elizabete
Registado: 11 Mar 2010 Mensagens: 6
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 Re: FALECEU ARTUR AGOSTINHO MESTRE DA RADIO E TV
E Artur Agostinho foi sempre um exemplo de competência, brio, rigor. O carinho, mais do que isso, a gratidão, que dedicou à "querida rádio", à qual "tudo devia" foi outra marca que nos deixou, este grande senhor.
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ESTROINA
Registado: 07 Dez 2010 Mensagens: 659
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- Voyeur
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 Re: FALECEU ARTUR AGOSTINHO MESTRE DA RADIO E TV
Reconheço que este senhor,foi um grande profissional nas várias funções que desempenhou,que seria também,uma pessoa de grande caráter e que em certa altura tenha sido injustiçado.No entanto,não entremos em exageros,como acontece com outras figuras,que por entrarem em nossas casas atravéz da televisão,são endeusadas,muitas vezes para toda a vida.Dou como exemplo,os desportistas,nomeadamente os futebolistas,que são até apelidados de heróis,só porque ganharam um determinado jogo,ou se qualificaram para uma qualquer competição.Entretanto existem outras pessoas,que também são grandes profissionais,por exemplo na àrea da medecina,cujos serviços prestados em prole da sociedade,são bem mais importantes,salvando até mtas vidas e que nem por isso são tão falados,muitos deles passam-nos completamente ao lado.E por falar em heróis,não acham que serão aqueles,que trabalham oito horas e mais por dia,que vivem com ordenados miseráveis,que têem filhos para alimentar e educar e são completamente ostracizados?Não serão também aqueles,que arriscam a vida,em prol de outros,(alguns dos quais autênticos parasitas) e que também passam incógnitos.
Já agora deixo-vos com o exemplo de alguém que embora (ainda) seja lembrado,não o é com a enfase desses.
Naquele dia do princípio de Abril de 1992, no cemitério de Castelo de Vide, quatro presidentes da República (António de Spínola, Costa Gomes, Ramalho Eanes e Mário Soares), vêem descer à terra num modesto caixão o corpo de um dos homens que mais contribuiu para que tivessem podido ascender à mais alta magistratura da Nação. No dia 4, Fernando Salgueiro Maia fora vencido pela doença. «O gajo ganhou», dissera ele a um oficial da EPC, referindo-se ao cancro quando se convenceu do carácter terminal da sua doença.
Quem é este homem, vencedor de batalhas, de revoluções, que agora desce à terra, em campa rasa, ao som do «Grândola, Vila Morena»?
Nasce ali, em Castelo de Vide, em 1 de Julho de 1944. Muito novo, fica órfão de mãe. Faz os estudos primários em São Torcato, Coruche, e os secundários no Colégio Nun'Álvares de Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Em 1964, ingressa na Academia Militar.
«Filho de uma família de ferroviários, é a situação de guerra nas colónias que me permite o acesso à Academia Militar, pois o conflito fez perder as vocações habituais, e assim a instituição foi obrigada a abrir as suas portas», diz-nos ele em «Capitão de Abril». Dois anos depois, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria. Depois, a guerra.
Porém, tudo se pode resumir a uma breve legenda: Salgueiro Maia, soldado português que à frente de 240 homens e com dez carros de combate da EPC avançou em 25 de Abril de 1974 sobre Lisboa, ocupou o Terreiro do Paço levando os ministros de um regime ditatorial de quase 50 anos a fugir como coelhos assustados, cercou o Quartel do Carmo obrigando Marcelo Caetano a render-se e a demitir-se. Atingiu o posto de tenente-coronel, recusou cargos de poder. É o mais puro símbolo da coragem e da generosidade dos capitães de Abril.
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