Texto de José Pacheco Pereira :


http://abrupto.blogspot.pt/2013/06/o-politicamente-correcto-faz-mal-cabeca.html



Muito bem dito, penso eu de que...A reportagem que é referida no texto, também me surpreendeu um pouco quando a li.


Alguém já leu o livro que ele refere: "Isabel do Carmo, GPs de Prisão" ?

Até costumo gostar do JPP mas este texto é idiota. E o livro da IC que refere tem 10 anos. Muita coisa mudou.

"Mas o uso destas expressões politicamente correctas como o “trabalho sexual”, mostram apenas que se tem uma ideia abstracta daquilo que se está a falar, introduzem um efeito de acalmia e “normalização” numa situação que é tudo menos normal."

absolutamente certo !
prostituição é prostituição ponto !
que raio de conversa dita erudita ...
porra, não vamos confundir as coisas


"Leiam o livro já antigo e talvez esgotado (é para isso que servem as bibliotecas) de Isabel do Carmo, GPs de Prisão, escrito com base no seu convívio com prostitutas reais e não como as que aparecem em teses mais ou menos assépticas dedicadas ao “trabalho sexual”, esse eufemismo politicamente correcto."

a maioria das causas e das consequências são as mesmas, e não é com eufemismos que ajudamos a resolver alguma coisa ... digo eu

Tinoni : já leu o livro? O que retrata exactamente?
Como é que já está ultrapassado?

Texto idiota? Aposto que uma grande parte das pessoas, que o lerem, assinam por baixo, principalmente mulheres...não vejo onde está a idiotice...parece-me um texto profundamente humanista e equilibrado de alguém que como não recorre a prostitutas, não tem qualquer interesse em defender seja o que for e pode analisar de forma mais livre ou objectiva a situação.

Eu também gosto do JPP, Tinoni, acho que é das pessoas mais inteligentes na vida pública.

Kwacha : pelo que percebi, ele critica esta tentativa de limpar a referência e a realidade da prostituição, chamando-lhe trabalho sexual como se fosse uma coisa qualquer e normalíssima, com a mesma dignidade,consequências e realidades do "trabalho normal".


Quanto a estudos , li um realizado recentemente por um investigador da Univ do Porto, que se envolveu durante uns anos com prostitutas para realizar uma série de entrevistas sobre a vida delas...é pena que não o tenha comigo porque tinha lá muita coisa boa...

Havia de tudo: estudantes, meninas, pitas sem problemas com isto, com namorados e que escondiam, divorciadas, etc...

Aquilo que reti desse livro foi que na sua maioria, elas não gostavam daquilo e só queriam despachar ...Quando questionadas sobre os homens que as visitavam, acho que a maior parte os desprezava ou não tinha grande opinião deles...a palavra "nojo", estava lá.

Hei-de ver se o encontro um dia, porque é um estudo sociológico valioso.

Neste post viewtopic.php?p=679413#p679413 e no seguinte a Patrícia explica porquê.

O que não diminui nada de importante a admiração que tenho pelo JPP.

Só faltou explicar o porquê dessa diferença, para além da opinião pessoal do autor e de um assertivo "Ponto".
Dizer "É assim porque eu digo que é assim. Ponto!" parece pouco enquadrado no que costuma ser a produção
intelectual do JPP...

Confrade gpmonger, não posso estar mais de acordo consigo. Considero o JPP um completo bluff. Quando não tem um argumento insofismável que confirme uma tese, usa aquela técnica do "e ponto", como se de um dogma se tratasse. Neste país, acaba por brilhar, pelo facto de ser uma pessoa razoavelmente articulada e com algum mundo, de resto, é um repositório de lugares comuns com uma capa de intelectual sofisticado. Além do mais, escreve mal e é um bimbo com tiques de guru.

O Ricardo Araújo Pereira é que o topou bem cedo, aproveitando para o reduzir àquilo que ele vale, no blogue Gato Fedorento, dando-lhe bailes incríveis sobre variadíssimas situações em que o JPP se punha a jeito.

Ainda por cima é mentiroso, mas mente com tanta convicção e argumentos difíceis de escrutinar, que parece ser o gajo com maior nível de inside information a seguir ao outro bluff que dá pelo nome de Marcelo Rebelo de Sousa.