Segundo o Expresso:

Guerras civis e ditaduras se o euro se desintegrar
Um relatório de choque do banco UBS aponta para as consequências políticas da fragmentação e desintegração da zona euro. Saída da zona monetária poderá custar entre 40 a 50% do PIB de um "periférico"
As consequências políticas de uma fragmentação de uma zona monetária são muito sérias. Aos efeitos monetários e económicos associar-se-ão provavelmente um de dois resultados: "Ou se caminha para uma resposta mais autoritária de governo para conter ou reprimir a desordem social - um cenário que tenderá a exigir uma mudança de governo democrático para autoritário ou militar -, ou, em alternativa, a desordem social se misturará com fraturas na sociedade para dividir o país, redundando em guerra civil".
Estes cenários são apresentados num relatório de choque do banco UBS, da autoria de Stephane Deo, Paul Donovam e Larry Hatheway, a que o Financial Times e o Business Insider tiveram acesso.
Apesar do cenário negro, o relatório admite que a zona euro acabará por evoluir, mesmo que lentamente (o ministro das Finanças alemão falava hoje no Financial Times dos alemães serem adeptos de "pequenos passos") e muito dolorosamente, para a integração orçamental e a governação económica.
Mas as conclusões para que o relatório aponta merecem reflexão no detalhe:
1- A zona euro não pode continuar com esta estrutura e com estes membros atuais. "Ou a estrutura atual muda, ou os membros terão de mudar". Mas a fragmentação ou liquidação da zona monetária única tem um custo ainda mais elevado.
2- O custo para um "periférico" ronda os 40 a 50% do seu produto interno bruto (PIB) no primeiro ano depois da saída do euro. Para cada cidadão do país que sai, o custo dessa saída rondará os 9500 a 11500 euros no primeiro ano e entre 3000 a 4000 euros por ano nos anos subsequentes.
3- No caso de um país do "núcleo duro" da zona euro, uma saída do euro implicaria uma bancarrota de empresas de referência, a re-estruturação do sistema bancário e o colapso do seu comércio internacional. O impacto, no caso da Alemanha, por exemplo, seria de 20 a 25% do PIB.
4- Em termos comparativos, para o caso germânico, a saída do euro implicaria para cada alemão um custo de 6000 a 8000 euros no primeiro ano e entre 3500 a 4500 euros por ano nos anos subsequentes, enquanto que um resgate completo da Grécia, Portugal e Irlanda, em caso de bancarrota, custaria, apenas, 1000 euros de uma só vez.
5- Mas o custo económico e monetário deve ser "a última das preocupações dos investidores". Porquê? Porque as consequências políticas são mais gravosas ainda: "Merece a pena salientar que quase nenhuma união monetária moderna se dissolveu sem alguma forma de governo autoritário ou militar, ou guerra civil".
Acresce ainda um outro detalhe que não é referido pelo relatório. Para além das consequências políticas de regime ou de guerra civil, a turbulência nos países "periféricos" da atual zona euro traria consequências geopolíticas, em situações de caos político e desagregação do estado e da sociedade. Estes países encontram-se no que se designa em geoestratégia de zonas de embate (shatterbelt) entre grandes potências, frequentemente sujeitas, ao longo da história, a serem palcos de disputas diretas ou indiretas de terceiros próximos ou longínquos.

É longa a notícia, mas vale a pena ler, porque, quanto a mim, é um cenário duro mas realista.

Em relação ao seu último post, confrade litlehouse, tenho o seguinte pensamento.

Os estudos estrategicos de alguns bancos de referencia (a UBS é uma delas) e principalmente das companhias de seguro costumam ser extraordináriamente precisas.

Geoestrategicamente falando, Portugal encontra-se numa situação bastante vulnerável. A cintura isllamica vai desde a Indonésia até a Marocos - directamente à porta da nossa casa. Há forças islamicas que pretendem conseguir ampliar o mundo islamico e extender a àrea de influencia com o proposito final de criar um mundo com base na Sharia Islamica.

Portugal é vulnerável se não estiver inserido em parcerias fortes. As forças armadas portuguesas são obsoletas e não há dinheiro para investir em armas de defesa.
A NATO tornou-se um aglomerado de membros que tudo fazem menos puxar por uma etratégia comum (muito por culpa do Bush)

Se o Euro estoirar, com a inevitalvel desintegração europeia nos anos seguintes, cada um irá lutar apenas pelos seus interesses - e Portugal fica perigosamente à deriva.

Ningém fala disso, por ser um perigo por enquanto abstrato, e não concreto, e por enquanto o que interessa é o PIB e a Troika etc.

Este relatório da UBS chama as coisas pelo seu nome, directamente. E alguns (nem todos) os governantes na Europa sabem perfeitamente que esta é a altura de avançar para uma União política europeia. É inevitavel e imperioso que isso aconteça.

O relatório UBS veio salientar o que parece óbvio, mas a Europa fez-se a partir dos vários nacionalismos, o que ainda é um entrave a uma efectiva uniao política e o que isso implica de perda de "soberania".
Recorde-se, a título de exemplo, a discussao recente sobre a chamada Constituiçao Europeia.
Mas creio que ou a Europa caminha decididamente no sentido de um Estado Federal ou o colapso torna-se iminente.

Segundo o DN:

Tratado de Lisboa impede expulsões da zona euro
O Tratado de Lisboa impede a saída de países da zona euro, disse hoje a Comissão Europeia, depois do primeiro-ministro holandês Mark Rutte ter afirmado que deveria ser considerada a saída da Grécia da moeda única europeia.
"Nem a saída nem a expulsão da zona euro são possíveis, de acordo com o tratado de Lisboa, que define que a participação no euro é irrevogável", afirmou Amadeu Altafaj, porta-voz do comissário europeu para os assuntos monetários e financeiros, Olli Rehn, em conferência de imprensa.
Na terça-feira, Mark Rutte e o ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, apelaram à aplicação da "sanção mais elevada", a expulsão de um país, debaixo de um novo regime que poria as economias em dificuldade na zona euro debaixo da administração dos parceiros da zona euro.
"No futuro, a sanção mais elevada seria forçar os países a abandonar o euro", escreveram os dois responsáveis holandeses numa coluna de opinião no jornal Financial Times.
Altafaj garantiu hoje que "não há qualquer debate relativo a essa eventualidade".
O primeiro-ministro alemão, Wolfgang Schäuble, defendeu hoje também uma posição mais dura face à Grécia, dizendo no parlamento alemão que vai fazer o necessário para "que sejam feitas as alterações necessárias ao tratado para que se possa agir mais rapidamente e com maior eficácia quando as coisas correm mal".

Claramente a Grécia está a ser penalizante para UE num todo e tudo porque não querem mexer no sistema.

Wolfgang Schäuble é ministro das finanças...
Seja como for, os gregos estão a dizer que não vão entrar em default, o que quer dizer que irão entrar nos próximos dias. A Merkel já anda às voltas com um plano para ajudar a banca alemã com as perdas que vão sofrer. Ao menos assim a coisa fica esclarecida, pena ter demorado tanto tempo. Há 1 ano que era evidente que a Grécia não tinha hipóteses de pagar a sua dívida.
A questão agora é "who is next?". A tugolândia está na pole-position...

Segundo o Público:

Grécia lança imposto sobre o imobiliário para não deixar aumentar o défice,
O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, anunciou hoje medidas suplementares de cerca de “dois mil milhões de euros”, para combater a derrapagem das contas públicas, conforme exigem a UE e o FMI, para continuaram a financiar o país.

Será que é desta que a Grécia leva isto a sério, ou é apenas mais uma medida administrativa para receber mais uma tranche?

A Alemanha nunca permitirá a saida da Grécia, pois passava a ter um problema de estabilidade monetária (Portugal, Irlanda, Italia e Espanha), para além do tema das fronteiras.

Lá ia por água abaixo o sonho alemão (EUE)

Agora que é dificil os gregos cumprirem é. A mentalidade deles, sempre foi fugir aos impostos, dai o governo grego ter criado legislação em que a compra de bens (carros, máquinas, motos, barcos), obriga à apresentação da declaração de rendimentos e comprovativo de pagamento de IRS.

Meu caro, primeiro para embolsar essa verba e a tornar válida é preciso cobrá-la.
E nisso, para quem conhece gregos e afins, cheira-me que vai demorar uns anitos a embolsar esses milhares de milhões.

Não é por acaso que se torna bem mais fácil ir direitinho ao bolso de quem tem de trabalhar e de comer.

Segundo o Público:

Ministro das Finanças avança com plano B
Alemanha prepara-se para possível falência da Grécia
Governo de Merkel estuda saída da Grécia do euro
O receio de que a Grécia não consiga cumprir com o plano de ajuda externa está a levar a Alemanha a preparar um plano B para o caso de o país falir, noticia um jornal alemão. Saída do euro é uma das opções.
De acordo com o semanário Der Spiegel, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, está a avançar com este plano alternativo, que envolve dois cenários distintos: num deles, a Grécia permaneceria no euro, no outro, teria de abandonar a moeda única.
O Der Spiegel cita fontes dos ministérios das Finanças ligadas à elaboração do plano mas, oficialmente, um porta-voz garantiu que “se está a trabalhar intensivamente num plano A, e não num plano B”.
Segundo o jornal, o mecanismo de ajuda europeu – o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) – tem um papel central nas ideias que estão a ser estudadas por Schauble.
Em Julho, os líderes europeus acordaram o reforço dos poderes deste fundo, que deverá passar à prática em breve e a Alemanha está a estudar recorrer a um novo instrumento do FEEF – as linhas de crédito, com o objectivo de evitar uma reacção em cascata dos mercados internacionais ao default (incumprimento) da Grécia.
Se o Estado helénico entrar em incumprimento, os investidores deixariam de emprestar dinheiro aos países periféricos do euro e, nomeadamente, à Espanha e a Itália, que correm o risco de ser os próximos a pedir ajuda externa. Num cenário desses, a ideia da Alemanha seria disponibilizar àqueles países linhas de crédito, no âmbito do FEEF.

Este é um cenário duro mas realista, no entanto, penso que conseguiremos sobreviver e a Europa ficará mais coesa com a saída da Grécia. Não entendam esta posição como "radical" da minha parte, mas, a verdade, é que a Grécia não deveria ter entrado no Euro e, ao longo do tempo, tem demonstrado um enorme desprezo por todos nós.

Além disso, o Governo alemão estará a estudar como cenário a eventual saída da Grécia do euro.

Se formos por esse caminho, de que a Grécia não deveria ter entrado no Euro e demonstra um enorme desprezo pelos outros, deveríamos considerar que se bem me lembro o primeiro país a borrifar-se para a famosa meta dos 3% foi a França que, normalmente, deveria ter sofrido sanções mas foi "perdoada".

E se analisarmos um pouco mais temos de admitir o desrespeito pela vontade dos europeus que rejeitaram de forma clara a constituição europeia e os "senhores", chuchas incluídos, arranjaram forma de ultrapassar esse obstáculo. E não me parece que foram os gregos quem demonstraram desprezo pela vontade expressa.

Nós sabemos que a única forma de se obter alguma solidez numa federação de estados passa por haver interesses económicos comuns, legislação federal, moeda comum, território comum e também, não menos importante, bem pelo contrário, uma unidade cultural.

A Europa que nos querem vender não possui essas características comuns em todos os seus estados.
Por isso, a formação de um qualquer acordo baseado numa federação teré de ser imposto em face da necessidade de se ultrapassar certas dificuldades presentes.

Ora, tal cenário poderá vir a ser bem sucedido se prevalecer algum senso comum baseado em experiências recentes, do século passado.

A entrada de países e posterior saída cria maior instabilidade e daí haver a preocupação de segurar as pontas.
Só que esse segurar de pontas implica esforços financeiros consideráveis dificeis de assumir só à custa do trabalho e face à indisponibilidade de quem detém a "massa" cai-se numa situação de incumprimento e de pobreza.
Para alguns, claro. A maioria.

Prenúncio de uma guerra? Se não houver juízo... pagará o corpo.

É verdade que a França foi o primeiro a quebrar as regras, no entanto, a Grécia para entrar "cozinhou" os números, como é sabido, e, depois, foi continuando por esse caminho até há dois anos, a verdade, é que teve o beneplácito dos outros membros e, só quando a coisa descambou, é que se tomaram posições.

É provável que tenhamos de vir a aceitar um modelo federalista, como forma de evitar a desagregação da UE, é verdade que, culturalmente, estamos em presença de culturas e histórias diferentes, mas com algum jeito, todas poderão ser preservadas e a soberania dos países envolvidos salvaguardada, é apenas uma questão de querer e a mensagem ser bem passada junto das populações.

Também espero que, mesmo que possa vir a haver desagregação, os países tenham juízo e não se entre por caminhos de difícil retorno.

O que há mais em Portugal são números cozinhados!

E a Grécia e Portugal não são os únicos.

Mas torna-se fácil olhar para o vizinho e assolapá-lo com as culpas.

NASA preocupada com satélite que vai cair na terra: Alemanha pergunta se não conseguem acertar na Grécia

A NASA está preocupada com um satélite que vai cair na terra, depois de ter estado 20 anos na atmosfera a estudar, o que é um desperdício, porque se se tivesse inscrito na Universidade Independente, seguramente já tinha o curso.
Seja como for, uma parte substancial do satélite vai desintegrar-se ao entrar na atmosfera, mas outra parte cairá na terra e é isso que preocupa a NASA, porque ainda são 500 toneladas de metal.
Ao que o Imprensa Falsa conseguiu apurar, Armando Vara conseguiu um encontro entre o sucateiro Manuel Godinho e o presidente da NASA, mas o responsável do programa espacial norte-americano não aprecia robalo.
Entretanto, a Alemanha também perguntou se não conseguem acertar na Grécia, «para ver e eles acordam».
Mas a NASA já disse que o satélite não tem combustível e que não será possível direccioná-lo para lado nenhum, portanto vai cair onde calhar. «Oh! Então já se está mesmo a ver onde vai ser...», afirmou o primeiro-ministro japonês, numa referência à maré que o seu país atravessa

http://imprensafalsa.com/284368.html

BCE-Banco Central Europeu- explicado como se fosse às crianças‏


QUE é O BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes
10 dos 27 Estados da UE.

E é MUITO, ESSE DINHEIRO?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de
2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.

ENTãO, SE O BCE é O BANCO DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NãO? COMO QUALQUER BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OUOUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS.
- Não, não pode.

PORQUê?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

ENTãO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

AH PERCEBO, ENTãO PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NãO VAI AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VãO AO BCE.
- Pois.

MAS PARA QUê COMPLICAR? NãO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRéCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!

AGORA NãO PERCEBI!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

MAS ISSO ASSIM é UM "NEGóCIO DA CHINA"! Só PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou
4 mil milhões de euros.

ISSO é UM VERDADEIRO ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATé DE CORTAR NAS PENSõES, NO SUBSíDIO DE DESEMPREGO OU DENOS TIRAREM PARTE DO 13º MêS.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganharbem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

MAS QUEM é QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCâNDALO DESTES?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.

ENTãO, OS GOVERNOS DãO O NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SãO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamosde corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.

ENTãO NóS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NãO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRóPRIO BANCO!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

MAS ENTãO ELES NãO ESTãO Lá ELEITOS POR NóS?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século para cá.
Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

MAS METERAM OS RESPONSáVEIS NA CADEIA?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's,uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.

E ENTãO COMO é? COMEMOS E CALAMOS?
- Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...

Segundo o Público:

Merkel recusa insolvência descontrolada da Grécia
A chanceler alemã Angela Merkel garantiu hoje que não deixará a Grécia resvalar para uma “insolvência incontrolada”, devido ao risco de contágio que isso colocaria a outros países da zona euro.
“A principal prioridade é impedir uma insolvência descontrolada, porque isso não iria apenas afectar a Grécia. O perigo de atingir todos ou, pelo menos, alguns outros países, é muito grande”, afirmou hoje Merkel em entrevista a uma rádio alemã, citada pela agência Bloomberg.
“Já deixei muita clara a minha posição: temos de fazer tudo para manter a zona euro unida em termos políticos, ou iremos enfrentar um efeito dominó”, acrescentou.

Fico com a impressão que já é demasiado tarde ou custará um preço enorme.