"Ainda estou à procura do equilíbrio que perdi no momento em que a vi pela primeira vez!" .
Essa frase é brutal , confrade Freddo.
Talvez seja esse mesmo o problema dela, e talvez ela não esteja a saber como lidar com a situação. De-lhe um tempo , mas sem se afastar , mostre sempre que continua presente e tente não apressar as situações.

Eu só entrei no mundo das GPs há 5 anos, quando estava a entrar nos meus 40. Antes disso, tive duas relações estáveis e longas. Ao contrário do estereotipo, sou feliz no casamento e a minha mulher é a minha melhor amiga. As minhas prioridades estão muito bem estabelecidas sobre o que é mais importante na minha vida, que é a felicidade da minha mulher e dos meus filhos.

Mas precisava de explorar algo mais, e decidi faze-lo de uma forma controlada sem complicar a minha vida nem das pessoas a minha volta. Encontrei nas massagens sensuais aquilo que procurava, uma forma intensa de conviver com uma mulher, onde existe uma melhor oportunidade de criar intimidade e cumplicidade. Não tenho conta do número de mulheres com quem já estive nestes anos, mas fidelizei-me com algumas mulheres fabulosas que visito com regularidade, e onde existe uma entrega total de ambas as partes. É totalmente possível entregarmos a alguém sem envolver o coração. Todos temos necessidades - homens e mulheres - e quando há respeito, carinho, e os nossos corpos e almas são estimulados de boa forma, temos aquela sensação de harmonia e bem estar, que nos fazem sentir vivos.

Isto tudo foi antes de conhece-la. Fiquei literalmente sem palavras quando a vi pela primeira vez. Demo-nos muito bem desde a primeira vez, mas senti logo de início algo de diferente. Uma ligação muito forte. A sensação estranha de estar a pensar em algo, e ela logo a seguir começava a falar disso... e ela depois dizia que eu também adivinha os pensamentos dela. E depois de algumas visitas, fiz algo que nunca tinha feito antes: pedi o seu número privado. Ela deu-me sem hesitar. E depois entrei na vida privada dela. As coisas evoluíram muito rapidamente depois. Ela é o contrário de mim - ela guia-se pelo sentimento e eu pela razão, ela vive no presente e eu no passado (sobre-analiso as coisas) e no futuro (planeio bastante). E depois tem qualidades que muito aprecio e que aspiro em mim: é muito corajosa tendo optado por um caminho de vida difícil e árduo embora tivesse a opção de uma vida mais fácil,
tenta sempre ajudar as pessoas a sua volta, tem um excelente sentido de humor, tem uma inteligência emocional bastante grande, e é muito confiante no seu corpo e na sexualidade.

A última vez que estive com ela foi no início deste ano. Almoçamos juntos (já não nos víamos desde o Natal), e ela disse-me que tinha tirado a tarde para descansar e estar comigo. Começamos a massajar um ao outro, e depois fizemos amor. Foi uma experiência intensa... quase violenta, nua e crua, sem quaisquer filtros. A sensação de deixar a razão completamente de lado, de unir mentes e deixar o corpo a devorar o outro, inflamado e sedento de prazer. Quando me despedi dela, quase na hora do jantar, senti um desgaste emocional e pela primeira vez senti que tinha pisado uma linha.

E depois disso, não sei o que aconteceu, não mais consegui estar com ela. Nas vezes seguidas que combinávamos estar juntos, desmarcava-me no próprio dia, algo que nunca tinha acontecido antes. Dizia-me que nada estava errado, era apenas mais um azar. E um dia, depois de já me desmarcado várias vezes e sentindo o peso da rejeição, zanguei-me e disse que se as coisas eram tão complexas para estarmos juntos, que mais valia desistir. Disse-lhe também que merecia um tratamento melhor. E ela sentiu-se magoada, e depois fez aquilo que as mulheres fazem quando estão magoadas... deixou de falar comigo. Foi muito desconfortável ver que a melhor versão de mim próprio e que projetei durante tanto tempo não é aquilo que sou. Afinal sou inseguro, ciumento e imaturo. E pronto, as vezes a única forma de aprendermos é alguém apontar-nos o espelho, e vermos que ainda temos muito que melhorar.

Levei um mês a fazer as pazes, e agora falamos com frequência, mas continuo sem estar com ela. Sinto que estou a persegui-la, e ela foge. E quando deixo de a perseguir, ela pede para não desistir dela. E continuo nesse jogo até hoje. Não sei o que ela sente por mim, mas deixei de querer perceber a natureza das coisas. Ainda estou à procura do equilíbrio que perdi no momento que a vi pela primeira vez.

Enfim, vive-se um vai e vem de emoções contraditórias, numa luta entre o sentimento e a razão.

"Se ela realmente estivesse apaixonada e te dissesse isso nos olhos, e dissesse que te queria ter mais tempo, fazer parte da tua vida, tu mudarias a tua vida para que isso fosse possível?"

já agora, para sermos justos, falta a segunda parte,

Se ele realmente estivesse apaixonado e te dissesse isso nos olhos, e dissesse que te queria ter mais tempo, fazer parte da tua vida, tu mudarias a tua vida para que isso fosse possível?

Se ela realmente estivesse apaixonada e te dissesse isso nos olhos, e dissesse que te queria ter mais tempo, fazer parte da tua vida, tu mudarias a tua vida para que isso fosse possível?

Excelente pergunta