O PS se ganhar irá sempre governar em coligação, aliás, se qualquer um dos dois ganhasse com maioria absoluta iria sempre fazer uma coligação, para ter apoio social na rua, senão seria o caos, se é que, a atitude "guerreira" do PC vai ter esse papel, sobretudo, nas áreas onde CGTP tem influência, como seja transportes, o próprio funcionalismo público e uma ou outra actividade que, não representando número, poucos poderão paralisar o país.

O PSD até pode ganahr as eleições, coligar-se com o CDS e mesmo assim não terem a maioria. Há vários cenários em cima da mesa. Agora, já se sabe, sentar-se à mesa para dialogar, isso só é possível, entre PS, PSD e CDS, já que, com BE e PCP, não é possível nada.

Eu não aceito a posição do PC e do BE, mas entendo-os. Se eles participassem esvaziavam o seu espaço político e o voto útil acabaria com eles, mesmo assim, o BE já corre esse risco, porque o BE é constituído por ex-PC's e socialistas insatisfeitos com o PS, mas, que agora, irão votar útil, face à ameaça de maioria do PSD e CDS.
O PC tem aquele eleitorado certo que vai sempre votar no partido, claro, mas poderá baixar a sua expressão parlamentar.

O PCP tem ideias completamente desajustadas da realidade. Se um de nós, trabalhasse para uma empresa que se quisesse expandir para outros países e nós fossemos encarregados de estudar essa possibilidade, certamente, que não iriamos ao mapa e escolheriamos meia dúzia de países à sorte. Não, pelo contrários, iriamos estudar exaustivamente, os potenciais países onde possivelmente, nos iriamos expandir e nomeadamente, iriamos, estudar que tipo de governo é que têm, e qual a sua política face ao investimento privado. E agora, pergunto, iriamos sugerir, como possibilidade um país, que andasse numa onda de nacionalizações ? A mera sugestão disso, provavelmente custava-nos o emprego.

Vendo a situação ao contrário: Alguém queria investir em POrtugal, se o PCP estivesse no governo, e se na sua agenda tivessem, nacionalizações atrás de nacionalizações ?

É que POrtugal, nem sequer tem um sector que seja, de tal forma atractivo, em que uma empresa estrangeira se viesse cá estabelecer e se tivesse que sujeitar a um regime de capitais mistos. Por exemplo, Cuba, já tem, que é o turismo. A dada altura, o Fidel Castro, viu que o turismo era um grande filão, mas não se queria "vender" ao capitalismo e então a solução encontrada, foram o estabelcimento dos grandes hóteis, mas sob o regime de capitais públicos e privados. E o turismo em Cuba é um filão tão grande, que mesmo sob o sistema de capitais mistos, foi atractivo às grandes multi-nacionais, investirem em Cuba.

O Salazar fez o mesmo em Portugal com as multinacionais, apenas não era o estado, mas tinham de ter como sócio, em pé de igualdade, uma empresa portuguesa. Um exemplo disso é a Unilever/Jerónimo Martins, mas ainda resistem mais uma ou duas.
Eu conheço, mais ou menos, a realidade cubana na área do Turismo.
Mas tem toda a razão, aliás, não faz sentido que seja o BE que controla o sindicato na Auto Europa, felizmente têm conseguido manter o senso e, até, colocar em prática, com sucesso, algumas medidas com as quais o BE é contra.
No caso da Opel da Azambuja, o PC aí conseguiu acabar com tudo.

Eu sou contra o capitalismo selvajem do "vale tudo", mas vamos ser realistas, há situações de empresas, que chega a um ponto, em que não dá mais, a sua situação é completamente inviável, resta-lhes entrar em processo de insolvência e os trabalhadores procurarem outro posto de trabalho. Bem sei, que é complicado ficar no desemprego, mas como disse, quando não há má-fé, quando não há interesses ocultos, então não há nada a fazer.

Agora o PCP e os sindicatos por si controlados, não entendem as coisas desta maneira. Para eles são todos exploradores, capitalistas, gente sem escrúpulos. Mesmo quando são levados Às empresas, e podem ver com os seus olhos, que a empresa está em muitas dificuldades, que não há encomendas, não interessa e a solução é sempre a mesma: nacionalizar. E o estado nacionalizava uma empresa sem qualquer tipo de viabilidade e o déficit público ia aumentar e depois era o povo, que iria pagar a factura.

Já aqui alguém disse que os portugueses andam a dormir. Mas secalhar nem tanto: à partida, o cenário em que vivemos, era um território bastante fértil, para o PCP e para o BE, mas as sondagens provam o contrário. O BE aparece em 4º e o PCP em 5º.

Claro, impera o bom senso.
A minha experiência, longa em multinacionais, as quais eram alvo do PC, eram locais difíceis de entrada para eles porque eles podiam explorar um bocado, mas pagavam bem e a horas e tinham regalias sociais francamente melhores que a maioria das empresas.
Muitas empresas em situação difícil safar-se-iam se existisse uma união entre patrões, desde que sérios, e trabalhadores, porquanto, dificilmente, uma empresa está sempre em alta, tem ciclicamente períodos menos bons em que toda a gente tem de colaborar, se quer manter o posto de trabalho.
Para o PC isto nunca é considerado e incentivam sempre a mais exigências, independentemente da bondade delas, só que há tempos para tudo e eles não querem compreender.

Sindicatos instrumentalizados é o pior que há. O egocentrismo, acaba por prejudicar, acima de tudo os trabalhadores.

Quanto ao Sócrates, apesar de não o admirar reconheço-lhe mérito numa decisão recentemente tomada e espero que seja seguida pelo PSD (caso sejam poder) que é o fim de uma das maiores explorações dos últimos anos, que são os estágios não remunerados.

Se votarem no socrates arrebetam com o resto!!!

O que vai ser da economia portuguesa...e de nós!!!

Vamos ser realistas, aliás, temos de o ser. Seja o Sócrates, seja o Passos, ambos estarão entalados porque apenas se limitarão a cumprir as orientações da troika.
Vamos esquecer programas políticos, vamos é escolher quem nesta altura melhor posicionado está para gerir a crise. Só isso.

Peço desculpas,mas já não acredito em nenhuns,se bem que desde o 25 de Abril,o país tenha sido liderado pelos mesmos partidos,PS e PSD,estes com esporádicas coligações com o CDS.

Citando o Medina Carreira...."esses pilha galinhas"

Pergunto:Quais seráo,os que conseguem refrear o desejo compulsivo,de nos meterem as mãos nos bolsos?

Este PS tem sido irresponsável ao longo destes anos, levando ao estado a que chegou este país. Se a crise internacional existia, porquê continuar a e a fingir que somos os maiores, criando cada vez maior endividamento público.

Ainda falam alguns com medo da Direita. Qual direita? Este PS tem governado mais à direita que qualquer outro partido até agora. É só PPPs a sugarem-nos o €€€ todo!!! Privatizações! Empreitadas para as grandes construtoras! Protecção ao sector bancário, ... ainda queriam o TGV e o Aeroporto!!!!

Falo assim porque estou perfeitamente à vontade para votar tanto à esquerda como à direita, ao contrário de muitos portugueses que levam isto como se tratasse de um clube de futebol. É tudo igual, só que com uma ligeira diferença: O que está para trás já nós conhecemos... e mais do mesmo NEM PENSAR!!!

Quem governar a partir de Junho vai fazê-lo muito condicionado. Eu apostaria em Passos Coelho, apesar de ele ainda ter que rodar, pois é uma cara nova, não tem desgaste e (ainda) não se envolveu em escândalos. O Sócrates precisa de sair de cena e descansar; é bom para ele e para o partido. E nós deixamos de ter que o aturar; é bom para nós.

Quem governar vai ter que ter muito bom senso e espírito de sacrifício. Não tenhamos ilusões: a desorçamentação de muitos anos vai ser o maior problema, pois ninguém sabe a situação exacta das contas públicas e os encargos das parcerias público-privadas.

Penso que acima de tudo é preciso VERDADE!!
Sócrates ludibria tudo e todos, é um verdadeiro artista....
Não é por acaso que o atual Ministro dos Negócios Estrangeiros diz o que diz....
Não é por acaso que Teixeira dos Santos "desapareceu": toda a gente o ouviu dizer que quando os juros da dívida atingisse os 7% teríamos que pedir ajuda externa e isto foi em 2010.....
A culpa não pode ou não deve morrer sem culpados.....
Os confrades já tentaram apanhar uma enguia com as mãos?
É dificil, não é?

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É mais do que óbvio, que desde há algum tempo atrás, as ideias do Teixeira dos Santos, conflituam com as do Sócrates. Aliás, se bem me lembro, quando o Sócrates ainda andava com a corda toda, para o TGV e para o aeroporto de Lisboa, o Teixeira dos Santos, foi dos primeiros dentro do PS, a exigir moderação e contenção no que dizia respeito às grandes obras públicas