Então e imaginem que em vez da filha era a vossa mãe? Como ficavam? Como iriam reagir a isso?

A minha mãe era prostituta... não quando nasci mas nós momentos finais da sua vida.. e foi isso que a levou a desgraça. Mas não tenho nada contra. Entrei em choque mas se ela estivesse cá hoje apoiaria a 100%.

Situações complicadas.......

ENVIADO POR TELEPATIA COM A AJUDA DO TAPACOISA

SCullen eu já tinha referido essa prespectiva... grande parte das gps são mães de alguém, filhas, irmãs etc.

Por isso mesmo que luto ou tento lutar para que as pessoas vejam esta profissão como uma profissão qualquer. Ainda ontem ouvi falar de um caso que me entristeceu e revoltou, de uma mãe que era gp e sob ameaça da s.s de perder os filhos, entregou-os ao pai. Algum tempo depois a companheira do mesmo espancou de tal forma uma das crianças que a matou!

Agora pergunto, a senhora que não era prostituta é de facto melhor pessoa que a mãe que o era e nunca fez mal aos filhos?
Ser prostituta é sinónimo de ser pior mãe? Pior pessoa? Pior mulher?

As pessoas com outras profissões não podem ser piores só porque têm uma profissão que aparenta ser mais digna?

Enquanto não olharam este trabalho como um trabalho igual a todos, e quem o faz são pessoas igual a todas as outras, então haverão muitas histórias tristes como essa. Muitos pais e filhos chocados! Muitas mulheres entaladas, descriminadas e sem apoios nem protecção!

a técnica da seg social tinha de ser uma grande XXX...

plo que me informei não te podem tirar os filhos por seres acompanhante, a não ser que eles sejam expostos.

dando o exemplo: senhoras que recebem em casa mesmo os filhos estando lá...

Sara, pelo que soube, acho que começou tudo por isso, ela atendia na mesma casa onde vivia, mas sem os filhos lá, depois por ser pressionada mudou de espaço de atendimento, e mesmo assim continuaram a andar em cima dela para deixar a actividade. E foi aí que entregou os miudos ao pai e sucedeu o fim trágico! Só queria saber como se sentiu o técnica da ss perante esta situação.
Espero que os remorços a façam pensar bem nos próximos actos.

Eu há uns anos valentes, e sem fazer nada destes serviços que faço hoje, também apanhei uma fulana da ss que por tudo me quis entalar para me tirar as crias.
Felizmente o bom senso e bom coração de um outro tecnico, que sabia bem mais do que eu das falcatruas que andavam a tramar, foi o que me valeu para não me terem lixado com uma pinta do caraças. O rapaz decidiu ir me ajudar a sair da situação em que a técnica me estava a meter, indo a minha casa num dia não util, para me alertar das intenções da colega, e me dizer os paços que deveria dar para não me lixar quando me tentassem entalar. Dou graças que ainda há gente de bom coração nesses serviços, mas passei mesmo um mau periodo só por causa de uma recem formada que com o ego em altas queria mostrar serviço e eu era uma das várias vitimas.

É triste mas é verdade, o sistema que foi criado para ajudar, é muitas vezes o sistema que prejudica unicamente.

bem sei o que isso é...

basta uma queixa infundada duma vizinha idiota sem nada para fazer e a tua vida vira do avesso!!!

são autenticas terroristas e se não tivermos alguém que nos apoie/aconselhe como parece ter sido o caso dessa mocita pode efectivamente ser muuuito complicado

Este tópico faz-me lembrar uma história que me foi contada por uma GP. Já lhe aconteceu andar de carro com o pai dela a conduzir, passarem por GPs de rua e o pai comentar, em tom de desprezo, «Já estão aqui destas!», ou algo do género. Sem desconfiar, naturalmente, que a própria filha é GP e que tinha começado pela rua.

Há umas duas décadas atrás deambulava pelo centro do Porto, um deserto na altura e ali pela Rua da Fábrica encontrei uma Gp novita e lá fomos para uma pensão ali na Conde de Vizela. Do fight não guardo memória, sinal de que não terá sido muito bom nem muito mau, mas, já quase no fim, alguém começou a tocar à campainha de uma maneira frenética. A velha da pensão não abriu, o fulano começou a dar murros na porta e eu a ficar espantado. Então a chavala disse "Deve ser o meu pai, que anda atrás de mim" e eu fiquei muito preocupado. A velha lá foi dizendo, sem abrir, "Não está cá ninguém" e o fulano acabou por desistir. A miúda desceu passado uns minutos, com a velha à janela, e foi embora; eu fiquei mais algum tempo a conversar com a senhora, que me disse "uma coisa é o pai encontrá-la na rua, outra coisa é encontrá-la e um bocadinho atrás vir um homem."