confrade che

se me permite ... para entender melhor a natureza destas coisas ... coloco-lhe um pequeno desafio

experimente fazer um orçamento ... escrito e detalhado ... até Dezembro de 2016 ... da sua vida privada

depois faça todo registo das suas despesas e receitas efectivas, ao longo do ano, por rubrica orçamentada

e verificará ... que antes de Agosto ... vai solicitar a si mesmo ... rectificações ao orçamento previsto por si

Eu entendo isso, há sempre desvios mas não preciso de fazer para o ano inteiro, basta 1 mês e há logo desvios. O problema não e um desvio de 100 ou 200 ou ate 500 euros. e um desvio de milhões, ano apos ano.
E também a questão dos cortes e para dar um exemplo qual a necessidade que o ministro teve de comprar um faqueiro em prata no valor de * mil euros....?

Imagino que sirva para as recepções oficiais, quando há altos convidados estrangeiros. Não se serve um jantar de Estado a um PR estrangeiro, na Ajuda ou em Queluz, com um faqueiro comprado na IKEA.

Numa empresa a serio todas as areas fazem o seu orçamento no inicio do ano que tem que cumprir sem poder ultrapassar
Simples e eficaz

já trabalhei em várias empresas a sério
já devolvi e mandei refazer orçamentos a diversas áreas
já fui obrigado por circunstâncias adversas a fazer orçamentos rectificativos

além disso

um orçamento do Estado é muito diferente de um orçamento de uma empresa ... 2 exemplos muito simples

1) a contabilidade pública cinge-se bastante a regras de contabilidade de caixa ... as empresas seguem o ciclo de proveitos e custos
2) o valor da despesa pública orçamentada, é um tecto imperativo legal ... os custos nas empresas são objectivos da administração

A contabilidade pública é uma coisa simples. Está no orçamento, gasta dentro desse valor e tem que respeitar os duodécimos; se, chegado o final do ano, sobra dinheiro, tem que devolver o saldo.

Para mexer nos orçamentos durante o ano, só através de alterações ou revisões orçamentais.

confrade che

no OGE ... as quantias são sempre avultadas ... um desvio de 0,1% ... representa uma verba de 70 milhões de euros

só não existem maiores desvios ... tanto em Portugal como noutro qualquer país europeu ... por causa das cativações

o mercado continua "down" ... hoje ... o IGCP colocou duas novas emissões

550 milhões / 6 meses / -0,013% ... 1.250 milhões / 12 meses / -0,001%

não sei se é por ingenuidade ou voluntarismo
os pressupostos parecem-me pouco prováveis

um documento cor-de-rosa ... num mundo cada vez mais cinzento ...

http://mediaserver2.rr.pt/NEWRR/DBP_PT_20166142ab6d.pdf

A este ritmo...e mantendo o rumo...aceitam-se apostas para a data da próxima bancarrota.

podemos não gostar da proposta de orçamento do governo ... mas daí a falar em bancarrota

Com estes aumentos no imposto combustível, qual a parte do estado em cada litro de gasóleo e gasolina?

69% ... não estou a gozar

aliás ... neste esboço de orçamento ... os impostos directos baixam ... e os impostos indirectos sobem ... à primeira vista até parece um governo de direita

A parte que eu mais gostei foi da projeção de 2,1% de crescimento económico.

Já vi muitos lixarem-se por estarem a contar com o ovo no cu da galinha.

Mas como parece que o IVA da restauração é só em Julho, fica como reserva. Em caso de necessidade não desce.