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Quinta-feira, 16 de Junho de 2011
Indignado com os "indignados"
Há quatro meses, quando andava meio mundo embevecido com os protestos da "geração à rasca", escrevi o seguinte a propósito da marcha que reuniu duzentas mil pessoas em Lisboa: "O que vimos a descer a Avenida da Liberdade pode ser uma sociedade civil mais exigente com a demagogia dos políticos ou o caldo de cultura em que cresce a demagogia dos antipolíticos." Quem confunde democracia e bons sentimentos atribuiu declarações como esta a um horror elitista ao "povo nas ruas". O povo nas ruas, que giro - como é que alguém podia duvidar da sua intrínseca virtude?

Hoje, sabemos que havia razões para um mínimo de cepticismo. O protesto da "geração à rasca" degenerou, em parte, na ocupação ilegal da via pública a que alguns castiços, mantendo relações igualmente difíceis com o sabão e a liberdade dos outros, chamaram Assembleia Popular do Rossio. É claro que os "acampados" do Rossio representam apenas uma franja radical do movimento de Março, aliás mais inorgânico do que parece. Mas ontem todos vimos o que aconteceu em Atenas e Barcelona, onde iniciativas semelhantes acabaram na tentativa violenta de impedir o funcionamento da democracia parlamentar. E o que vimos em Atenas e Barcelona não foi "o povo nas ruas", foi um bando de arruaceiros que, arrogando-se um mandato por ninguém concedido, se autoproclamou porta-voz do povo. O mesmo povo que votou nos deputados que os arruaceiros cobardemente insultaram, atacaram e tentaram impedir de entrar no Parlamento.

Os cínicos (como eu) dirão que estes factos exaltantes mostram o risco de se mitificar abstracções como "o povo nas ruas", muitas vezes à conta de uma não menos lendária democracia directa. Porque os cínicos já sabem o que vem a seguir. Quando uma minoria de iluminados se arvora em vanguarda do povo e verdadeira intérprete da vontade popular, não recuando perante a violência para convencer os incréus, o resultado é sempre a tirania. Foi assim na Revolução Francesa, foi assim na Alemanha nazi, foi assim em todas as revoluções comunistas. E ia sendo assim no PREC português: o cerco da Constituinte, promovido ou tolerado por um PCP que se recusou a aceitar o veredicto das urnas em nome do "povo", da "revolução" e do "socialismo", tem óbvias semelhanças com o que sucedeu ontem em Atenas e Barcelona. A diferença é que estava mais organizado.

Circulam rumores que PPC está com grandes dificuldades em recrutar para o governo alguns nomes que mais lhe transmitiam confiança, porquanto, muitos têm medo de vir a ser "queimados" e outros não querem abdicar dos vencimentos que agora auferem, para virem a ganhar os 4500€ de ministro.
Claramente, quem agora aceitar ser governante, corre realmente o risco de vir a ser triturado, em contrapartida, poderão realmente sobressair alguns, que irão trocar as mordomias de grandes empregos em prol da causa pública, o que é de louvar.

Pois. Por essas e outras, teremos que aturar figuras bem conhecidas do cavaquismo - Fernando Nogueira, Cartroga e nao deve ficar por aqui. Renovação zero.

http://www.ionline.pt/conteudo/130874-p ... mas-negas-


Claro que sim,se fosse formar um governo no tempo das vacas gordas não faltavam candidatos a ministros! Agora, já sabem que vão estar sujeotos a um desgaste muito grande e obrigados a fazer grandes cortes, que por seu lado vão tornar esses ministros muito impopulares.
Sujeitam-se a qundo sairem do governo já não arranjarem um tacho tão bom como o que têm.

Para mim os melhores cargos politicos são os presidentes de camara. É fácil ser populista, com o dinheiro emprestado mas que nunca serão responsabilizados, têm um poder quase absoluto,e nas camaras maiores ganham o que querem.
Ministros e secretarios de estado só é bom depois de sairem. São cargos de muito trabalho, esquecem familia, amigos, hobbies, FDS,etc por cerca de 4000a 5000€ mês, mais a imprensa sempre á perna a vasculhar toda a vida privada.
Por isso vamos ter cada vez mais jotas a governar porque não sabem fazer mais nada.

Começaram a aparecer notícias sobre as primeiras negas. Catroga e Vitor Bento não aceitaram tomar parte no governo, pelo que PPC teve de arranjar alternativas, às tantas Carlos Costa, hoje presidente do BdP.
É "engraçado", como duas das figuras mais proeminentes e que mais criticaram o anterior governo, hoje, quando chamados à responsabilidade, dão negas, isto a tomar como boas as notícias de vários jornais.
Não restam dúvidas de que destruir é simples, construir é que é uma gaita...
É uma pena, e digo com sinceridade, que PPC não consiga reunir algumas figuras que ele esperaria estarem ao seu lado e tenha de avançar, ou não, com segundas escolhas. Começam agora as grandes dificuldades e começa a aparecer a primeira separação do trigo do joio.

A recusa do Vitor Bento era esperada, tal como expliquei lá para trás. O Catroga parece-me mais birra tipo não querer ser 2ª escolha. Se foi isso que aconteceu não tarde temos 2ª versão do Medina.
Agora há minutos ouviu falar no Paulo Macedo. Se for verdade é de elogiar o PPC. Este mostrou nas Finanças como se pode por o Estado a funcionar e acho que é um gajo com tomates, e aparentemente não andou metido nas embrulhadas do BCP.

Não estou a ver o Paulo Macedo, ele já passou por algumas experiências frustrantes ao serviço do governo, além da massa que ganha no BCP. Uma virtude ele tem, ao longo deste processo todo nunca se manifestou.
O que me chateia no Vitor Bento, é que ele está um ror de tempo na Sibs e é funcionário do BdP, pelo que já deve ter umas massas para se aguentar no governo 4 anos, além disso, poderia, penso eu, não sei bem, optar pelo vencimento do BdP.

Segundo o DN: Vítor Gaspar será o ministro das Finanças do Governo de Passos Coelho. Santos Pereira ficará com a pasta da Economia e Paulo Macedo o novo ministro da Saúde.

Novo governo, segundo o Expresso:

Primeiro Ministro - Pedro Passos Coelho

Ministro Negócios Estrangeiros - Paulo Portas

Ministro das Finanças - Vítor Gaspar

Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira

Ministro da Educação - Nuno Crato

Ministro da Saúde - Paulo Macedo

Ministro da Segurança Social - Pedro Mota Soares

Ministro da Agricultura, Ambiente e Energia - Assunção Cristas

Ministro da Defesa - Aguiar Branco

Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz

Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo

Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas

Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros - Marques Guedes

Novo governo, segundo o Expresso:

Uns palpites de treinador de bancada

Ministro das Finanças - Vítor Gaspar Parece uma 2ª versão do Cavaco em inicio de carreira. Sem passado e sem peso politico não vai ser fácil.

Ministro da Economia - Álvaro Santos Pereira ????????

Ministro da Educação - Nuno Crato Um técnico com boas ideias mas vai ser trucidado pelos prof´s

Ministro da Saúde - Paulo Macedo . Boa aposta, se fizer na saude o que fez nas finanças vai ser bom.

Ministro da Segurança Social - Pedro Mota Soares Meu parceiro motard pode fazer um bom lugar.

Ministro da Agricultura, Ambiente e Energia - Assunção Cristas Não me cheira que tenha pedalada para isto ( ainda por cima entra de muletas)

Ministro da Defesa - Aguiar Branco Os militares gostam de gajos com peso politico

Ministro da Justiça - Paula Teixeira da Cruz . Esta vai ser a grande expectativa. Se ainda estiver no governo no final do ano vou bater palmas.

Ministro da Administração Interna - Miguel Macedo Nada a assinalar

Ministro dos Assuntos Parlamentares - Miguel Relvas Nada a assinalar

Ofereci uma galinha e um pato aqui ao presidente da junta que é PSD e meti-lhe uma cunha para ver se me arranjava um tachito e vejo agora que não me nomearam para nada

É particularmente importante saber tb quem são os Secretarios de Estado. Em pastas como as Finanças são as pessoas em segunda linha que tem que ser estremamente competentes.

Bolas Safado, ainda faltam o directores gerais, os comissários do partidos nas PPP e na Públicas. Calma, porque só a partir de agora é que vão aparecer os gajos que ganham dinheiro a sério.
Ministro? Secretário de Estado? Sub-secretário? Não!
Assessor já é um taxinho do caraças, a maioria ganha mais que o ministro.
Ah ah ah!

Aparentemente, para mim, os mais frágeis são o Mota Soares e a Assunção, dá-me a impressão que falta alguma experiência de vida para pastas tão especiais. A Paula T. da Cruz é uma mulher muito conflituosa e deve ir sacudir as águas da Justiça e o Macedo é competente, isso sabemos, e vai tratar a máquina da saúde de forma puramente na base do Euro, o que, quanto a mim, vai provocar muitos problemas, mas ok, abana-se e vamos ver o que vai cair.