O amor não é fodido

Fodido fodido mesmo

É um gajo arrastar se para casa sem facturar. Isso é que é fodido

Pearl Jam - Wishlist

I wish...

Não foi feliz hoje? Se não, deixe lá que não foi o único

Jimmy Page & Robert Plant - Since I've Been Loving You

Não podia terminar sem uma faixa com a bela da Les Paul do Sr. Jimmy Page

A nossa vida é uma jukebox...

Pergunto-me se esta aparente divergência de opiniões tem a ver como os homens e mulheres pensam sobre este assunto.

- Acho que todos podemos concordar que a vida é curta, e estar com alguém que não nos faz feliz ou não nos realiza como pessoas, não faz sentido. Requer também uma dose de coragem sair, incluindo por desespero, especialmente quando existem filhos na equação.

- Somos animais racionais. A parte racional é que conseguimos analisar aquilo que fazemos (ou fizemos) e temos a capacidade de prever baseado no nosso conhecimento, o que irá acontecer se tomarmos certos passos hoje. A parte animal é que somos regidos por químicos (dopamina, serotonina, ...) e hormonas que passam pelo nosso cérebro, cujo único propósito é propagar a nossa espécie, e a forma de o fazer é maximizar o número de parceiros e o sexo.

http://www.youramazingbrain.org/lovesex/sciencelove.htm

- O que os estudos mostram, como referi, é que há três tipos (ou estágios) de amor. O sexual, o romântico e o estável (companheirismo). O que é o amor? Temos todos definições diferentes, mas para mim corresponde a uma ligação emocional/física especial como uma pessoa. Há diferentes formas de amar alguém.

Todas as relações acabam no companheirismo, o que não quer dizer que não haja amor.

- O que esta teoria diz é que é possível sentir vários tipos de amor ao mesmo tempo. Ter uma parceira estável a quem se ama, sentir uma ligação romântica com uma segunda pessoa, e sentir o desejo sexual com uma ou mais pessoas.

E isto porque o nosso cérebro têm três circuitos diferentes que regem diferentes tipos de amor.

A Joana já falou nisso, mas aconteceu com o meu melhor amigo. Largou a sua mulher de longa data (relação estável), para uma mulher mais nova (relação sexual/romántica) - isto durou uns meses, e depois arrependeu-se e quis voltar para a mulher porque deu-se conta daquilo que tinha era melhor. Ou seja, teve a coragem de sair para seguir uma paixão mas não se apercebeu que tinha algo especial. Alguns de nós, no entanto, valoriza aquilo que tem em casa, e mesmo fazendo coisas estúpidas fruto de truques que o cérebro nos prega para continuarmos a fazer mais tugazinhos e tugazinhas, queremos manter aquilo que sabemos no fundo nos faz feliz. Somos animais racionais.

Freddo. ... eu não lhe chamo diferentes tipos de amor...e sim diferentes tipos de atracção.

Quando não temos meios de comparação confundimos tudo.... Eu já tive atracções puramente físicas, aquele desejo carnal... (hoje já não me deixo levar por isso....se ao abrir a boca não houver conteúdo :fujo!) Atracção intelectual: o aspecto é a idade não interessam para nadaaaa....a pessoa abre a boca e ficamos a babar...O melhor amigo...quem não teve uma pancada destas? Por se darem tão bem, por haver tanta cumplicidade começamos a achar que existe algo mais.... e temos as paixões platonicas...em que teimamos que amamos a pessoa, quando não passa de teimosia pueril...

Amar alguém vai muito mais além... olhando para trás sei que realmente amei um ou dois sem me aperceber...mas tínhamos feitios não compatíveis. ..fui feliz é o que importa...reconheço também as paixões estranhas q tive...e as minhas teimosias. ...
Tu sabes que tens um Amor Uno quando um olhar basta...pois o entendimento é tal que supera a compreensão racional....

Acrescentando:

Iniciar uma vida a dois num relacionamento recente, onde as pessoas mal se conhecem....óbvio que a probabilidade de dar asneira é enorme!
E isto é válido tanto para solteiros, como para os comprometidos que conheceram alguém fora da relação oficial. A fase cor-de-rosa é enganadora...pois esforcçamo-nos para apenas mostrar o nosso melhor...Só a convivência (de um ano pelo menos) nos permite começar a ver os defeitos do outro e analisar se seremos capazes de viver com eles...

Sim, na fase cor-de-rosa não só damos o nosso melhor, mas também o nosso cérebro cega-nos e não conseguimos ver os defeitos, por isso costumamos ignorar os avisos dos nossos amigos Depois quando essa fase passa, olhamos para trás, e vemos as coisas com outros olhos.

Por isso acho excelente as pessoas viverem juntas algum tempo antes de pensarem casar.

O casamento é sobrevalorizado....por vezes o raio do papel só traz complicações.
É bonito sim, ter uma festa para demonstrar o afecto do casal a familiares e amigos.
Mas o verdadeiro casamento é entre duas pessoas... dentro do coração. ..e pode ser celebrado em qualquer lado...um momento único não tem regras...

Se há coisa - pouquinha - que aprendi, é que é totalmente inútil tentar racionalizar sobre este assunto. Dá jeito não ser completamente tonto e impulsivo (mas, às vezes, até funciona...), no entanto, tudo o mais, na maioria dos casos, acaba por ser reduzido a pó pelo que... acontece.

Já acreditei muito mais no livre arbítrio.

Não acreditas no livre arbítrio? Andas a ler o Sam Harris, por acaso?

Quero-vos dizer que me casei ao fim de mais de 5 anos de namoro. Já levo quase o dobro só de casamento. Não me casei ao fim de 2 meses, onde o ceú ainda é azul e tudo é cor de rosa... A minha mulher foi a minha única namorada por assim dizer. As outras não estiveram tempo suficientes comigo para serem chamadas disso. O desejo por ela continua lá. Não com tanto vigor como o de antigamente, é certo, mas continua presente. E sempre estará, porque me revejo na teoria descrita pelo Freddo. Existem diferentes tipos de amor. E até acho que vão mudando ao longo dos tempos. Aceito isso perfeitamente. Até aceito isso, se vier da parte dela.

O meu desabafo, foi isso mesmo. Um desabafo. Acho que precisava de me ter despedido convenientemente, quase como se fosse um luto, e como não o fiz com ela, precisava de fazê-lo com alguém. Daí o meu desabafo, em forma de história.
Algumas vezes perguntei-lhe se não seria melhor acabarmos tudo, porque na realidade já não nos conseguíamos ver. Ele nunca quis acabar "oficialmente" a "cena" que tínhamos. Até que terminou de outra forma.
Se eu a amava?! Claro que sim. Mas não da forma como amei e ainda amo a minha mulher. São amores diferentes, acho eu... A minha mulher é a mulher da minha vida! Mesmo com todos os defeitos que ela tem (não temos todos?!)! Isso nunca vai mudar. Dificilmente arranjarei com outra pessoa aquilo que tive e tenho com ela.
Agora tudo isto me deixou com algumas questões por responder: O que me leva a ser um filho da put* e procurar outras mulheres?! O que me levou a me apaixonar por outra? Terá sido uma partida do meu cérebro - a chamada recompensa, que como uma droga, nos faz sentir bem?! O que de mal vai aqui em casa, ou melhor, dentro de mim, para isso ter acontecido?

De uma coisa eu tenho a certeza, aliás já tinha - Homens e Mulheres têm maneiras diferentes de reagir, pensar e resolver os seus problemas!

Já sei o que fazer nos próximos tempos, e este debate de ideias, com jukebox à mistura , têm-me ajudado imenso a por alguma ordem nesta cabeça. E por isso agredeço-vos desde já a ajuda que me deram.

Lamechices à parte, é essa a mensagem que te quero deixar.
Ao contrário do que, provavelmente, inicialmente pensaste: ninguém te julgou ou criticou...
Foram partilhadas experiências...emoções..opiniões...
Descobriste que não foste o único a sentires-te assim..e como é óbvio, cada caso é um caso...
Esta discussão é óptima para cada um analisar em que "patamar" está.

Eu sei que ninguém me julgou, e se dei a entender isso, peço desculpa. Até agradeci pela vossa ajuda.
Apenas relatei mais alguns pormenores acerca da minha história pessoal.

A partilha de experiências é óptima seja em que sentido for.