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O acordo tripartido já era
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Rima
Registado: 28 Out 2008 Mensagens: 125
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 O acordo tripartido já era
O que fazer com estes politicos que só nos desgovernam e que põem os interesses partidários e pessoais acima dos interesses do País?
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20 Jul 2013 |
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jigas77
Registado: 12 Ago 2012 Mensagens: 225 Localização: Lisboa
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 Re: O acordo tripartido já era
Eu sei bem o que fazia com eles: mandava-os p as Selvagens uma boa temporada a pão e água. Mas o Povo gosta de ser enganado pelos partidos...... 
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20 Jul 2013 |
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Inandout
Registado: 08 Jan 2013 Mensagens: 558
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 Re: O acordo tripartido já era
Claro que gosta! Senão como é que se explicava que as ultimas sondagens dêem quase 80% de intenção de votos nas 3 associações criminosas do costume?
Importa dizer sempre que não houve nenhum golpe de estado em Portugal, nem temos um estado fascista (assumido pelo menos): Todos estes políticos estão lá eleitos pelo povinho! E vão continuar a estar lá eleitos!
Daí a conclusão: Este país tem os políticos e as políticas que querem e merecem!
Vota PS! Vota PSD! Vota CDS!
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20 Jul 2013 |
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Grosso007
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 Re: O acordo tripartido já era
Inandout Escreveu: Claro que gosta! Senão como é que se explicava que as ultimas sondagens dêem quase 80% de intenção de votos nas 3 associações criminosas do costume?
Importa dizer sempre que não houve nenhum golpe de estado em Portugal, nem temos um estado fascista (assumido pelo menos): Todos estes políticos estão lá eleitos pelo povinho! E vão continuar a estar lá eleitos!
Daí a conclusão: Este país tem os políticos e as políticas que querem e merecem!
Vota PS! Vota PSD! Vota CDS! O nosso GRANDE PROBLEMA ou seja o nosso PROBLEMA DE BASE é o sistema eleitoral. Vou postar aqui uma análise que com clareza explica qual a nossa situação no que diz respeito ao sistema eleitoral! Com este sistema estamos fritos!
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20 Jul 2013 |
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Grosso007
Registado: 04 Set 2012 Mensagens: 557
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 Re: O acordo tripartido já era
Devo dizer que há cerca de 13 a 14 anos que tenho um problema com os partidos e o modo como se organizam para gerir o poder do Estado. Tenho um problema grande com o modo como os membros dos partidos acedem ao poder neste país.
Tenho para mim como certo que o grande problema nacional é o SISTEMA ELEITORAL, que, tira ao eleitorado os mecanismos de escrutínio que qualquer democracia avançada deve ter.
Segue-se abaixo uma análise de como o sistema eleitoral português é um verdadeiro cancro para o país e que, a persistir por muito mais tempo sem uma reforma urgente, vai nos levar como país para o abismo, se é que já lá não estamos.
1> PARLAMENTO: A CASA DA PARTIDOCRACIA - Os portugueses não têm os direitos políticos dos outros europeus. Não podem sequer escolher os candidatos que são "eleitos" para o parlamento. O "julgamento nas urnas" é um logro, pois os candidatos colocados nos primeiros lugares das listas dos maiores partidos têm garantia prévia dum lugar no parlamento. Não há julgamento sem possibilidade de penalização, mas os portugueses não têm maneira de penalizar os candidatos nos "lugares elegíveis". Podem ser espiões ou maçons, não interessa. A ida para o parlamento não depende dos votantes, que apenas decidem a distribuição relativa de 230 lugares fixos. A raiz do problema é a eleição dos deputados não ser individual, nominal.
2> EM ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS NÃO HÁ VENCEDORES ANTECIPADOS - É sabido que faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. O sistema português não cumpre este critério. Nas eleições legislativas, há dezenas de lugares no parlamento que já estão decididos, não importa como o eleitorado vote. São os "lugares elegíveis", os primeiros lugares das listas dos partidos. Garantem um lugar, não importa como o "eleitorado" vote. Como não existe uma relação entre o voto e a atribuição dum lugar de deputado, os deputados NÃO representam os eleitores. Seguramente representam alguém, mas não é quem vota.
3> AUSÊNCIA DE ESCRUTÍNIO ORIGINA DESGOVERNO E CORRUPÇÃO - O sistema de "listas fechadas" teve muitas e graves consequências para Portugal: A) Os barões dos principais partidos não podem ser desalojados do parlamento pela via dos votos e vivem numa perpétua impunidade. Mesmo quando a votação do partido está em baixa, têm muitos "lugares elegíveis" para onde se refugiar. B) CORRUPÇÃO: os lóbis contornam o eleitorado e agem diretamente sobre os caciques parlamentares para fazer valer os seus interesses. Na prática, são os lóbis que têm representação no parlamento, não os eleitores. C) Surge o "fosso" entre "os políticos" e o "País Real". Cresce o sentimento pouco saudável de um político é, por omissão, um vigarista ou malfeitor.
4> IMPEDEM-NOS DE FAZER A NOSSA PARTE NA RENOVAÇÃO DOS PARTIDOS - D) A ausência de voto nominal bloqueia a renovação interna dos partidos. "Renovação" é uns serem substituídos por outros. É o papel do eleitorado indicar quem vai e quem fica, através dos actos eleitorais. O natural é que novos candidatos que tenham mais votos substituam políticos menos votados e ascendam gradualmente às chefias dos partidos. Mas se o sistema eleitoral impede os eleitores de expressar preferências dentro duma lista, está a impedir o eleitorado de exercer o seu papel na renovação dos partidos. Em consequência, perpetuam-se os caciques e apenas os que têm a sua anuência sobem nas estruturas partidárias.
5> OS PARTIDOS NÃO ESCOLHEM BONS DEPUTADOS - E) Listas fechadas à ordenação pelos votos produzem elencos parlamentares altamente desequilibrados. João Duque afirmou na TV ter examinado o CV de cada um dos deputados e constatado que nenhum teve experiência de integrar os quadros de administração duma empresa. Os desequilíbrios são nítidos a muitos níveis, por exemplo na representação desproporcionada de maçons e juristas. Basta recordar as frequentes cenas embaraçosas envolvendo deputados. Se fossem os eleitores a ordenar as listas, os partidos estariam sujeitos à concorrência a nível dos candidatos individuais. Passariam a propor bons candidatos, pois arriscar-se-iam a perder votos para partidos com candidatos melhores.
7> NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS POR POLÍTICOS QUE NÃO PODEMOS ESCOLHER - Se analisarmos o sistema português, percebemos como é injusta a ideia de que os cidadãos têm culpa porque elegem os políticos. Não é verdade: os portugueses votam mas não elegem - e até são bastante exigentes, mas não dispõem quaisquer meios para impor a sua exigência. O regime nega-lhes praticamente todos os direitos políticos habituais em democracia. Não podem concorrer a lugares de deputado fora dos partidos. Não podem expressar preferências dentro duma lista e só votos em partidos entram nas contagens. Logo, não podem negar o voto a políticos ou a partidos. Os deputados podem sempre indeferir as petições e bloquear iniciativas legislativas e referendárias, etc, etc.
6> LUGARES ELEGÍVEIS: ZONA DE CONFORTO DOS BOYS - Não é por acaso que os políticos nunca falam do sistema eleitoral. Não querem que os cidadãos se apercebam das diferenças em relação aos outros países e comecem a exigir mudanças na sua "zona de conforto". Livres do escrutínio, os partidos capturaram não só o sistema político, como o próprio regime e as instituições do Estado. Os problemas de excesso de peso do Estado, corrupção e desgoverno vêm todos daí. É por isso que a denúncia de actos escandalosos nunca resulta em penalização (até é recebida com indiferença!). O pior que pode acontecer a um cacique partidário é passar o mandato seguinte no parlamento. Mas o sistema não dá meios para o tirar de lá.
8> QUALQUER DEMOCRACIA MODERNA TEM O VOTO NOMINAL - O sistema português é o "sistema proporcional de listas fechadas". As listas são "fechadas" porque a ordem pela qual os lugares são distribuídos é a IMPOSTA pelo partido. Naturalmente, os políticos evitem esta designação, preferindo "sistema representativo" - mais outro logro. Na Europa, quase só é usado na Albânia, Ucrânia e Rússia (e Itália, nas eleições nacionais). Existe um sistema "parecido" - listas "abertas" - em que a ordem das listas é em função de quem tem mais votos. São muitos os países europeus que o usam, incluindo a Itália nas eleições municipais, regionais e europeias, mas também Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Finlândia, Noruega, Suíça, Suécia, etc.
9> NÃO HÁ BONS ARGUMENTOS CONTRA LISTAS ELEITORAIS ABERTAS - Não é possível desbloquear a partidocracia sem introduzir o voto nominal. Mas para uma reforma eleitoral se concretizar, é essencial que esta seja simples e pacífica e não pode dar pretextos para negociações "intermináveis" entre bancadas. Uma hipótese realista é o sistema PASSAR DE LISTAS FECHADAS PARA LISTAS ABERTAS. As listas são incluídas no boletim de voto para os eleitores as ordenarem em função de quem tem mais votos - ditos preferenciais. Se esse voto também contar como um voto na lista, o método de D'Hondt pode continuar a ser usado tal como agora, bem como os actuais
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20 Jul 2013 |
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gup
Registado: 13 Fev 2009 Mensagens: 6686
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 Re: O acordo tripartido já era
Um dos problemas é que em Portugal quase já só quer ir para político quem já é meio malandro ou meio maluco! Desde cedo... Lembro-me bem "dos maluquinhos" da política que conheci quando eram mais novitos... Eu na universiadae era bastante activo em actividades paralelas aos estudos, e conheci bastantes jovens que tinham apetência para a política, pois eles costumavam também envolver-se em algumas dessas actividades. Assim de repente, que me lembre, a imagem que eu tinha da maioria das pessoas de cada uma das facções era mais ou menos isto: Os que andavam nas juventudes do PS e do PSD não costumavam ser excelentes estudantes, percebia-se que eram ambiciosos a nível pessoal, queriam ser ricos, pareciam na maioria sensatos, e tinham quase sempre jeito para perceber onde podiam arranjar contactos uteis para eles. Costumavam ter jeito para coisas relativamente a negócios, e alguns eram malandrecos em certos aspectos da sua vida social. Os da juventude do CDS eram quase sempre de boas famílias, e apetecia-lhe quase sempre liderar mesmo que não tivessem competencia para isso! Não costumavam ser muito amigos de ajudar. Se existisse um grupo de pessoas a fazer qualquer coisa, eles ajudavam pouco na tarefa, mas no fim lá apareciam eles todos pimpões para receber os louros como se tivessem feito muito. Mas costumavam ser bons a ter a iniciativa, embora arranjassem sempre iniciativas que os favorecesse pessoalmente de alguma forma. Os das juventudes de tudo o que existia na altura de esquerda eram quase sempre meios hippies, fumavam quase todos uns valentes charrecos, e estavam sempre com vontade de fazer greves e revoluções de formas demasiado agressivas e extremistas. As grandes qualidades que lhes conhecia era que eram muito preocupados com a ecologia, e pareciam ser relativamente justos. Mas eram quase sempre demasiado exagerados, em quase tudo. Obviamente existiam excepções... As reuniões nacionais de associações de estudantes eram um riso. Só de olhar para um gajo ou para uma gaja e depois de 1 minuto de conversa, eu conseguia dizer com elevado grau de certeza 2 ou 3 hipóteses do curso que frequentava (e na maioria das vezes 1 delas estava certa), e de qual partido era. O pior era quando as facções discutiam que nem doidos, insultavam-se, e no entanto as propostas que queriam que vingassem chegavam a ser praticamente iguais. Mas a rivalidade entre eles era tão grande que isso toldava-lhes o raciocínio. Chegava a ser ridiculo... do estilo de estarem a dizer exactamente a mesma coisa, mas a discutirem em alto e bom som como se estivessem a defender ideias completamente antagónicas. E se um deles de repente se apercebesse que estavam a defender a mesma ideia, mesmo que à partida achassem que aquela era a melhor ideia, então iam mudar qualquer coisa na ideia, só para serem diferentes dos rivais, e poderem discutir mais um pouco. Surreal... O pior de tudo é que me fui apercebendo que alguns subiam na hierarquia das suas juventudes, não por serem mais inteligentes, mas sim porque eram mais activos, a colar cartazes por exemplo! Portanto o líder poderia ser o melhor colador de cartazes do grupo, sei lá... Alguns desses estão agora na Assembleia ou em outros cargos de poder! Quando me lembro dos que eles faziam e diziam com 18/19/20 anos, não me admiro nada do estado em que estamos... 
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20 Jul 2013 |
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Radar
Registado: 15 Nov 2006 Mensagens: 11757
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 Re: O acordo tripartido já era
Excelente post Grosso007 realmente é isso... faria falta as eleições serem para eleger PESSOAS e não listas de partidos cheias de malandros e ladrões com lugares cativos que nem sequer depois se podem punir pelo voto...
_________________ ...ايام ليأخذ كل شيء
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20 Jul 2013 |
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kwacha
Registado: 08 Jan 2011 Mensagens: 8708
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 Re: O acordo tripartido já era
Confrade Grosso007 Eu tinha um pouco mais de calma ok A Alemanha, a França e a Espanha têm círculos uninominais nos seus sistemas eleitorais para o parlamento ? A resposta é não ! Mas o Brasil tem um exemplo muito dignificante ... os eleitores votaram no Tiririca ! Tem sido um enorme contributo para o descrédito ! Os italianos elegeram um humorista, que sofreu uma metamorfose, e agora é um verdadeiro palhaço louco no parlamento italiano ! Em democracia, os eleitos costumam ser uma amostra representativa dos eleitores. Os defeitos e virtudes dos cidadãos estão relativamente espelhados nos políticos. Temos de ter cuidado, as boas soluções não são fáceis, e muito menos perfeitas. O mundo está bastante perigoso para embarcarmos em aventuras sem destino. A democracia portuguesa até funciona com razoável normalidade. O seu maior adversário é o próprio eleitorado, não são os partidos. Três exemplos simples da afirmação anterior: Oeiras / Isaltino Morais; Felgueiras / Fátima Felgueiras; Madeira / Alberto João Jardim; Três políticos hostilizados pelos media e ostracizados pelos partidos conseguiram impor-se pessoalmente às redes nacionais. Como ? Com a ajuda dos eleitores, porque estes últimos se identificam com esses políticos, para o bem e para o mal. Eu não quero alterações à lei eleitoral para a Assembleia da República, que permita um dia termos uma verdadeira corja no governo. 
_________________ a sorte dá muito trabalho
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20 Jul 2013 |
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