Não, o que o Jolinho quis dizer, era que perante a hipótese de desagregação da UE, os Alemães iriam ficar muito penalizados. Esse aspecto da dividas nem foi considerado.

Exacto, era essa a ideia, a minha escrita é que foi apressada. A Europa tem, disse-o ontem Adriano Moreira, um problema de dimensão. Basta pensar que a economia alemã é menor do que a da Califórnia.

Com o problema de dimensão que referes queres dizer que somos (zona Euro) mais fortes juntos do que separados?
Se for isso até concordo. O problema é convencer o eleitorado dos países do norte. A união política só se faz se o eleitorado quiser. Mas para além do eleitorado, há os políticos locais (de cada país) que não querem perder o seu "quintal" de poder.
Mais fácil seria fazer uma união fiscal e mesmo assim não estou a ver o eleitorado de lá (e mesmo de cá) a concordar.

É verdade o que dizes, mas também é verdade, que é possível dar a volta às coisas, de forma a que nenhum país perca a sua soberania e identidade, aliás, há uma situação existente que serve de exemplo: se um dos países europeus da UE for atacado, todos os outros têm a obrigação do defender.
Agora coloca as coisas em termos de moeda, que é do que estamos a falar.

Parece-me que há aqui alguma confusão...uma coisa é aquilo que nós desejamos, outra é aquilo que poderá e provavelmente irá acontecer. A incapacidade que gregos e tambem nós, ( como iremos ver brevemente ) temos de implementar as reformas que são necessarias á redução do defice, sem pôr em causa, mais que não seja, um modesto crescimento economico, coloca aos credores, isto é, aos paises que nos estão a financiar, via FMI/FEEF, uma questão muito simples: vamos ou não continuar a financiar esta rapaziada?? Sem redução de despesa publica é IMPOSSIVEL reduzir o defice, sem aumentar exponencialmente os impostos, asfixiando a economia real, familias e empresas. E quando digo despesa publica, refiro despesa de funcionamento, mas tambem despesas sociais. Não é viavel continuar a atribuir reformas como tem sido até agora e tem que se implementar um tecto maximo, quer no publico quer no privado, que seja aplicavel inclusive ás reformas que já estão em vigor. Fez-se a reforma da segurança social, mas esqueceram-se da ADSE e esta tem um defice galopante e brutal...só para variar. Num cenario de incapacidade de proceder ás reformas estruturais necessarias, os nossos credores vão fazer-nos literalmente um manguito. E se a reestruturação, seja ela em que forma fôr, está garantida, o fundo da questão é que Portugal e a Grecia, vão ter de acabar por sair do euro, implementar novamente as moedas nacionais e um belo dia de manhã acordamos e estamos uns 20 ou 30% mais pobres. A união europeia irá continuar com regras bastante rigidas em relação á dimensão dos defices e quem não cumprir, vai á sua vidinha que se faz tarde. Neste momento para alemães, franceses ou ingleses, nós e os gregos, somos lastro.

PS. A proposito de ADSE, vejamos o que diz o " ultra-liberal " Vital Moreira http://causa-nossa.blogspot.com/2006/08/privilgios.html

Passos Coelho acaba de anunciar (em entrevista ao Financial Times) a privatização da RTP e da Águas de Portugal.

São ilegais, duplamente ilegais, triplamente inconstitucionais e portanto só para começo de conversa, avançam sei lá, umas quantas providências cautelares. Mas a luta não vai ficar por ai...

PS. A Aguas de Portugal não é ilegal porque é só para privatizar 49%...os direitos adquiridos estão garantidos
PS2. A privatização da RTP não é inconstitucional e ilegal , se encaixarem no canal 2, as centenas de trabalhadores com direitos adquiridos

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... 455&page=0

E quem são estes movimentos de "indignados" ???

http://news.sky.com/skynews/Home/World- ... ain_Square

http://edition.cnn.com/2011/WORLD/europ ... ?hpt=hp_t1

Vimos hoje os alemães e os franceses a falar a duas vozes quanto ao drama grego. Ouvi na TVI24 que o BCE já meteu 150.000 milhões na Grécia, entre a ajuda e a compra de dívida. Não sei quanto terá já metido cá e na Irlanda, mas a soma total é muito dinheiro, sobretudo se pensarmos que o capital social é 2.000 milhões.

Vimos o recente aumento de capital do BCP, com as acções a 37 cent. Pois diz quem sabe que o aumento de capital já se desapareceu, com as quedas de cotação dos dias mais recentes.

Todos nos espantámos com a velocidade a que desaparecia o dinheiro metido no BPN; pois estamos a ver isso acontecer numa escala muito maior. Não admira que os alemães andem assustados; ainda por cima nada lhes corre bem ultimamente.



"Finança é a arte de passar o dinheiro de mão em mão até ele desaparecer" - Robert W. Sarnoff

Aqui não concordo contigo.
Pelo que sei nunca houve na História uma união monetária de sucesso que não tivesse também as componentes fiscal e política. E qualquer uma destas componentes implica perda de soberania (mas não de identidade) para os Estados envolvidos. Os EUA são o caso mais paradigmático. No final do dia os diferentes Estados dos EUA têm que "obedecer" a Washington e ponto final.
E quanto à moeda (Euro), a "coisa" (apesar de lhe faltar as componentes fiscal e política) nasceu com uma série de regras e sansões (para tentar colmatar a falta das componentes referidas) que nunca foram verdadeiramente escrutinadas e aplicadas aos prevaricadores (até a Alemanha em 2003 furou as regras), o que acabou por resultar neste "lindo serviço".

Correto!!
Um dos problemas foi a Alemanha e depois a frança não terem cumprido as regras do défice, agora acho que para a salvação do euro toda a europa vai ter de se unir e depois ai sim criar regras e penalizações mais apertadas e mais duras.
Penso que deveria criar tipo um gabinete de acompanhamento em cada pais com auditores estrangeiros para fazerem uma supervisão em tempo real, não é depois da porcaria estar feita que se vai resolver recorrendo a estratagemas de resgates de fundos da caixa de aposentações e da PT só para inglês ver.
Auditores estrangeiros em todos os paises do euro para assim não estarem ligados a nenhum lobby e rodados com uma certa regularidade.
Só com um grande rigor se consegue manter o euro porque se Portugal sair do euro depois quem é que vai comprar divida Portuguesa?

http://jugular.blogs.sapo.pt/2708839.html

"Quem se outorga a razão da força e, a partir do domínio da rua, insulta, cospe e violenta os outros, não é um democrata. Se, além disso, exerce essa violência contra os deputados de um parlamento eleito, retrata-se ainda mais. Pode decorar os seus insultos com lemas maravilhosos, mas a sua cultura política está enraizada nas atitudes clássicas do totalitarismo. Desprezar os deputados votados por mais de três milhões de catalães é um exemplo deste espírito obscuro que, sob slogans vistosos, incuba o ovo da serpente. É certo que muitos dos “indignados” são gente cabal com propostas, mas propostas também as têm outras pessoas que não ocupam praças nem desprezam a democracia. Não é por gritar que se tem mais razão. Pelo contrário, muitos deles escolheram o caminho fácil, o do grito e da pancada, em lugar de elaborar mais seriamente a sua militância cívica.



Têm mais razão os que insultam os deputados, que os que militam num partido político? A maneira de melhorar a democracia é violentando as suas instituições? E, sobretudo, são dignos todos os que se sublevam? É evidente que não e que o movimento cada dia parece mais sequestrado pelos anti-sistema clássicos, o que não é estranho, porque quem acredita que é lícito quebrar o jogo democrático acaba dominado pela lei da selva. E foi a selva que ontem bloqueou o parlamento catalão.



Alguns projectaram um paternalismo acrítico sobre esses movimentos mimados mediaticamente. Confundem o twitter com um programa eleitoral, consideram que converter uma praça pública num acampamento é cool, outorgam a razão política à força de uma ocupação. Quer dizer, muitos contribuíram para ceder o debate àqueles que faziam mais barulho. Pelo caminho deslumbram-se com simulacros do Maio de 68, revivem a nostalgia adolescente, esquecem que a democracia não se impõem na rua, antes se ganha nas urnas.



Quando as urnas são desprezadas e os representantes violentados, então a lei da rua impõe-se. Para melhorar a democracia? Não, para destruí-la"

http://www.abc.es/20110615/local-catalu ... 51710.html