Umas das maiores calamidades em Portugal são os acidentes rodoviários.
Estamos fartos de ver e ler sobre esta matéria, mas é uma realidade que está a nossa porta.

Eu tenho uma média de 1300kms mensais, há quem tenha muito mais, mas falarei na primeira pessoa. Nos anos que tenho de viagem (ligeiro) tenho visto de tudo e por vezes tenho a sensação de estar num filme de acção género fast & furious, eu não sou exemplo para ninguém pois também cometo os meus excessos principalmente no que toca aos limites de velocidade. Não me considero o melhor condutor do mundo, mas considero que sou bom condutor e principalmente um condutor defensivo, posso gabar-me que em 17 anos de encartado até a data não tenho uma única multa ou acidente, posso claro dizer que também tenho tido muita sorte já que cada vez mais os radares estão na estrada, tenho a vantagem de saber +/- os locais onde eles provavelmente se encontram. Há sítios que o limite é de 50 e dá vontade de rir! Já agora, sou apoiante do aumento de velocidade máxima nas auto-estradas de 120 para 140 kmh.


Retomando,o Português como condutor é destemido em demasia (assumo tb), talvez a confiança, o conforto do carro ou o narcisismo. Eu por exemplo, apesar de ter muitos kms de carro e percorrer todo o pais a já uns anitos não me acho superior em relação aqueles que fazem poucos kms e andam por perto, sinto sim que tenho adquirido um pouco mais de astúcia e manha.
O que me custa muito é todos os dias ver gente deitada no chão em estado crítico. Podia ser eu ou alguém conhecido, e por situações tão banais como não dar a mão ou não abrandar.
Por vezes deparo com os ditos “xicos espertos” que querem passar a frente de todos, assumo como condutor no Porto inicialmente, também adquiri a forma de condução á moda do Porto pois numa cidade grande com muitos labirintos e o que hoje era sentido duplo passa a ser único e amanha sentido proibido , a única forma de chegar ao fim do dia com o trabalho completo é ser-se assim. Também já tive os meus excessos mas com o tempo e calo começo a ser mais um “xico esperto” com mais moderação e calma. Um dia deparo-me com dois “xicos espertos” a discutir, não sei a razão mas o certo é que um pura e simplesmente saca de taco de basebol e arrebenta com o crânio do outro, para não falar de quantos tiroteios já presenciei, será tudo isto necessário? Leva-nos a algum lado? Por estas e por outras é que as nossas estradas estão tão manchadas de sangue, género “eu é que sei, sou o maior, ninguém me goza, eu sou o mais célere e ainda sou o dono do mundo” com esta mentalidade não vamos a lado nenhum, vamos é mais cedo para tal “túnel”.


Havia uma vez um presidente de um clube de futebol (será igual ao presidente da republica?) que um certo dia vinha escoltado por dois carros, um á frente e outro atrás com pirilampos azuis, numa certa fila, daquelas de horas e começa a apertar com os restantes demais e a refilar.
Bem! “Vem ai o presidente da republica, toca a tentar arrumar”mas para onde? Isto está apertado” buzina daqui refila dacolá até que saem dois gorilas, bem a minha sorte é tanta que todos a refilar e eu calado os gorilas resolvem vir ter comigo” anda com essa merda o Sr.……….quer passar tem um jantar importante” ora foda-se, tanto alarido para este monte de merda! Pergunto eu:”o sr. É policia?” ao qual ele responde e diz,”não, sou segurança privado”dito isso fecho o vidro e toca a ignorar. Ai mãe! Dois gorilas daqueles fulos comigo o que me valeu foram os restantes condutores se opuseram aos gorilas senão estava eu nesse dia no hospital.
(n.b., esse sr. Não era o Pintinho)


A culpa de tantos acidentes não será também culpa das vergonhosas estradas que temos?
-Buracos, obras inacabadas, má sinalização, má iluminação, curvas esquisitas, etc…
Existem certas estradas que mais parecem testes aos nossos nervos e perícia, um dos locais que no momento me vem a cabeça é o ip3, mais precisamente entre souselas e Mortágua.Para quem não conhece, imaginem uma curva apertada onde a via da direita é ligeiramente mais apertada que uma da A1 e a outra ainda é mais apertada, segue na via da direita um pesado, faz-se mas se o pesado foge ligeiramente para a esquerda é que são elas pois á nossa esquerda só tem um separador em cimento que por acaso está a 10/15 cms da linha.

Fiquem bem e cuidado na estrada e já agora cuidado com os radares, eles andam á caça.

A vantagem de ser mau condutor está naquela piada antiga...

... de um português nunca morrer na cadeira eléctrica!

Há coisas que só lendo 2 vezes é que se vê as gafes de um gajo




Para correcção, são 13000kms 1300 faço eu em dias.


Temos uma lei mais antiga que muitos de nós, que dita a velocidade máxima nas auto-estradas de 120kms/h, onde naquele tempo tanto as viaturas como as estradas eram de inferior qualidade das de hoje em dia, hoje tanto veículos como AE estão muito mais inovadas que naquele tempo.

Pois poderia a velocidade máxima nas AE, principalmente nas de boa circulação, aumentar pelo menos para 140kms/h. Sabemos que o flagelo dos acidentes continua e em maior parte devido a excesso de velocidade e álcool, mas se estes homens que se dizem preocupados, na realidade estão se marimbando para isto, já que em algumas AE é um crime limites de 120kms/h, pois em algumas deveria ser 100kms/h e com radares fixos.

Prevenção sim, caça não, ainda hoje vi na A1 na zona de Santarém um carro patrulha que deveriam dar o exemplo a calcar linhas contínuas e a ultra-passagens sem o devido pisca, mas isto é outra achega, já que viaturas em velocidade menos apropriada ao visualizarem estes nossos amiguinhos, reduzem para uma média de 140kms/h, a velocidade a que costume ir pois a minha carta é a minha principal ferramenta de trabalho.

Já sabemos que se mudam para 140kms/h, logo eu andarei a 160kms/h, mas haja consciência na estrada, pois nem é uma velocidade por ai além, o máximo que dei neste veículo foram 210kms/h mas jurei nunca mais, já que não é viatura apropriada para tal.


Ficar bem e boa condução

Não acho que sejamos assim tão maus... Ja guiei em vários países e não vejo grandes diferenças... exceptuando Suiça e países nórdicos.


Para podermos de analisar o porque de termos tantos acidentes, acho que em 1º temos que ver que o nosso pais é o mais desordenado geograficamente da CE com a possível excepção da Grécia.

Grande parte do tempo aquilo que é uma estrada nacional confunde-se com uma avenida de uma vila ou cidade e isso tanto é mau para o condutor pois a exige muito mais atenção e concentração e torna-se mais perigoso para os peões. Isto misturado com a cronica falta de atenção quando conduzimos porque vamos a falar ao telefone, mandar sms, olhar para o GPS ou simplesmente a pensar na "morte da bezerra" é meio caminho para o disparate.



Outra falha e esta no meu ver é mais grave é a falta de respeito para com o próximo as pessoas entram nos cruzamentos sem o mínimo de atenção ou cuidado e muitas vezes nem sequer se dão ao trabalho de acelerar obrigando que vem atrás a malabarismos para evitar acidentes... e o mesmo poderia dizer de pessoas que não indicam mudanças de direcção, que andam na faixa no meio das AEs ou que andam colados à traseira do carro da frente, que não mantém uma velocidade constante em AE, etc


Este problema é tão mais grave pois guio diversos carros e posso garantir que a atitude dos outros muda conforme o carro que vou a conduzir.... se for num desportivo com algumas centenas de cavalos ninguém esboça a mínima resistência quando quero mudar de faixa ou quando quero ultrapassar, pelo contrario, até encostam para me deixar passar...

agora se for a conduzir um veiculo comercial ou mais lento, as pessoas aceleram quando se sentem ultrapassadas (sobretudo as pessoas que guiam carros piores) e para mudar de faixa por vezes tenho de usar o tamanho do carro para as intimidar com a consequente buzinadela.


Um exemplo claro da falta de capacidade de condução é as ultrapassagens, as maioria das pessoas não sabe ultrapassar nem ultrapassa e por vezes reage mal se é ultrapassada. Nem todos nós podemos ser neurocirurgioes ou pilotos de aviao e há um numero de pessoas que pura e simplesmente não tem qualquer capacidade para conduzir um automóvel mas fazem-no.




O problema da morte nas estradas não interessa ao governo, é apenas mais um pretexto "socialmente aceitavel" para multar mais pessoas e amealhar mais $... alias nisto teria pano para mangas para escrever pois num estado em que coloca em liberdade ou com termo de identidade e residência assassinos, ladroes, pedófilos e violadores não tem qualquer moralidade para vir exigir a um cidadão que pague centenas de euros porque vinha um pouco mais depressa do que aquilo que devia, por vezes em zonas e a horas em que não representa qualquer perigo para si ou para os outros.




Quando eu nasci o estado cobrava impostos para poder construir as estadas e oferecer infraestruturas aos cidadãos, hoje o estado constrói estradas para poder cobrar impostos e financiar o excesso orçamental limitando o acesso aos cidadãos de estradas mais rápidas e seguras.

(mas ok, quando nasci vivíamos numa ditadura fascista e hoje vivemos noutro tipo de ditadura fascista )


Querem um exemplo óbvio? a via do infante, outrora uma das vias mais perigosas da Europa que ate mereceu da parte de um certo Sr que era bancario num vilarejo qualquer de Tras Os Montes e que por motivos que não tiveram nada a ver com a sua competência chegou a ministro e a director de um banco ate ter sido indiciado por trafico de influencias, viciação de concursos etc mas sem que isso tivesse tido quaisquer efeitos práticos, colocou a N125 com o estatuto de "tolerância zero" para poder multar mais meia dúzia de tarados, psicopatas e sociopatas que iam a cometer o crime lesa-pátria de circular a 52 numa zona de 50.

Hoje o estado vai empurrar centenas de pessoas por dia novamente para a N125 para amealhar mais meia dúzia de milhões para financiar as fundações com uns "amigalhaços" partidários e poder fazer mais meia dúzias de obras sem interesse nacional a não ser para a outra meia dúzia de amigalhaços que as vão construir.

Isto é ridículo, pois vou quase todos meses a Madrid e os 400 kilometros de AE de Badajoz a Madrid são grátis, e os 400 seguintes de Madrid a Zaragoza idem.


Mas em Portugal tudo funciona ao contrario, lembra-se da historia do Sr transmontano?... pois cometeu os tais crimes e "que no passa nada" mas os "aceleras" que ele criminalizou tiveram de cumprir pena na hora.


Mas infelizmente isto não é único aos automóveis, O estado que já arrecada pelo menos 50% daquilo que ganhamos ainda tem o desplante de nos vir exigir mais dinheiro para estacionar, circular na estrada X, passar na Ponte Y e nos impor como devemos viver a nossa vida: hoje temos a guerra do estado contra os que fumam, os que bebem, os que têm restaurantes, os que estão doentes, os que fodem, os que comem bolos, os que comem sal, os que não "reciclam" o lixo, os que tem "armas de destruição maciça", os que se divertem, os que sao gordos, contra os que sao magro, etc...

O estado assumiu o verdadeiro papel de big brother e prepara-se para nos "pinar" de todas as formas possíveis e imaginarias utilizando um exercito de funcionários públicos motivados por "cumprimento de objectivos", tudo no bom interesse nacional e na criação do estado social o que na realidade significa que temos de andar a sustentar e a pagar as casas de meia dúzia de parasitas que não estudaram e que não quer trabalhar.



Que Deus nos ajude a todos!

Caro Safado, mais completo não poderia ser

Um bom exemplo em espanha de funcionalidade, é a estrada de vilar formoso a burgos que muitos dos nossos emigrantes utilizam vindos de frança, suiça e também andorra, não tem qualquer custo e não considerada AE mas sim de nacional vejam bem a diferença, aquilo literalmente cá é uma AE

No ultimo paragráfo fizeste-me lembrar desta charada:

Contribuinte – Gostava de comprar um carro.
Estado – Muito bem. Faça o favor de escolher.
Contribuinte – Já escolhi. Tenho que pagar alguma coisa?
Estado – Sim. De acordo com o valor do carro (IVA)
Contribuinte – Ah. Só isso.
Estado – e uma “coisinha” para o por a circular (IUC)
Contribuinte – Ah!
Estado – e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro
efectivamente circule (ISP)
Contribuinte – mas sem gasolina eu não circulo.
Estado – Eu sei.
Contribuinte – mas eu já pago para circular.
Estado – claro.
Contribuinte – então vai cobrar-me pelo valor da gasolina?
Estado – também. Mas isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.
Contribuinte - diferente?
Estado - muito. O ISP é porque a gasolina existe.
Contribuinte - porque existe?
Estado - há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram
petróleo e você paga.
Contribuinte – só isso?
Estado – Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.
Contribuinte – como assim?
Estado – Tem que pagar para o estacionar.
Contribuinte – para o estacionar?
Estado – Exacto.
Contribuinte – Portanto pago para andar e pago para estar parado?
Estado – Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.
Contribuinte – Então pago para circular, pago para conseguir circular
e pago por estar parado.
Estado – Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?
Contribuinte – Novo?
Estado – é que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está
em condições de andar por aí.
Contribuinte – Pago para você ver se pode cobrar?
Estado – Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha…
Contribuinte – Mais uma coisinha?
Estado – Para circular em auto-estradas
Contribuinte – mas eu já pago imposto de circulação.
Estado – mas esta é uma circulação diferente.
Contribuinte – Diferente?
Estado – Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.
Contribuinte – Só mais isso?
Estado – Sim. Só mais isso.
Contribuinte – E acabou?
Estado – Sim. Depois de pagar os 25 euros acabou.
Contribuinte – Quais 25 euros?
Estado – Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.
Contribuinte – Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?
Estado – Sim. Mas todos pagam os 25 euros.
Contribuinte – Quais 25 euros?
Estado – Os 25 euros é quanto custa.
Contribuinte – custa o quê?
Estado – Pagar.
Contribuinte – custa pagar?
Estado – sim. Pagar custa 25 euros.
Contribuinte – Pagar custa 25 euros?
Estado – Sim. Paga 25 euros para pagar.
Contribuinte – Mas eu não vou circular nas auto-estradas.
Estado – Imagine que um dia quer…tem que pagar
Contribuinte – tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?
Estado – Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.
Contribuinte – E se eu não quiser?
Estado – Paga multa


Para um pais que produz pouco e alguns gajos gastam em submarinos e para terem reformas e tachos "job for the boys" acabam por ter de arrecadar dinheiro ao zé povinho