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 E a seguir aos profs. temos os enfermeiros... 
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Diamante
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Mensagem E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/enfer ... -4071.html

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26 Jan 2010

 
 
Ouro
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Esta malta anda mesmo a "colar-se" ao índice 136 dos professores licenciados e profissionalizados - espertos! [bigsmile] [bigsmile] [bigsmile] . :smt005 :smt005 :smt005

Ab.

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26 Jan 2010
Diamante
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/I ... id=1480082


Os enfermeiros prometem cumprir os serviços mínimos e garantem que a greve que hoje se inicia não vai colocar ninguém em risco de vida.


Como prevêem uma forte participação neste protesto, recomendam aos portugueses para só se dirigirem aos serviços de saúde em caso de urgência.



José Carlos Martins, do Sindicato dos Enfermeiros, assegura que esta será uma das maiores greves de sempre.



«Há 20 anos ligado ao sindicato nunca percebi os enfermeiros tão revoltados e indignados, com tanto desejo de expressar essa sua sua indignação publicamente», afirma.

Todos os serviços deverão ser afectados pela paralisação, embora o sindicalista acredite que é nas intervenções cirúrgicas não urgentes e na generalidade dos centros de saúde e consultas externas dos hospitais que mais se vai sentir a falta de enfermeiros.


Os enfermeiros contestam a última proposta salarial do Ministério da Saúde, «inferior à apresentada anteriormente».


Estes profissionais afirmam-se «humilhados» perante a proposta de ingresso na carreira a receber 995 euros, «abaixo dos actuais já injustos 1020 euros e muito longe dos 1200 euros de qualquer outro licenciado na Administração Pública».


Os enfermeiros estão também contra as cotas que limitam o acesso de apenas 10 por cento ao topo da carreira

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27 Jan 2010
Ouro
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TD's nos últs 90 dias: 0 - Voyeur
Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Professores licenciados em início de carreira ganham 800/900 euros e os enfermeiros são mais que os outros???? No entanto, esses outros coitados ainda têm de esperar (muitos deles) pela tal profissionalização (que dura e dura.... :mozilla_cry: :mozilla_cry: :mozilla_cry: )...

Considerando o custo de vida da capital (pensando apenas em bens essenciais classificados pelos GK ou EKS), até não acho indigno que qualquer recém-licenciado comece por ganhar 800/900 euros, mas no oposto quem, com esses 800/900 euros, queira viver nas melhores casas e ter os melhores carros. Grão a grão.... [bigsmile] [bigsmile] [bigsmile]

Eu, quando comecei a trabalhar a RV (uns míseros 500-600 euros actuais) vivia na casa dos meus pais e andava com uma "carroça" comercial de 2 lugares... agora, quase toda a gente que começa quer andar de BMW e Mercedes... a primeira coisa que se pensa é ostentar. badd

O que o nosso país está a precisar é que se ponha a mão na consciência... não se pode viver acima dos limites razoáveis. O que não me choca e acho lógico é que as pessoas com vários anos de carreira, mérito e capacidade financeira, seja capaz de morar um dia quiçá numa "penthouse" e ande de S400 ou Porsche Carrera.

Os enfermeiros queixam-se tal como os professores de uma progressão muito lenta na "carreira" (vulgo, tabela salarial), igualmente também não querem cotas pois o mérito é uma coisa a modos que completamente desajustada e só para os privados. Antiguidade, sim, e quanto mais depressa melhor. [bigsmile] [bigsmile]

Ab.

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27 Jan 2010
Administrador

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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
O problema é que os governantes não são sérios. (Os governantes que tivemos, aqueles que temos, e, infelizmente, os que virão a seguir.) Vivemos com o governo a brincar com a administração pública. Claro, há grupos que têm capacidade negocial - e berram. Os outros ficam calados.

As pessoas são o único activo verdadeiramente importante de qualquer organização - convém tratá-las bem e dar-lhes bom ambiente e um quadro de referência claro. Há funcionarios públicos em excesso? A culpa é de quem os admitiu: os sucessivos governos. Não é aqui que está o problema?

27 Jan 2010
Ouro

Registado: 14 Jun 2009
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Há sempre uma tendência para um nivelamento por baixo.
O que me parece errado.
Certas categorias certamente que merecem mais, sobretudo quando comparadas com outras.
A enfermagem hoje já não é bem o que era há 30-40 anos.

Os grupos que pela sua dimensão representam uma ameaça ao funcionamento do governo (não do Estado) têm sido de certo modo mimados, ao longo dos anos, com o aumento das suas regalias, distanciando-se cada vez mais dos que ocupam um lugar inferior na escala. Basta estar atento aos aumentos em função de uma percentagem em que todos sabemos que 1% de 5.000 não é o mesmo de 1% de 500. Se fizermos os cálculos veremos que ao fim de, por exemplo, 10 anos a diferença que à partida era de 4.500 passou para... 4.971,80!

Aumentar nestas proporções quem possui mais que o suficiente para as suas necessidades só vai gerar acumulação de riqueza não produtiva na maioria dos casos. Se uma parte significativa desses montantes fossem "investidos" nos que ganham menos, eles os gastariam em bens aos quais não tem acesso, e esse aumento de consumo obrigaria a produzir mais e, muito provavelmente, geraria novas oportunidades de negócios.

O problema função pública sempre foi um falso problema.
Só possível num país onde sempre os funcionários públicos foram vistos como mangas de alpaca sem utilidade nenhuma e que só entravam com o aval da PIDE.
Noutros países, em que a percentagem até é maior que no nosso país, são alvo de melhoria de condições de trabalho, de actualização de conhecimentos, de horáriso de funcionamento compatíveis com a população que servem e são pagos moderadamente de forma a incentivá-los.

27 Jan 2010
Confrade

Registado: 21 Ago 2009
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Não sou enfermeiro, mas penso que a idéia que a maior parte das pessoas tem do trabalho de enfermagem tem a ver com "o dar a vacina" e umas "injecções para as dores".
Aconselhava vivamente antes de se dizer que não é indigno um licenciado ganhar 800-900 euros, compará-los primeiro com outras profissões não especializadas e em que não se exige curso superior (público ou privado, podem escolher).
Em relação ao atingir o topo da carreira pessoalmente penso que nem todos TÊM de atingir o topo... isso é uma exigência tipicamente portuguesa.... se ele tem o mesmo curso que eu porque é que eu não chego lá ??!?? (é que nem comento !!!). Só uma observação.... à boa maneira deste site, posso perguntar porque é que um que passa o tempo a coçar os tomates mas é um gajo porreiro que tem sempre uma avaliação 100% chega primeiro ao topo da carreira do que outro que até é competente e dá o litro todos os dias ? Pois !!
Em relação aos enfermeiros, porque não compará-los com médicos em inicio de carreira ? Ou aos fisioterapeutas ? Ou às educadoras de infância ? (a não ser que os médicos continuem a ser uma "raça" à parte.. se é assim, desculpem lá qualquer coisinha).
Mas fiquem bem.. pois a seguir aos enfermeiros vêm os pilotos da TAP porque querem voar em executiva *lol é o país que temos, é o que merecemos.
Um abraço a todo(a)s

27 Jan 2010
Diamante
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Registado: 16 Nov 2006
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
bommomento Escreveu:
Em relação aos enfermeiros, porque não compará-los com médicos em inicio de carreira ? Ou aos fisioterapeutas ? Ou às educadoras de infância ? (a não ser que os médicos continuem a ser uma "raça" à parte.. se é assim, desculpem lá qualquer coisinha).
Mas fiquem bem.. pois a seguir aos enfermeiros vêm os pilotos da TAP porque querem voar em executiva *lol é o país que temos, é o que merecemos.


Compreendo o seu ponto de vista que partilho totalmente. Apesar de eu achar que uma licenciatura em educadora de infancia é capaz de ser mais complicada que a de enfermagem e a propria função , que como sabe não é apenas " tomar conta de criancinhas " , tem o seu quê. Queria no entanto fazer uma pequena rectificação em relação aos grupos profissionais que irão entrar numa justa luta , logo apos os sindicatos de enfermagem resolverem com a tutela , os problemas de cotas e de carreiras que tanto os atormenta , até porque os profes já resolveram os deles. Então a seguir temos : policias , tropa , funcionarios da administração fiscal , funcionarios da administração local e finalmente iniciando um novo ciclo de luta pela melhoria das condições de vida , dignificação das carreiras e precaridade laboral , vamos ter novamente os medicos... terá de concordar comigo , que não são menos do que os fisioterapeutas , ou mesmo os enfermeiros :!:

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27 Jan 2010
Administrador

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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Pois é. Por isso o governo deveria ter uma abordagem integrada para a administração pública. Caso contrário, tem sempre gente a berrar.

Aqui há tempos fiz o seguinte raciocínio, comparando a situação de quadros na administração pública com quadros na privada. (Duas situações concretas que conheço bem). Os vencimentos até são equivalentes, mas o da privada tem 25 % pela isenção de horário, um carro que traz para casa (com algumas restrições de utilização), recebe um portátil, com acesso à net e um telemóvel com um plafond adequado. A diferença já vai em mais de 50 %. Resultado: enquanto o da pública vai ficando amargurado, porque se vai sentindo progressivamente paralisado na carreira, desmoralizado e depreciado, o da privada continua com a camisola da empresa vestida. Trabalha mais e produz muito mais. Estranho? Não.

27 Jan 2010
Confrade

Registado: 21 Ago 2009
Mensagens: 116


TD's nos últs 90 dias: 0 - Voyeur
Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Citar:
... terá de concordar comigo , que não são menos do que os fisioterapeutas , ou mesmo os enfermeiros :!:


Concordo 150% consigo (embora não na comparação entre os cursos de enfermagem e educadora de infância - quando os referi não pretendi compará-los em termos de complexidade - acho o de enfermagem mais complexo em termos absolutos -, mas sim de compensações remuneratórias - aliás, conheço MUITO BEM os dois :) - de qualquer modo, a intenção não era de modo nenhum menosprezar nenhum deles)

Acho legítimo que todos os trabalhadores das diversas áreas reinvidiquem melhores condições de vida - Claro. O que penso é que a sociedade (nós!!!) temos de ter alguma contrapartida por isso, no mínimo que haja qualidade no desempenho da profissão, e infelizmente esse sentimento de "bem fazer" é que falta - e aqui estou a falar igualmente dos senhores ligados à política (podem escolher a côr, por mim nesta área sou daltónico), pois a meu ver estão-se "borrifando" (hoje estou muito educado) para o país, e apenas atentam na sua barriga qu e não se cansam de encher.

E voltando ao tema: sinceramente acho os enfermeiros mal pagos, ainda mais em inicio de carreira.

28 Jan 2010
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Ao falar em remunerações em Portugal chegamos sempre, ou quase sempre, à mesma conclusão: as pessoas são mal pagas. É uma questão antiga, (quase diria: endémica), e um dos nossos problemas principais. Mas, como em quase tudo, ou não aprendemos, ou, se o fazemos, fazemo-lo devagar.

28 Jan 2010
Diamante
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
jolinho Escreveu:
Aqui há tempos fiz o seguinte raciocínio, comparando a situação de quadros na administração pública com quadros na privada. (Duas situações concretas que conheço bem). Os vencimentos até são equivalentes, mas o da privada tem 25 % pela isenção de horário, um carro que traz para casa (com algumas restrições de utilização), recebe um portátil, com acesso à net e um telemóvel com um plafond adequado. A diferença já vai em mais de 50 %. Resultado: enquanto o da pública vai ficando amargurado, porque se vai sentindo progressivamente paralisado na carreira, desmoralizado e depreciado, o da privada continua com a camisola da empresa vestida. Trabalha mais e produz muito mais. Estranho? Não.


Não podia estar mais de acordo consigo confrade Jolinho...deixo-lhe aqui , no entanto , três perguntas muito simples :

1 - Dos perto de 550 mil desempregados que estão neste momento inscritos nos centros de emprego , quantos são funcionarios publicos :?:

A ) Assim de repente não estou a ver...
B ) Praticamente todos
C ) Isso é um assunto que não me diz respeito

2 - O governo anuncia a privatização da ANA. E os trabalhadores :?:

A ) Os trabalhadores , sejam eles quadros ou não quadros vão manifestar uma ligeira divergencia em relação a isso
B ) Vão pedir uma audiencia ao PR
C ) Vão sentir-se depreciados e desmoralizados
D ) Todas as anteriores

3 - E porque não querem que a ANA seja privatizada :?:

A ) Porque são parvos e não sabem as vantagens de trabalhar numa empresa privada
B ) Porque o pack viatura+portatil+telemovel+plafond para ir ás GPs , não é atractivo
C ) Não faço ideia , mas agora são os enfermeiros , quando chegar a altura tratamos deste assunto

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29 Jan 2010
Administrador

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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Confrade

1- Entre os 550.000 inscritos nos centros de emprego não há funcionários públicos, pois, como sabemos, não existe despedimento na administração pública. Para ir para a rua, é necessário deitar fogo ao local de trabalho - e, mesmo assim, não sei se é suficiente. Já nas empresas e institutos públicos, o despedimento existe.

Mas esse "direito" é um direito perverso, porque a pessoa sabe, no dia em que entra, que só sai quando quiser. Ora isto conduz ao imobilismo, à falta de iniciativa, ao adormecimento; em suma: conduz à morte lenta. Qualquer funcionário com juízo e ambição abdicaria desse direito (não na presente conjuntura) em troca de uma carreira mais aliciante.

2- Não tenho acompanhado aquilo que se tem sabido sobre a privatização da Ana, mas admito que os funcionários fiquem apreensivos. Provavelmente não há uma estratégia interna de comunicação sobre o assunto. (Fui dirigente da administração pública durante uns anos valentes; quando havia qualquer coisa positiva no ar, preocupava-me sempre em me sentar com os colaboradores; se a novidade era negativa, fazia a mesma coisa, só que mais depressa.) Para além disso, não sei em que escalões etários estão grande parte dos trabalhadores, mas admito que muitos estejam naquela fase em que a preocupação principal é o futuro dos filhos; qualquer alteração é uma preocupação profunda.

Há um ano e tal passámos por uma reestruturação profunda, no âmbito da suspensa, ou desaparecida, ou falecida, reforma da administração pública. Quando propus que o conjunto dos funcionários fosse recebido pela presidência, para ouvir informações e colocar questões, foi-me dito "reunião? não, perguntem por email." E assim foi. Isto é o grau zero em comunicação. No meu caso concreto, a situação foi complicada, porque eu tinha um problema: "o senhor é extremamente qualificado."

3 - Provavelmente não querem que seja privatizada por um conjunto grande de razões:
- já não estão para mudanças;
- receiam ter que trabalhar mais;
- receiam pelo emprego;
- receiam perder regalias;
- qualquer outra razão que lhes venha à cabeça.

As pessoas receiam a mudança, em grande medida, porque receiam o desconhecido. Para além disso, receiam o pior.

Em tempos, não muito distantes, fui gestor público e dei-me bem. Entretanto mudei de agulha. Sucedeu-me um taliban do pior. Desmantelou tudo aquilo que eu tinha construído e, em pouco tempo, os funcionários saiam pelas portas, pelas janelas e, até, pela chaminé. Foi-se embora ao fim de dois anos, deixando para trás um rasto de destruição. Hoje em dia é presidente de algo maior. Imagino o que se passará por lá.

Somos um povo de boa índole, flexíveis, razoavelmente talentosos, abertos à mudança e com capacidade de adaptação. O nosso problema começa quando se fala de organizações, sejam elas públicas ou privadas. Aqui temos um atraso colossal relativamente ao mundo desenvolvido. E não sabemos criar, estimular, incentivar e premiar o talento.

Quando se deu o 25 A, eu frequentava o ensino superior. Na ocasião disse-se que tínhamos cinquenta anos de atraso relativamente ao mundo desenvolvido. Isto pareceu-me esmagador. Trinta e cinco anos passaram. A que distância estamos?

29 Jan 2010
Bronze

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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
jolinho Escreveu:

Quando se deu o 25 A, eu frequentava o ensino superior. Na ocasião disse-se que tínhamos cinquenta anos de atraso relativamente ao mundo desenvolvido. Isto pareceu-me esmagador. Trinta e cinco anos passaram. A que distância estamos?

Eu na mesma altura estava na FAP a aprender a voar e já conhecia alguns Países ditos desenvolvidos e tanto na altura como hoje não acho que tenhamos um diferencial tão grande.
Para facilitar até podemos comparar Portugal só com os outros Países europeus e não vejo aonde possa estar esse atraso. É claro que só comparamos as coisas favoráveis dos outros esquecendo as más :
- As regalialias sociais dos nórdicos mas com impostos latinos ( só pagam os tansos)
- Os ordenados dos alemãs mas o custos de serviços nossos ( restaurantes, hoteis, taxis, mulheres-a-dias, GP's )
- Serviço de saúde dos ingleses mas sem as taxas sociais inerentes.
- A gasolina ao preço de Espanha mas sem o mesmo nivel de desemprego.
- Politicos mais competentes e não corruptos ( assim de repente não me lembro de nenhum como exemplo )
Como já disse noutra oportunidade para os que dizem " isto só em Portugal " convido-os a passar um pouco para além de Badajoz.

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Irrar è umano

29 Jan 2010
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Mensagem Re: E a seguir aos profs. temos os enfermeiros...
Quando falo em atraso, falo em termos de instrução, qualificação dos activos, produtividade, inovação, rendimento per capita e uns quantos indicadores mais.

Li há tempos, por acaso, o valor da taxa de analfabetismo da Alemanha em 1820 - era comparável à que tínhamos em 1974. Este indicador mostra bem o atraso que tínhamos. Muito foi entretanto feito; porém, muito falta fazer e vejo, com tristeza, que não estamos a avançar. Isto incomoda-me, porque começo a ter pressa; penso que só terei esta vida e o tempo está a passar.

Como dizia António Barreto ( Portugal - Um Retrato Social): "Fizemos muito; poderíamos ter feito muito mais. Fizemos muito; deveríamos ter feito muito melhor." (Cito de memória, que espero que não me esteja a atraiçoar.)

29 Jan 2010
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