Re: Filme ou filmes da vossa vida!
1) The Asphalt Jungle/Quando a Cidade Dorme (1950)
Filme que costumava passar muitas vezes por mês no canal TCM-Turner Classic Movies. Realizador: John Huston.
Um dos primeiros trabalhos cinematográficos de relevo de uma actriz chamada Marylin...Monroe. Conhecem?
Mas não é isso que interessa. O que interessa é o enredo, que tantas vezes foi imitado, que deixou de ser original. Entre outros filmes, Reservoir Dogs/Cães Danados de Tarantino tem neste filme uma das suas inspirações.
Não vou revelar o enredo. Um bando de ladrões é traído pelo seu mentor. O personagem principal (Dix Handley=Sterling Hayden) tem como sonho usar o seu quinhão do roubo para voltar a comprar a quinta de cavalos Mustang no Kentucky, onde cresceu. Ferido de morte por ter ser sido atingido a tiro durante o assalto, Dix conduz muitas milhas até ao rancho, acompanhado pela sua namorada. Se a cena final do filme, de Dix a cambalear por um campo fora, ferido de morte, a tentar chegar a um cavalo, enquanto a namorada dele chora, não vos fizer chorar, deixem-me dizer que são uns sacanas empedernidos, e não há nenhum filme que os consiga fazer chorar.
2) The Killing/Um Roubo no Hipódromo (1956)
Outro filme em que o enredo gira à volta de um assalto. E o actor principal volta a ser o Sterling Hayden. Realizador: um gajo qualquer chamado Stanley Kubrick (?).
É outra história de crime e traição. Vejam, que vale a pena.
3) Killing Zoe (1993)
Trata-se de outro filme sobre assaltos. Realizador: Roger Avary (associado de Tarantino, guionista de Pulp Fiction)
O personagem principal Zed (Eric Stolz) chega a Paris para participar num assalto, mas numa das noites anteriores ao crime cede à tentação de recrutar uma GP de seu nome Zoe (Julie Delpy), e (con* da mãe!) apaixona-se por ela. Acontece que a
call girl Zoe trabalha na agência bancária que Zed e o seu banco escolheram assaltar. As coincidências são fodidas.
A Julie Delpy era uma foda do camandro. Se não estiverem convencidos depois deste filme, vejam Trois Couleurs: Blanc/Três Cores: Branco, de Krzysztof Kieslowski para a prova dos três.
4) Dans La Ville Blanche/A Cidade Branca (1983)
Filme suíço de Alain Tanner, passado em Lisboa.
Paul (Bruno Ganz, actor impecável), mecânico naval, desembarca em Lisboa e deserta do navio, e aluga um quarto numa residencial na zona ribeirinha.
Durante dias passeia sem rumo pela cidade (vai às velhinhas boites de GPs do Cais do Sodré! A Unesco devia preservar este filme), escreve cartas à mulher na Suíça e envia-lhe os filmes Super-8 que vai fazendo. Conhece Rosa (Teresa Madruga) uma criada de quarto, por quem se apaixona. Um dia é roubado e fica sem nada, mas continua o romance com Rosa. Decide ficar em Lisboa, sem rumo, mas Rosa tem a certeza que ele um dia acabará por partir. Cruza-se, por mero acaso, com um dos homens que o roubou e acaba ferido no hospital. Quando sai do hospital, descobre que Rosa foi para França e ninguém sabe a sua morada. Por fim, desiste de ficar e toma o comboio para a Suíça.
Este filme é sensual, sem ser ordinário, e lembro-me que quando o vi fiquei fixado durante meses nas cenas da Teresa Madruga a despir-se.
A Teresa Madruga despe-se totalmente (mamas+rabo+matagal) neste filme, que foi rodado em 1982-83. Só por isso, merecia um troféu.
5) I Am a Sex Addict (2005)
Filme auto-biográfico em que o realizador Caveh Zahedi confessa o seu vício por GPs, que é a razão pela qual o seu primeiro casamento se desmoronou.
Actualmente tem o vício sob controlo, e já só vai às GPs algumas vezes por ano (é o triunfo da razão).
Uma das actrizes do filme é a actriz pornográfica que adoptou o nome Rebecca Lord. O realizador diz em várias entrevistas que não sabia que ela era uma actriz pornográfica quando a contratou para o filme. Pois, pois. Estava à espera de pagar o valor acordado, e de ter direito a trabalhos extraordinários.