E uma vez mais a culpa morre solteira.
Houve mesmo, há, um contrato com uma empresa de topo para acertar essas contas.
O contrato existe, os resultados é que tardam a aparecer.
Artistas...

Algumas destas decisões terão de ser tomadas por governos maioritários e no início da legislatura, senão, serão acusados de alguma coisa. A partir de meados da legislatura todos os governos começam a amaciar, ou, evitar, quaisquer medidas mais controversas para não perder votos nas eleições seguintes.

Ontem dei por mim a pensar numa situação que seria muito interessante(claro que isso não vai acontecer é um daqueles cenários impossiveis)

Vamos imaginar que os Portugueses para castigarem o Socrates não votavam PS, por várias razões não gostavam ou não queriam Passos Coelho no governo e nem o CDS porque era uma aliado do PSD.

Então iamos todos votar em massa no PCP e no BE e que os dois juntos se coligavam e formavam governo.

Uma vez que Portugal vai receber a primeira tranche de guito em 31 de Maio (1750M€), as eleições são a 5 de junho e sabendo que o PSD e o Bloco não assinaram o memorando da Troika como se iam desenvencilhar deata situação.

Claro que isto é um cenário hipotético

Se o PCP e BE fossem eleitos o FMI não era preciso para nada. Basta ler os programas desses partidos para verem que têm solução para tudo. Inclusivamente nunca mais haveria eleições porque com o povo no poder para quê eleições?
Já vi algo parecido acontecer em Portugal nos tempos do camarada Vasco Gonçalves.
Mas relembrando a velha anedota do gènio da lamparina talvez seja mais fácil construir uma autoestrada Lisboa-Funchal, para o Safado ir no seu V8 biturbo, do que o PCP,BE e o Sporting ganharem.

Quanto ao nº de votantes, este é mais um caso tipico da politica versus gestão.
Como a limpeza dos cadernos eleitorais iria sempre provocar alguns erros por muito poucos que fossem, a oposição da altura, jornais e blogs iriam todos gritar que o Governo estava a querer acabar com a Democracia.
Há um ano atrás quando o INE anunciou que iria mudar a metodologia do apuramente do Desemprego ( passar da carta para o telefonema ) TODA a oposição gritou que o Governo estava a tentar esconder o verdadeiro desemprego e até tentaram na AR mudar isso.
Agora que os resultados são piores já ninguem acha que a metedologia é má.

Trata-se de facto um cenário muito hipotético e que originaria alguma convulsão social.
E de tão hipotético que nem vale a pena perder tempo com ele.

Relativamente ao último post quero só comentar que é sempre algo que implica pouca discussão quando pretendemos sancionar uma medida que não foi tomada comparando-a com uma outra que o tendo sido foi bem criticada.
Isto é, a limpeza dos cadernos eleitorais, que deveria ter sido feita e que até já pagámos por ela, independentemente dos erros que se poderiam ou não terem sido cometidos e das críticas subsequentes, a verdade que sobressai é que não foi feita.
Sendo por isso falacioso acenar com cenários possíveis do que aconteceria se a obrigação tivesse sido cumprida.
Trata-se de um incumprimento de uma acção que urge realizar e que foi prometida.

Comparar esse incumprimento dizendo que seria criticável como o foi uma outra acção de cariz diferente parece-me muitíssimo desajustado.

A acção de alteração da metodologia de apuramento do desemprego, passando os contactos a serem feitos por telefone em vez de por carta, foi criticada e bem.
Primeiro não se vislumbra nenhuma utilidade prática em tal mudança.
Se a razão for de um apuramento do desemprego mais fiável haveria sim era de ser feito porta a porta.
Segundo nem todos tem telefone, ficando assim uma fatia larga ou pequena, pouco interessa, de pessoas sem serem contactadas.
Terceiro, nem todos mesmo tendo telefone seriam identificáveis por essa via.
Não corresponde à verdade que a metodologia seja considerada boa e é bem provável que venha a ser proposta a sua alteração. Até porque implica custos desnecessários.

E, finalmente, não é por a metodologia ser boa e muito menos ela proporcionar piores resultados que não existe oposição a ela.
Existem, sim, outros assuntos mais importantes e urgentes de resolver. Um deles, o próprio desemprego.

Os resultados são piores pela razão simples que o desemprego tem vindo a aumentar, e assim continuará, não havendo forma alguma de escamotear esse facto.
Uma das quais é o contacto por telefone que não desobriga a que tenham de comparecer nos centros ditos de emprego, mas que mais não são que de contagem como desempregados os que a eles têm de recorrer.

A metodologia usada, tal como a anterior, revela que o desemprego real se situa a um nível bem mais elevado que o INE propaga.

Isto era quase uma operação Censos mensal. Considerando que o INE tem dezenas de inquéritos mensais tanto a privados como a empresas, passavamos a ter mais uns milhares de empregados do Estado. Uma das soluções para o desemprego segundo PCP/BE.
Eu durante muitos anos respondi a inquéritos do INE, 1º por carta, mais tarde por telefone e por fim via Internet.

Quanto aos valores de desemprego não vejo grande disparidade entre o INE e o IEFP.
O INE dá cerca de mais 100.000 desempregados do que os inscritos nos Centro de Emprego o que poderá ser um pouco mais. No entanto tambem há muitos milhares de pessoas inscritas nos Centros de Emprego mas não estão minimamente interessadas em trabalhar. Basta ver a comunidade cigana que está quase toda inscrita para receber RSI's, subsidios para os filhos, não pagar taxas moderadororas, mas não se atrevam a oferecer-lhes um emprego.

As normas que estão agora em vigor são as recomendadas pela CE, apesar de eu achar estúpido que hoje, com a capacidade informática existente e com o historial de pelo menos 10 anos, os números ainda sejam tipo em cima do joelho ou de dedo no ar para ver de que lado sopra o vento.
Para mim, que tenho alguma experiência em gestão de dados, os números deveriam pecar do exagero e não por diferença, isto é, na ausência de informação, deveria dar-se com desempregado e eles fazem ao contrário.

Concordo com essa visão. Há sim é que melhorar.

Quanto ao post anterior... Só referi que seria talvez mais fiável.
Não pretendi propor como solução para um contagem correcta dos desempregados.

Lamento, mas por esse caminho crítico de alguma comunidade que viva neste país ou num outro não alinharei.

Vivi em países onde a norma era o haver lugar para todos.
Insurgi-me do alto dos meus 17/18 anos quando um francês se referia ao "porto" melhor dizendo pórto.
Talvez haja sim que encontrar soluções válidas de integração.

Já agora eu nunca estaria interessado em trabalhar por o que normalmente, em termos salariais e outras condições, é anunciado, muitos vezes sem ser pago, a quem está desempregado.

No princípio desta semana falávamos deste tema, eleitores fantasmas, e hoje o Expresso traz esta notícia:

"Os cadernos eleitorais têm 755.580 falsos eleitores - sobretudo pessoas já falecidas e emigrantes ainda registados em Portugal - que no próximo dia 5 poderão determinar a vitória da direita, avança a revista "Visão " esta quinta-feira.
O alerta partiu dois politicólogos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa depois de terem atualizado um estudo realizado em 2007 e 2009 sobre os cadernos eleitorais.
Segundo Luís Teixeira e José Bourdain existe o risco "de os eleitores-fantasma ditarem o vencedor errado".
Os investigadores cruzaram dados da Direção-Geral da Administração Interna, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e as projeções anuais da população divulgadas pelo Instituto Nacional de estatística e concluíram que os distritos de Viana do Castelo, Faro e Madeira, que votam historicamente à direita (PSD e CDS) têm 157 mil eleitores a mais.
Ora, se os cadernos eleitorais tivessem sido atualizados, estes três círculos (que elegem 21 deputados) perderiam três mandatos: um para Setúbal e dois para o Porto, distritos "onde se vota mais à esquerda", explicaram os investigadores à "Visão".
"Num parlamento fragmentado, como aquele que se prevê vir a sair desta eleição, três deputados podem fazer toda a diferença", afirmaram Luís Teixeira e José Bourdain.

Afinal, parece que esses eleitores "fantasmas" irão acabar por ter influência nos resultados.

Claro que podem influenciar resultados.

Que esses "especialistas " venham agora com esse paleio baseando-se em resultados passados não admira.
O facto de certos círculos terem votado, não é que votam como eles afirmam porque isso é o que iremos ver no próximo dia 5 de Junho, uns à direita e outros à esquerda não permite agora, na próxima eleição à vista, dizer que beneficia ou prejudica este ou aquele.

O que importa é que esses "especialistas" cuja intervenção tende a influenciar a opinião pública, a usem em época não eleitoral no sentido de que não volte a acontecer tamanha incompetência, uma vez mais, governativa.

Para lembrança, foi entregue a uma empresa o estudo desse problema de forma a encontrar uma solução que poderia passar pela articulação entre consevatórias e juntas de freguesia.
Essa empresa apresenta-se com uma excelência funcional a todos os títulos admirável mas parece só funcionar bem nos contratos com entidas estrangeiras.
No respeitante a contratos com o Estado Português dá a impressão de ser mais uma a comer do bolo de forma a financiar os contratos internacionais.

A realidade é rica e variada e permite fazer análises para todos os gostos. Sem colocar em causa as conclusões tiradas no estudo em apreço, eu diria que, se a realidade fosse assim fácil de corrigir, a correcção já tinha sido feita, até porque o distrito do Porto é muito mais poderoso do que o distrito de Viana.

Muitas vezes as coisas não são corrigidas neste país por laxismo, falta de verbas na hora certa ou por incapacidade do nosso estado em levar as coisas até ao fim. E nós não temos uma cultura de rigor; o mais ou menos está bem para nós.

EUA já acusaram os culpados da crise financeira
Instituições financeiras e executivos de topo foram acusados e aplicadas multas na ordem dos 1,34 mil milhões de dólares nos Estados Unidos pela Securities and Exchange Comission (SEC), por condutas impróprias que provocaram ou agravaram a crise financeira.

Até ao dia 5 de Maio, foram formalizadas acusações contra 66 pessoas e entidades, dos quais 32 executivos de topo, incluindo presidentes executivos e administradores financeiros, de acordo com os dados disponibilizados pela entidade que regula os mercados financeiros nos Estados Unidos.

in http://www.dn.pt/inicio/economia/interi ... id=1862231

E eu que pensava que a culpa era do Socrates, mas os burros dos americanos não deram por isso.

Pelos vistos hoje houve problemas em Faro, num comício do PS, com manifestantes que se manifestavam contra o Sócrates. Isso é sempre condenável, uma vez que, há que ter espirito democrático e por outro lado, quem acaba por sair por cima é o Sócrates, que adora a vitimização.

Uma espécie de copy/past vôvô Soares...
E Eanes de pistola em punho...
And so on...

Em 2009 o Vital Moreira, durante a campanha para as europeias, sofreu uns "abanões" durante o 1º de Maio, nada de muito grande e fez logo um grande alarido. Recordo-me de ele ter dito "Hoje tive a minha Marinha Grande". Não teve grande resultado, mas já se sabe, que mesmo não querendo assumir isso, qualquer candidato fica bastante agradado se puder ser um "mártir" eleitoral.