Reformas na educação pública
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NIRV
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 Reformas na educação pública
A Matemática em Portugal
ENSINO FASCISTA - ANOS 60 Um camponês vendeu um saco de batatas por 100$00. As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço de venda.
Qual foi o seu lucro?
ENSINO DEMOCRÁTICO - ANOS 70 Um camponês vendeu um saco de batatas por 100$00. As suas despesas de produção foram iguais a 4/5 do preço de venda, ou seja, foram de 80$00 e sobraram 20$00.
Qual foi o seu lucro?
ENSINO MODERNO - ANOS 80 Um camponês troca um conjunto B de batatas por um conjunto M de moedas. O cardinal do conjunto M é de 100 e cada elemento de M vale 1$00.
Desenha o diagrama de Venn do conjunto M com 100 pontos que representam os elementos desse conjunto. O conjunto C dos custos de produção tem menos 20 elementos do que o conjunto M. Representa C como sub-conjunto de M e escreve a vermelho o cardinal 20 do conjunto L do lucro.
ENSINO RENOVADO - ANOS 90 Um agricultor vendeu um quilo de batatas por 100$00. Os custos de produção elevam-se a 95$00 e o lucro é de 5$00. Trabalho a realizar: Sublinha a palavra "batatas" e discute-a.
ENSINO ACTUALIZADO - ANOS 2000 Um kampunes reçebeu um çubssídio de 50000 euros pra purdusir bué de çacos de batatas o qual vendeo por 50 euros kadaum e gastou nenhums euros dele.
Anliza o testo do iserçício, cunverte 1 euro em escudos e em ceguida dis o que penças desta maneira de henriquesser.
ENSINO PRÓXIMA DÉCADA
Se sabes ler, a resposta é: 54120 euros
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05 Dez 2009 |
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SHANNABANANA
Registado: 14 Jan 2010 Mensagens: 14 Localização: Lisboa
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 Re: Reformas na educação pública
Gente!!! Lendo esse post so pude ver o que ja confirmei com meus olhos e ouvidos! A educação em Portugal é do mesmo nivel que do Brasil!!!!! Explicadissimo o por quê de encontrar tantas pessoas sem conhecimento de nada, ou pior "arrotando" conhecimentos que não tem!!!! Como é bom ser brasileira!!! Gentiiiiiiiiii, to chocada. Beijo na pila de todos, Shaninha.
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06 Fev 2010 |
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Doctor
Registado: 28 Jul 2008 Mensagens: 780
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 Re: Reformas na educação pública
Caros:
Assim vai a Educação em Portugal! " Surdos são portugueses de segunda", no 24 Horas, de 2010.06.08
(...) Dez mil surdos portugueses estão sem o devido acompanhamento escolar por não terem professores que "gestualizem" com eles, denunciou ontem o professor da Universidade Portucalense(no Porto), António Vieira.(...)
E prossegue mais adiante,(...) o Governo demitiu-se das suas responsabilidades no que respeita à formação de professores para alunos surdos, o que resulta numa grave discriminação social para quem sofre desta deficiência.(...)
E conclui categórico,(....) Se na escola, nos diferentes graus de ensino, o professor não tem competências para comunicar com um surdo, então, ao nível da formação, o Governo distingue entre portugueses de primeira e de segunda categoria,(...) acusa o docente.
Mais palavras para quê? Creio que ainda anda por ali um dos vértices do triângulo Milú - Lemos - Pedreira!
A deslumbrada Vilar Alçada, ainda nem se deve ter apercebido do problema!
É cá um "feeling"!
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10 Jun 2010 |
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Doctor
Registado: 28 Jul 2008 Mensagens: 780
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 Re: Reformas na educação pública
Caros:
No Destak de 8 Junho 2010, pode ler-se:" O mecanismo proposto pelo Ministério da Educação que permite aos estudantes com 15 anos passarem do 8º para o 10º ano de escolaridade é duplamente inconstuticional, alerta Bacelar Gouveia: levanta um problema de tratamento de favor e viola a lei que obriga os alunos a frequentarem as aulas para passarem de ano".
E assim segue o consulado da (des) passarada Vilar Alçada!
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11 Jun 2010 |
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alucard
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 Re: Reformas na educação pública
Sintetizando tudo e eu conheço bem a realidade, proponho o seguinte:
1º - reformar as famílias, a falta de tempo para os filhos (por motivos profissionais) não pode ser compensada com permissividade face às atitudes dos educandos;
2º - reformar o estatuto do "professor" na sala de aula como sendo a autoridade máxima, respeitando os principios democráticos e na escola como sendo o agente habilitado para avaliar as competências / conhecimentos dos alunos.
3º reformar a Escola, tornando-a num local de partilha de conhecimentos, onde há regras que têm de ser respeitadas e não um depósito de crianças entre as 08h e as 19h ( 11h/12h, numa escola é uma violência para qualquer criança/jovem).
4º reformar todos os gabinetes e direcções do ministério, as pessoas que lá se encontram há 20/30 anos desconhecem a realidade actual das escolas, e são estes que influenciam a política educativa, mais do que os ministros ou secretários de estado. Aliás, estes corpos intermédios, são o cancro da função pública nacional.
5º reformar, leia-se extinguir, os sindicatos e criar uma ordem que valorize e defenda os verdadeiros interesse da classe e não colocar a classe no meio da agenda política. Uma Ordem que reconheça compet~encias para entrar na carreira e evitar que quem é licenciado e não tenha lugar noutro local venha a cair nas bolsas de recrutamento do ME ;
6º reformar as estruturas curriculares desde o 1º ciclo até ao fim do secundário, de forma sequencial, escolhendo modelos válidos e não modelos testados noutros países e que já foram reconhecidos como incapazes.
Estas seis medidas seriam um bom ponto de partida para uma melhoria significativa no nosso sistena de educação e formação.
_________________ Multa me docuit usus, magister optimus
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11 Jun 2010 |
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Envolvente
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 Re: Reformas na educação pública
É pena que uma na mulher e outra na amiga da mulher gerem tanta confusão! 
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11 Jun 2010 |
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alucard
Registado: 01 Mai 2009 Mensagens: 29668 Localização: Sempre na Linha
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 Re: Reformas na educação pública
Olhe que não, meu caro Envolvente, olhe que não. Felizmente penso com a cabeça (assente no pescoço e noss ombros) e pino com a o tolinhas. Mas somos livres de pensar o que queremos, mas enquanto disfarçarmos e assobiarmos para o lado fazendo que não se passa nada, o país vai continuar com a corda na garganta e não é só na educação.
Mas como dizia o saudoso Raul Solnado: façam o favor de serem felizes.
_________________ Multa me docuit usus, magister optimus
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13 Jun 2010 |
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Envolvente
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 Re: Reformas na educação pública
Há que atender que o esnino depende muito de quem forma quem ensina.
A aplicação de uma lei só se torna viável se ela for de encontro à realidade possível. As imposições têm-se tornado em frustrações que em nada contribuem para uma real mudança.
Tudo isto, para concluir, sumariamente, que sem reforma profunda no ensino superior bem podemos ladrar, ganir, chorar, lamentar... Não podemos ter bons professores se não forem bem formados. Nem famílias responsáveis, educadas, participativas na sociedade sem haver professores capazes de transmitir alguns valores fundamentais. Que essa reforma dificilmente se produzirá com o contributo do actual corpo docente universitário. Que se permite favores como provas enviadas por fax ou exames ao Domingo entre outras tropelias de mau-gosto. Que tal reforma só se relaizará quando houver uma forte constestação de base e em que haja tomates para regular o ensino superior em moldes modernos que atentem à transmissão de saber (nada de panelinhas para obter umas viagens grátis a congressos no estrangeiro), à excelência da formação de bons profissionais, à investigação. E, sobretudo, ao fim do ensino pelas sebentas, do ensino do "saber sabido", do recurso a pós-graduados que se vêem obrigados a imitar os que lhes dão parecer positivos na obtenção de bolsas, da ausência dos professores no apoio aos alunos e na investigação, na acumulação de "tachos", na transmissão hereditária de regalias e, ainda se vê encapotadamente, de lugares.
Sempre fomos pobres. Os reis foram ricos. O País pobre. E os reis sempre que a coisa dava para o torto foram passear. Tal como o Mário Soares e outros corajosos fizeram no 25 de Novembro ao fugir da capital e refugiarem-se no Porto. É uma constante nossa. Vivemos pobrezinhos mas remediados, fazemos umas negociatas em que alguns "ganham" uns cobres e vivemos todos muito felizes neste quintal à beira-mar plantado. Somos hoje, todos nós, responsáveis colectivamente pelo que se passa no nosso País. Não existe um que seja menos responsável que outro. Vivemos colectivamente, em democracia, e por isso nada de fugir com o cú à seringa. Temos uma grande experiência de viver com a corda na garganta. Desde o tempo do outro, o aio...
Tudo o que diga respeito á participação de famílias, á formação de professores, á actividade sindical, ao funcionamento do funcionalismo público tem a ver com educação de base, cultura, conhecimento e prática de cidadania.
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13 Jun 2010 |
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alucard
Registado: 01 Mai 2009 Mensagens: 29668 Localização: Sempre na Linha
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 Re: Reformas na educação pública
Envolvente Escreveu: ... Nem famílias responsáveis, educadas, participativas na sociedade sem haver professores capazes de transmitir alguns valores fundamentais. Concordo quase com tudo, embora com algumas condicionantes, mas meu caro Envolvente as reformas têm de partir de baixo ( Ensino Básico) e chegarem ao topo (Ensino Superior) de forma gradual e articulada. Quanto aos professores serem responsáveis pela transmissão de valores fundamentais, discordo completamente, esses valores TÊM de partir de casa , da família e serem consolidados na Escola. Mas actulmente é de facto o que se passa, os alunos chegam à Escola com muitos poucos valores e os que a Escola lhes quer transmitir, muitas vezes são postos em causa pela família, muitas das vezes de formas que revelam uma total ausência de valores (vejam-se as agressões a professores e funcionários).
_________________ Multa me docuit usus, magister optimus
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13 Jun 2010 |
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Envolvente
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 Re: Reformas na educação pública
A chamada " pescadinha de rabo na boca". Quem forma quem, sejam professores a todos os níveis sejam as famílias? Ninguém nasce ensinado... Quem ensina? E se ensinar mal por ter tido uma deficiente formação como se pode culpar as famílias cujos membros foram educados por quem teve a tal deficiente formação? 
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14 Jun 2010 |
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Doctor
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 Re: Reformas na educação pública
Caros:
Ainda não li, mas pelo que já pude depreender vem aí "chumbo grosso" sobre a Educação, no livro da Maria do Carmo Vieira, editado pela Fundação de que o António Barreto é director!
É impressionante. Soube hoje, que numa das Escolas da cidade onde vivo, em determinado ano, não há nenhuma retenção!
Os pais foram chamados e deram a sua opinião de que os seus filhos, mesmo que não tivessem aprendido NADA deveriam passar.
Creio que os responsáveis da Escola, poderiam ter poupado esforço, fazendo já a consulta para o póximo ano!
Deverão estar a guardar a pergunta para o momento da matrícula, do género: " mesmo que o seu filho seja um bardino, indisciplinado, falte e não aprenda nada, quer ou não que ele transite de ano?
A Escola poupa tempo com reuniões, os pais ficam logo descansados, e os alunos com a certeza de que irão ter mais um ano de folia!
Será que este país poderá ir para a frente, com estas metodologias!?
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15 Jun 2010 |
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Envolvente
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 Re: Reformas na educação pública
As metodologias são o reflexo do que é apreendido e transmitido. E outros aspectos... Um exemplo, se eu ler que este forum é uma merda e que não traz nada de útil a ninguém, tenho de aceitar tal como sendo uma opinião dessas pessoas com a qual eu poderei não me identificar. Porque estou cá e participo. Já não aceitarei como opinião válida se a pessoa que fez tal comentário ande por aqui... Na escola se certos encarregados de educação, que se crêem bem informados, nem sequer se dignam comparecer às reuniões, como podem as opiniões deles terem efeito prático na escola se eles não participam? Mas se participarem, mas não acrescentarem nada ao que se discute, fazendo " presença de corpo presente"será que a opinião que veiculam para o exterior é de aceitar? A cidadania para o ser tem de ser participativa e respeitadora das opções deliberadas democraticamente. Mesmo que essas opções se venham a revelar incorrectas caberá a quem por elas foi seu defensor reconhecer a sua não validade e escolher, em comjunto com o resto da comunidade, outros caminhos. O que é errado é que nós abdicando fazer uso da nossa cidadania nos submetemos a um poder central, autocrático e lesivo dos nossos interesses. A passagem de ano, seja assim ou assado, é um procedimento burocrático, de escala, que pouco ou nada tem a ver com ensino. Regula e junta quem se supõe estar ao mesmo nível de aprendizagem. O importante no ensino, é o que se transmite. E o que é absorvido. Se são resultados que se devem obter através da utilização de certas fórmulas, conceitos ou leis. Ou se o importante é a compreensão do porquê da utilização dessas fórmulas, conceitos ou leis. 
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16 Jun 2010 |
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morpheus
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 Re: Reformas na educação pública
Então agora querem que ninguém reprove ?!! É o fim do ensino ! Vamos ter indivíduos com o 12º ano, sem saberem ler ou escrever.
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31 Jul 2010 |
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esbugalhado
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 Re: Reformas na educação pública
_________________ EsBuGaLhAdO
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31 Jul 2010 |
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morpheus
Registado: 05 Mar 2009 Mensagens: 1933
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 Re: Reformas na educação pública
Sim, mas agora vai-se generalizar.
Já aqui referi, que nos anos 80 (periodo da minha escola primária) o ensino tinha aspectos mais positivos, mas também tinha alguns aspectos negativos, nomeadamente, a questão das reprovações. Nesse tempo, ainda existia aquela mentalidade do "nem todos podem ser doutores ou engenheiros", e não existia o mínimo acompanhamento especial de alunos com dificuldades de aprendizagem, ou aulas-extras, ou explicações. O professor estava lá para ensinar; repetia uma, duas, três vezes, o suficiente para todos aprenderem e para avançar para a matéria seguinte, e portanto quem sabia, sabia, quem não sabia, não sabia. No final do ano, um aluno que tivesse dificuldades na aprendizagem, era pura e simplesmente reprovado, o professor reprovavo-o, justificava a sua reprovação e ponto final, para o ano esse aluno já não era problema dele.
Agora quererem passar as coisas do 8 para o 80 é que já não acho bem. Vai-se transformar o ensino, numa cultura do facilitismo.
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01 Ago 2010 |
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