Não é a reportagem perfeita, mas escapa a todos os clichés de todas as reportagens do género. A história das "desgraçadinhas", que querem sair desta vida, mas a sociedade é tão má, que não dá trabalho a mulheres destas. A procura do "salvador" que as vem tirá-las desta vida e o cliché das profissões dos clientes, que quando se pergunta que profissões têm os seus clientes, todas dizem o mesmo: Professores, médicos, advogados, juízes, empresários e políticos. Há um elenco restrito e são sempre o mesmo tipo de profissões.

É claro, que era necessário uma reportagem muito maior, para relatar o "glamour" da vida das acompanhantes de luxo. A reportagem centrou-se nas Gp´s "low cost" e no qual se passou a ideia, que não deixa de ser verdade, e já aqui foi discutida, que as coisas não estão tão bem, como há uns anos atrás. Mas mesmo, não estando tão bem, e mesmo havendo Gp´s que nem sempre têm atendimentos, como disse uma GP, que se queixava, do menor movimento, ela respeitava muito quem vivia com 475 euros por mês, mas não se imaginava ela a viver com esse dinheiro, o que significa, que dizer que os tempos que correm estão maus será um claro exagero e um desrespeito para quem vive com o ordenado mínimo; quanto muito, não estarão tão bem como há 1 ou 2 anos atrás.

Acreditem... que é mesmo muito... muito dinheiro....
E para terei uma ideia "real", com base num "estudo" aqui deixo uns links para conferirem...

Em resumo o que já se fala.....

Em detalhe.....
Vejam as paginas 33 e 34......


Deliberação...
E como se poderá ver.....nas Pag. 5 - Ponto 21 Alínea C - a "coisa" já está a ser "tratada"......

Já agora e sobre a reportagem....faço minhas as palavras do Confrade Morpheus...

Cyber

"Sexo e a Verdade" é o título do programa Linha da Frente com emissão ontem, dia 23 de Fevereiro, logo após o Telejornal.
"Sexo e a Verdade" é um reportagem que retrata a realidade da prostituição em Portugal. As mulheres que se prostituem falam em concorrência cada vez maior e em preços cada vez menores.
Na reportagem falam em prostituição, eu chama-lhe acompanhantes
Diz uma que chegou a ganhar 7000€ por mês, outra diz que não sabe como conseguem viver com 450€ mês...
O que acham? http://piquete24h.com
Para ver a reportagem http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/linhadafrente/

O jolinho escreveu:
"De qualquer forma, há toda uma dimensão para este fenómeno que fica sempre por tratar, tal a sua complexidade e riqueza na sua diversidade"
É aqui que está o busílis desta questão. Para tratar deste assunto seria necessário uma série de programas e não um trabalho de meia hora.
Veja-se que o tema "sexo" entre pessoas ainda hoje é estudado e devorado por especialistas, aqui teria de falar-se de sexo, de motivações, de comportamentos, etc... etc... etc...
É na verdade um tema complexo que poderia merecer um maior aprofundamento, no entanto, é uma primeira iniciativa e que é de louvar, porquanto, poderá ser um ponto de partida para trabalhos mais profundos. Espero que, num futuro curto, este tema possa vir a ser abordado a nível legislativo para que se possa acabar com esta exploração brutal que rodeia, sempre rodeou, esta profissão.

Bons dias!

Como já disse aqui um confrade, e com quem eu concordo, acho que a realidade do Porto acaba por ser diferente da de Lisboa. Contudo acho que uma coisa é certa, cada vez a concorrência é maior, não digo em qualidade, mas em quantidade, coisa que uma das GP's referiu na reportagem.

Outra coisa que "gostei" de ouvir foi a sinceridade da GP que disse que as brasileiras são mais "pilantras", pois isso também é algo que cada vez mais se constata no dia a dia e também é essa a causa que nos leva a virar mais para as portuguesas, apesar que algumas também já não sejam de confiar.

Quanto ao regatear, acho que é cada vez também mais normal, pois mal ou bem a crise está aí e a verdade é que elas não devem ter tanta clientela e mesmo regateando, mais vale ter algum na carteira do que nenhum.

Apresentaram algumas estatiscas interessantes e focaram-se muito em GPs de Rua já com uma certa idade.
Não achei nada de especial.
Cada vez mais se vêm GPs portuguesas. Bom por um lado, mas indica que a crise está mesmo a aumentar.

Correcção: diz que ganhou 7000 em 15 dias!

Não me admira nada!!!

7000€/15=466,67€ (por dia)

GP's a trabalhar a 100€ cliente 4/5 clientes por dia 466,67/100= 4,67

GP's a trabalhar a 50€ cliente 9 clientes por dia 466.67/50= 9,33

Já pensei nisto várias vezes.... mas pensem comigo...

GP's de topo porto ou lisboa (mts andam aqui pelo forum) que SÓ trabalhem de 2ª a 6ª em média dá 22 dias por mês, no minimo e em média 5 cliente por DIA (não m parece nada exagerado!!!) dá 500€ por dia

500x22=11000€



Agora façam 11mil vezes 11meses 1mês de férias por ano...

Sim não se enganaram dá no minimo 121mil Euros escrevi pequenino porque até m custa escrever....


Já tinham pensado nisto??

Bom... sejamos realistas, dificilmente conseguem a média de 5 por dia, mas poderão rondar, naturalmente, os 6000 mês. É evidente que é uma profissão em que se termina a carreira muito cedo, pena é, que elas façam uma má gestão do dinheiro, porque se o fizessem aos fim de 3/4 anos poderiam enveredar por outro caminho, mas, penso eu, que o dinheiro para elas é como manteiga em fucinho de cão.
Em qualquer dos casos dá para pensar, não é? Quantos de nós ganhamos 6000 líquidos de impostos?
Porque é que carga d'água alimentamos isto. Eu sempre que faço contas prometo a mim mesmo que vou parar, mentira claro...

Acho k são poucas, mas a Elite de conseguir a média de 5 por dia....

De qualquer maneira seguindo o teu raciocinio 6000 mensais (média de 3clientes/dia), isto já 1 bom numero de GP's deve conseguir(!!!) dá em 12 meses de trabalho 72mil Euros...

Este raciocinio, perfeitamente válido a meu ver, refere-se a uma GP de topo.
Eu penso que não será exagero considerar que haverá no miimo dos minimos 10 destas GP´s.
Isto já fará parte portanto da chamada economia paralela......

É muito dinheiro......

Pelo menos não foi mais uma reportagem centrada no mundo da chamada prostituição "de luxo". Dessas, já estou farto. Foi uma abordagem pelo lado económico e político, para variar.

As meninas queixam-se da concorrência e de que são obrigadas a baixar os preços e a fazer coisas que não fariam antes. Nisso, não são diferentes de todos os pequenos negócios e classes profissionais em Portugal que não são protegidas pelo corporativismo e compadrio político. Só ficam de fora dessa situação as grandes empresas, os advogados, médicos, e quadros do Estado. O resto do pessoal já teve de abandonar as ideias românticas sobre o mundo dos negócios e do trabalho, embora não necessariamente a fazer bobós por 10€.

Nota positiva para a constatação da investigadora universitária de que elas se dedicam a esta actividade porque chegaram à conclusão de que nas circunstâncias delas a prostituição é a melhor alternativa, ou um mal menor, e que já poucas prostitutas são forçadas pela figura do chulo.

Se os anúncios na imprensa forem proibidos, apenas resultará numa migração para a internet e na colagem de anúncios ilegais nas cabines telefónicas e urinóis públicos, como acontece noutros países. As receitas dos anúncios dos jornais estão sujeitas ao fisco, mas o mesmo nem sempre acontece com as alternativas.

A reportagem termina com a ideia requentada da "legalização da prostituição", e por isto entenda-se pôr as prostitutas a pagar taxas/impostos e a ter alguma cobertura em assistência por parte do Estado, dando-se o exemplo da Alemanha. O problema é que Portugal não é a Alemanha. Esta "legalização da prostituição" em Portugal não interessa ao cliente seguramente (preços mais elevados), nem sequer à maioria das prostitutas, que escondem a actividade da sociedade e nunca seriam devidamente protegidas pelo Estado português, qualquer que seja o partido ou coligação que esteja no poder (já os filhos da püta, esses, sabemos que são sempre muito bem protegidos).

Elas próprias já se aperceberam que o Estado Social já acabou -para elas, e para muitos outros, nunca chegou a existir- e que necessitam de um pé de meia para sobreviver aos tempos que se avizinham.

Conheço uma GP de rua que por dia chega a tirar 700€ num dia, sendo que um dia fraco para ela é levar para casa 400€

Vejamos...
- A ideia da legalização e regulamentação da prostituição não é requentada. Ela continua em cima da mesa em varios paises.
- A regulamentação da prostituição , conforme existe em varios paises , não passa apenas por pôr as gps. a pagar taxas/impostos. Vai muito para alem disso...
- Alguns dos paises onde a prostituição está regulamentada , como a Suiça , a Alemanha ou a Austria , não são seguramente republicas das bananas.
- Na Alemanha que é sempre o exemplo mais utilizado , não houve qualquer inflação dos preços após a regulamentação e os valores praticados são em relação ao salario medio de um alemão, muito inferiores aos praticados aqui na terrinha.
- O que determina o valor de um convivio é o mercado e não qualquer imposição por parte das gps.