Saudações confrades e confradesas!

Visto ser ano de eleições e na sequência de muitos movimentos activistas de direitos ao casamento homosexual e eutanásia, eda legalização de prostituição, venho aqui promover uma sondagem sobre a legalização da cannabis! E como deve haver método para não se passar do 8 ao 80, para já, a intenção será apenas de revogar alguns artigos da lei 30/2000, nomeadamente:

-Artigo 28º -Normas revogadas:
São revogados o artigo 40.º, excepto quanto ao cultivo, e o artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 15/*, de 22 de Janeiro, bem como as demais disposições que se mostrem incompatíveis com o presente regime."

-Artigo 40º -Consumo:
1 - Quem consumir ou, para o seu consumo, cultivar, adquirir ou detiver plantas, substâncias ou preparações compreendidas nas tabelas I a IV é punido com pena de prisão até 3 meses ou com pena de multa até 30 dias.
2 - Se a quantidade de plantas, substâncias ou preparações cultivada, detida ou adquirida pelo agente exceder a necessária para o consumo médio individual durante o período de 5 dias, a pena é de prisão até 1 ano ou de multa até 120 dias.
3 - No caso do n.º 1, se o agente for consumidor ocasional, pode ser dispensado de pena.

No artigo 28º, como se vê explicitamente, foi salvaguardado qualquer cultivo de uma planta tão natural como a erva-cidreira, mesmo que seja para consumo proprio. Resumindo, um individuo não é criminoso se consumir haxixe ou marijuana vendida por traficantes e adulterada sabe-se la com quê mas está sujeito a ser julgado como traficante se cultivar a planta para consumo proprio.
O artigo 40º apoia o que eu disse no paragrafo anterior pois quem cultiva pode colher uma produção bem acima dos limites permitidos para os cinco dias, uma vez que o ciclo da planta vai de março até outubro e não fazia sentido colher apenas para uma semana.
O movimento que defende esta revogação tem-se intensificado pois nota-se que tem havido uma "caça" a quem pratica o auto-cultivo por serem "presas faceis" e ser mais confortavel, prático e compensador (objectivos de carreira) para as autoridades andarem a prender cidadãos integrados na comunidade do que perseguirem os verdadeiros criminosos que respondem com violencia e são dificeis de apanhar...
Quanto ao consumo propriemente dito, a qualidade da substancia é muito maior, os danos na saúde substancialmente menores e não se alimentam economias paralelas. Hoje em dia,qualquer um pode ser traficante mas cultivar não é para todos...

Nota: se houver algum mod que ponha ordem na votação eu agradeço antecipadamente.. não sei criar a opção de votação!

Vá la confrades e confradesas... colaborem neste assunto para ter uma noção melhor do que a sociedade pretende. Democracia é participar, expressar,opinar...

A minha experiência de vida leva-me a concluir que para a maioria dos dependentes de drogas duras o primeiro passo foram as drogas leves, como tal acho que não devemos vulgarizar e/ou facilitar o acesso às mesmas.

Obrigado pela participação confrade

Apenas um remark: a intenção nunca será facilitar nem vulgarizar, mas legislar,ao contrário de banir e não controlar o mercado como se passa agora. Claro q de boas intenções está o mundo cheio e o assunto é complexo.

Completamente a favor do auto cultivo da cannabis... Infelizmente ainda se associa muito que depois do "charro" vem as drogas pesadas...Uma pura mentira...Talvez ver o exemplo holandes nao fosse ma ideia..Talvez devessem andar mais preocupados com o consumo de alcool especialmente de adolescentes, que essa "droga" sim, leva mais depressa a consumir drogas duras.. Nao seria melhor termos tambem coffee shops em Portugal? O estado ganhava com impostos, o consumidor sabia o que fumava e nao estava sujeito a fumar produtos adulterados.. Alem disso nao estariam a subsidiar ate possiveis terroristas que ganham com a venda em especial do haxixe que como sabem vem de marrocos para a Europa.. Porque que o alcool é uma "droga" legal e a cannabis nao? O ano passado na Europa morreram 165 mil pessoas derivado ao consumo de alcool.. Quantos morreram devido ao consumo de cannabis? Só uma pergunta...

O exemplo holandês é realmente um exemplo perfeito, tudo foi muito giro durante muitos anos, actualmente também eles se debatem com o aumento do consumo de drogas duras que tem disparado desmesuradamente.

Não digo que o consumo de drogas leves implique o consumo de drogas duras, o que digo é que a esmagadora maioria de quem consome drogas duras começou nas drogas leves.

Claro. Estou absolutamente de acordo Marc.
Aliás negar isso é igual aqueles que não querem estabelecer relação entre o cancro do pulmão e o tabaco!

No entanto o confrade mariocosta75 tb tem toda a razão com o que diz sobre o álcool. O que não quer dizer que uma coisa “desculpe” ou justifique a outra.

O meu lema é: Abaixo todas as Drogas!

Mai nada Mr.Torpedo
Mas é 1 assunto mto complicado msm...Vejo pelo tabaco...que vicio

epá mas acabar com as drogas é impossivel,anda muita gente a comer a custa dela.se por um lado legalizar era um grande problema por outro deixava de ser o fruto proibido e ai podia diminuir.........ou aumentar .tenho um amigo que só fuma charrada e nao passa disso para bem dele.

Sim, eu tb tenho um amigo que há mtos anos só fuma charros (nem sei se alguma vez fumou tabaco), diz que é por motivos terapêuticos e não o estou a ver com “perfil” para outra coisa.
A questão da legalização é um tema sempre controverso, mas que vale a pena ser discutido.
E se um dia pura e simplesmente deixasse de haver substâncias ilegais?! Isso iria fazer aumentar ou diminuir o consumo?
Imaginem a droga a ser certificada pela ASAE, a pagar impostos, etc, etc. Como seria?

Apenas uma correcção: não há exemplo holandês. Há o exemplo de Amesterdão, sobretudo numa zona delimitada (também se vende em outras zonas da cidade, mas é mais raro), Red Light District, onde é possível comprar canabinoides com a complacência das autoridades, já que apesar da venda se realizar nas famosas coffee-shops, não está regulamentada. É uma situação de tolerância e não uma situação de legalização. Nas restantes cidades, Haia, Roterdão e outras, não há tolerância. O consumo, sim está despenalizado em toda a Holanda.

Já agora e para que conste: sou a favor da total liberalização do consumo e venda de drogas, duras e leves. E não, não consumo qualquer tipo de drogas, para além do tabaco e alcool.

Muito bom Tou a começar a ver debate!

Ha aqui bons argumentos de parte a parte, e concordo com o confrade Marsápio quando defende com a liberalização do consumo e venda de todas as drogas, uma vez que as opções existem na realidade e se somos de facto uma democracia, cada um deve ser livre de se autodestruir se assim entender. Claro que isto pode ser radical mas também acho que as autoridades deveriam, a par da liberalização, empenhar-se em controlar e fiscalizar em vez de proibir e dar o assunto por encerrado, quando já se constou que essa proibição não assusta nenhum consumidor. Quanto ao traficante, se tiver recursos, também se sente salvaguardado face à lei. O dinheiro compra a liberdade, e se não comprar, compra o conforto no xilindró e ainda sobra para gastar à grande durante o resto da vida.

Mas para dar ideia da complexidade do assunto, deixo aqui um link de um documentário considerado muito objectivo e realista pela crítica internacional, mas que em Portugal e até na Europa, nunca foi verdadeiramente divulgado. Está em inglês e não existe legendagem em português (até ao momento). Estou a traduzir eu, com a boa vontade e ajuda de outros foristas, e postarei mais tarde um link com legendagem portuguesa.

"The Union: the business behind getting high"
http://blip.tv/file/1356143/

Apesar de não gostar ser radical em nada, concordo plenamente com esta frase do mr torpedo, tenho uma mão cheia de amigos que no nosso tempo de liceu fumavam um broca ou outra, e que agora estão na merda completamente atulhados nela.

Se bem que existe muita gente que se fique pelo ocasional charrito de vez em quando, mesmo assim representam uma pequena percentagem em relação aos que evoluiram para o uso de drogas duras.

segundo uma sondagem que tive acesso à algum tempo atrás, só aproximadamente 8.5% dos inquiridos, não passaram de drogas levas para as duras, se bem que da % dos que passaram para as duras só 50% ficaram com dependencia total.

Logo votei não a legalização.

Mas acho que tanto o alcool como o tabaco, deveriam ser alvo de outro controlo especialmente nas camadas jovens.

ora aqui está uma ideia com cabeça ...é nos verdes anos que os danos são maiores e se manifestam menos os efeitos psicológicos, que em geral as drogas exercem sobre quem as consome, existe quem consuma uma vida inteira, difícilmente se livra de psicoses e neuroses

Eu prezo especialmente a liberdade individual. Assim, e por uma questão de princípio, acho que devemos avançar no sentido de liberalizar certos tipos de consumos e direitos ao auto-cultivo de cannabis. Até porque já tivemos ocasião de ver que as proibições não nos conduzem muito longe.

Lembro-me do problema que representava o alcoolismo nos anos sessenta e da degradação extrema a que conduzia - tanto dos alcoólicos como dos seus familiares. Felizmente, fizemos largos progressos nessa área e não houve proibições.