Temos uma língua do caraças...
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Martini
Registado: 19 Jul 2008 Mensagens: 1636
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 Temos uma língua do caraças...
Teste de leitura veloz Tenta ler sem errar...O gato assim fez O gato é fez O gato como fez O gato se fez O gato mantém fez O gato um fez O gato anormal fez O gato ocupado fez O gato por fez O gato quarenta fez O gato segundos fez Segue... Agora lê somente a terceira palavra de cada uma das frases e... não resistirás a reenviá-lo 
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22 Abr 2009 |
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tolo69
Registado: 13 Fev 2008 Mensagens: 376 Localização: dentro delas
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 Re: Temos uma língua do caraças...
Realmente a nossa lingua é estupenda Penso que noutra linguas ,não devam existir coisas destas ...
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22 Abr 2009 |
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CCoelhinho
Registado: 22 Abr 2009 Mensagens: 118
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 Re: Temos uma língua do caraças...
lolol realmente a lingua portuguesa é muito traicoeira
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22 Abr 2009 |
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Martini
Registado: 19 Jul 2008 Mensagens: 1636
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 Re: Temos uma língua do caraças...
Redacção feita por uma aluna de Letras … que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa. "Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas: Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva." Fernanda Braga da Cruz
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03 Mai 2009 |
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panet69
Registado: 17 Jun 2008 Mensagens: 2239
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 Re: Temos uma língua do caraças...
Pois é confrades, temos uma língua do caraças mas ainda não percebi porque ainda se cometem enormes atrocidades na sua escrita e, ainda por cima, nas "hot lines". Depois do que acabei de ler num post de uma hotliner bem conhecida e que se apraz colocar-se ao mais alto nível enquanto GP, apetecia-me exorcizar alguma besta que deve ter possuído a dita cuja que escreveu seccao em lugar de sessão. Mais uma vez se prova que uma eventual elevada capacidade financeira nunca foi sinónimo, necessariamente, de uma pessoa culturalmente equivalente. Não há pachorra e sabendo que temos disponível um corrector integrado nos posts (bem hajam os administradores), só mesmo por razões que a própria razão desconhece, é possível ter de constatar tantos atropelos à nossa estimada língua. Eu consigo perceber e admitir a necessidade da geração "sms" que criou uma linguagem própria para os tlm, mas neste forum, é inadmissível!!!! Ab.
_________________ A velocidade da luz é superior à do som, como tal, todas as pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos ou lermos o que escrevem.
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07 Mai 2009 |
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Wild One
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 Re: Temos uma língua do caraças...
A diferença entre e o tratamento por tu e por você
Vocês sabem a diferença entre o tratamento por tu e por você?
Vocês pensam que sabem, mas vejam abaixo.
Um pequeno exemplo, que ilustra bem a diferença:
O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:
- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- "Sim, claro" respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir : o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
A língua portuguesa é mesmo fascinante...
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21 Mai 2009 |
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Martini
Registado: 19 Jul 2008 Mensagens: 1636
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 Re: Temos uma língua do caraças...
Este texto é dos melhores registos de língua portuguesa que eu tenho lido sobre a nossa digníssima "língua de Camões" a tal que tem fama de ser pérfida, infiel ou traiçoeira...
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso:
- Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Presidente da Câmara deste Município.
De repente, uma pessoa do público pergunta:
- Ouça lá, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa?
O candidato respondeu:
- Pois veja, meu senhor:
a primeira palavra é para pessoas com nível cultural muito alto, como intelectuais em geral;
a segunda é para pessoas com um nível cultural médio, como o senhor e a maioria dos que estão aqui;
a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural muito baixo, pelo chão, digamos, como aquele alcoólico, ali deitado na esquina.
De imediato, o alcoólico levanta-se a cambalear e "atira" :
- Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) o facto, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasca (hic).
E com todo a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à put* que o pariu!
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23 Mai 2009 |
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