Tenho andado a matutar e... eu detecto algumas razões e indicadores para achar que o Rui Vitória anda a cozinhar um 4-3-3 para a próxima época.

O principal indicador são as recentes aquisições de jogadores do meio-campo.

As razões são mais que muitas.
1º Grimaldo e Nélson Semedo são muito fortes ofensivamente, nos diversos aspectos necessários para isso.
2º Há rumores de propostas por Jonas.
3º É natural de que exista o interesse de fazer subir à equipa principal pelo menos um dos 2 avançados sérvios: Jovic e Saponjic
4º As fragilidades do 4-4-2, quando não se tem jogadores suficientemente bons para isso.
5º Os jogadores mais promissores dos jovens do Benfica, já relativamente prontos a subir à equipa principal, são quase todos do meio campo: Dawidowicz, Guzzo, João Teixeira e João Carvalho.


Comecemos pela 4ª razão... o 4-4-2.
Primeiro, o 4-4-2 é um dos sistemas mais dificeis de operacionalizar, sobretudo quando não se tem jogadores do meio campo com qualidade para isso.
Aliás, Rui Vitória andava à rasca a tentar resolver esse problema, quando descobriu um jogador bom para isso... Renato Sanches. Até lá as coisas não estavam a correr bem.
Jesus, por exmeplo, é muito bom a implementar o 4-4-2, mas até ele precisa de jogadores para isso. Em Portugal ele desenrasca-se bem com William e Adrien. Mas na Europa foi o que se viu. Aliás, já a época passada no Benfica, com Samaris, Fejsa, Pizzi e Talisca como opções, o 4-4-2 não funcionou bem na Europa. Desenrascou às vezes... porque tinha Jonas, que descia muito. O 4-4-2 funciona bem em Portugal porque coloca 2 avançados contra 2 defesas centrais, e isso é um problema com que estes não estão habituados a lidar. Falham nem que seja por falta de prática. É um sistema que funciona bem contra equipas mais fracas, quando se está quase sempre a atacar.
Mas, contra equipas mais fortes todos conhecemos o problema... o meio campo é quase sempre "comido". A não ser que se tenham 2 bons jogadores para isso. Como eram Matic e Enzo. Veja-se o que acontece com William e Adrien, por exemplo. Em Portugal safam-se bem. Mas nos jogos do Sporting na Europa foi uma desgraça, e esses mesmos jogadores nas mãos do Fernando Santos obriga a que ele faça aquela "ginástica" que todos odiamos de colocar jogadores do meio campo nas alas. Estes atacam mal nessas posições, mas são bons a ajudar a "fechar" quando é para defender.

Ora, passemos aos defesas laterais.
Se se tem 2 defesas laterais muito bons a atacar, como se faz para eles poderem atacar muito, sobretudo simultaneamente?
Coloca-se um duplo-pivot no meio campo.
Em Portugal isto é util e tem tanta lógica como colocar 2 avançados, no que toca ao aspecto ofensivo.
No que toca ao aspecto defensivo, as equipas portuguesas mais fracas deixam sempre só 1 jogador na frente, e os 2 defesas centrais tomam bem conta dele.
E na 1ª fase do contra-ataque, as equipas portuguesas atacam quase sempre com 3 jogadores. Para isso são necessários 4 jogadores preparados para responder. O costume é um defesa lateral subir e outro não, e ficar taambém o trinco para responder aos contra-ataques. Mas também se pode fazer isso com um duplo-pivot, se os defesas-centrais subirem ao mesmo tempo.

E quem é que o Benfica agora tem nas alas?
Cervi, Carrilo, Sálvio, Pizzi, Carcela e Gonçalo Guedes. E talvez Zivkovic a chegar.
Destes há 4 muitos bons a jogar por dentro, e a entrarem em diagonais, e a rematarem à baliza... Pizzi, Cervi, Gonçalo Guedes e Carrillo.
Assim, tem lógica que quem fique mais encostado à linha seja o defesa-lateral, mesmo em posições muito adiantadas, e os alas entrarem por dentro, porque são fortes nesse aspecto. Para além disso, esta nem é uma opção unica e previsivel para os adversários. Porque o que o Nélson Semedo e o Grimaldo também têm em comum é o facto de conseguirem entrar bem pelo meio em situações ofensivas. Neste caso, é o ala que "abre" para criar espaço, e eles entram porque também têm alguma capacidade para isso.

Eu vou dizer aquilo que me está a parecer que seja possível.
Benfica vender Sálvio, Carcela... e Jonas.
Já agora, Talisca também, apesar de Talisca ser bom para um 4-3-3.

Assim, nos jogos portugueses contra equipas mais fracas, ficava-se com 2 defesas-laterais muito adiantados, um duplo-pivot, alas com grande capacidade para deambularem no ataque, um ponta-delnaça e um jogador do meio campo com características mais ofensivas.
E assim até existe a possibilidade de voltar a colocar Pizzi no meio campo, jogador que tinha dificuldades nessa posição no sistema de 4-4-2. Ou de aproveitar Talisca nessa posição. E cria a oportunidade de jogar também no meio campo os jogadores talentosos que são Guzzo, André Horta, João Teixeira e João Carvalho, jogadores esses que também têm dificuldades num 4-4-2, pois não têm as capacidades físicas e a intensidade necessárias, como tinham Renato Sanches e Enzo Perez.
Isto permite uma frente de ataque muito aberta, praticamente com 5 jogadores. A dificuldade apresentada aos adversários é obrigar a terem de se preocuparem mais com a largura (em vez de se preocuparem com os 2 avançados).

Nos jogos portugueses contra as equipas mais fortes e nos jogos europeus, o que se temos?
Temos na mesma um 4-3-3, com duplo-pivot, sistema em que a equipa já estará habituada e rotinada a jogar, e com jogadores especificos para esse sistema, mas com algumas pequenas alterações. O avançado será sempre um dos mais rápidos (Jimenez, por exemplo), o mesmo acontecendo com os extremos, por forma a explorar o contra-ataque. O jogador do meio campo mais adiantado poderá ser um dos melhores a defender ou um também um dos mais rápidos, consoante o adversário. Os laterais não subirão tanto, pelo menos em simultaneo, e poderão até ser substituidos por outros melhores a defender, como por exemplo André Almeida.

Assim, saíndo Jonas, e jogando só com 1 ponta-de-lança, ficava-se com o que é normal nestas situações, que são 3 jogadores disponíveis para essa posição. E Jovic, por exemplo, assim já teria mais lugar na equipa.

É o que me parece que se está a compor... Samaris, Fejsa, Dawidowicz e Celis como opções para o duplo pivot.
André Horta, 1 ou 2 jogadores da formação, e talvez até uma aquisição para jogar à frente do duplo pivot. E obviamente, Pizzi, Talisca e até Cervi conseguem jogar nessa posição.
Este Bakic que se falava para o Sporting, se vier, também encaixa bem neste sistema. E a mesma coisa com o tal Nagy.
O mais provável é obviamente não ficarem estes todos, mas o curioso é que quase todos eles encaixam bem neste sistema. E já agora, só por curiosidade, outros jogadores incapazes de jogarem em 4-4-2, mas capazes de jogar em 4-3-3 são Mukhtar e Djuricic.

E agora, algumas curiosidades que não encaixo na categoria de razões ou indicadores:
Há uma coisa "engraçada" em ter um duplo-pivot.
O que é que acontece normlamente quando faltam poucos minutos para acabar o jogo, e a equipa está empatado ou a perder, e precisa desesperadamente dum golo?
Sai um defesa-lateral e entra um avançado. Raramente sai o trinco. Porquê? Porque é quase sempre mais fácil para um trinco ir fechar um dos lados, que é para um dos laterais ir fechar ao meio. Um lateral sente-se perdido ao meio, mas um trinco sente-se relativamente confortável a compensar num dos lados.
Mas quando uma equipa tem 2 laterais muito ofensivos e um duplo-pivot, quem é que se tira numa situação em que se queira colocar mais um avançado? Sai um dos pivots, e fica praticamente quase tudo na mesma. As unicas diferenças são: passa a existir mais um homem presente na área adversária, e menos um homem disponível para defender. Mas o sistema mantém-se o mesmo, e ninguém passa a ter de fazer coisas que não está habituado a fazer.
Por fim, há uma coisa curiosa....
No caso de ser necessário, é possível passar de um 4-3-3 para um 4-4-2 só com uma substituição, mas sempre com 2 composições alternativas no meio campo, quando o inverso pode não ser verdade. Isto é, pode-se passar de 4-4-2 para 4-3-3 só com uma subtituição, mas poderá acontecer não se conseguir ter o típico duplo-pivot. Basta não ter nenhum pivot no banco.
Isto é, quando se tem um duplo-pivot e um jogador de características mais ofensivas em campo, pode-se tirar um dos pivots ou o mais ofensivo para colocar 1 avançado. Assim surgem 2 possibilidades no meio-campo... ou se fica com 2 jogadores mais defensivos (duplo-pivot), ou se fica com 1 mais ofensivo e 1 mais defensivo (4-4-2 à Jesus).
Mas quando se está em 4-4-2 com 2 jogadores de características diferentes, e se tira o avançado para colocar um médio, estamos dependentes de quem está no banco. Poderá estar só médios ofensivos, ou só médios defensivos (como também poderá estar vários médios de características diferentes). Se estiverem só médios ofensivos no banco, por exemplo, não dá para tirar um avançado e colocar um médio defensivo (porque ele não existe no banco), por forma a ficar com 2 médios defensivos.

Assim, resumindo e concluindo, o que permite o 4-3-3 que me parece estar a tomar forma para a próxima época?
Permite...
- a saída de Jonas, permitindo assim que ainda se consiga obter uma receita com um jogador que já está próximo do fim da carreira (pelo menos com um nível de rendimento elevado)
- explorar os pontos fortes de Grimaldo e Nélson Semedo,
- fazer subir da "formação" à equipa principal, com maior probabilidade de sucesso, os jogadores que neste momento me parecem mais bem preparados para isso,
- ter uma equipa mais compacta, sobretudo no meio campo, nos jogos de maior dificuldade; sem deixar de ter um equipa muito ofensiva nos jogos teoricamente mais fáceis,
- resolver de uma forma mais rápida, simples e barata o problema de ter saído Renato Sanches, porque jogadores com as suas características são dificeis de encontrar e normalmente caros.

E foi isto que ocorreu após estas ultimas aquisições, porque nenhuma parece ser óptima para substituir o Renato!!!
Assim, pensei... se não são para substituir o Renato, afinal são para quê?
Resposta possível que me surgiu: para montar um 4-3-3.
E pronto... é isto!

E sim... já sei, já sei... este gajo escreve testamentos que nunca mais acabam... mas TD's népia.... blá blá blá, rebebeubéu, pardais ao ninho...

O regresso do gup em grande, c'a pariu!!!

O "Reduto..." vai bombar!!!!

(TDs...........népia...blá, blá, blá)

O GUP falou muito bem, mas em cima de uma situação que eu não queria nada, mesmo nada.

A saída do Jonas.

O regresso do GUP em grande...

Agora sim, o Reduto vai bombar!!!

Quanto a TDs, pelo menos já li um,blá, blá, blá, pardais ao ninho...

Mas não me me tirem o Jonas...

Óbvio que Jonas é muito bom, todos gostamos muito dele, e sem ele o Benfica provavelmente não teria já o 35, mas ele traz este "problema" ao clube.
Com ele tem de ser 4-4-2.

E os putos que estão mais prontos para subir são quase todos do meio campo, e nenhum consegue entrar facilmente num 4-4-2.
Podem tentar, podem desenrascar, e podem até conseguir... mas acho que não será mesmo nada fácil.
O trinco Dawidowicz poderia conseguir, mas tem de ultrapassar Samaris e Fejsa. Mas com um duplo pivot, já poderia mais facilmente entrar na equipa, ao lado dum deles.
Os outros talvez ainda mais complicado seja. Acho que nenhum deles é tipo tanque de alta rotação, como Renato ou Enzo.

Se Jonas ficar, estes putos provavelmente não vão conseguir ser muito utilizados.
E nós sabemos que o clube pretende que todos os anos alguns jovens passem para a equipa principal.
Basicamente, é quase como se Jonas impedisse ou dificultasse o Benfica de concretizar os seus planos.

O que faz alguma confusão é ainda não ter visto esta opção do 4-3-3 equacionada a sério para próxima época, em nenhum blog, fórum, jornal, etc.
E eu leio muito do que se escreve sobre futebol em Portugal, sobretudo sobre o Benfica. E até agora nada.
Alguém aqui já viu isto ser discutido em algum lado?

E já agora... alguém reparou no numero do Renato Sanches na próxima época?
É o... 35.
Capice?... 35...

4 4 2 ou 4 5 1 ou 4 3 3

Mais do que o modelo o que importa è a dinamica e a superioridade no meio campo
Se jonas sair vem outro PL

Com Jonas é 4-4-2

Sem Jonas é 4-2-3-1 ou 4-3-3 que é quase a mesma coisa.

Mas é complicado alterar quando muitos destes jogadores estão há 4/5/6 ou até mais anos a jogar em 4-4-2.

Com o regresso do gup, o reduto, transforma-se num bunker.


Queremos o 18x2.

Para mim, ninguém pensou no 4-3-3, porque ninguém verdadeiramente acredita que Vitória vá mudar.

Primeiro, porque ainda não tem "estatuto" como treinador, para impor alterações bruscas de sistema...

Se falhasse, lá vinham os sempre avisados, alertar para tamanha aberração, quando as "coisas" estavam tão bem, que conduziu a equipa ao tri, com recorde de golos e pontos...

Depois, lá está, há Jonas...Simplesmente, o melhor e mais influente jogador do clube.

E finalmente, porque tenho a impressão que o 4-4-2 veio para ficar, assim joga o Benfica, Sporting e Seleção e com bons resultados.

Quem não usa, o Porto, com péssimos resultados...

O que me leva a pensar a que, pelo menos para já ( médio prazo), o sistema continuará...

Parece que o zivkovic já chegou a lisboa.

Se assinar pelo Benfica temos extremos para dar e vender...
E este é mais um dos tais sempre pronto a entrar pelo meio.

E agora aparece o Matic, tal como tem acontecido nos ultimos 15 meses, a dizer:

"Falta um DE e um 8"

Falta um DE e um 8.

E por acaso tens razão. Já digo esta merda há mais de um ano.

Fdxxxxx, já era tempo de me fazerem a vontade.

Rodado,

O 4-3-3 não funciona no Porto porque não há Jackson ou Falcão.

No Benfica podia haver com Mitroglou. No Sporting podia haver com Slimani.

Mas numa equipa com Jonas não dá.

Acho que não entendesse bem o que quis dizer.

Claro que qualquer equipa pode jogar em qualquer sistema e, o Benfica também podia jogar, vendia o Jonas( algum interessado havia de aparecer), por pataca e meia e tomava boa nota do que sugeriu o GUP, sobre os jogadores por ele mencionados e estava tudo bem resolvido.

O problema é que há sempre a probabilidade de um falhanço e ai as criticas não seriam meigas, convenhamos, com alguma razão...

Agora, se resultasse, não tenho nada a opor, até porque acho muita logica na solução do GUP, mesmo não conhecendo quase nada dos jogadores que ele falou...

E há outro problema.

Depois das saídas de Gaitan e Renato, com a saida de Jonas, o Benfica ficava sem muito enfraquecido, sem muito do potencial exibido na época passada, tudo apenas em nome, de um sistema de jogo...

Sinceramente, acho muito arriscado...

Mas eu percebi o que disseste. Só frisei que um 4-3-3 funciona quando há jogadores para isso.

O Porto ganhou muito em 4-3-3. Agora faltam-lhe alguns jogadores.

Depois uma coisa, a diferença entre um 4-3-3 e um 4-4-2 é um só jogador. Se tirarem o Jonas ao Benfica e colocarem o Samaris temos um 4-3-3 ou um 4-2-3-1 que é praticamente o mesmo.

Mais importante que isso são as movimentações dentro desse sistema. Ou os extremos são mais abertos permitindo ao meio campo subir, ou os extremos fletem para dentro permitindo aos laterais subirem, fazendo o meio campo as devidas compensações.