Concordo completamente com o segundo sentimento. Porque não debater gostos e opiniôes desde que se o faça respeitosamente e amigavelmente? A mim parece-me bem!

Estou para ler o Of Mice and Men do Steinbeck há imenso tempo, penso que tem demorado tanto, porque já só muito raramente é que leio ficção. Do Hemingway li o For Whom the Bell Tolls e não gostei nada. Acho que o facto de ter lido um livro de história sobre a guerra cívil espanhola pouco tempo antes, fez com fantasias do Hemingway parecessem completamente ridículas.

Sobre as gps, e isto é um pouco off topic, não me admira que tenha tido essa experiência. Eu próprio já senti isso com tds que tenho lido aqui no forum e quando chego lá parece que estou com outra pessoa de tão diferente que é da experiência aqui relatada. Mais, eu próprio quando faço uns repetescos ás vezes deparo-me com isso. A primeira vez que lá fui foi bastante bom, a segunda uma desilusão.

Um último ponto. Para quando os TDs das suas experiências confrade ?

Do Hemingway, li Por Quem os Sinos Dobram o ano passado. Recomendo lhe vivamente Ratos e Homens do Steinbeck, assim como As Vinhas da Ira e A Um Deus Desconhecido, também dele.

Estaria a mentir lhe confrade se não lhe dissesse que já tentei escrever uns quantos td`s, utilizando o mesmo modelo que o confrade PapaRuivas utiliza para escrever os seus td`s, mas acabei por não o enviar para a apreciação dos moderadores aqui do Fórum por não os achar bons suficiente. Tenho noção de que os td`s servem sobretudo para informar e que ninguém está há espera de nós uma escrita digna de um laureado do Nobel da literatura, mas mesmo assim lendo e relendo e voltando a lê los e a relê los, não os achei bons o suficiente e por esse motivo é que acabei por não os enviar para apreciação, mas talvez tente novamente.

Grandes saudações para si, confrade.

Confrade por este seu post percebe-se que escreve bem e que fará seguramente bons TD's. Não procure desculpas e avance que certamente será bem recebido pela confraria.

Faço minhas as palavras da moderação e espero que se transformem no empurrão de que parece necessitar.
Clique no "Enviar" sem pensar muito nas consequências. Críticos haverá sempre, nestas ou noutras andanças, mas de certeza que o seu testemunho será bem recebido e útil para a grande maioria.

E eu aceito a recomendação. Ratos e Homens do Steinbeck vai para o topo de lista de leituras e vou lê-lo já a seguir, é só terminar o oitavo volume da História da Civilização do Will Durant, que é o que estou a ler actualmente, e depois sigo para o Steinbeck.

Sobre os TDs concordo inteiramente com a Moderação e com o confrade Samwise. Escreva e partilhe sem medos, pois eu ainda não vi um TD honesto e sincero a ser mal recebido. E se houvesse um estrito e rigoroso controlo de mérito literário (ou até ortográfico), os meus TDs eram os primeiros a serem rejeitados

Steinbeck é um dos meus autores preferidos.
Se me é permitida uma sugestão, começaria por ler "As Vinhas da Ira" e depois seguia para "A Leste do Paraíso", "Ratos e Homens" e "A Um Deus Desconhecido".
São todos muito bons.

Gostava de agradecer ao confrade Daniel Duarte e ao confrade Phallus a recomendação do livro Ratos e Homens que já terminei e li com muito gosto

Para além do livro, recomendo igualmente assistir à adaptação cinematográfica do mesmo, protagonizada pelo John Malkovich e o Gary Sinise, em 1992. É uma das raras adaptações em que, na minha opinião, os que nunca leram o livro, mas apenas viram o filme, foi como se tivessem lido o livro, tal a fidelidade e a estima que o filme demonstrou para com a história de que foi baseado. É uma adaptação muito boa, recomendo.
Ninguém perguntou, mas aproveito para dizer que tenho na minha prateleira para ler O Adeus às Armas de Hemingway, seguido por uns quantos títulos do Sir Roger Scruton, uma voz conservadora que faz falta no pântano esquerdista em que vivemos, mas que infelizmente já não se encontra entre nós. Tenciono depois também ler Os Dublinenses do James Joyce. Já li o seu Retrato do Artista enquanto Jovem e Ulisses. Como já estive na Irlanda, em Dublin, sinto uma especial afinidade por aquele país.

Cumprimentos para si, confrade PapaRuivas. Abraço.

A sério?

Vou ter que ver, nem que seja para ver como Malkovich faz de Lennie. Quando estava a ler o livro não imaginei-o parecido com ele

Eu, em filme, só vi mesmo o The Grapes of Wrath que gostei muito e pelo que sei é um filme muito bem considerado, mas não sei quanto fiel é ao livro.

Do Joyce eu também já li o Ulysses, mas passou-me completamente ao lado. Já ouvi falar bem dos Os Dublinenses e do Retrato do Artista Enquanto Jovem, mas fiquei de pé atrás por não ter gostado do Ulysses. Talvez um dia volte a dar outra oportunidade.

Pela complexidade propositada da sua escrita em Ulysses, talvez este não seja o primeiro livro que eu recomende de Joyce a quem nunca o leu pois vai ficar completamente baralhado, porém, apesar da complexidade do livro, a passagem do solilóquio da Molly Bloom, especialmente as linhas finais em que Joyce repete por três vezes a palavra Sim, Sim, Sim, eu achei muito bonito de se ler, perdoe se me a minha lamechice.
O John Malkovich esteve muito bem como Lennie. Todos no filme interpretaram bem os seus papéis, mas o destaque vai ter que se dar ao Malkovich pela sua atuação.

Um bem haja.

Pois eu percebo. Eu acho que talvez também não estivesse "virado" para ler um livro daquele género na altura em que o li, o que pode ter condicionado a minha experiência com o livro. Por exemplo, a primeira vez que tentei ler a Guerra e Paz do Tolstói, li umas 200 páginas, estava a detestar e desisti. Passado uns meses, voltei a tentar e gostei imenso.

Do Tolstói li apenas A Morte de Ivan Ilitch, e Hadji Murat, mas gostava também de ler Guerra e Paz. O Dostoiévski é outro autor russo que eu também tenho intenções de ler.

Do Tolstói e Dostoiévski já li grande parte das obras deles. Também recomendo Turgenev, nomeadamente os Pais e Filhos.

Escritores russos recomendo tb o Tchekhov.
A propósito de Joyce não existe tradução em português do Finnegans Wake, pois não? Grande falha do mercado português.

Nunca li nenhum romance do Tchekhov, apesar de já ter lido sobre a sua história de vida, especialmente a sua infância. A literatura russa é muito rica. Para além dos gigantes como o Tolstói, Dostoiévski e Tchekhov, recomendo vivamente Alexander Soljenítsin, especialmente o seu Arquipélago Gulag. É um testemunho especialmente forte e ele recebeu o prémio Nobel antes do Arquipélago ter sido publicado, mas, no caso do Soljenítsin, mais importante do que o escritor foi o Homem e no caso dele escrevo Homem com H maiúsculo.
O Joyce, vi o seu Finnegans Wake na Fnac, mas só em versão inglesa. Penso que o Joyce é o único autor que eu encontrei até hoje em que tenho que o ler em português. O Finnegans Wake e o Ulysses, para além da complexidade da escrita, da linguagem e da narrativa, estão repletos de trocadilhos e alegorias que tornam os difíceis de se lerem, especialmente em inglês e gabo me de o meu inglês ser bastante bom, tanto na escrita, como na compreensão. Quanto estive na Irlanda foi o que me safou, se bem que os irlandeses, os mais velhos, aqueles da velha escola, não falem entre eles o inglês, mas sim o gaélico. Eu ouvi os a falarem entre si quando estive lá.