bastou ver a resposta do Podemos à primeira questão complicada (o referendo na Catalunha e a putativa independência)

deu para ver que têm ideias com futuro para a Espanha

Partidos candidatos ás últimas eleições legislativas em Portugal, 2011:

PS – Partido Socialista
PPD/PSD – Partido Social Democrata
CDS-PP – CDS - Partido Popular
B.E. – Bloco de Esquerda
PCP-PEV – CDU - Coligação Democrática Unitáriaa)

MEP – Movimento Esperança Portugal
MPT – Partido da Terra
PAN – Partido pelos Animais e pela Natureza
PCTP/MRPP – Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses
PDA – Partido Democrático do Atlântico
P.H. – Partido Humanista
PND – Nova Democracia
P.N.R. – Partido Nacional Renovador
POUS – Partido Operário de Unidade Socialista
PPM – Partido Popular Monárquico
PPV – Portugal pro Vida
PTP – Partido Trabalhista Português


Como se pode ver, para além dos 5 partidos com assento parlamentar existiam á data outros 12.
Desses 12, vejo partidos á esquerda e á direita. Não vejo só "esquerdistas e radicais com soluções utópicas", e sei que na altura li programas aparentemente sensatos de mais do que um. Penso que teremos uma lista semelhante nas próximas eleições.

Na minha opinião a votação nos partidos grandes tem de baixar drasticamente para estes perceberem que há de facto consequências reais em mal governar e roubar á cara podre!

E não se preocupem os reacionários com medo da mudança, pois na melhor das hipóteses são eleitos um ou outro deputado, e o poleiro não muda realmente de dono.
Mas que pelo menos haja uma sensação de culpa e -sonhando alto- uma mudança na conduta desses partidos. Talvez esteja a ser um bocadinho optimista, mas se os 3 habituais tivessem por exemplo um total de apenas 60% dos votos em vez dos 75 a 80% que tradicionalmente obtêm, talvez se conseguissem enxergar e perdessem a sensação de impunidade.

A única maneira é assustá-los: viewtopic.php?f=530&t=47624

Mas sabe que nesses partidos, fora dos 5 habituais, os candidatos apenas o são para gozar 15 dias de férias...

Conheço casos desses, portanto não falo de cor, portanto nem quero saber quem são..

Meu caro, até pode demorar muito, mas o sistema a continuar assim, morre de podre e portanto um dia os militantes dos partidos vão ganhar juizo e eleger os seus lideres entre gente decente, séria e competente que os há... Olhe o ministro Paulo Macedo, com quem podemos ter muitas discordâncias, mas é um homem respeitado, outros há por aí, é preciso que se conte com eles...

Senão isto arrebenta e não é votar em propostas populistas que o problema se resolve!

[quote="rodado"]Mas sabe que nesses partidos, fora dos 5 habituais, os candidatos apenas o são para gozar 15 dias de férias...
Conheço casos desses, portanto não falo de cor, portanto nem quero saber quem são..

Confrade, até acredito que haja casos desses, mas não pode generalizar. E perdoe-me a ironia: "Mas sabe que no governo e bancadas parlamentares há políticos que apenas o são para gozar de benesses e benefícios para si e suas empresas e suas relações de negócios, etc com grande prejuízo do contribuinte? Conheço casos desses, portanto não falo de cor..."



Meu caro, até pode demorar muito, mas o sistema a continuar assim, morre de podre e portanto um dia os militantes dos partidos vão ganhar juizo e eleger os seus lideres entre gente decente, séria e competente que os há... Olhe o ministro Paulo Macedo, com quem podemos ter muitas discordâncias, mas é um homem respeitado, outros há por aí, é preciso que se conte com eles...


O sistema morre de podre e o país apodrece com ele, esse é que é o problema!
O confrade por favor diga-me: O que é que vê na conduta dos partidos do poder nas últimas décadas que o leve a pensar que tenham o mínimo interesse em eleger gente decente séria e competente??? Se está a falar de uma minoria de militantes dos partidos que não têm nenhum poder na direção dos mesmos, infelizmente não conta. Esses são calados ou metidos em cargos onde não chateem muito nem façam muito barulho.

Diz atrás que "O que é preciso é trazer decencia, saber e experiência para os lugares publicos e varrer esta gentalha toda do jotinhas e afins, gente incompetente e corrupta".
A minha questão é: que se saiba com certeza, essa gentalha está em 3 partidos. A mim não me parece que faça sentido votar em tais partidos, pelo menos enquanto tais pessoas tiverem poder ou estiverem em lugar de destaque dentro da organização. Parece-me lógico isto.

Não podemos esperar por uma eventual e hipotética renovação dos partidos só por obra e graça do espírito santo. Essa mudança interna só começa a acontecer se houver mudanças na reacção do eleitorado e uma penalização mais profunda do que a habitual e esperada troca de cadeiras de 4 em 4 anos. Comecem esses partidos a deixar de ter a segurança do "se não é agora é daqui a 4 anos" e talvez essa gente decente séria e competente comece a governar.


Senão isto arrebenta e não é votar em propostas populistas que o problema se resolve!

Como disse atrás, parece-me haver partidos para além do arco do poder que estão longe de ser populistas. Tanto com tendência á direita como á esquerda.

O argumento, aqui repetido, das "propostas populistas" não me parece de todo válido. É um argumento em favor da permanência do estado das coisas ou um alerta para os "males" que possam estar escondidos nos pequenos partidos?
É que, da maneira que vejo as coisas, mete-me mais medo a continuação das práticas vigentes do que o risco que uma novidade acarreta.

Todas as utopias o são até se tornarem realidade.
Para um português do início do sec. XXI contruir uma sociedade verdadeiramente democrática e justa é uma utopia.
Mas essa é a melhor desculpa para nada fazer. Mas isso só interessa aos gatos.

https://www.youtube.com/watch?v=GqgOvzUeiAA

quando utilizei a palavra "utopia"

estava a falar do nosso quotidiano e do dia de amanhã
estava a falar de pedras basilares da nossa estabilidade

por exemplo:

- Acordo sobre o Tratado Orçamental
- Acordo sobre a Permanência no Euro
- Acordo sobre a nossa Integração na Nato

nestes temas, os tais partidos da "ruptura" advogam o quê ?

por outro lado, e voltando com o filme um pouco atrás ...

nunca ouvi, li ou vi, os ditos partidos da "ruptura", entre 1991 e 2006, se oporem por exemplo
- aos milhões da Europa para o betão
- ao triplicar da dívida pública

aliás em Portugal existem 2 "Arcos do Poder"
- governamental (PSD, PS e CDS)
- autárquico (PSD, PS e PC)


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o caminho é estreito de soluções
precisa de timoneiros com visão

o país deve 510 mil milhões de euros
e 80% deste dinheiro foi para financiar todos os portugueses sem excepção
também é verdade que uns beneficiaram mais que outros
também é verdade que uns pagaram mais que outros
é verdade que haverá injustiças

agora ninguém venha aqui dizer que não beneficiou de forma directa ou indirecta deste regabofe nos últimos 25 anos

Estou de acordo com o Kwacha. Houve muitas opções erradas no passado e houve exageros - e, de uma forma ou de outra, os portugueses beneficiaram das coisas. Beneficiaram e tiveram uma vida melhor do que teriam tido com políticas mais sensatas e clarividentes.

Toda a gente quis estradas, pontes, rotundas, vias circulares, vias estruturantes, qualificações e requalificações, pavilhões, campos de jogos, faculdades, politécnicos - e a fatura está aí e é pesada. E a malta está com os bolsos furados.

Isto não é novo. É uma repetição do que já se passou no passado. Vamos até à epopeia dos descobrimentos. Chegámos ao Brasil e à Índia, "dando novos mundos ao mundo", e passado oitenta anos estávamos rigorosamente falidos e a perder a nacionalidade.

Agora repetiu-se. Chegou a democracia, chegou a Europa e em quarenta anos já vamos em três resgates.

Estava longe de imaginar que alguem pensasse que para o nosso quotidiano, o que é importante são o Tratado Orçamental, a Permanência no Euro e na Nato... Mas lá está... eu não sou gato.
E se quiser discutir a desproporcionalidade com quem gozou o regabofe e e o pagou, vamos a isso. Mas eu estou do lado dos ratos.

http://www.dn.pt/especiais/interior.asp ... 0e%20MEDIA

eu não o conheço ... mas admito o seguinte:

1º em sua casa deve existir um qualquer Tratado Orçamental para cumprir todos os meses;
2º não creio que esteja interessado em mudar a moeda do seu rendimento, para outra moeda que lhe tire 30% do seu actual poder de compra;
3º não me parece que lhe seja de todo indiferente viver ou não debaixo de uma certa "proteção", que ainda por cima não é você que a paga;

se isto tudo nada tem a ver com o seu quotidiano ... então vossemecê não é gato nem rato

Era só o que mais faltava eu não poder dar a minha opinião sobre política, futebol ou o que quer que seja porque sou moderador. Não escrevo TD's por decisão propria, a partir daí escrevo sobre o que quero tal como qualquer outro forista.

De todo o modo, onde está a dizer que eu sou do PSD ou do PP? Eu sou anti-socrates assumido, de resto nem tenho qualquer filiação partidaria ou obrigação de voto por quem quer que seja.

Limitei-me a lançar uma questão e um debate sobre a importância que as pessoas dão aos aspectos ilícitos num primeiro ministro que continuou a merecer votos. Ele teve 2 milhões de votos depois de 4 anos em que toda a gente sabia das maroscas, mas porque é que as pessoas preferiram votar neste mentiroso em vez de na Ferreira Leite (não estou a elogiá-la) ou noutros partidos, será porque as pessoas se recusam a aceitar as evidências ou como muitos dizem, porque este é o que menos roubava o bolso dos portugueses?

Este juiz Carlos Alexandre tem só os casos mais mediáticos deste pais, será que tem pestanas para tantos processos ao mesmo tempo será não mistura uns casos com outros.
Acho bem curioso o que li hoje.
http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colun ... ganca.html


Tudo isto não foi por acaso, a tanto tempo e só agora é que actuam é estranho.

ainda bem que trouxe esta peça jornalística à baila

vai me desculpar os meus modos mas nestas coisas não devem existir meias palavras

é uma verdadeira nódoa ... e passo a explicar:

diz o artigo, "citando" o tal estudo da Capgemini que o país em 2012 tinha 10.750 cidadãos portugueses com mais de 750.000 euros em património financeiro, mas nada sabemos se estes portugueses tinham passivos financeiros ... quando assim é ... sabemos ZERO

veja o caso recente da família Espirito Santo ou do caso do Joe Berardo ...

sejamos lúcidos, inteligentes e sérios ok

Lamento que vossemecê não seja apreciador da fábula constante no vídeo que atrás postei… Eu adoro. E utilizá-la-ei. Sempre!
Quanto às questões do quotidiano…

1º Sei o suficiente de Economia para lhe dizer que confundir economia doméstica com Finanças Públicas é o mesmo que confundir a estrada da Beira com a beira da estrada.
Ah… e este Tratado Orçamental serve só, lá está, para proteger os gatos!
2º Perdoar-me-á, mas aqui o confrade meteu-se por caminho ínvios, passe a contradição. É que neste campo a Economia entra por um lado negra usando uma aritmética especulativa cujos resultados estão de acordo com interesses obscuros. E neste campo há especulações para todos os gostos, desde os que afirmam que não haverá desvalorização até aqueles que acham que será de 65%. Mas devo dizer-lhe que eu acho que devemos permanecer no euro, mas este tem que mudar.
3º A NATO protege os gatos.

Por tudo isto, estas estão longe de ser as principais preocupações quotidianas dos ratos.

É a primeira vez que vejo alguém dizer que o património não serve para aferir o nível de riqueza. Até porque quem não tem património não se pode endividar a esses níveis (exceptuando casos marginais).
E só quem estiver desatento ao que se passa no nosso país poderá dizer que a dispersão de rendimentos, a desigualdade e a pobreza não aumentaram nos últimos anos. Basta ver onde incidiu principalmente o brutal aumento de impostos.
Mas pode olhar pelo lado do rendimento.
http://observatorio-das-desigualdades.c ... -portugal/

Mas isso está longe de ser um fenómeno exclusivamente português, o que não é de estranhar dada a proliferação das ideias de Escola de Chicago.

http://www.unric.org/pt/actualidade/19952
http://observatorio-das-desigualdades.c ... 2007-2011/

Só espero que o Prof. Carlos Farinha Rodrigues seja suficientemente lúcido, sério e inteligente para si. Quanto a mim… lúcido nunca fui, sério só quando não estou a rir e inteligência tenho aquela que deus me deu. Lamento não chegar ao seu patamar.