzinho foi sitiado dentro das proprias instalações, ameaçado, ofendido, enxovalhado e só não enfardou porque se barricou. E marca desde já o caminho que será seguido em situações futuras e nos mais variados locais, onde se ponha em causa o " estado social " . Portantos e parafraseando o Jolinho, o monstro vai ser combatido; disso não tenho duvidas. Aguardemos pelas cenas dos proximos episodios, mas se a ideia é privatizar aquela instituição de solidariedade social, podem tirar o cavalo da chuva. De certeza que aquela rapaziada não deve estar muito interessada em perder o seu vinculo e os seus direitos adquiridos. E nem se percebe, tendo em conta que, como dizem os sindicatos da função publica, " são sempre os mesmos a pagar a crise "

Miguel Macedo - Administração Interna