Já escrevi algo parecido com isso, e só não o vê quem não quer.

Tive uma educação algo espartana, andei na catequese e tive dez anos nos escuteiros. Não sou nenhum menino queque, bem pelo contrario, acho que sou um Homem na plenitude da palavra.

Se algum de vós tiverem contacto com o livro Escutismo para Rapazes do Lord Baden-Powell, verão como se formam Homens.
Põe qualquer pedagogo de hoje a um canto.

Queria apenas lembrar-te que existem muitos licenciados a trabalhar em empresas privadas , que ganham pouco mais do que isso , mas por 40 horas ( reais ) de trabalho.

Vejam o que diz a Joviana

Não sou bem desse tempo, nem tenho qualquer ligação ao sector para além de ter sido aluno durante uma boa parte da minha vida , mas parece que agora a estrutura educacional se consome a si própria em auto corrosão.

É que essas ideias foram apelidadas de burguesas, descartadas e postas fora de moda por quem nem sequer as leu...

É curioso fazer um paralelismo entre aquilo que se passa nos sectores da saude e da educação.
Á medida que se assiste a uma degradação brutal dos cuidados de saude prestados nos serviços publicos , sejam eles centros de saude ou hospitais , têm surgido nos ultimos anos uma enorme quantidade de clinicas e hospitais privados. Engraçado é que a grande maioria dos profissionais de saude que aí trabalham , tambem o façam para o estado , em regime de 35 horas semanais. Repito , trinta e cinco horas...
Á medida que se assiste a uma degradação do ensino no sector publico , têm surgido por gestação espontanea uma enorme quantidade de " clinicas do conhecimento " privadas. Seja na forma de escolas , ou pequenos " ateliers " para dar explicações aos petizes.
Engraçado seria saber a quem pertencem estas instituições e quem é que lá anda a ensinar

Das 13 , repito treze organizações de docentes existentes resolvi trazer aqui este pequeno texto do jornal publico de Setembro de 2006 , onde dois dos principais sindicatos manifestavam as suas preocupações em relação ao desenrolar das negociações com a tutela.

FNE mais optimista
As duas maiores organizações sindicais - Fenprof e FNE - reúnem-se hoje com Jorge Pedreira, com a primeira federação a manifestar poucas expectativas face à evolução das negociações. "A Fenprof considera curto o prazo previsto e não acredita que em apenas seis reuniões seja possível superar as profundas divergências que marcam o conteúdo das propostas ministeriais relativamente às sindicais. Quanto ao conteúdo das propostas do ME não há alterações na sua natureza negativa", diz em comunicado.
"As categorias hierarquizadas estão lá, as quotas não desaparecem, as vagas para aceder ao escalão de topo não vão embora", lamenta Mário Nogueira. A consequência, mantém o dirigente sindical, é que "80 por cento dos professores não vão chegar ao topo da carreira [professor-titular] e vão ficar-se pela de professor, não saindo do actual 7.º escalão [até aqui existiam 10]".
"Ainda estamos muito longe mas esta é a primeira vez que o ME dá algum sinal de que tem alguma capacidade de acolhimento de outras perspectivas", diz o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva. O alargamento do período de avaliação dos professores para dois anos, o fim da entrevista para o acesso à profissão são exemplos no "bom sentido".
Público – (06.09.06)

Pelos vistos já nem se pode confiar nos sindicatos... http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9b0 ... 4127d.html

Duas histórias:

1ª.

Num liceu no Porto estava a acontecer uma coisa muito fora do comum. Um 'bando' de miúdas de 12 anos andava a pôr baton nos lábios, todos os dias, e para remover o excesso beijavam o espelho da casa de banho. O Cons.Exec. andava bastante preocupado, porque a funcionária da limpeza tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao fim do dia e no dia seguinte lá estavam outra vez as marcas de baton.
Um dia, um professor juntou as miúdas e a funcionária na casa de banho e explicou que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam e, para demonstrar a dificuldade, pediu à empregada para mostrar como é que ela fazia para limpar o espelho.
A empregada pegou numa 'esfregona', molhou-a na sanita e passou-a repetidamente no espelho até as marcas desaparecerem.
Nunca mais houve marcas no espelho...
Há professores educadores...


2ª.

Numa dada noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste do dia seguinte.

Na manhã seguinte, desenharam um plano para se safarem. Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo. Então, foram ter com o professor da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento na noite anterior e no seu regresso um pneu do carro que conduziam rebentou.
Tiveram que empurrar o carro todo o caminho e portanto não estavam em condições de fazer aquele teste.
O professor, que era uma pessoa justa ,disse-lhes que fariam um teste-substituição dentro de três dias, e que para esse não havia desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados.
No terceiro dia , apresentaram-se para o teste e o professor disse -lhes com ar compenetrado que, como aquele era um teste sob condições especiais , os três teriam que o fazer em salas diferentes.
Os três, dado que tinham estudado bem e estavam preparados, concordaram de imediato.
O teste tinha 5 perguntas e a cotação de 20 valores.

Q .1. Escreva o seu nome ----- ( 0.5 valores)

Q.2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste há quatro dias atràs ---(5 valores )

Q.3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou.--( 5 valores)

Q.4 . Qual das 4 rodas rebentou ------- ( 5 valores )
Q.5. Qual era a marca da roda que rebentou ---- (2 valores)
Q.6. Quem ia a conduzir? ------ (2.5 valores)
Há professores educadores...

Mau maria , mau Maria , ora querem lá ver o moço... http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/0d0 ... 760f4.html

muito bem visto
quanto aos professores,claro que ha aqueles que educam mas tambem os ha que deseducam,mas o que me faz escrever neste topico é o seguinte,os professores trabalham que se fartam,mas têm três meses de ferias,os professores tambem um dos melhores sistemas de saude que existe no pais,os professores comparado com o que os portugas ganham ate ganham o razoavel,os professores que depois disto tudo ainda fazem greve,poupem-me que eu nao tenho paciencia para isto

Camilo Lourenço
Manuela, a avaliação e os maus professores
camilolourenco@gmail.com

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Manuela Ferreira Leite pôs-se ao lado dos sindicatos e dos professores na luta contra a avaliação. Foi um erro. Porque ela sabe que a avaliação é um dos requisitos fundamentais para melhorar a Educação. É certo que a líder do PSD não condenou o acto de avaliar, sugerindo antes que ela deve ser feita a partir do exterior.


É um preciosismo que não justifica a demarcação do PSD face ao Governo. Porque a avaliação feita de fora vai suscitar ainda mais anticorpos nos sindicatos do que a avaliação feita de dentro; e porque os sindicatos só não se pronunciam contra as ideias de Ferreira Leite por opção táctica: para quê hostilizar, agora, a líder de um partido do "arco do poder" se ela está do seu lado na contestação ao Governo? Mário Nogueira e seus "compagnons de route" têm todo o tempo do mundo para fritar a líder do PSD quando chegar a sua hora. Tal como já aconteceu quando foi ministra da Educação.

Mas há outra razão para Manuela não ter feito o que fez: os sindicatos (e boa parte dos professores) não são contra este modelo de avaliação. São contra a avaliação. Esta ou outra qualquer. É claro que Ferreira Leite sabe disso. Mas o desgaste das sondagens e das críticas internas deve estar a causar os primeiros estragos. É pena. A Educação merece que PSD e PS se ponham de acordo. Caso contrário nunca conseguirão partir a espinha aos sindicatos… e aos maus professores.

Excelente editorial do JMF no público de hoje, resumindo faz um relaciona a avaliação dos professores com os resultados em testes nacionais.

E excelente artigo do Leonel Moura (puro e duro) no Jornal de Negócios de hoje:

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=341166 (o torpedo vai ir aos arames, acalma-te pá, pensa nas gajas quando acabares de ler )

Em suma, como diz o João Vaz num jornal de hoje:

"É preciso investir na educação dos filhos como fez a avó de Obama: meteu-o numa escola privada cara".

Que se lixe ! Desculpa Radar , tou a encher a base de dados, mas aqui fica:


Com estes professores e os seus sindicatos o País não vai a lado nenhum. Num momento em que precisamos de ânimo, atitudes positivas e energia, esta gente não pára de ocupar o País com o seu negativismo e reaccionarismo. Já basta de tanta demagogia, falta de seriedade, oportunismo.

A contestação destes professores não visa melhorar o sistema de ensino, mas andar para trás, impedir qualquer avanço positivo, manter velhas rotinas e privilégios. Os argumentos são sempre os mesmos, a falta de diálogo, as coisas mal feitas, as reformas que não são perfeitas. Mas na verdade trata-se de meras palavras usadas e abusadas para esconder a evidência. Esta gente não quer mudança, é contra tudo, tornou-se numa classe conservadora e rabugenta. E já agora falta-lhes o estilo.

Um amigo meu, professor de arte, recomendava logo na primeira aula aos aspirantes a artistas que, se o queriam realmente ser, não deviam ser vistos na rua com um saco de plástico na mão. O estilo conta muito na vida. Há certas coisas que não se fazem e certas companhias que se evitam. Esquecendo este princípio básico da dignidade comportamental, os professores foram-se tornando ao longo dos anos numa verdadeira tropa fandanga, mal encarada, histérica e ridícula, que o País conhece dos pulos na 5 de Outubro, dos cartazes torpes, das ofensas sistemáticas e das viagens de autocarro em direcção às grandes manifestações de Lisboa, animadas pelo caminho com canções de revoluções perdidas e sandes de chouriço.

Objectivamente estes professores não têm sabido dar-se ao respeito. Nas décadas que levamos de democracia a classe perdeu todo o seu prestígio reduzindo-se a um bando ululante, invariavelmente à luta por uma má causa. Transformaram-se numa arma de arremesso das oposições, quaisquer que sejam, entregaram-se nas mãos de sindicatos conservadores, do "antigamente é que era bom" e do travar é que está a dar, que tanto servem a extrema-esquerda como a extrema-direita tal a sanha belicosa, o ódio destilado, a demagogia e a falta de escrúpulos.

São maioritariamente do Partido Comunista mas todos por junto seguem a máxima libertária do "se hay gobierno soy contra". A lista das suas "reivindicações" é longa e fastidiosa: das aulas de substituição à recente avaliação. Mas bem vistas as coisas só têm um e único objectivo: a de querer travar a todo o custo a evolução da sociedade portuguesa. É aliás revelador que esta gente que é suposto educar os mais novos desconheça qualquer verbo positivo e só saiba conjugar o adiar, o revogar, o interromper, o atrasar. Nunca se ouviu uma palavra de apreço pela introdução de computadores nas aulas ou por qualquer outra boa iniciativa dos sucessivos ministros. Pelo contrário, em cada nova ideia vê-se logo um problema, uma chatice. Esta gente é do contra quando devia ser a favor. Agarram-se ao passado quando deviam virar-se para o futuro.

E afinal para quê? Felizmente os professores têm sido sistematicamente derrotados. As reformas vão-se fazendo, o ensino vai-se adaptando às novas condições, muito por firmeza dos governos, mas sobretudo porque há mais professores do que aqueles que se prestam às tristes figuras que vemos nas televisões. Como em tudo, nesta classe também existe a boa moeda ainda que seja a má que domine. É essa que tem feito progredir o ensino em Portugal já que a outra passa os dias em reuniões para tomar as posições mais diversas desde que nenhuma seja vertical. É uma minoria de bons professores que tem aguentado este instável barco. Conheço alguns. Não são bem vistos pelos contestatários porque gostam do que fazem, se dedicam ao ensino e aos alunos e não têm paciência para as jornadas de luta.

Do ponto de vista do interesse do ensino e do País é pois preciso valorizar os bons professores. Ora a questão é mesmo essa. A contestação ao sistema de avaliação não tem nada a ver com os processos, com a papelada que é preciso preencher ou com algumas incongruências que devem ser corrigidas. Esta contestação é simplesmente contra qualquer forma de avaliação, porque muitos destes professores, sempre dispostos a sair para a rua em grande algazarra, mas invariavelmente cansados quando se trata de fazer alguma coisa na escola, sabem que a sua avaliação só pode ser má. A má moeda sabe que o é.

hehe
Obrigadinho pela provocação... eu tinha dito que não iria mais comentar este assunto e assim me "obrigas" a voltar aqui novamente...
Nem me vou dar ao trabalho de responder a esse senhor(?) Leonel, que me dá ideia de ser um gajo mto mal resolvido; Como aliás o nosso Ministro da Educação o pseudo-engenheiro Sócrates (pois não tenham duvidas que é ele que conduz toda a política de deseducação do país e não aquela fraca figura que ele pôs a dar a cara e a quem chamam Sra. Ministra). Ambos (refiro-me a esse Leonel e tb ao Sócrates) têm com certeza em comum alguma questão mto mal resolvida com algum(a) professor(a) ao longo do seu percurso escolar. Só assim se percebe tanto ódio a toda uma classe, constituída por mais de 150.000 pessoas diferentes. Umas melhores, outras piores, bonitas e feias, do PC e do PP, etc, etc. É que nem dá para rebater seriamente os argumentos redundantes, ridiculamente generalizadores e preconceituosos dessa espécie de artigo.
Quero aqui deixar apenas estas duas questões:
1º Todos vós que tão mal dizem de todos os Professores deste país frequentaram escolas privadas?
Não me refiro aos vossos filhos agora, mas sim a quem emite estas opiniões. Será que ninguém frequentou a escola pública, ninguém foi bem sucedido na sua vida profissional depois de frequentar a escola pública? É que os Professores são os mesmos (embora agora cada vez menos, porque este governo os tem obrigado a entrar em reforma antecipada)
2º Podemos até chegar mesmo à conclusão que o melhor é pagar para podermos dar uma boa educação/formação aos nossos filhos. Se então pagamos pela educação e pela saúde, se pagamos portagens nas auto-estradas e nas pontes…
Porque é que me obrigam a pagar impostos?


Uma nota final WK, se eu pensasse apenas nestas questões políticas estava bem tramado. Claro que penso nas gajas, e muito!
Um abraço para ti Confrade do Diamante

Por muito que defenda a avaliação em qualquer organização, e muito em especial no ensino, não dá para continuar a não querer ver a gentalha que temos à frente deste ministério. Podem os Leoneis Mouras estrebuchar contra os comunistas que comem criancinhas ao pequeno-almoço enquanto as doutrinam sobre Marx. Ou os Camilos Lourenços contra os sindicatos corporativistas. Nada disso é relevante perante estes factos:

Há uns meses atrás, uma professora de idade respeitável foi deitada ao chão porque não permitiu que uma fedelha estivesse alegremente a falar ao telemóvel durante a aula. A cena foi filmada e colocada na net, espelhando a alarvidade reinante naquela sala de aula.
Reacção do ministério: foi um caso isolado empolado pelos meios de comunicação (o normal pelos vistos é as professoras serem agredidas e ficarem caladas).
A menina foi acompanhada por uma psicóloga e transferida de escola.
A professora repreendida porque não tinha “mãos” nos alunos.
O cromo que filmou a coisa foi punido (o grave foi a divulgação do facto, não o facto em si)
Reacção da lesma-que-se-intitula-representante-das-associações-de-pais (associação essa paga pelo ministério da educação):
A “criança” já tinha sido martirizada o suficiente e devemos deixá-la recuperar.
As escolas têm que se munir de recursos para minimizar estas situações (seja lá o que isto quer dizer). Ou seja, no fundo responsabilizou a escola pelo sucedido.

Há uns dias atrás, dois secretários de estado levaram com uns ovos na fronha. Facto não inédito porque a nossa querida Milu tinha dois dias antes sido alvo de semelhante tentativa de omeletização.
Reacção do ministério: Os alunos estão a ser manipulados pelos professores e respectivos sindicatos para agredirem os representantes da nação (uma cambada de comunas naturalmente).
Reacção da lesma-que-se-intitula-representante-das-associações-de-pais (associação essa paga pelo ministério da educação): Os meliantes que perpetraram tal infâmia já têm mais de 16 anos e têm que ser punidos criminalmente.

Conclusão:
Para o ministério da educação (e respectiva lesma avençada) a agressão a professores é uma questão social que deverá ser abafada pelas escolas. Atirar ovos a inúteis é crime.