Amigo Jack, o outro também lavou dali as mãos. Nós não estamos em condições disso.
Não vote em branco porque não tem valor, vote no que quiser, mas não vote em branco. Branco é zero.
1 abraço

Votar em branco é uma não escolha; é um voto que não acrescenta nada. Aceito que uma pessoa vote em branco, naturalmente, mas penso que há que tentar assumir a responsabilidade de escolher.

litlehouse, eu percebo o que diz. E tem uma certa razão nisso, não nego. No entanto, começa a cansar a lógica de termos de votar no menor dos males. É que desde que voto foi sempre essa orientação que guiou o meu voto.

De qualquer forma, parece-me que com tanto problema estrutural que temos, da economia ao sistema judicial, e que não será resolvido, qualquer um que vá para S. Bento não importa porque nós vamos mesmo entrar em default (espero bem que não, que também vivo cá e sou português, mas pelo caminho que isto leva...).

Além disso, como todos sabemos quem manda nisto é o eixo Paris-Berlim, por isso...


P.S.: eu só não votarei em branco se houver perigo eminente da reeleição de Sócrates. Se vir que o gajo está próximo de conseguir essa notável proeza, então vou para o PSD, mas como parece que o PSD está a descolar...

"Além disso, como todos sabemos quem manda nisto é o eixo Paris-Berlim, por isso..."

Será?

Esses parecem-me mais ser os capatazes...

No dia em que os países disserem que não pagam eles terão de receber menos ou nada.
It's easy!!

Eu nada tenho contra o voto em branco. Aliás eu já votei em branco. Há uma diferença entre a abstenção e o voto em branco. A abstenção é a indiferença total perante o processo eleitoral. O voto em branco, pode significa, que naquele processo eleitoral, a pessoa não se indentifca com nenhum partido, não querendo com isso dizer, que é anti-sistema ou que quer lá saber das eleições.

Pois nesse caso eu votaria nulo.

Branco para mim significa indiferença acerca de quem possa ganhar ou perder.

O nulo significa, para mim, que nenhum me interessa.

Tudo, menos abster-se...

Sem dúvida.

A abstenção é assim a modos de quem vai a um tasco/restaurante e a solícita(o) empregada(o) lhe pergunta o que ele deseja e lhe indica uma variedade de petiscos e de pratos que até soam bem ouvido.

E recebe a resposta "traga lá uma merda qualquer que se coma!"

A proposito de uma merda qualquer... o Finacial Times diz que este memorando sobre as medidas a tomar aqui na merdaleja, não dá nem para aquecer, o Freitas do Amaral já veio dizer que estas medidas acordadas é a mesma coisa que estar a dar aspirinas a um tipo em coma e por isso pergunto : não vos parece que depois das eleições, provavelmente em Setembro, isto vai chiar muito mais fino ??? Ganhe quem ganhar ! Esqueçam a Irlanda, porque eles vão resolver os problemas, até com alguma rapidez, mas Portugal e a Grecia são casos muito bicudos e nós estamos apenas com um delay de cerca de um ano em relação aos gregos. São casos muito parecidos...divida publica gigantesca, o tal MONSTRO que Cavaco Silva escreveu num celebre artigo no expresso. São cada vez mais intensas as noticias de uma possivel reestruturação da divida grega, já se fala inclusive da sua saida do euro, que eu penso será inevitavel pelo andar da carruagem. E nós ??? Bem nós estamos bem obrigado... só temos um ligeiro, mas muito ligeiro peso do estado na economia, um ligeiro mas muito ligeiro peso nos seus custos de funcionamento, mas cá vamos andando graças a Deus. Acima de tudo há que preservar o emprego de quem gera riqueza neste país...refiro-me obviamente aos cerca de 845.000 funcionarios publicos ( numeros fornecidos por um secretario de estado de uma merda qualquer , a proposito da taxa de participação numa das ultimas greves ) e mais um batalhão de contratados para suprir as evidentes carencias. Já para não falar dos inumeros institutos e respectivos quadros de pessoal. Não esquecer ainda as Cãmaras municipais e as juntas de freguesia. Uma ultima palavra ainda para as empresas municipais e respectivos quadros. Cheira-me que se querem resolver o problema desta republica das bananas, vão ter de mexer no queijo desta gente e duvido que haja vontade politica e mesmo que haja , duvido que haja força para o fazer. Como não é possivel estar a fazer subir os impostos ad eternum, para manter o MONSTRO em funcionamento, cheira-me que nós tal como os gregos, vamos de vela da zona euro. É uma questão de tempo...

A mim parece-me que vai chiar bem mais fino.
Muitíssimo mais.

Mas discordo do desenlace sugerido.
A saída do universo Euro nada traz de útil aos outros.

Creio mais numa solução a apontar para uma espécie de federalismo europeu, adoptando por exemplo a estrutura alemã, em que haverá uma superestrutura que supervisionará os fluxos económicos, financeiros dentro da federação moldando a assistência social de modo a suportar políticas restritivas regionais.

Tudo está apontado para que países pequenos e fracos abdiquem da sua soberania.
Aliás já tem os seus orçamentos supervisionados. As suas contas sob observação... E medidas estruturantes a serem condicionadas.
Esse será, parece-me, o caminhho proposto ou mesmo imposto. E os governantes estão receptivos a tais medidas, mesmo que digam que não é bem assim.

A questão está em saber se a malta aguenta esse chiar fino, essa perda de soberania ou se vamos começar a assistir a mais demonstrações de descontentamento.

Creio que ainda vou assistir a movimentações muito interessantes da populaça.

Já dizia o Medina Carreira, "vamos empobrecer com barulho". Mas, por outro lado, o Teixeira dos Santos também disse que "os portugueses não são como os gregos, são pacíficos".
Vamos lá ver se o povo se manifesta ou não. Até agora está um bocado apático, pode ser que acorde.


Lembro-me sempre quando há uns 3/4 anos, em França, quiseram passar a lei que previa que os jovens, no seu primeiro emprego, podiam ser despedidos no prazo de um ano sem qualquer justificação. Os franceses fizeram um barulho e arranjaram uma put* de uma confusão de tal ordem que o executivo teve de voltar atrás com a lei. Em Portugal estou convencido que a lei passava...

As manifestações já não mudam nada. Nem a grande manifestação dos professores mudou nada. Neste caso o que fez recuar o Socrates foram as greves e o voto dos prof's no BE.
O que vamos ter com fartura é greves dos funcionários publicos e da empresas publicas. Assim como assim eles já pouco fazem pelo que não se nota muito.

Eu concordo com o confrade Envolvente.
No princípio, quando se falou em federação, eu fui totalmente contra, mas depois, fui-me apercebendo que, afinal, já só nos faltava isso e que isso a acontecer seria o melhor para nós, face à nossa dimensão.
No fundo, nós já estávamos tão baiados e tão condicionados, que apenas só nos faltava pertencer formalmente a uma federação, melhor, se essa abordagem tivesse sido realidade, hoje não estaríamos a passar por isto, nós e os restantes países da Europa e teríamos um Euro forte e frente a frente com o Dólar e os USA piavam mais baixinho, porque, no fundo, os ataques ao Euro vêm por parte do Dólar, sabendo eles que, quando lançassem a confusão, a Europa iria reagir lentamente, porquanto, começariam a vir ao de cima os interesses individuais de cada país e em vez de se unirem, iriam dividir-se.
Este conceito federação seria muito semelhante ao que existe nos USA e iria salvaguardar a independência histórica e patrimonial de cada país envolvido, existiriam governos autónomos que tomariam as decisões enquadradas com a realidade e apenas a nível económico estaríamos dependentes de um governo central.

Claro que isso seria muito bonito, mas soa a desejo tipo concurso de misses - paz no mundo, crianças sem fome,etc.
A realidade é que a populaça reage muito bem a separações e muito mal a uniões.
Basta ver aqui ao lado em Espanha, onde o Governo central não consegue controlar as despesas das autonomias, na Belgica que nem governo conseguem formar, o Reino Unido com ameça da indepedencia da Escócia,etc
Até cá vemos as ilhas a gastar á fartazana e com ameaças ao Governo central, e as autarquias que já disseram que diminuir o nº de camaras só á porrada

Mas quando começar a "secar" aquilo com que se compram os melões, as coisas vão ficar mais calmas.