É verdade mas são elas que lideram e movimentam as massas

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Penso não ter nenhum familiar nem amigo na prostituição mas se tivesse não me sentia confortável. Chamem-me púdico, retrógrado ou o que quiserem.

Falam falam mas a maioria também não assume que é putanheiro perante a família. Desafio os defensores da liberdade a contar a toda a gente a vida que fazemos. A mim não me apanham......

Eu só ando "por aqui" por causa dos tópicos generalistas.....

Carla,

Fica sabendo que ainda hoje em dia há países onde a homossexualidade é crime. E voltando a falar da generalidade, quem alega fatores relacionadas com outras causas ou situações, jamais ganhará a sua própria luta.
Por exemplo, neste contexto, alguém escreveu uma comparação entre prostitutas e gajas que papam homens aos montes nas discotecas. Mais uma vez, ridículo!

Japonês,

Para além das minhas, nunca lutarei por algo que os próprios interessados não lutam.

Infelizmente, nos dias de hoje, exceptuando quando vêm de uma mão cheia de pessoas, as palavras para mim não têm significado absolutamente nenhum, é nas ações que se verifica o quão verdadeira uma pessoa é.

Isso leva a mais uma resposta as questões, porque escolhemos lugares discretos? Porque ficamos escondidas? Porquê o sigilo?

Mr Magoo sentia-se desconfortável exactamente com o quê?
Com o que ela fazia ou com o que os outros julgam daquilo que ela faz? (Neste caso os outros pode conter a si também incluido)

Big00, seria interessante um putanheiro chegar a casa e dizer:
-A partir de hoje não há segredos cá em casa e tenho um segredo para contar! Eu vou as GPs!
respondia a esposa.
- Sério querido? Que alivio, já posso contar que sou prostituta!
E vinha a filha do quarto:
- Ah sabem aquelas coisitas que eu disse que me tinham dado, bem, comprei, e foi porque fiz uns serviços ...

Carla,

Fica sabendo que ainda hoje em dia há países onde a homossexualidade é crime.
Nunca disse o contrário! Falei dos que já conseguiram alguns direitos, mas onde o preconceito continua.
E voltando a falar da generalidade, quem alega fatores relacionadas com outras causas ou situações, jamais ganhará a sua própria luta.
Por exemplo, neste contexto, alguém escreveu uma comparação entre prostitutas e gajas que papam homens aos montes nas discotecas. Mais uma vez, ridículo!
Isso para justificar o preconceito, porque infelizmente o problema da visão social das mulheres que trabalham na prostituição é o numero de gajos que elas papam, da mesma forma que chamam GPs as gajas que papam muitos gajos noutras situações.
Ou seja, o nome atribuido as de borla ou as que cobram mas fazem o mesmo, é sempre put*! Se não querem essas comparações, não lhes chamem os mesmos nomes, não exponham fotos de não profissionais em locais onde se falam de serviços pagos, não tratem todas as mulheres que têm muitos parceiros por igual!
Porque caso não tenhas ainda entendido é mesmo esse o ponto fuminal da questãom mulheres que papam muitos homens são mal vistas perante a sociedade! Sejam ou não profissionais.

Já agora Marc, se com palavras não vamos lá, vamos com quê? Armas? Começamos aos tiros e a matar quem nos trata com preconceitos?

Carla,

Os teus argumentos são todos demasiado pobres e apontas demasiadas vezes exemplos, pela negativa, de outros.

Como é que vão lá? Da mesma forma que os gays têm conquistado direitos, que as mulheres conquistaram o direito de voto e etc, organizando-se, dando a cara por uma causa e lutando.
É simples? Claro que não.
É fácil? De forma alguma.
Vocês vão conquistar alguma coisa com isso? Provavelmente não, mas possibilitarão que essas conquistas possam vir a ser alcançadas no futuro.
E agora perguntam. Mas se em principio não vamos conquistar algo para nós, porque havemos de o fazer? E a resposta é, a pensarem dessa maneira nunca alcançarão nada. A pensarem dessa maneira, por muito injusto que seja, não merecem alcançar absolutamente nada. Se os homossexuais tivesse tido esta linha de pensamento, também não teriam alcançado o que alcançaram nos dias que correm.
Querias o quê, mudar mentalidades de um dia para o outro? Imposições sociais levam décadas a serem alteradas, com muita luta travada por várias gerações.

Esse exemplo da quantidade de gajos papados é mais do que ridículo. Nada tem a ver com o assunto, a não ser que queiras transformar mentalidades em fórmulas matemáticas. Eu cá não ia por esse caminho, é que repara...
Vamos dizer que uma mulher vai à discoteca 3 vezes por semana e papa 2 gajos por noite, isso dá o total de 312 tipos por ano (não haverá muitas civis que vão prá borga 3 vezes por semana, nem que papem 2 gajos por noite).
Uma profissional, que tenha clientes e dependendo de vários factores como o preço, local e etc, atende entre 4 a 12 clientes por dia (há quem atenda mais), 5 ou mais dias por semana. Vamos fazer contas pelos valores mínimos, 4 gajos, 5 dias por semana. O total é 1040 gajos por ano.
Como vês, para além de ser um argumento sem qualquer sentido, a via matemática só iria endurecer ainda mais a mentalidade da sociedade.

Há mais algum caminho? Não.

Pelo que vejo e leio, sabes quando é que as prostitutas vão ser consideradas iguais às outras em Portugal? Nunca.

Apesar de louvar a tua coragem em te assumires perante a família e alguns amigos, o que é um pequeníssimo passo e que só por si não faz a diferença. esperava melhor argumentação da tua parte.

P.S. Escrevi que não faz a diferença porque quando digo que se têm de assumir como tal é com o propósito de lutar publicamente.

É só para dizer que eu acho que nunca tive uma Gp com sentimentos.
É tudo. Obrigado.

O problema é que eu não sei qual é o direito que me falta obter para ter que lutar por ele!

Como prostituta, (não atendo mais de 4 homens num dia, e não trabalho todos os dias, e por norma a média é sempre inferior aos 4 e nem tenho sexo com todos, portanto comparando com algumas mulheres não profissionais os numeros podem ser identicos, mas não vamos falar disso porque isso pouco importa)
Na verdade eu não tenho luta nenhuma a fazer por direitos para as prostitutas!
Os direitos já os tenho, posso ter casa, posso estar colectada e fazer descontos como toda a gente, posso ir ao médico, tenho os direitos que toda a gente tem, mesmo nesta profissão!

A minha luta não é por obtenção de direitos, mas contra preconceitos morais, visões erradas contra a MULHER em geral, inclusive nestas profissões!
Não sou feminista radical mas a minha luta é pela igualdade sim, entre como se vê o HOMEM e a MULHER socialmente!

Um homem pode andar com o peito ao léu que não é mal visto, se for uma mulher já é, um homem que se prostitui com mulheres (com homens já é outro assunto e são igualmente discriminados porque são visto como sendo mulheres) não é mal visto, mas uma mulher com homens sim!
Uma mulher que tem muitos parceiros é mal vista, um homem com muitas parceiras não é!

Os gays (passam a ser homens vistos como mulheres) lutaram pelos direitos mas ainda ha dias um casal gay meu conhecido foi para comprar bilhetes familiares para visitar um qualquer monumento e foi lhes negado o bilhete familiar por serem dois homens, embora casados, não foram considerados familia! De que valem os direiros alcançados contra preconceitos?

A minha luta é contra o preconceito, porque perante a lei, os direiros parecem estar iguais.

Carla,

Não estamos a falar de direitos de milhares de mulheres? Não estou a particularizar, estou a generalizar.

O 1º passo é óbvio, a legalização em termos profissionais.

E lá estás tu a bater na mesma tecla. Sim, ainda há preconceitos contra gays e outros, mas não há menos? Como escrevi no post anterior, as mentalidade levam décadas a serem alteradas.

desculpem o espaço da citação mas é de louvar Concordo com todos os pontos do Marc
Quanto a quem falou se queríamos descontar para SS. Posso já dizer que continuo a descontar exatamente a pensar no futuro e tb compro PPR pois não sei o dia de amanha.... Quem não pensa em descontar para SS e um dia poder contar com uma reforma mínima ou ainda é muito jovem e não pensa seriamente no futuro ou não sei.
Se gostaria de poder dizer em qualquer lado que sou prostituta sem ser julgada tal como os gays AINDA sentem, Sim gostaria e muito pois orgulho-me muito e gosto muito do trabalho que faço.

Pronto, estamos a teimar numa coisa em que estamos de acordo, as mentalidades levam decadas a mudar!

A legalização das prostitutas depende da sua consciencia e vontade, assim como há tantas horas extras pagas sem serem legalizadas, e tantos outros trabalhos, tantos produtos que não passam pelas caixas registadoreas etc etc etc, embora se tente combater essas coisas, nunca se conseguirá o resultado esperado. No entanto não vejo dicriminarem patrões por pagarem umas horas extra ao negro.

como já tinha dito.
Eu creio que as lutas têm sido feitas e as mentes têm mudado lentamente, mas vai demorar... para que tudo seja visto com normalidade.