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A navalha de occam... é o princípio que diz que para encontrarmos a explicação de qualquer evento, temos de assumir o menor número de premissas possíveis. E as milhentas explicações que foram aparecendo na minha cabeça para explicar a mudança radical da atitude nela, bem como outros comportamentos dela que me deixaram totalmente baralhado, são bem mais complexas do que a explicação mais simples, e é essa que vocês mencionaram. Talvez nunca tenha aceite, porque ela nunca me disse diretamente, porque não começou assim, e não era suposto acontecer.

E estou mais inclinado a pensar que a razão que não me disse diretamente é precisamente porque não se quer meter no meu casamento. Chegou a dar-me conselhos e dizia-me sempre para não ignorar a minha mulher, para lhe levar flores, e que em qualquer altura do casamento é possivel re-iniciar a paixão que se perdeu. Uma vez chegou a dizer-me que estar com ela era uma forma de salvar o meu casamento porque evitava que eu fizesse tolices. Mas nestes últimos tempos, foi-me dando pistas que as coisas mudaram para ela, e eu obtuso e burro, não percebi e não aceitei.

Sim, a aparente rejeição dela este ano sem me dizer porque tornou-me bastante inseguro. Mas o ano passado? As coisas eram bem diferentes. Desligava a razão, e deixava o meu corpo fazer o resto. Os nossos corpos parece que já se conheciam antes, e sabia exatamente o que fazer.

Tenho de falar com ela.

Não é o Amor que é fodido!
Fodido é quando a nossa felicidade se torna dependente de estar com alguém!
Amar verdadeiramente outro, significa ter a capacidade de respeitar incondicionalmente o seu livre arbítrio, mesmo que, obviamente, isso signifique deixar de ver essa pessoa.
Há que guardar as boas memórias e seguir em frente, aberto a novas experiências.
Quem sabe, um dia, voltamos a reencontrar a mesma pessoa e... ou não!

Um gajo vai de férias, e quando regressa tem isto tudo para ler

Pois...é fodido.

é verdade! eheheheh

Caro Freddo,

Não me parece que ela nesta altura quer que tomes uma posição. Acho que essa fase já passou, embora no seu íntimo talvez ela ainda tenha esperança que o faças. Agora, no imediato, parece-me que ela quer que coloques a cabeça no sítio, por assim dizer.

Os nossos casos são semelhantes, embora com algumas diferenças. A tua estava livre para amar. A minha não. Estava presa numa relação, tal como eu. E embora tenham sempre dito que não queria mudar a vida dela, no seu íntimo, devia desejar que eu tivesse sido mais corajoso e tivesse tomado uma posição mais decisiva relativamente ao nosso caso.

Já sei que vou levar nas orelhas pelo que escrevi acima...

Não é uma situação fácil... Boa sorte. Estaremos cá para te ajudar - mais elas do que eu, porque eu sou um racionalista como tu.

Ou talvez já não. Ou talvez já bastante menos. Pelo menos, no que diz respeito à "continuação da espécie": a descoberta da contracepção foi uma machadada valente no "crescei e multiplicai-vos" (o inverno demográfico comprova-o). Tal como o Estado Social e a protecção dos mais fracos colocou o sapiens um passo à frente do "survival of the fittest" - até também pela defesa das espécies animais em risco de extinção.

A "procura do melhor parceiro" é só uma questão de senso comum: ninguém procura o pior parceiro (seja lá isso o que for).

Tinoni, folgo em ver te vivo. Tive receio que tivesses falecido por afogamento por intermédio de con*.

Eu falei em programação do nosso cérebro, que vem da parte mais primitiva do órgão. Não afecta todos por igual, mas numa camada significativa da população isso explica algum vazio ao aproximar a meia idade. Tenho amigos que sempre conheci como putanheiros mas surpreenderam me ao estabilizarem e serem pais aos 40s e até 50s. Não compreendi na altura, mas agora começo a compreender. Para além disso, os meus pais nasceram na década de 50. Quanto mais tempo passa, menos privo os meus hipotéticos filhos de privarem com os avós. Ou comigo.

Nada temas. Nado bem.



O impulso para deixar descendência? Como se da transmissão do seu DNA dependesse o futuro da espécie? Tudo isso investido numa(s) inocente(s) criatura(s) que hão-de à viva força estar à altura da missão? É atribuir uma carga excessiva a uma ejaculação que acertou no alvo.

Não, quero lá saber da espécie humana

Agora, quero saber do deixar os meus genes, que eu acho preciosos

A natureza e a evolução fez nos egoístas em prol da espécie. Também nos deu orgasmos e prazer na procriação para adoçar o acordo.

Até 1960. A partir daí, o sapiens descobriu como separar o prazer e os orgasmos da procriação.



O mundo dispensa mais frotas de autocarros.

Cala te pah. Seria uma tragédia não espalhar os meus genes. Sou de boas famílias.