Caro Tinoni,

Em 2005 estava no estrangeiro. No entanto lembro-me de ter lido ou ouvido qualquer coisa na altura a respeito do grupo de ballet da Gulbenkian. Só que pensei que o tal lobby da cultura tinha conseguido levar a melhor. My bad...

É que eles são muito poderosos e influentes. Basta ver o que acontece com aos governos que tentam cortar os subsídios ao Teatro D. Maria ou São Carlos, É logo um zum zum nos media e os governos voltam atrás. Havia de ser eu mandar que dizia-lhes como é que era...

Se em 2005 estava no estrangeiro, mais uma razão para ter verificado os factos antes de fazer afirmações. Erradas. E erradas há 11 anos.




São poderosíssimos. Como se viu no caso do ballet Gulbenkian.



Vai estar presente na manif dos taxistas na 2ª feira, não vai?

Tinoni,

Mas verificar que factos? O grupo de ballet da Gulbenkian foi apenas um exemplo e o facto do grupo estar extinto não invalida o exemplo si, que é basicamente sustentar gente que não produz coisa nenhuma, mas posso arranjar outros. Basta ir ali à zona do Rossio/Rua do Coliseu e pode percorrer o teatro D Maria, o Politeama, etc e vai ver quantos desses artistas vivem às custas do Estado. Tirando o Filipe La Féria que de vez em quando faz umas peças que conseguem encher a plateia, tudo o resto não é economicamente viável, ou seja, esses artistas são subsidiados pelo Estado. E aqui coloca-se a questão de fundo: porquê que as outras áreas de actividade que não são auto-sustentáveis têm que declarar falência e fechar as portas e o pessoal da cultura continua a viver de subsídios. Acredite numa coisa, se o grupo de ballet da Gulbenkian fosse viável economicamente, já tinha aparecido um investidor. Se não apareceu e mesmo assim os bailarinos acreditam na ideia então que façam o que toda a gente faz, pedem financiamento à banca ou concorrem aos fundos da U.E. e montam uma empresa.

Quanto ao lobby da cultura, ele é mesmo poderoso. No caso da Gulbenkian não houve recuo porque a Gulbenkian não é gerida pelo Estado, ou seja, a Administração não vai a votos. Penso que tem uma Administração independente do Largo do Rato e da Rua de S. Caetano à Lapa.

Relativamente à manifestação dos taxistas podemos abrir um tópico sobre a Uber e a Cabify. Os taxistas estão a pagar por uma situação que eles próprios criaram. Estou a pensar seriamente passar a apanhar a Uber sempre que chego de viagem uma vez que já me fartei de ouvir os taxistas refilarem quando lhes peço para me levarem do aeroporto até à Expo, isto para não falar das conversas que tenho que ouvir durante o percurso. O taxista da Uber não dirige a palavra ao cliente, não liga o rádio para ouvir música ou relatos de futebol, carrega e descarrega as malas na bagageira e não reclama se o percurso é curto. Enfim, presta o serviço e acabou-se.

Pedro, até o sentido de humor está a perder...

Pedro com toda a sinceridade e não leves a mál, tás a precisar de tirar umas férias no Brásiu, com umas mulatonas a barrarem-te com óleo de coco á sombra dumas palmeiras....

Caro Vicente, não é mau humor ou muito cansaço, mas venha daí uma mulatona do Brásiu. Era capaz de ajudar a relaxar...
Quanto ao tema dos taxistas (e já mudámos do tema da cultura) falo com conhecimento de causa e vou explicar as razões de ter uma opinião bem construída.

Talvez o Tinoni não ande de táxi e quando anda se calhar faz percursos longos e não passa pelo mesmo problema...

No aeroporto de Lisboa os taxistas não querem fazer percursos curtos. A malta que chega de viagens longas de 6-8 horas e que precisa de ir do aeroporto até à Expo raramente encontra um taxista bem disposto. Assim que dizemos qual é o destino ficam de trombas e alguns até refilam durante a viagem com frases como "Phoda-se, estive ali mais de uma hora ou uma boa parte da madrugada à espera de apanhar um cliente e sai-me isto. Até à Expo são 6 ou 7 euros. Isso não dá para nada. Dass, dass, ...".
Face a isto, pergunto, porquê que tenho que levar com estes gajos? Eles têm um problema que não é meu e que têm que resolver.
Um tipo faz uma viagem longa de várias horas, chega cansado, cheio de sono, com os fusos horários trocados e tem que levar com esses burgessos.

É aqui que entra o taxista da Uber ou da Cabify. Eles não refilam, tão pouco falam com o cliente durante a viagem, a menos que seja estritamente necessário ou que o cliente fale com eles e aí respondem, não abrem os vidros para fumar, não ligam o rádio para ouvir música ou relatos de futebol, não andam mal vestidos com as fraldas de fora, não se queixam se a viagem é muito curta, não adulteram as tarifas para fazer mais dinheiro, etc, etc... São as regras da empresa.

Face a tudo isto estou a equacionar passar a usar só a Uber quando chego de viagens longas e com mala de porão.
Quando não trago mala de porão, apanho o metro até à Expo e assim não tenho que aturar ninguém.

Os taxistas têm um problema da equidade da legislação criada pelo governo que foi mais favorável à Uber e Cabify com o argumento de que estes serviços assentam em plataformas electrónicas, mas é um problema que têm que resolver com o governo e não com os clientes.
Na Suécia por exemplo há um preço único definido pelo governo para o percurso do aeroporto de Arlanda até ao centro de Estocolmo, mas esse aeroporto fica muito longe da cidade e assim foi fácil definir um preço. No caso de Lisboa, o aeroporto está na cidade e não dá para fazer isso.
Por exemplo o aeroporto de Boston também está colado à cidade e os taxistas não refilam. Já fui para lá algumas vezes e nunca dei conta. Perguntei também a pessoas que trabalham lá e tal não se passa.

Pedro, faça um esforço, concentre-se só neste fragmento de diálogo:

Tinoni,

Penso que o meu post anterior explica a razão desse fragmento de diálogo.

A melhor opinião é aquela que se constrói com base na experiência vivida e não nos conceitos ou nas ideologias...

[/quote]


Confrade Pedro 11

Acho que o que o confrade Tinoni está a querer dizer é que a sua frase parece conversa de taxista!

Mas posso estar enganado...

Era isso, era. o pedro11, às vezes, faz-me lembrar o Sheldon Cooper: "Sarcasm?...."

Tinoni e confrade poloveira, é capaz de ser isso mesmo...

Infelizmente não tenho cabeça e nem capacidade de perceber certo tipo de frases implícitas ou fazer extrapolações a partir de frases.
Ou as coisas são ditas de forma clara e directa ou então não alcanço.
Deve ser da falta de cultura, de leitura de livros, de visitas a museus e observação de obras de arte. Também de algum stress permanente.
A sério, tudo o que é esotérico escapa-me.

Epá! Pensando bem, o que eu acho é que estar a discutir arte, coltura e educação num fórum de gajas é uma beca abichanado!

Portanto, só para esclarecer, e antes da administração me dar um aviso por comportamento desviante, isto é a minha definição de uma obra de arte:






(ouvi dizer que pratica dança clássica...)

Mas alguém duvida???...

No entanto, sem abixanar , pode continuar-se no tema:


A Toilette de Vénus - Diego Velázquez

Confrade poliveira, concordo com a sua definição de uma obra de arte e essas gosto de visitar.

O culpado de toda esta discussão é o confrade Tinoni que citou e comentou o meu post onde afirmei que não gostava das zona do Chiado e tudo o que tem a ver com o passado.

Chegados a este ponto e depois de tudo o que foi escrito e debatido pelos diversos intervenientes, reafirmo a minha posição ainda com mais convicção porque ninguém foi capaz de me convencer a mudar de ideias.

Já agora deixe-me partilhar consigo outra obra de arte:

Se quer pôr a coisa em termos de combate de boxe... até porque quando alguém não quer deixar convencer-se, não vale a pena.