Esta é a conclusão de quatro investigadores que estudam há anos o sector e entrevistaram mais de duzentas trabalhadoras do sexo em Portugal. Prostituição já conta para o PIB.
As trabalhadoras do sexo querem a legalização da sua actividade, pagar impostos, descontar para a segurança social, e beneficiar como os restantes trabalhadores de direito à reforma e a baixas médicas por doença, avança o Jornal de Notícias. Estas são conclusões da investigação de Carlos Silva e Rafaela Granja, da Universidade do Minho, e de Fernando Ribeiro e Octávio Sacramento da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, que dedicaram os últimos anos ao estudo da prostituição feminina, contando com 200 entrevistas a mulheres que trabalham na rua e em casas de alterne na zona Norte do país.

"As mulheres (neste estudo só analisamos a prostituição feminina) querem ter direito à reforma e que a sua actividade seja considerada um trabalho com descontos para a segurança social e pagamentos de impostos. Querem, por exemplo, ter direito a baixa quando estão doentes" afirma ao jornal Carlos Silva, que continua: "querem ter quem as represente, querem trabalhar em segurança, querem ter acesso a cuidados de saúde e, sobretudo, querem acabar com o estigma de pertencerem a uma economia paralela".

Segundo o investigador, reformas como as que foram implementadas na Holanda, Alemanha ou Reino Unido no sentido de regulamentar a profissão são "vistas como uma conquista efectiva de direitos e como uma plataforma de novas reivindicações" que denuncia "todo um submundo que escapa ao controlo legal, sanitário e fiscal e que, ao que parece, ninguém tem vontade de resolver", apesar de ser "um fenómeno em expansão".

Desde o ano passado que actividades ilegais, como a prostituição, passaram a contar para o cálculo do rendimento gerado pela economia, passando a integrar as actividades contabilizadas no Produto Interno Bruto (PIB).

http://www.jornaldenegocios.pt/economia ... ocial.html

Era engraçado começarem a aparecer as facturas emitidas pelas prostitutas no portal do e-factura...

O problema é se alguém te quiser lixar e der o teu nif, para a fatura e depois como explicas isso à maria...

Não sei se esses estudos estão bem feitos! Só falam das da rua e casas de alterne, mas há muitas outras.
Eu pessoalmente acho que ficar legal é importante, e ter direitos como todos os outros, só acho é mal se para isso a actividade seja denominada pelo nome correcto. Ora então vou preencher a papelada das matriculas dos putos e pergunta, profissão, "Prostituta"... a secretária fica a olhar pra mim...e se isto for num colégio religioso então... Outra coisa é a SS. Se já assim é uma treta lidar com estas situações, porque acham que uma prostituta é pior mãe que outra mãe qualquer, agora imagine-se a ter que se revelar a profissão que se tem.
Ou seja, se já estamos meio desprotegidas, quer me parecer que depois ainda ficariamos era pior. Portanto que seja possivel uma legalização sem total exposição dos factos.

A prostituição não é proibida, ponto.
Se as GP´s quiserem fazer descontos podem perfeitamente colectarem-se com uma qualquer profissão liberal.
Existem dezenas de opções para escolherem a actividade desde mulheres-a-dias (ou a horas) até tradutoras ( para as do leste).
Depois é só optarem pelos descontos mínimos ou valores superiores se quiserem.

Depois dessa "dica" só resta dizer...
Não basta SER é preciso querer SER PAGADOR(A) DE IMPOSTOS.

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Depois teriam os inspetores da ASAE a fiscalizar as condições do local onde recebem os clientes...
Se calhar depois vinham aqui fazer uns TDs, conforme manda a lei, podia ser tipo certificado energético...

Mas esta questão é mesmo que todas as gps podem estar legais, no entanto não sei se por falta de informação ou de vontade, não o fazem e dizem que gostariam de o estar. Isso é que não entendo, e pela noticia que li, querem um representante, isto quer dizer o quê propriamente? Um patrão??? Tipo fábrica de Gp's???

Sinceramente não sei que estudo fizeram, mas penso que deviam começar pela questão "sabe que pode legalizar-se?"

acho que do ponto de vista das GPs a legalização não traz grandes vantagens, tudo o que poderia trazer as próprias podem fazer por si só.
se quiserem despontar e ter SS, podem-no fazer como trab ind ou por conta de outrem, como massagista ou como terapeuta (é mais genérico e menos sujeito a outras interpretações)
do ponto de vista do estado já vejo que traga vantagens, é mais uma fonte de impostos.

Eu sou a favor da legalização da atividade, mas com alguns cuidados.

A partir do momento da legalização as casas podem recorrer aos centros de emprego.

Então e as mulheres desempregadas têm que responder aos pedidos???

Penso que o Confrade ZedoPau disse tudo, dai ter dito tambem que é só uma questao de atitude, pago ou nao impostos...



Olhe que por exemplo na Alemanha isso funciona assim mesmo, e há "gente" por aqui que sabe muito mais disso que eu...

Sim,
Na Alemanha, "as coisas não se fazem a brincar"...
Conclusão, hj em dia o negócio vale um estonteante valor de 15 biliões de euros...
"Atrasadinhos", como sempre e como em tudo, relativamente aos germânicos:
http://s.telegraph.co.uk/graphics/proje ... -paradise/

Numa situação em que a prostituição é legalizada, penso que deveria ser imposto o mesmo tipo de regime que existe na cidade de Zurique, em que existem espaços que foram criados especificamente para estas senhoras trabalharem, espaços que ficam fora da cidade mas que estão identificados por placas e cujas casas têm alarmes de pânico, caso uma das meninas precisar de chamar a policia por causa de um cliente.
Ao mesmo tempo estas senhoras têm de fazer frequentemente exames médicos e apenas podem trabalhar aqui se lhes for atribuído uma licença.

Penso que este é o melhor tipo de regime, na medida que se protegem as profissionais do sexo de clientes perigosos, e temos de dizer que estas senhoras estão muitas vezes sujeitas a agressões físicas sem forma de se protegerem, ao mesmo tempo que no caso de uma delas decidir sair desta vida não estão condicionadas por chulos.

Para os clientes também acaba por ser mais seguro, na medida em que, como seriam obrigadas a realizar exames médicos, não existe o perigo ( na maior parte das situações) destes sairem de lá com mais do que pediram.

Acho muito bem, é (mais um) sinal de atraso do país as coisas ainda estarem como estão. Assim como a legalização e controlo das drogas leves.

Se eu fosse GP, este era o momento em que não quereria nada disso.

Sempre fui a favor da legalização do métier. Mas, do ponto de vista delas, pagar impostos para uma reforma que nem elas nem ninguém irá ter e para uma segurança social em acelerada via de extinção?!!!...