http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/amiga-de-luxo-exige-pensao-a-cliente

@Valentina: queremos um full-report.

Eh pah, esta história fez me lembrar daquele cliente que se apaixonou por mim, e queria por tudo namorar comigo. Assim uma vida a séria (vir viver comigo, na minha casa), mas eu disse que não gostava dele como ele dizia gostar de mim, então veio com a história que as mulheres só querem gajos pipis e com guito, que são umas interesseiras.
Obviamente expliquei lhe logo que não é meu costume apaixonar-me por valores materiais, mas já que ele falava em interesses das mulheres comparei o interesse dele ao que ele diz que as mulheres têm.
Ora eu tenho casa, tenho carro, tenho a minha independência que lutei muito para ter.
Ele tem uma acelera, vive em casa do pai e eu é que sou interesseira por não gostar dele?
Há coisas que não consigo entender.

@ CarlaFelicio Já pensou em abrir uma Hot-Line? Eu adoro conversar com quem se expressa com essa clareza.
Prometo que lha encho de conversa fiada, embora deslocações Leiria/Lisboa tivessem de ser mesmo muito bem equacionadas. É que eu não tiro o cú da cadeira senão em casos limite e o valor que acharia justo para lho pedir a si está um pouco fora do que normalmente me disponho a gastar. Para se concretizar desconfio que um dos dois tinha de estar em condições de escrever neste tópico...

Após intensa reflexão, como sugerido pelo autor, percebi porque é que a banca está no estado em que está e porque é que agora estou a pagar mensalmente a manutenção da conta (devem ir lá passar-me as notas a ferro).

Neste país só os pilha-galinhas vão parar à cadeia.

Quando eu era acompanhante tentei ter HL mas não tinha os requisitos obrigatórios, agora já não exerço o trabalho de acompanhante nem nada que envolva serviço sexual, por isso não há motivo para ter uma HL. Apenas gosto de ler as diferentes ideias, preocupações e problemas que as pessoas vão vinvendo, sempre gostei de aprender, e nada melhor que ouvir/ler várias coisas para aprender um pouco mais.
Mas obrigada na mesma.

Ao reler este tópico (do início ) encontrei este testemunho...entre outros...vão ler...

Sim Sarah esse foi um mas há tantos casos em que os clientes se apaixonam pelas acompanhantes e vice versa, e casos em que assumem esse sentimento. As pessoas tendem a esquecer que ser acompanhante não é deixar de ser gente. É apenas um trabalho como tantos outros onde até o amor pode acontecer.
Acho mal é passarem a vida a chamar interesseiras as mulheres, acompanhantes ou não, e por vezes nem olharem a si mesmos e aos interesses próprios. Como foi o caso que eu falei.

Conheço alguns "maridos" que não se queixam do facto da miúda ser acompanhante...pois têm uma vida regalada...
Esta realidade não é tão conhecida ou falada...mas existe...

O pessoal confunde as situações :gaiola dourada é uma coisa... um relacionamento é outra...

E a gaiola muitas vezes é fomentada pelos homens...pois querem a mulher só para si... querem fazer dela dona de casa (leia-se a escrava sexual que está só e apenas à minha disposição ), não permitindo que ela trabalhe (não há necessidade disso, pois ele ganha bem, e considera uma ofensa à sua masculinidade...)

Um dia o dinheiro acaba...e a má da fita é ela... que nada tem....

Ai pá, nós temos mais de 25 anos de diferença de idades e às vezes sou eu quem pensa que tu és da geração dos meus avós. Mas pronto, eu fui criado por um homem que sempre defendeu que a integração da mulher no mundo do trabalho e consequente independência financeira nos servia a nós (uma reduzida percentagem dos elementos do sexo masculino). Talvez me falte a perspectiva da maioria silenciosa...

De pouco vale a teoria quando na prática as coisas não são bem como se fala. Porque na casa dos outros é tudo fácil de gerir, mas na própria nem sempre.
Vamos comparar um pai com um filho e uma filha, quando o filho chega a idade da puberdade o pai começa a ficar preocupado com a sua virilidade e vida sexual, até o incentiva se for preciso para que ele procure começar essa sua vida sexual.
Se for uma mulher, o pai preocupa-se em casa-la/protegê-la dos lobos, privá-la de ser usada. Porque mulher que tem uma vontade própria e liberdade sexual, continua ainda hoje a ser muitas vezes vista como uma "put*".
Basta começar por esta comparação que metem na cabeça das miúdas para que em mulheres elas se sintam engaioladas, muitas vezes sujeitas a submissão e aceitação passiva de determinados comportamentos masculinos, porque foram ensinadas que não podem ser elas próprias, têm de ter um "protector" que antes era o pai, e que depois passa a ser um gajo qualquer que usa e abusa dela mas ela se mentaliza que é um protector. Até porque uma mulher que vive sozinha e tem os parceiros que bem entender, é sempre mal vista socialmente.
Basta ver como são descritas e valorizadas as profissionais de sexo ou os profissionais masculinos. Elas só pensam em dinheiro e eles são uns garanhões e valentões. Raramente vejo homens dizerem, "as profissionais do sexo trabalham para sustentar a família". Ou raramente os vejo admitir ou defender que é um trabalho difícil com pouca relevância em termos sociais no que diz respeito ao acompanhamento técnico de saúde. Assim como é também um trabalho discriminado e mal visto até por quem usufrui dele. Até o cliente se esconde como se fosse um criminoso.
Aliás, continuamos, apesar de muito esforço e sacrifício de muitas mulheres, a ser discriminadas em muitas profissões.
Óbvio que temos vindo a ganhar a nossa igualdade de direitos, mas apesar dos anos passarem depressa, as coisas têm sido lentas.
Não faltam mulheres engaioladas por esse mundo fora.
A começar pela educação que lhes foi dada pelo pai, a terminar pelas dependências em drogas e álcool que as fragiliza, e que tantas vezes, em vez de serem ajudadas são usadas.

Em contrapartida dessa ideia que nos impõem desde miudas que se formos livres sexualmente somos GPs, existe ainda uma grande parte do mundo masculino que é educado desde miudo que uma mulher serve para lhe despejar as bolsas.
Como tal muitos acham que quando têm uma erecção por se sentirem atraídos por alguma mulher, que esta tem obrigação de lhes dar o que eles desejam. E acreditem que infelizmente há muito este pensamento por parte de muitos homens.


Com tudo isto não quero deixar de parte os casos em que homens também possam passar pelo mesmo engaiolamento por parte de mulheres.

Nem tanto ao mar..nem tanto à terra...

Todos diferentes, todos iguais... isto sim! Já me chamaram de machista por me atirarem com a conversa da igualdade... mas eu pedi-a??? Os homens e as mulheres são diferentes...ponto... (óbvio que haver disparidade de salários é ridículo. ..deveriam ser atribuídos por produtividade..mas não é isso que se está a discutir aqui!).
Eu quero sim que o homem abra a porta e me dê passagem...é assim que nos completamos...ying e yang? Não me sinto diminuída por este gesto...nem o homem se sente superior... simples...

Igualdade na liberdade sexual? Sim...mas porque assumem que liberdade sexual é sinónimo de libertinismo?????
Eu considero que as pessoas podem fazer o que entenderem, mas que não o devem andar a expor! Eu escrevi pessoas...caso não tenham dado conta... Esta necessidade de alimentar o ego é que suscita os rótulos.
Eu tenho liberdade sexual, no entanto reservo-me o direito de não querer ter diversos parceiros. Quando eu referia a alguém (que tinha feito um comentario qualquer idiota sobre eu ser uma granda maluca..ou semelhante) que na minha vida "normal" era quase uma freira, riam -se incrédulos...
A minha liberdade sexual é essa... simples...

http://tviplayer.iol.pt/programa/govern ... 78fd1e4617 (a partir de 1'45")

Sarah, eu expliquei, igualdade de direitos, e quando digo isto significa igualdade de direitos no respeito para com as escolhas da mulher. Liberdade sexual é diferente de libertinismo e igualdade de direitos é diferente de igualdade de sexos, mas o que ainda se vê muito é que uma mulher que passe por vários relacionamentos, parceiros sexuais, é geralmente vista de uma forma diferente a de um homem com a mesma vivencia.
Não disse que queria que a mulher fosse igual ao homem, aliás, espero que haja sempre essa diferença, ou não seria necessário haver dois sexos.
As pessoas expõem-se consoante desejam, o que pode parecer uma enorme exposição para uns pode ser algo normal para outros, é muito subjectivo. O que suscita os rótulos é mesmo o facto das pessoas gostarem de os dar. Porque não faltam casos de pessoas que não fizeram mal a uma mosca e foram rotuladas por serem demasiado boazinhas, ou demasiado gordinhas, ou outra coisa qualquer. Como se tivessem culpa de serem como são e não como querem que elas sejam.
Lá está, podes ter uma vida quase de freira e rotularem-te de granda maluca, mesmo que tu nem te exponhas para que tal aconteça. Mais uma vez está aí a prova de como não é preciso fazer nada de especial para que alguém nos rotule como bem entende.

A minha liberdade sexual está nas minhas escolhas e diz me respeito a mim, como tal deve ser respeitada já que respeito a dos outros. Este é o meu pensamento.
Se eu não condeno um homem pelas suas escolhas e vivencias, tenho o direito de não ser condenada pelas minhas. Isto é igualdade de direitos.