Não podemos esquecer que a história da agricultura é simpática, mas a UE é excedentária. Podemos produzir alguns produtos de excelente qualidade, consumi-los e exportá-los, mas para a produção de massas não temos hipótese.

O Jerónimo Martins vai continuar a comprar cá e sobretudo lá fora, porque precisa de várias coisas: quantidade, constância de características, qualidade e preço e algo mais: garantia de fornecimento. Nisso tudo não podemos competir com os gigantes lá de fora.

As pessoas querem comprar nacional, mas chegam ao supermercado e querem o melhor preço e querem comprar os produtos quando lhes apetece. Vejam se alguém repara naquelas etiquetas que a fruta traz com o país de origem.

Quando falo agricultura, não falo na agricultura massificada, falo na agricultura para consumo interno, como forma de evitar importações e, sobretudo, como forma de reocupar as áreas de interior. Quanto aos preços teremos de fazer como os Franceses e os Espanhóis, que subsidiam para conseguir competir com o preço, mas isso é natural, se pretendermos manter activa uma enorme quantidade de pessoas e evitar a desertificação de muitos locais.
Eu um dia destes dei o exemplo do meu pai, que era seareiro e fazia contratos com as fábricas transformadoras que garantiam o preço final até uma dada quantidade, isso garantia ao meu pai fazer as suas contas e à fábrica o volume que iria realizar, face às suas necessidades.

Eu receio que nunca mais vamos ocupar as áreas do interior, pois as pessoas preferem viver, por razões de vária ordem, no litoral - e cabem todas no litoral. De qualquer forma, para fazer agricultura não necessitamos de muita gente.

Acredito em projectos de qualidade e acredito na produção de produtos de grande qualidade; acredito num turismo que cative os nossos visitantes e na actividade económica associada, com hotelaria, gastronomia e produtos locais. Acredito nisso tudo, mas sei que é necessário gente qualificada e entusiasta para os levar por diante; já não acredito no agricultor tradicional a receber apoios para produzir ao dobro do preço aquilo que agora importamos.

http://blasfemias.net/2011/07/15/paixao ... more-39984

Segundo o JN:

Só a "vontade política" pode salvar a zona euro, sentencia Nobel
O prémio Nobel de Economia em 2001, Joseph Stiglitz, disse, esta sexta-feira, em Luanda que a crise financeira que a Europa está a atravessar "não significa o fim do euro", mas sublinhou que isso está dependente da "vontade política".
Só a "vontade política" pode salvar a zona euro, sentencia o Nobel Joseph Stiglitz ganhou o Nobel da Economia em 2001
Para Joseph Stiglitz, caso a Europa não assista e assegure os países em dificuldade, "haverá o risco de o euro não sobreviver".
O Nobel de Economia, o orador principal de uma conferência promovida pelo jornal "Sol" e a revista "Foreign Policy Lusófona", afirmou igualmente que a estratégia tomada pela Europa - o aumento das medidas de austeridade "não funcionará".
"A austeridade leva à descida de receitas fiscais, gerando um défice em quase todos os níveis, que por sua leva ao descontentamento das pessoas", sublinhou o economista.
Relativamente a Portugal, Joseph Stiglitz salientou que como outros países europeus a crise que enfrenta é resultado "em parte" da crise global, que levou a uma recessão económica face à baixa de receitas tributárias e aos grandes défices.
"A Europa precisa de descobrir uma estratégia de crescimento e não uma estratégia de austeridade e se o puderem fazer, então os problemas de défice serão resolvidos", frisou o Prémio Nobel de Economia 2001.

Se toda a gente importante no mundo vê o problema, porque é que a Europa não reage? Será por serem 17 países com Euro e não se entendem?
Então é, claramente, falta de liderança.

Talvez esta seja a crise de que a Europa necessitava para avançar. Começa toda a gente a ficar com muito receio - e isso é bom. Até agora havia os bons no norte e os indisciplinados, mais a sul, perto de África. Neste momento já todos temem a derrocada.

Eu também penso assim, no entanto, os tipos são muito lentos a resolver as questões e quanto mais tarde pior.
Eu sempre fui um bocado lírico e sempre pensei que as coisas menos boas dão-nos oportunidade para corrigir o tiro e partir para novas experiências e não sou adepto - por enquanto, é claro - do remendo sobre remendo e, às tantas, é uma manta de retalhos, que é aquilo porque estamos a passar.
Alguém tem de ter visão de futuro e vender as ideias e partir para outra sem olhar para trás.

Esta crise, cuja evolução não podemos prever, pode ser para nós a oportunidade de reformar estruturalmente este país. Ouvimos ano após ano falar em reformas estruturais, para ver os governantes insistirem nas velhas receitas. É um dos nossos hábitos irritantes: dizemos uma coisa cheios de convicção e fazemos outra com a maior das naturalidades.

E há uma coisa que me dá prazer (a palavra correcta não é esta, mas enfim, foi a que me ocorreu escrever): ver os poderosos de joelhos. Os banqueiros, por exemplo, não valem hoje em dia um tostão furado, tal como não vale nada toda aquela malta que gravita em torno deles. Portugal é um país que vive no século XIX, com automóveis, computadores e (muito) telemóveis e que só acedeu à democracia há menos de quarenta anos; se pensarmos que o norte de África está a passar pelo mesmo agora, isso dá-nos uma ideia do nosso estádio de evolução.

Ninguém duvide do povo português, da sua coragem e dignidade, mas o colectivo não presta. Pode ser que agora as coisas evoluam nesse aspecto agora.

Alemanha admite sair da zona euro mas só se levar todas as notas e moedas Por Alexandre Parreira

Ângela Merkel está disponível para retirar a Alemanha da zona euro mas com uma condição: levar todas as notas e moedas de euro em circulação. A proposta foi feita esta semana, numa reunião secreta com Sarkozy, e deverá ser votada no próximo Conselho Europeu. O INIMIGO sabe que o presidente francês reagiu de imediato à ideia: “Frau Ângela, estás a gozar com esta merda toda? Vê lá se queres que te atice o Dominique?”. Mas Sarkozy, à cautela, já deu instruções à Renault e à Peugeot para começarem a construir camiões TIR blindados para aproveitar o negócio do transporte do dinheiro todo para a Alemanha. Já que os alemães já tem submarinos para trazer os milhares de milhões de euros que estão em offshores nas Caraíbas. AP

in http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1502404

Segundo o Expresso:

Quem são os maiores credores da dívida pública portuguesa?

Além dos quatro maiores bancos nacionais, que juntos detém €19,6 mil milhões de dívida do Estado português, destacam-se as bancas espanhola, francesa e alemã. CGD é quem tem mais.
Quem são os maiores credores da dívida pública portuguesa?
Os 90 bancos europeus analisados nos testes de esforço detinham, no final do ano passado, €40,2 mil milhões em dívida pública portuguesa. Os dados detalhados por banco foram divulgados na passada sexta-feira juntamente com os resultados dos testes em que chumbaram oito instituições do Velho Continente.
Os maiores credores são, de longe, os bancos portugueses. As quatro instituições nacionais testadas - Caixa Geral de Depósitos, BCP, Espírito Santo Financial Group e BPI - detinham €19,6 mil milhões em dezembro de 2010. O 1.º lugar da lista é ocupado pelo banco público, com uma exposição direta bruta de €6530 milhões (ver gráfico).
Além das quatro instituições nacionais, destacam-se as posições da banca espanhola (€5492 milhões), a francesa (€4751 milhões) e alemã (€3320 milhões). Entre os 90 bancos submetidos ao teste, apenas 49 revelaram possuir dívida pública portuguesa.

Parece que, afinal, a nossa situação não arrastará ninguém de fora.

É só dormir mais uma noite, e vamos saber se sim ou não. Ou talvez...

Segundo o Expresso:

"São urgentes segundos planos de resgate para Portugal e Irlanda"
É a opinião de Alessandro Giovannini, do CEPS de Bruxelas. Mas sem envolvimento dos credores privados numa reestruturação da dívida soberana dos dois países.

Sinceramente penso que é cedo para avançar para uma proposta deste tipo, no entanto, dentro dos condicionalismos falados, isto é, não existiria qualquer perdão de dívida e se isso possa beneficiar a saúde do Euro, vamos a isso.

O Império Financeiro dos ILUMINATI- Importante ver!‏


É importante ver!
Sobretudo é explicado de uma forma clara e sem sofismas ou distorções.



Vale a pena ouvir com atenção e depois não deixar de prestar atenção às explicações sobre dívida, sobre como o $$$$$ não existe, do que vivem os bancos, a conivência com os governos, etc, etc. São uma série que vale mesmo a pena ver e ouvir. Pobres de nós, ignorantes... Ao fim e ao cabo, os bancos é que precisam de nós!


O Império Financeiro dos ILUMINATI




http://www.youtube.com/watch?v=vsVlcJZ1YtU

Quem é esse parlapatão?... Parece um bispo da IURD.

Segundo o Ionline:

Roubini diz que Portugal tem 30% de probabilidades de sair do euro
Nouriel Roubini nas conferências do Estoril
O economista Nouriel Roubini afirmou que Portugal tem 30% de probabilidades de sair do euro. Roubini disse ainda que o novo pacote de ajuda à Grécia não será suficiente para solucionar a crise da dívida e que “Portugal e a Irlanda também estão insolventes”.
O economista chega mesmo a referir que os planos de resgate de Portugal e Irlanda não terão resultados satisfatórios. “Dentro de alguns anos o actual programa de ajuda a Portugal vai cair por terra, tal como acontecerá na Irlanda”, disse.
Roubini defendeu que o novo plano grego apenas permite “comprar tempo”, sendo que os líderes europeus serão confrontados com “decisões muito difíceis” nos próximos anos.

Concordo que este plano pretende comprar tempo e que a UE tem de resolver o problema de fundo e, também concordo, que as probabilidades de Portugal sair do Euro, agora, são mais baixas. Concordo também, que a Grécia não vai cumprir e está-se borrifando para isso, quer é a massa, depois logo se vê.
A ver vamos...