Ora aí está uma bela revista, poliveira, com inegáveis artigos culturais.

O meu total acordo ao confrade P 11.

Enviado do meu LG-V500 através de Tapatalk

Confrade AZULOS .

Às vezes há imagens e números que valem mais do que mil palavras....
A partir daqui pode-se ver aquilo que os gestores e economistas chamam de "criação de valor".
(para os que não sabem, a Alphabet é um conglomerado de empresas à qual a Google pertence)

Há realmente imagens que valem mais que mil palavras...
Um exemplo belo e harmonioso graças ao talento do criador.
E que vale bem a pena visitar, nem que seja uma vez na vida.

O que é essa cena branca, Plutão? É o novo quartel-general da Apple na Índia?
É que se não for, parece muito vazio e abandonado. Não deve criar valor! Logo, deve ser demolido!!!

E parece que relativamente perto até já andam a operar uma ou duas excelentes empresas de demolição…

Caros GM e Plutão,

Acredito que vocês dêem muito valor ao Taj Mahal mas para mim não representa nada. Nem me estou a ver a visitar um sítio desses

É muito mais útil visitar o Oceanário de Lisboa, ver as várias espécies e aprender alguma coisa sobre elas do que entrar num edifício desses e ter que andar várias horas atrás de alguém a contar histórias e a explicar as motivações de quem o mandou construir, as várias guerras e sei lá mais o quê que houve à volta disso.

Útil também é visitar a fábrica da Autoeuropa em Palmela, ver como os carros são montados, perceber todo o processo logístico das peças, saber como são geridas as encomendas de viaturas novas, a frequência de fabrico das mesmas em função dos modelos, da cilindrada e das cores são coisas que permitem perceber porquê que os carros novos às vezes levam muito tempo a ser entregues e como é que funciona o processo de montagem.

Mais aliciante ainda seria ir até à Califórnia e ver os protótipos dos futuros iPhones e drones ou até ir até Seattle ao centro da Microsoft e saber o que está pensado para as novas versões de Windows.

Agora ir visitar para um Taj Mahal, um Mosteiro dos Jerónimos ou Palácio de Buckingham, sinceramente...

Mas se são felizes assim, bom proveito.

Pedro, não posso falar pelo GM, mas no que me toca, sou feliz assim e ainda bem.

Sabes, temos muitos pontos em comum em determinados assuntos, mas não neste.

Gostaria de visitar a Autoeuropa, a Califórnia e Seattle, pois, para mim, conhecimento é um todo.

Falaste no Taj Mahal e nas motivações de quem o mandou construir, as guerras, etc.

Se o visitasses, não terias de andar obrigatoriamente em filas atrás de um guia e ficarias a saber que o monumento foi construído com base em algo que muito prezas: a amor.

O imperador Shah Jahan mandou erigir o Taj Mahal em memória de sua esposa favorita, que morreu no parto do seu 14º filho e foi a melhor prova de amor que o imperador encontrou para a homenagear.

Apesar de seres versado na arte do amor, até compreendo que isto possa não te dizer nada...

Às vezes, a única forma de convencer alguém a mudar de ideias é deixá-lo seguir o seu caminho...

https://m.youtube.com/watch?v=UoZsMA9lsc0

Caro P11, ainda que mal te pergunte, que tipo de conversa é que consegues manter com uma acompanhante de cultura média?Falas acerca de linhas de montagem, do Bill Gates, de besugos e de métodos de negociação? Olha que elas assim fogem de ti!

Agora mais a sério! Tu dás importância ao Oceanário, à Autoeuropa, à Apple e à Microsoft. Eu dou importância a essas quatro e ao Taj Mahal.

Agora diz-me lá: se estivesse-mos os dois em frente do Bill Gates, igualmente simpáticos, bem apresentados, com as mesmas capacidades produtivas e técnicas, quem é que ele escolheria? A ti que dinamitavas o Taj Mahal ou a mim que o preservaria?
Provavelmente, a ti ele escolheria para técnico (mais um para a engrenagem funcionar) e a mim escolheria para lhe abrir as portas do futuro.

Mas quando o Tio Bill soubesse que a Nova-Iorque tu querias tirar a Estátua da Liberdade, o Empire State Building, o Lincoln Center, a Broadway… e ao Reino Unido, o Big Ben, o Palácio de Buckingham, a Tate Gallery, a National Gallery… e a Paris a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Catedral de Nôtre-Dame… e a Lisboa arrasar a Baixa Pombalina, destruir os monumentos de Belém e deixar apenas as Avenidas Novas e os subúrbios estilo Telheiras, então ele ficaria com medo… muito medo! É que tinhas acabado de destruir uma das "indústrias" mais produtivas do mundo — o Turismo.
É que sabes?! Ninguém vem a Lisboa para passear nas Avenidas Novas e jogar na Bolsa.

Por alguma razão, caro P11, Frankfurt, uma das cidades mais modernas da Europa (até porque foi completamente arrasada durante a II Guerra Mundial, tendo-lhe sobrevivido apenas 5 edifícios históricos), capital financeira da UE, tem uma oferta cultural diária impressionante.

Garanto-te que o Bill (ainda para mais nesta sua fase filantrópica, ficaria profundamente desiludido contigo.

Mas, parafraseando-te, se és feliz assim, bom proveito!

Também já tinha pensado nisso... mas o que mais me arrepia é imaginar que, num universo paralelo, poderia ser filho do pedro11...

Pedro, vê o quanto custa aquele aparelho que tu usas diariamente!...Valerá a pena?

http://www.esquerda.net/artigo/china-on ... na-foxconn

P11,
confesso que as suas opiniões me têm deixado o amendoim a remoer e a meditar.
Teve para já uma óptima consequência, levou-me até ao armário e revisitar este maravilhoso clássico.
Não sei se já leu...em caso negativo fica a sugestão, em caso afirmativo a minha surpresa geral perante a sua visão do mundo ficaria ainda mais reforçada.
Abraços

Caro Lorde,

Já tinha ouvido falar mas nunca li. Vou ver se compro...

Olhe que o mundo em quem vivemos actualmente é um mundo admirável na vertente tecnológica porque o resto são só dissabores.

Os próximos anos serão loucos com o que vem aí em termos de inovação.

Abraços

--
P.S.: Eu sei que muita gente aqui concorda comigo em silêncio mas os que se manfestaram preferiram ficar do lado do politicamente correcto, exceptuando o confrade Rodado que não teve problemas em dizer o que pensa.
Se fosse possível aferir quantas dessas pessoas nos últimos seis meses leram um livro, foram ao teatro ou visitaram um museu, os resultados seriam surpreendentes.

Pedro, fui ao teatro, visitei um, dois, talvez três museus, dei vista olhos a alguns livros e tudo isto com tecnologia. Uma coisa não pode tár dissociada da outra.....penso eu!