A geração rasca...ou não!
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bolachas
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 A geração rasca...ou não!
dei com isto, comecei a ler e...fiquei triste. Continuei e melhorou mas...não sei. Acho que as pessoas - incluindo digníssimos putanheiros  - se deixam levar por ideia pré-concebidas, chavões populares que facilmente levam ao extremo e...esquecem-se de pensar. Hoje ouvimos tanta coisa. Somos bombardeados com tanta informação e esquecemo-nos de pensar. De preferência pela própria cabeça...e esquecemo-nos também de ver o outro lado da moeda... Há os Nunos. Depois há os Nunos por necessidade, os Nunos por convicção.. até há os Nunos porque sim! Mas não há mais nada para além dos Nunos? É que além da mensagem que se passa com essa história, que existe e reflete parte da população jovem, também há outra história, porventura com uma mensagem também simplista e populista... Há os Silvas barrigudos que se passeiam de ferrari, sustentam a amante e pagam faustosos repastos com maços de notas que trazem no bolso da camisa. Os mesmos Silvas que pagam 530€ aos seus funcionários, que agradecem curvados a gentileza do patrão. Os Silvas que quando o smn estava nos 485€ vinham para a TV alertar que era insustentável para as empresas o aumento do smn para os 500€, pois seria a ruina de parte significativa do tecido empresarial português... Enfim. Acresce que a incompetência dos nossos governantes nos ajudou a conduzir até esta crise. Porventura com um empurrãozinho decisivo. Crise esta que se tornou no terreno fértil para a construção de todo o argumentário em torno da necessidade de redução de salários. Pois é. Em Portugal paga-se muito. Assim não somos competitivos... ](./images/smilies/eusa_wall.gif) Quem perde o emprego hoje tá fodido. Mesmo que arranje outro, terá que fazer o tal ajustamento salarial...para sermos competitivos lembram-se?! Portanto, há os Nunos, os Silvas e estes senhores. Vamos chamar-lhes, sei lá...Silva não que é foleiro. Dr. Espirito Santo, Dr. Bento...tem é que ser Dr...
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07 Jul 2016 |
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russo83
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 Re: A geração rasca...ou não!
_________________ Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti ....
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07 Jul 2016 |
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homem rude do campo
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 Re: A geração rasca...ou não!
Tinoni Escreveu: homem rude do campo Escreveu: quando vejo etnias, ciganos, pretos, monhes... E gajos que vão às GPs, que são a pior "etnia" de todas! homem rude do campo Escreveu: depois chamam-me de xenofobo??? Que disparate!... Onde é que iriam buscar tal ideia... entao para si sou xenofobo, sabe o que para mim sou, nacionalista, primeiro os Portugueses, e nao me venha com a tanga que as etnias que falei sao portuguesas, para mim so ganhavam a nacionalidade Portuguesa apos a 5 ou 6 geracao, ate la podiam ca estar sim mas ao primeiro deslize voltavam recambiados para o pais de origem nem que fosse do avo! Parece estupido? O canada faz-o! E simplesmente e um pais de primeiro mundo, pergunte ao retornados acoreanos se hoje nao pensariam duas vezes? Sabe o que me custa? Ver os nossos idosos, pessoas que trabalharam no campo, a receberem pensoes de miseria, pessoas que ganham 200 euros de reforma, e depois gastam o todo em medicamentos, so nao morrem de fome porque trabalham na horta. Muitas dessas pessoas vivem sem agua e esgotos em casa, existe mais um Portugal que tendemos em esquecer, o Portugal interior! Acha bem receber refugiados e termos os nossos avos a viverem assim? Como um dos senhores que esteve a frente do processo dos refugiados, vir dizer que os bancos deveriam ceder as casas que tinham sido tiradas por falta de pagamentos para a causa? Acha isso bem? Acha bem, muitos de certas etnias terem direito a ajudas rsi, habitacao social e depois estarem a cometer crimes? Crimes esses que depois as forcas de seguranca se tem o azar de fazer o seu trabalho ainda sao acusades de violencia? Para mim era como nos estados unidos, a policia manda parar, nao paraste e porque nao estas a fazer bem, chumbo para cima! Ridiculo ver um camarada gnr a ser enxovalhado pela justica por ter feito o seu trabalho, tinha a sua vida em risco! Recentemente ate foi ilibado um individuo de uma presiguição no Porto onde meteu a vida de terceiros em jogo, porque, fugiu a policia? Acham isto correcto? Sou Portugues, sou nacionalista e sim tambem odeio o politicamente correcto que se esta a semear na nossa cultura!!!
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07 Jul 2016 |
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bolachas
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 Re: A geração rasca...ou não!
Caro Homem Rude do Campo. Vamos com calma homem! é pá. até concordo com algumas das coisas que quer dizer. Apesar de, na minha opinião, não as transmitir da melhor forma, percebo a ideia. Mas depois leio coisas como "so ganhavam a nacionalidade Portuguesa apos a 5 ou 6 geracao, ate la podiam ca estar sim mas ao primeiro deslize voltavam recambiados para o pais de origem" - então mas qual seria o país desta gente caro amigo? o do tetra avô?! E acha que as autoridades desse país receberiam esta pessoa? depois "Para mim era como nos estados unidos, a policia manda parar, nao paraste e porque nao estas a fazer bem, chumbo para cima!" - nem sei bem o que diga... Não me leve a mal. Eu percebo a sua ideia e percebo também a indignação que sente. Mas um bocadinho de bom senso, ponderação e racionalidade na análise das coisas só traz vantagens. Acredite 
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07 Jul 2016 |
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homem rude do campo
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 Re: A geração rasca...ou não!
no cadana sim mesmo que tenha nascido la se os seus pais forem no caso portugueses, sao condenados e metidos num aviao com destino a portugal!
Como se costuma dizer nos Estados Unidos, por exemplo no texas, se nao obecedes a autoridade disparas primeiro pergunta depois, quem nao deve nao teme e acata as ordens da autoridade! Parece absurdo para nos, sim, parece, mas é eficaz e as pessoas tem respeito pelas autoridades, aqui no nosso cantinho ate o pcp e o Be a uns tempos queriam rondas sem armas na psp.
Outro grande feito conseguido pela esquerda, por exemplo, o fim do smo, porque nao adoptar o modelo isrealita? Querem ser cidadãos com direito a voto? Tem que cumprir no minimo o serviço militar!
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07 Jul 2016 |
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SpongeBob
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 Re: A geração rasca...ou não!
[quote="bolachas" Enfim. Acresce que a incompetência dos nossos governantes nos ajudou a conduzir até esta crise. Porventura com um empurrãozinho decisivo. Crise esta que se tornou no terreno fértil para a construção de todo o argumentário em torno da necessidade de redução de salários. Pois é. Em Portugal paga-se muito. Assim não somos competitivos... ](./images/smilies/eusa_wall.gif) [/quote] Lembrem-se de que já Camões dizia " ...Não no dá a pátria, não, que está metida no gosto da cobiça e na rudeza Duma austera, apagada e vil tristeza"Pois é, isto vem muito de trás e convém não esquecermos que uns anos depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia o país estava liquidado e acabou sob domínio espanhol (e os primeiros anos até foram de progresso; depois eles pegaram-se com os ingleses e foi o fim da macacada). É por isso que não vale a pena dizermos que a culpa foi do Cavaco, do Guterres, do Durão, do Sócrates ou do Passos. A nossa história é longa e alterna alguns momentos de glória com fases de crise profunda. A nação está cá há novecentos anos e não aprendeu quase nada. E é este um dos nossos principais problemas: a capacidade de não mudar. Foi também Camões quem disse, falando de D. Fernando, que " um fraco rei faz fraca a forte gente", e isso é bem verdade. Voltando aos personagens de que falei acima (Cavaco, etc, etc, etc), todos eles têm duas coisas em comum: - o Zé Tuga, pateta, escolheu-os; - são todos simples peões, incapazes de qualquer feito ou de qualquer ideia. Dizem que temos aquilo que merecemos. Eu até nem concordo.
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07 Jul 2016 |
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Dragon
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 Re: A geração rasca...ou não!
Já que estamos em maré de citações reparem só na actualidade do Eça:
"Portugal Está a Atravessar a Pior Crise
Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura."
Eça de Queirós, in 'Correspondência (1891)'
_________________ "Os amigos são sempre gratos...uns quando chegam, outros quando vão embora"
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07 Jul 2016 |
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Tinoni
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 Re: A geração rasca...ou não!
homem rude do campo Escreveu: entao para si sou xenofobo, sabe o que para mim sou, nacionalista, primeiro os Portugueses, e nao me venha com a tanga que as etnias que falei sao portuguesas As "etnias" não são portuguesas nem deixam de ser. Os cidadãos/as pessoas são ou não são portugueses nos termos que a lei determina. E sobre a "etnia" dos portugueses, se for mesmo perder um tempinho a estudar isso, vai descobrir uma enorme e muito interessante... "impureza". homem rude do campo Escreveu: Acha bem, muitos de certas etnias terem direito a ajudas rsi, habitacao social e depois estarem a cometer crimes? De todas as "etnias"! Não por serem da "etnia" a ou b mas por cometerem crimes. homem rude do campo Escreveu: Para mim era como nos estados unidos, a policia manda parar, nao paraste e porque nao estas a fazer bem, chumbo para cima! Uau! Temos Rambo!... 
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07 Jul 2016 |
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SpongeBob
Registado: 17 Nov 2008 Mensagens: 10274
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 Re: A geração rasca...ou não!
Dragon Escreveu: Já que estamos em maré de citações reparem só na actualidade do Eça É impressionante ler Eça; passaram mais de cento e vinte anos e o que ele escreveu poderia ter sido escrito hoje em dia.
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07 Jul 2016 |
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Tinoni
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 Re: A geração rasca...ou não!
E nunca mais acaba...
“Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa - citam-se, a par, a Grécia e Portugal. Nós, porém, não possuímos como a Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr. Vidal, lírico”
"Na acção governamental as dissensões são perpétuas. Assim o partido histórico propõe um imposto. Porque, não há remédio, é necessário pagar a religião, o exército, a centralização, a lista civil, a diplomacia... - Propõe um imposto.
«Caminhamos para uma ruína! - exclama o Presidente do Conselho. - O défice cresce! O País está pobre! A única maneira de nos salvarmos é o imposto que temos a honra, etc...»
Mas então o partido regenerador, que está na oposição, brame de desespero, reúne o seu centro. As faces luzem de suor, os cabelos pintados destingem-se de agonia, e cada um alarga o colarinho na atitude de um homem que vê desmoronar-se a Pátria!
— Como assim! - exclamam todos - mais impostos!?
E então contra o imposto escrevem-se artigos, elaboram-se discursos, tramam-se votações! Por toda a Lisboa rodam carruagens de aluguel, levando, a 300 réis por corrida, inimigos do imposto! Prepara-se o cheque ao ministério histórico... Zás! cai o ministério histórico! E ao outro dia, o partido regenerador, no poder, triunfante, ocupa as cadeiras de S. Bento. Esta mudança alterou tudo: os fundos desceram mais, as transacções diminuíram mais, a opinião descreu mais, a moralidade pública abateu mais - mas finalmente caiu aquele ministério desorganizador que concebera o imposto, e está tudo confiado, esperando. Abre a sessão parlamentar. O novo ministério regenerador vai falar.
Os senhores taquígrafos aparam as suas penas velozes. O telégrafo está vibrante de impaciência, para comunicar aos governadores civis e aos coronéis a regeneração da Pátria. Os senhores correios de secretaria têm os seus corcéis selados! Porque, enfim, o ministério regenerador vai dizer o seu programa, e todo o mundo se assoa com alegria e esperança!
— Tem a palavra o Sr. Presidente do Conselho.
— O novo presidente: «Um ministério nefasto (apoiado, apoiado! - exclama a maioria histórica da véspera) caiu perante a reprovação do País inteiro. Porque, Senhor Presidente, o País está desorganizado, é necessário restaurar o crédito. E a única maneira de nos salvarmos...»
Murmúrios. Vozes: Ouçam! ouçam!
«...É por isso que eu peço que entre já em discussão... (atenção ávida que faz palpitar debaixo dos fraques o coração da maioria...) que entre em discussão - o imposto que temos a honra, etc. (apoiado! apoiado!)»
E nessa noite reúne-se o centro histórico, ontem no ministério, hoje na oposição. Todos estão lúgubres.
— «Meus senhores - diz o presidente, com voz cava. - O País está perdido! O ministério regenerador ainda ontem subiu ao poder, e doze horas depois já entra pelo caminho da anarquia e da opressão propondo um imposto! Empreguemos todas as nossas forças em poupar o País a esta última desgraça! - Guerra ao imposto!...»
Não, não! com divergências tão profundas é impossível a conciliação dos partidos!" (Eça de Queiroz, Uma Campanha Alegre)
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08 Jul 2016 |
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manolito
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 Re: A geração rasca...ou não!
rodado Escreveu: Tudo isto decoore de um paragmima que se instalou em Portugal com o guterrismo, do credito fácil.
Isso criou uma falsa prosperidade. Pais a dar tudo aos filhos, telemóveis ainda quando são crianças e ja sofisticados, roupas e ténis de marca...
Isso criou na juventude, uma aparência de vida vida fácil, sem necessidade de lutar para ter as coisas...
Eu vivi e cresci numa família abastada, mas só recebia um prenda muito simbólica no. Natal( um par de peúgas) e nos anos, era um lanche ajantarado com os amigos.
Quando recebia as prendas que eu realmente ambicionava, era na passagem dos anos escolares.
Foi assim que recebi a minha primeira bicicleta ou a primeira aparelhagem de som...
Ou seja, eu tinha que lutar por um objectivo( passar de ano) para obter a devida recompensa... Portanto, ficava logo ciente que para ter o que queria tinha que lutar um ano inteiro, para isso...
Completamente ao contrário ao que aconteceu nessa época, onde a sensação de felicidade era muito fácil, com os resultados perniciosos que hoje se vêm... Olhe, já eu não vivi no seio de uma família abastada (havia sempre o essencial e comida nunca faltou, coisa de que muita gente mesmo da minha idade já não se poderia certamente vangloriar e que se devia sobretudo à pobreza - de juízo - dos pais)... A minha primeira aparelhagem de som comprei-a depois de um Verão a trabalhar nas férias... Ah... E nunca houve essa coisa de comemorações de anos com lanches ajantarados... Mas tinha de lutar por um objectivo: passar de ano e com as melhores notas que conseguisse, sob pena de, mijando fora do penico, ir acompanhar de imediato colegas meus de escola primária que foram trabalhar para as obras antes mesmo dos 15 anos... Ah... E houve uma bicicleta mas servia mesmo para me tornar autónomo a fazer recados e por essa via reduzir gastos em transportes... E pode-se dizer que comecei a trabalhar com 10 anos e nunca o trabalho colidiu com os estudos... Por isso é que, chegado à meia-idade e vendo-me tratado a nível laboral como igual a casos destes (sendo eu radicalmente diferente destes exemplos, que abomino) sinto uma estranha vontade de mostrar aos bandalhos que me tratam dessa forma que os tenho grandes e no sítio e que não sou seguramente tão burro ou tão mentecapto quanto o que me julgaram (sendo esses mesmos bandalhos o espelho da realidade que o posto do confrade Dragon relata)... E repito o que já disse num outro tópico: em Portugal não se cultiva a meritocracia em lado algum... E quando se ataca alguém de forma gratuita, só há que esperar a aplicação da lei de Talião: "Olho por olho, dente por dente", visto que para cada maroto, haverá sempre maroto e meio...
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07 Fev 2017 |
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manolito
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 Re: A geração rasca...ou não!
jpescador Escreveu: Rodado concordo contigo no que disseste E lembraste-me muitas situaçoes parecidas Mas dizer que tudo começou com guterres Antes houve 10 anos de cavaquismo E quando o Cavaco foi apeado do cavalo, a dívida pública já ia em 60% do PIB... (mais ou menos metade do que é a realidade da dívida actualmente)...
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07 Fev 2017 |
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manolito
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 Re: A geração rasca...ou não!
tozeze Escreveu: Tenho uma história caricata com esta do "Nuno" Estava a precisar deum diretor para uma pequena-micro empresa. Através do centro de emprego pedi que aparecessem algumas pessoas para entrevista. Até 1300 com automóvel telemóvel e estadia, eu pagava. Mais do que isso, não havia possibilidade. Depois de umas 3 entrevistas, não tinha decidido nada. Estava à espera do sr. da 4 entrevista. Vejo entrar no portão da empresa um Sr. Mt mais velho do que eu, na casa dos 50anos, fato, gravata, bmw x6 do corrente ano.... Perguntei o que pretendia, pensando eu que seriaalgum futuro cliente com nota. Respondeu que vinha a uma entrevista! A minha resposta foi tão simples quanto a rapidez com que me saiu da boca: "Desculpe mas duvido que o emprego seja para si e provavelmente vc vai perder tempo comigo"... Blá blá blá...lá ficamos a conversar e acabou por dizer que estava à receber pelo desemprego 4000euros mensais. Que tinha mais uns biscates que ia fazendo por fora, que lhe dava outro tanto. Estava ligado a um partido político! Que tinha de ir a estas entrevistas para lhe carimbarem os papéis. Que já estava nesta situação há um ano. Que os filhos, engenheiros, acabadinhos de tirar o curso, um com 35anos e o outro 29,  estavam a ganhar 700euros numa empresa de construção. Cada um com o seu Audi renovado de 4em 4anos que o papá lhes deu... Dizia ele que era inadmissível mas foi o melhor que conseguiu arranjar para os filhos, através de uns conhecimentos que teve em tempos. E eu...sorridente...com uma azia do caralho no estômago.  e a pensar na politiquice que temos no país. E Portugal vigora um sistema de castas à boa moda do que ainda subsiste na União Indiana mas depois ainda há de tempos a tempos uns badamecos que vêm tentar catequizar a populaça com histórias da carochina sobre meritocracia e "elevador social"... Lembram-se do Paulinho dos submarinos a falar há uns tempos em elevador social? Seria humor negro da parte do Paulinho dos submarinos e das Feiras?
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07 Fev 2017 |
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manolito
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 Re: A geração rasca...ou não!
pedro onze Escreveu: Oh Pracimadelas, aguenta-te porque o pior ainda está para vir... Isto está mau e está mau em todo o lado, em todos os países. É um problema do modelo de desenvolvimento assente na mão de obra barata onde se confunde profissionalismo com subserviência. Esta cultura dominante de as pessoas se submeterem a tudo e mais alguma coisa é porque existe um clima de terror nas empresas e vai ser a desgraça de muitos. As empresas tornaram-se lugares horríveis para estar e para trabalhar porque tudo cheira mal. Safam-se os cínicos, os amigos dos chefes, os que prestam vassalagem às chefias, os que não têm ideias próprias e que passam a vida a recitar e a repetir o que os outros dizem e pensam, porque acham que assim conseguem alguma coisa. Tudo a troco dos tais míseros salários... O mais impressionante é que cria-se o culto da personalidade. Alguém que está acima é venerado até cair. Depois de cair passa de bestial a besta. Foi assim com os gestores de topo das telecomunicações e da banca que na altura eram os MAIORES e agora que alguns estão presos e outros têm processos judiciais em cima já ninguém se lembra deles e se possível são os mesmos que os elogiavam dantes que agora falam mal deles. Esta nova geração também é culpada dos problemas que enfrenta. Eu vejo como a maior parte dos estagiários dizem que sim a tudo, não pensam, não questionam porque têm medo de enfrentar os mais antigos ou quem está por cima. Simplesmente deplorável as figuras tristes que fazem mas infelizmente o mercado e os fracos de espírito preferem recrutar e manter pessoas assim.  Elogio-lhe a lucidez de espírito... Não retiro nem acrescentaria uma palavra...
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07 Fev 2017 |
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manolito
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 Re: A geração rasca...ou não!
jolinho Escreveu: Infelizmente há um desajuste entre a oferta e a procura na maior parte dos casos - e a relação da oferta com a procura tem destas coisas: por vezes os valores sobem exageradamente e por vezes acontece o contrário.
De qualquer forma, para mim o problema já vem muito de longe. Será que estamos capacitados, como nação, de que estamos inseridos no primeiro mundo? Não, não estamos - e pouco temos feito para mudar esta situação.
Há tempos conheci um fulano muito bem sucedido, industrial, que estava todo contente porque produzia para as melhores marcas. Ok, o fulano anda de Lamborghini, vai de férias para a neve e para destinos exóticos, tem sala de cinema em casa e até compra obras de arte - só que em termos empresariais ainda está quarenta anos atrasado, e só ganha muito dinheiro porque tem uma força de trabalho paga a 400 Euros por mês. Será que ele não se apercebe de que tem um modelo de negócio condenado? Não, e até é apontado como um empresário de sucesso por toda a gente.
O nosso principal problema não é o peso do Estado, a pesar dos problemas que ele tem; o nosso principal está num setor privado que não está à altura de competir num mercado aberto e muito competitivo. E é preciso fazer alguma coisa para mudar este estado de coisas. Precisamente aquilo que eu critico na dita "classe patronal" (na minha opinião, acho que fauna desta não tem classe alguma)... Por expressões destas e similares já sou apodado de comuna e bloquista e outras coisas más terminadas em "ista"...
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07 Fev 2017 |
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