As eleições são já daqui a cerca de três meses. É com alguma nostalgia que relembro as últimas eleições americanas. Há quatro anos atrás, ficava acordado até de madrugada a acompanhar os resultados das primárias e a forma como o Obama se digladiou contra a Hilary Clinton e mais tarde contra John McCain. Desta vez, anda tudo muito mais calmo.

Será Mitt Romney capaz de derrotar Barack Obama?

Penso que a resposta está na Economia. Tudo dependerá da forma como os indicadores económicos evoluírem nos próximos meses, especialmente a taxa de desemprego. Se as coisas não melhorarem, o Obama irá fazer companhia ao Gordon Brown, Sarkozy, Berlusconi, Zapatero e Sócrates.

Espero bem que não!

Só de pensar no ultimo bush e no sem numero de coisas estupidas e sem jeito que aconteceram tenho arrepios!!!

Mitt é um gajo demasiado esúpido para poder mudar a América. Mas a América ainda tem que desalavancar mais, e logo, afundar mais.

Penso que os yankees já perceberam isso, e que o Mitt não tem capacidade para gerir essa situação.

Umas semanas antes, poderás deliciar-te com análises pormenorizadas aqui:
http://margensdeerro.blogspot.pt/

Agorra é assim, eles podiam era meter lá a Sarah Palin!

Isso era que era

Aquilo é mais cultural do que outra coisa. Não há aqui questão de personalidade. Essa é triturada pela "Máquina".

O que vai acontecer é que o Obama vai para segundo mandato e, a não ser que aconteça algo de excepcional que ultrapasse o próprio Presidente (e no qual ele tenha de intervir), ele entrará para a galeria de presidentes norte-americanos dos quais ninguém ouviu falar.
Minto! Ele entrará para a História como o primeiro presidente negro dos EUA — o que ainda é pior. Entra-se para a História por mérito ou desmérito e não pela cor da pele. Essa, não faz nada pelo povo em geral.

E pronto! Começou a corrida ao lugar na História.

Com a chegada da "Curiosity" a Marte, Obama declara que é um feito tecnológico sem precedentes, que será lembrado como um marco de orgulho nacional e futuro".

Mas afinal, pergunto eu, quantas sondas já estivera em Marte?

Obama diz ainda que os EUA "fizeram história" com esta conquista. Até agora é como se fizessem história com a quarta conquista do castelo de Alcácer do Sal. Mas no que diz respeito a Marte, qual conquista?

E continua, "E o sucesso desta noite lembra-nos que a nossa supremacia — não apenas no Espaço mas também na Terra […] sempre fez da nossa economia a inveja do mundo."

Et voilá! Aqui está a contextualização para as presidenciais. Entre outros fait-divers, se Romney não enviar uma sonda a Marte que chegue lá em tempo recorde, descubra um lençol freático que possibilite um êxodo e dê de caras com algum alienígena, sob qualquer forma, esta corrida já perdeu.
Agora só falta arranjar uma nova guerra (talvez na Síria), acabar com outras ou retirar delas, anunciar que o Futebol Americano e o Basebol se tornaram os desportes de eleição em todo o mundo e que os Simpsons são de inspiração europeia, pois uma família de classe média americana é tudo menos aquilo.

Bem sei que as generalizações são perigosas, mas como as bruxas, que as há, há!

Caro onfrade gente man,

Tudo é possível na América!

Já houve, pelos dois presidentes americanos que não conseguiram a reeleição, Jimmy Carter e George Bush pai, democrata e republicano respectivamente.
Já houve candidatos bem posicionados que foram derrotados em plena campanha, Garry Hart e Micheal Dukakis. Uns por gaffes outros por escândalos com gajas muita boas, como a Donna Rice.
Já houve reviravoltas de última hora, como foi o caso do John Kerry ou Al Gore.
Tudo é possível.

É óbvio que o Obama tentou tirar partido do Curiosity, mas acho que a arma de campanha dele será a liberalização do casamento entre gays. Depois da abolição da escravatura, será a maior mudança nos Estados Unidos. Olhe que o lobby gay é poderosíssimo e consegue mobilizar bom-vivants de Miami, cientistas de Silicon Valley, actores de Hollywood, correctores do Nasdaq e muitos, muitos anónimos da sociedade civil. É essa votação que fará a diferença e se ele ganhar poderá eventualmente ficar na História por esse facto.

Quanto à guerra na Síria, tenho dúvidas que eles se envolvam, porque a crise financeira é grande e não há dinheiro, os aliados europeus também estão em crise, a Síria fica numa região geo-estratégica que é do interesse da Rússia, Irão e China e acima de tudo a opinião pública norte-americana não está para aí virada. O X é a elevada taxa de desemprego que é inversamente proporcional às intenções de voto.

A Sarah Palin (toda beata e tal...) tem pinta de ser uma belíssima b.a.d.a.l.h.o.c.a!...

Caro Confrade Pedro Onze

Globalmente sou levado a concordar com a sua análise. De facto, tudo é possível nos EUA.
Mas daí a ficar na história pela liberalização do casamento gay, já tenho as minhas reservas. Primeiro porque os EUA não são um país percursor neste assunto (bem sei que também não o foram na abolição da escravatura, mas tiveram uma Guerra Civil a projectá-los na cena internacional).
Em segundo porque, apesar do lobby gay ser poderosíssimo, os EUA são, tradicionalmente, um país conservador nestes aspectos e Obama poderá arriscar-se é a perder muitos votos, para ganhar apenas os daqueles que andam na crista da onda.
Em terceiro, factor mais subjectivo, entra a questão ego versus poder. Será que Obama quer mesmo ficar conhecido por ser o 1º presidente negro e apoiante dos casamentos gay na História dos EUA? É isso que quer deixar como legado, como o seu testemunho, como a sua marca no devir da História?

Aguardemos os próximos episódios e as próximas sondagens!

Eu é mais GPs.

A propósito da senhora na berlinda, vi recentemente este filme, e recomendo...

Noutra nota... Ou o tão falado lobby gay começa a abrir também os cordões à bolsa, ou o Mr. Obama vai ver-se negro com as finanças da campanha...

Caro confrade Gentle Man,

Uma coisa é certa: Mitt Romney terá melhor votação que Sarah Palin, isto sem saber quem ele escolherá para vice-presidente.

Os republicanos que se ponham a pau. Até costumam ter candidatos muito fortes e já tiveram presidentes que obtiveram excelentes resultados económicos, como o Ronald Reagan, por exemplo. No entanto para mim, o melhor presidente da minha era foi Bill Clinton. É o poder da comunicação a funcionar e o Paul Smith do New York Times chegou a afirmar que Clinton foi na verdade o primeiro presidente negro dos EUA. É que toda a comunidade negra revia-se nele. Aquelas gargalhadas de boca bem aberta, aquela forma descontraída de estar e aquela queda pelas mulheres (Mónica... e tantas outras). Se pudesse candadatar-se novamente...

Caro Pedro Onze,

Estamos de acordo em tudo.

Quanto ao Bill Clinton, soube fazê-la toda. E penso que lhe saía naturalmente… até com a Mónica!

Embora pense que o Clinton não lhe chegou aos calcanhares, foi uma aproximação, há muito aguardada e desejada (qual D. Sebastião), ao estilo JFK, mas com um pouco menos de classe. Faltou-lhe uma Marilyn e uma Jacqueline.
Mas a aproximação às massas e aos pequenos dramas do quotidiano foi feita de forma magistral.

Exacto. viewtopic.php?p=565910#p565910

E eu também confrades Tinoni e Castorp!

No entanto acho que poderá vir a ser tema de campanha. Lembro-me de vários candidatos que foram derrotados por terem tido aventuras extra-conjugais ou assediado sexualmente algumas gajas boas. Houve também casos de presidentes em exercício como o JFK e o Clinton que foram afrontados pelos mesmos motivos.
Não me admiraria que agora as baterias fossem apontadas aos gays até porque acho excessivo o fundamentalismo que se vive na América sobre matérias relacionadas com o sexo. Todos se lembram como o Tiger Woods foi trucidado pela imprensa só porque é putanheiro.