Até aos meus trinta anos estava-me nas tintas para a personalidade da pessoa em quem “esvaziava” os tomates. Progressivamente a coisa foi mudando, atingiu um limite em que não me apeteceu ir para a cama com uma modelo que, dentro do género anoréxico, era francamente boa, no entanto burra de uma forma confrangedora. Não queria ter a sensação de estar a roubar um xupa-xupa a uma criança.

Quando frequentei GPs de forma regular tive, em vários casos, a felicidade, ou não, de as ajudar a traçar planos de vida e conversar “about the meaning of life”. Essa comunhão proporcionava-nos fodas intensíssimas. Podem dizer, e bem, que isso é subverter o espírito de uma ida às GPs. Mas achei piada que tenha sido assim.

Estou convencido que quando fizer o “meu regresso” é isso que vou continuar a procurar.

Subverter?... eu não conheço outra forma senão essa. O que eu nunca entendi foi o "eu quero é esvaziá-los". Se é para isso uma sarapitola basta.

Completamente de acordo confrade Tinoni! Daí marcar menos vezes, mas sempre 1 hora, para tentar conhecer um pouco a pessoa com quem estou. E ao longo dos anos encontrei várias interessantíssimas (felizmente continuo a encontrar).
Gosto demasiado de mulheres para estar com uma só para os "esvaziar".

Estou de acordo com a parte do esvaziar mas tenho de admitir que quando era jovem dava mais valor à personalidade (mind) do que dou hoje. Talvez por as possiblidades serem diferentes, cada vez escolho mais as boazonas e deixo de lado as intelectuais.

Subscrevo a opinião do confrade.

Claro que o corpo (porque raramente se vê a cara) vai definir as nossa primeira escolha. O que queria dizer, é que depois do 1º encontro, volto á não tão boa, mas onde houve empatia e cumplicidade, e não á boazona que não passa disso (para mim, porque outros a acharão interessante).

Para a parte de "mind" é necessário que haja empatia, para tal não é necessário que seja "intelectual". Muitas vezes ser "boa onda" basta. Até porque, confesso, nunca discuti a "Teoria das Cordas" ou o niilismo nietzschiano com uma GP.

O niilismo nietzschiano já mas fora do horário de trabalho.
Claro que estou de acordo com a questão da empatia, ainda hoje comentava com alguém o quanto gosto das fotos dum estafermo qualquer que anúncia por aí mas não lhe ligo porque não lhe suporto a atitude. Mas a verdade é que eu acabo por passar entre duas e sete horas com as tais com quem senti grande empatia e depois farto-me. Lembro-me de um porradão delas que adorei, pensei que voltaria muitas vezes, se calhar até escrevi para aqui um TD a dizer que as acho fantásticas (e acho) mas depois acabo por não o fazer, por ir sempre atrás do que é novidade.
Mas isto sou eu, não é uma prática que defenda, é o que é, uma questão de feitio.

Empatia é essencial para levantar o dito. Sem algum tipo de "jogo intelectual", a coisa acaba por se assemelhar a uma sessão manual.

Físico e rosto, são essenciais. São o ponto de partida. Mas não chega. É preciso mais.

Não tanto a nível de inteligência ou cultura (que não fazem mal a ninguém), mas da educação e formação. Ou, aparente qualidade da pessoa.

A simples presença ou ausência, dum trivial gesto de educação, pode fazer toda a diferença.
Quando se paga 60, 100 ou mais, parece-me uma exigência elementar.

Cara para mim é o que me faz querer começar.mais que o corpo, a cara. Saber estar, simpatia, educação e querer agradar é o que por norma gera a tal empatia. É o que faz continuar

O rosto (seja bonito ou não), o cheiro (odor perfumado ou não) e a atitude são fundamentais!

O corpo... mais cheio, menos cheio, com sinais, sem sinais, mais escuro, mais claro... é mais do mesmo. Normalmente o que mais me atrai nos ensaios (só vemos o corpo) é o seu natural.

O conjunto dás-nos (ou não) o tesão. O que mais desilude nesta vida é exactamente aquilo que não está presente nas fotos.