Isto acontece-me algumas vezes.. Acho que é chamado o "post nut clarity".

https://en.wikipedia.org/wiki/Post-nut_clarity
Post-nut clarity is a term describing the feeling of being clear-headed or mentally "reset" after orgasm in sexual intercourse or masturbation.[1] Feelings of disgust with oneself, as well as guilt, have also been associated with the term.[2][3] Disgust and regret with the act of intercourse or with one's sexual partner has also been documented.

https://www.bbc.com/portuguese/geral-45056096
O que é disforia pós-sexo, a tristeza que toma algumas pessoas após o orgasmo

https://pt.wikipedia.org/wiki/Disforia_p%C3%B3s-coito
A disforia pós-coito (DPC; em francês: post-coital tristesse) é a sensação de tristeza, ansiedade, agitação ou agressividade que surge após a masturbação ou relações sexuais. O termo é derivado do neolatino postcoitalis (pós-coito) e do francês tristesse (tristeza). Pessoas com PCT geralmente relatam um sentimento profundo de ansiedade que dura de cinco minutos até duas horas após o coito.

Entre clientes de gp's creio que é bastante comum.
Já tive várias vezes. Essa sensação é muito menos provável de acontecer quando sinto um orgasmo dela antes do meu. Em várias ocasiões dei um tempo de descanso e recuperação e fui dar a segunda umas duas horas depois (quase sempre com outra gp) e o estado de espírito melhorou. Ou pelo menos ficou mais diluído com a dopamina e ocitocina.

Tinha bastante disforia pós-sexo antigamente quando andava sempre.a experimentar coisas novas.

Quando passei a ter uma mão cheia de regulares isso passou uma vez que saio de lá sempre nas nuvens e a planear o retorno.

Obviamente que esta estratégia vem com os seus efeitos secundários! Quando a substância é muito boa fica muito difícil largar a coisa. E com algumas regulares é preciso ter especial atenção à parte sentimental.

Mas convivo muito melhor com estes ultimos efeitos do que com a depressiva disforia pós-sexo.

Para juntar o útil ao agradável, uma vez que os convívios com as regulares são de 1h, e existe sensualidade, tesão e intimidade tudo à mistura, deixa-me à vontade, com tempo e com vontade para (quase) sempre haver 2nd "round".

Confesso muitas vezes, e com a maior honestidade, que nesta fase da minha vida não procuro sexo, procuro experiências extra "sexsoriais" que envolvem tanto de fisico como de sensorial. Hoje em dia selecciono criteriosamente com quem posso partilhar dessas experiências.

Isso permite-me ser feliz e mentalmente estável ao navegar no submundo do sexo pago.

Caros confrades Winesonner e Dom Corleone,

Sempre me apercebi da disforia pós-sexual, mas bnunca a tinha associado às razões que os confrades apresentam. De facto a partir do momento que repito as minhas habituais companheiras esse sentimento desaparece. Não fica aquele mal estar parecido com uma espécie de “arrependimento”.

Vale a pena explorar o tema, estou aberto a desenvolvimento.

Saudações

A "post-nut clarity" é "a term describing the feeling of being clear-headed or mentally 'reset' after orgasm in sexual intercourse or masturbation', embora possa ser também associada a 'feelings of disgust with oneself, as well as guilt". https://en.wikipedia.org/wiki/Post-nut_clarity

No caso, parece-me mais correcto falar de "post-coital tristesse" https://en.wikipedia.org/wiki/Post-coital_tristesse

Esse "feeling of being clear-headed or mentally 'reset'" conheço-o muito bem.

Estas questões de nomenclatura e distinção entre conceitos e sensações são sempre complexas, como as nossas mentes são complexas.

Relativamente à "post-nut clarity", o artigo da wikipedia https://en.wikipedia.org/wiki/Post-nut_clarity desenvolve pouco, remete para vários outros que elaboram mais, mas é de facto um termo de sentido dúbio, pois pode referir-se a um ou a outro sentimento, e isso é tão mais curioso por serem dois estados de espírito diametralmente opostos, e um tão ansiado como o outro receado . O termo clarity faz pensar em clareza mental. Será um termo mais usado em medias sociais (e sabem como são as social media, o título sugere uma coisa e depois o conteúdo é outra...).do que em meios científicos, que se preocupam em definir com exatidão os termos que usam.

https://www.mensjournal.com/health-fitn ... ut-clarity

Post-nut clarity is a term that's percolated into mainstream culture—with lengthy discussions on Reddit, podcasts, and even song lyrics (from Drake to Alemeda). Ironically, there's not a ton of clarity regarding its definition. In some scenarios, it references feelings of lucidity immediately after ejaculating; in others, it elicits feelings of remorse or disgust.



Sempre ouvi usar o termo depressão pós-coito para referir o sentimento estranho de abatimento psicológico depois do sexo. Curiosamente, ao pesquisar por depressão pós-coito no google remeteu para disforia pós-coito. E começaria por aí:
Disforia é uma mudança repentina e transitória do estado de ânimo, tais como sentimentos de tristeza, pesar, angústia. É um mal-estar psíquico acompanhado por sentimentos depressivos, tristeza, melancolia e pessimismo.

Vale a pena explorar o tema, sem dúvida...não sei se andará já por outros tópicos específicos, mas é um tema que paira como uma nuvem numa parte do que aqui se comenta...e do que não se comenta.

Muito interessante a discussão. Sempre me perguntei sobre muitos dos pontos apontados aqui pelos confrades mas nunca achei nem tive com quem falar... No dia a dia todos ou são "máquinas imparáveis" ou miseráveis q riem de si mesmo. Nunca vi ninguém falar disso abertamente como aqui (ainda q estejamos "protegidos" por alcunhas e etc ) Se me permitem gostava de partilhar a minha experiência até aqui.
Tive uma única parceira ao longo de 20 anos... Antes do casamento sempre tinha PCT por causa da religião mesmo com "coisas simples", como um toque sobre a roupa (sempre vinha o pensamento de estar a fazer "algo de errado") ainda q fosse com a pessoa q eu amo. Depois de casarmos (virgens, os 2) nunca mais tive PCT e sempre termino o trabalho alegre e satisfeito. Entretanto foram poucas as vezes q "dei um show" de performance (algo como 5 ou 6 vezes em uma noite, talvez apenas 2x ao longo desses anos)
Geralmente 1x me satisfaz suficiente pra dormir o sono dos justos, mas como prezo pelo prazer da minha parceira, sempre q percebo q ela não veio ainda, uso de outros recursos para ajudá-la a se satisfazer e pra mim é sempre muito prazeroso, nunca uma obrigação. Muitas vezes nesse embate a favor dela me voltam as condições físicas e consigo a segunda, geralmente mais demorada q a primeira, mas tão "orgasticamente" prazerosa quanto.
Infelizmente casamento não se resume a sexo e já há algum tempo vivo uma situação difícil q me levou, no último mês após uma abstinência de Aprox. 6 meses em casa, iniciar-me nos TDs por conta própria, assim, sem qualquer orientação prévia.
Estive em 3 convívios até a presente data, e todos muito diferentes, ainda escreverei sobre eles aqui. O primeiro numa casa de massagens e eu estava muito nervoso, não sabia o q fazer e quando achei q teria uma ereção, uma única palavra da massagista me fez perder tudo o que tínhamos construído até ali. Achei q ia vir-me na massagem, mas ao ver q não iria ocorrer ela perguntou se eu queria finalizar de outra forma e aceitei nervosamente. Por não haver criado conexão, foi tudo muito rápido e me senti como se fosse uma primeira vez (e era, pois nem na minha primeira vez real com minha esposa me senti tão nervoso). E apenas consegui finalizar quando mudamos de posição e ela se colocou de 4. Vim-me mas ainda de forma bem nervosa e tive um PCT enorme depois. Mesmo a massagista sendo muito linda, foi me muito difícil e nem pensaria em tentar a segunda na mesma sessão. (Mas ainda devo voltar lá com mais experiência)
Na segunda vez, uns 15 dias depois, encontrei uma GP q oferecia esse estilo "namoradinha" e foi totalmente diferente. Consegui conectar me de alguma forma e acho q o método dela enviando fotos de como estava a me esperar, a conversa "pré coito", beijos e carícias preliminares me fizeram realmente ter o orgasmo q não tinha há tempos, ainda mais quando ela também disse q estava a vir (mesmo eu sabendo q deve ser uma técnica dela). Gostei muito da conversa após e até teria tentado a segunda se tivesse mais tempo (preferi iniciar me neste mundo com experiências mais breves). Neste caso o PCT ainda existiu mas foi muito mais tranquilo.
Na 3a vez, esta semana, achei a rapariga, gostei da foto (apenas de corpo, erro meu), marquei e fui ao compromisso, mas quando a vi bateu o PCT na hora, não era nada do que eu imaginava, as fotos não condiziam e ela procedia de forma muito mecânica, pensei em abandonar mas segui em frente no embate mesmo com o pensamento "o que estou fazendo?" batendo forte na mente. Em alguns momentos senti estar sendo atendido na AT ou qualquer outro órgão do governo q liga 0 pro bem estar do cliente. Resultado, não me vim, desculpei me com a profissional e saí dali apenas pensando q tinha gasto dinheiro a toa. Em casa a noite me "descomprimi" manualmente pensando no TD com a garota anterior.

Pra mim é muito difícil isso a questão da conexão, cheguei a achar q eu era o que tantos dizem hoje em dia sobre "demissexual", que só conseguem se relacionar sexualmente se houver uma conexão afetiva. Consigo excitar me só de olhar minha esposa mesmo ela não tendo mais a jovialidade dos seus vinte e poucos anos, mas de novo, esse meu barco está a afundar e o que me restou foi recorrer a isto, pelo menos serviu me para provar q consigo relacionar me casualmente com alguém ainda que pagando.

Não sei como vai ser pra mim quando e se eu tentar algum TD acima dos 30min, acho q a depender do "modus operandi" da GP eu até consiga a 2a, mas acabei de chegar nos 40 e sei que nunca fui uma máquina, não é agora q vou ser.

Mais uma vez obrigado pelo espaço e desculpem a resposta longa, precisava postar sobre isso em um lugar q eu me sentisse "protegido"

Bem vindo à participação e debate no fórum, Helvio.

O seu primeiro post tem uma carga de sinceridade e frontalidade sobre vários aspetos da vida sexual que não são muito abordados aqui e o fórum fica mais rico com este tipo de depoimentos:

-Os efeitos inibidores de uma infância ou adolescência marcadas pela influência da religião, e como isso se pode manifestar em inibição ou forças de bloqueio da sexualidade na juventude e ao longo da vida;

-A carga emocional sentida nas visitas a gp's sobretudo por quem teve por muito tempo uma vida sexual dedicada e exclusiva com uma parceira;

-A importância da conexão afetiva;

-A franqueza em assuntos que são complicados de abordar, e de uma forma terapêutica para quem escreve e quem lê.

Em relação ao termo PCT (post-coital tristesse) creio que algumas das vezes que o usou no seu texto não seria o termo mais apropriado a usar, pelo que descreve alguns terão sido sentimentos de inibição sexual, bloqueio da excitação ou desapontamento. Mas isso não afeta a profundidade das suas palavras.

A sua participação já está a ser uma mais-valia para o fórum.

Revejo algum do meu situacionismo no desabafo do camarada Helvio (bem escrito, e espero que a sua situação se resolva pelo melhor).

Embora eu tenha 36 e nunca tenha tinha nenhum relacionamento estável para além de alguns meses de namoro de cada vez (onde nunca tive problemas de "performance"), a verdade é que todos esses aconteceram há já bastante tempo, e como referi no meu (ao momento, único) TD, esta nova era das aplicações tipo Tinder só veio piorar as coisas... E o COVID ainda mais.

Resolvi enveredar por estes caminhos por isso mesmo - farto de investir tempo em relacionamentos que nunca se tornam um, e de gastar tempo a olhar para um chat numa app onde toda a gente procura o mesmo, mas depois ninguém se chega à frente, ninguém estica a mão para agarrar o procura.

A minha primeira experiência com uma GP (não a do TD) foi mázinha, parcialmente por culpa minha, que estou bastante abaixo de forma (e abaixo de treino, se é que me faço entender ) mas também porque a GP foi extremamente mecânica e não criou nenhuma conexão, embora fosse bastante bonita e tivesse um corpo que me agradou bastante. Parecia que era a minha primeira vez, e da minha primeira vez a coisa até nem correu tão mal

Já a segunda experência, essa sim a do TD, fui um pouco para "tirar a teima" do facto de o anterior ter corrido como correu, e embora não tenha corrido pelo melhor novamente, senti que a GP deu bastante mais de si, e fez por criar um ambiente e ligação muito mais agradável. Aliás, olhando para trás, se tivesse apostado numa experiência de 1h em vez de 30min, provavelmente teria sido ideal.

Tal como o confrade, considerei a questão do demisexual, mas a verdade é que numa situação normal não preciso muito para ficar excitado, conheça a pessoa de forma intíma ou não - mas achei curioso o paralelismo.

Já sei que tenho de tratar melhor o meu físico, e isso certamente resolverá alguns dos meus problemas, mas sem dúvida que a afectividade/conexão também afecta bastante a performance (e certamente o fará de forma diferente de confrade para confrade, visto que não somos todos iguais).