Saíu hj no CM uma reportagem de que o número de portuguesas na protituição estava a aumentar significativamente. Segundo a reportagem, o perfil das novas prostitutas é : 30 - 40 anos, mães, desempregadas, ex- classe média, casadas e o marido não sabe. Desesperadamente recorrem á prostituição para pagar dívidas e dar de comer aos filhos.
No decorrer da minha vida "artistica" de putanheiro tenho conhecido vários casos desses. O que a noticia tem de novo é o aumento do número desses casos devido`"à crise" entenda-se à má governação.
Paradoxalmente enquanto lia o jornal no café, passava na TV o anúncio publicitário "orgulho de ser português"

Sim e depois...
Podemos falar do orgulho brasileiro
...do orgulho ucraniano
... do orgulho romeno
... do orgulho russo
... do orgulho espanhol
etc
etc
Se for a um post sobre nacionalidades de GPs tem quase as Nações Unidas.

E nós que somos especialistas na matéria como utilizadores não vemos assim tantas GP´s novas no mercado. No caso da rua praticamente só se fala de romenas.
Estas reportagens do CM merecem a mesma credibilidade das reportagens das Acompanhantes de Luxo. Era só rir, neste caso é triste o aproveitamento.

Nem tudo é aquilo que parece. A maior parte se não a totalidade das GPs que se dizem espanholas, são brasileiras oriundas da fronteira com a Argentina e falam mais ou menos espanhol e no quarto passam por espanholas.
Normalmente as romenas encontram-se nos pontos de rua, não nos apartamentos. São trazidas pelas máfias. Quanto á reportagem, de uma maneira geral o sensacionalismo vende mais que a informação. Mas o jornalista não tem como quantificar os casos de prostituição. O cliente também não. Os casos que conheço de GPs portuguesas que caíram na prostituição como último recurso para ganhar dinheiro, conheço pq era cliente habitual. E mesmo assim é apenas a versão delas. Brasil, Roménia e muito em breve Portugal têm em comum, desemprego, disigualdades sociais, gente muito rica, gente muito pobre e classe média foi extinta. Que existe uma relação causa efeito dificuldades económicas - prostituição lá isso existe.

Tambem li e não assim tão escabrosa (para padrões do CM ) e dizem que à maior incidência de mães e mulheres casadas de 35/40 anos a prostituirem-se comparada com antigamente, que as meninas de rua eram quase todas agarradas e agora nem é bem assim. Está a atacar a classe média em força e dantes não era assim. Já todos previamos isto, não é grande surpresa sem dúvida mas é uma escalada, mas o que saliento na noticia é a descida de preços devido à "grande oferta perante a procura"

Essa do orgulho de ser português é assim uma ideia sem conteúdo. Nasci e cresci em Portugal, vivo e trabalho cá, tal como a minha família; Portugal é o meu país e eu gosto dele. Apesar disso não vejo qual a razão em ter um especial orgulho em ser português. Estamos atrás de muitos países, aparecemos todos os dias nas notícias internacionais por más razões e há muito ainda a fazer por cá no que toca a assegurar uma vida digna e com oportunidades a toda a gente.

Somos os mais pobres dos "ricos". Alguém tem que ser o último, é um facto, mas o lugar é nosso e só nós podemos queixar de nós próprios.

nunca percebi a questão do "orgulho português". para mim sempre me foi completamente indiferente.

neste momento queria ser sueco ou dinamarquês...

O orgulho português é uma coisa diabólica:

- O governo anterior conseguiu transformar-nos no mais pobre dos paises ditos ricos;

- O governo actual, sacrifica-nos alguns furos acima do planeado pelo FMI/troika.

Não é de estarmos orgulhosos

Na verdade isto do orgulho de ser português, ou de outra qualquer nacionalidade, tem a ver com a forma como fomos educados, veja-se os americanos que têm um enorme orgulho, daí as bandeiras nas portas, a oração antes das aulas, e um enorme respeito pelos órgãos constitucionais e, dramaticamente, morrerem por causas/guerras que não são deles.
Também tem a ver com a história, na forma como o país nasceu e, no nosso caso, com a aventura das descobertas.
Sinceramente, penso, que não nos faria mal, sobretudo às novas gerações, um pouco mais de orgulho em terem nascido neste país e de serem portugueses, é por isso que emigramos, mas voltamos sempre e morremos por cá.

Caro Litlehouse,

Por este andar nem precisamos de air de cá para virmos cá morrer.......morremos mesmo antes de sairmos.

O meu caro é das pessoas com maior sentido de ponderação e bom senso que escreve neste portal, mas, posso ser eu que esteja a ver mal, mas como vamos transmitir esse orgulho às novas gerações, se as mesmas apenas e só vêem a vida dificultada:

- Desemprego;
- Os pais cada vez com menor poder de compra;
- Dificuldades mometárias para acesso ao ensino superior;
- Sem saídas profissionais
- etc.

Abraço

É verdade amigo, é verdade e inegável. Sabe que nós vivemos tantos anos em miséria e com aquele lema miserável do "orgulhosamente sós", que, quando tivemos oportunidade, tentámos recuperar o tempo perdido muito depressa e demos passos maiores do que as pernas, isto, aliás, faz parte de qualquer processo de aprendizagem e nós ainda estamos apenas a dar os primeiros passos.
Nós somos um país pequeno, sem riqueza evidente, não temos petróleo, diamantes, ouro temos, mas pouco, e fomos sempre uma povo ligado à agricultura de sobrevivência e às pescas. A indústria era uma "visão" e sobrevivia porque a sua produção, assim como outras, eram dirigidas às ex-colónias. Vivemos assim sempre, mas, é claro, que as memórias que mais guardamos são as de 1928 para cá.
Até 1974 nós não tínhamos nada e estávamos isolados do mundo, de lá para cá deram-se saltos descomunais. Em 1973 ter um carro era sempre para trabalho, só 50% do território tinha electricidade, saneamento só nas grandes cidades e em parte, água canalizada idem. Para quem nasceu até aqui, era bem provável que seguisse a profissão dos pais, estudar apenas alguns, não só pela falta de posses para tal, mas também porque não interessava ao regime que as pessoas fossem cultas.
Hoje cada português tem 3 telemóveis, virtualmente, 80% terão casa própria e carro, cada família tem um filho na universidade, alguns até poderiam ter profissões rentáveis, mas nós, pais, gostamos de ter um filho desempregado, mas licenciado.
Perante esta mudança, porque não havemos de estar orgulhosos? já nem falo nas tareias que demos aos espanhóis, sob pena de me acusarem de alguma coisa menos boa, já nem falo de que metade do mundo conhecido foi nosso, também não falo do destino do ouro do Brasil ou das especiarias da Índia, quer dizer, nós vimo-las todos os dias, como hoje vemos a Vasco da Gama, o Centro Cultural de Belém, centenas de kilómetros de autroestradas sem trânsito, etc...etc...etc...
Está-nos no sangue, somos assim...
Vou contar uma história verdadeira dos tempos do Salazar. Como é do conhecimento, todas a leis eram publicadas em editais e as que diziam directamente ao Zé, eram colocadas junto às poucas mercearias existentes e um edital rezava que:
"Estão abertas as inscrições para frequência de cursos de alfabetização"
Está a ver porque é que devemos estar orgulhosos? Porque hoje o meu amigo tem em casa 2 computadores onde acede a todas as notícias do mundo e não se vê na obrigação de se esconder para as ouvir ou para as ler.

Dos mais antigos desses "orgulhos", o mais recente tem para cima de 200 anos e os mais novos foram exactamente o que nos conduziu - do Cavaco ao crápula do Sócrates - à linda situação em que estamos.



Orgulho??? Azar e do mais negro!!!

Já dizia o Fernando Pessoa "Má sorte nascer Português"

Eu também não me considero minimamente um sortudo, mas reconheço que mesmo assim ainda há muito mais gente com pior sorte

Mas ele não gostava de mulheres e nós gostamos, caraças!
Todos sabem como nasceu o Nazismo e como o povo Alemão trabalhou dramaticamente, porque alguém lhe "lustrou" o seu orgulho e, infelizmente, a causa não era a mais acertada.
O que nós precisamos é que nos dêem brilho e nos "lustrem" e nos mostrem o caminho, porque, apesar de tudo, nós temos um imenso orgulho em sermos portugueses, basta lembrar Timor, que não foi assim há tanto tempo, para que possamos lembrar a última vez que mostrámos claramente o nosso orgulho.

Timor mostrou o nosso orgulho de sermos portugueses???... Quanto muito, mostrou solidariedade com quem estava a ser massacrado. E, uma vez que Timor era ex-colónia portuguesa, era apenas natural que a solidariedade viesse daqui.

Ou isso quer dizer que ficámos todos muito contentinhos "ó pra nós, todos juntos como conseguimos todos, todos, todos dar as mãos", porque somos uns gajos - nós, os Tugas, vejam bem! - mesmo porreiros...

oh confrade littlehouse, pedir às novas gerações para terem orgulho no país em que vivem é sacanagem!, como dizem os brasileiros. esses são precisamente aqueles que vão herdar um país em ruínas.