https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/legalizacao-da-prostituicao-no-discutida-no-parlamento

Acompanhante de luxo vai ser ouvida hoje na Assembleia.

Como é óbvio acho que todos nós concordamos com a protecção das pessoas que enveredam por esta profissão.

Sobre esta senhora posso estar errado mas não acredito que partilhe da mesma preocupação, diria que só quer saber é da carteira dela porque isto só será bom para quem tem estabelecimentos, e quem os tem vai tentar sufocar quem é independente, porque essas pessoas continuarão a ter de pagar rendas altíssimas e em cima disso passar a pagar ao estado, consequência...transferir parte dos aumentos para o cliente.

Posso estar completamente errado, e se assim estiver peço desde já desculpa a quem de direito, mas cheira-me que o se quer é de alguma forma legalizar a "chulice", que basicamente é que o que já existe na maioria das profissões, basta ver a grande invenção do outsourcing, com muito artista a mamar sem nada fazer e quem trabalha a ver muito pouco.

Sim o problema da legalização seria em parte o fim das independentes e o aumento dos valores.

Mas não é pelo facto de poder ser legalizada que esse aspecto que já existe - "quem tem estabelecimentos vai tentar sufocar quem é independente, porque essas pessoas continuarão a ter de pagar rendas altíssimas e em cima disso passar a pagar ao estado" - irá ser agravado.

De qualquer modo, nunca consegui ter uma opinião assente acerca desta questão embora julgue que manter a não-ilegalidade da actividade das GPs é bom (tenho a ideia de que muitas não verão com bons olhos a "legalização" e o consequente registo do seu nome nessa actividade... elas que se pronunciem) mas legalizar "casas", "clínicas e "spas" parece-me, realmente, uma forma de branquear a chulice.

Falei exatamente no aspecto da chulice porque com a legalização palpita-me que os empresários desta área vão começar a aparecer que nem cogumelos e com o aumento exponencial destas casas (hoje em dia não existem assim tantas) as independentes vão "morrer" e ser "obrigadas" a juntar-se ao movimento, é pelo bem delas dirão os senhores e senhoras empresários/as

Não sei se as independentes desaparecerão. O mercado o ditará.
Pela minha experiência, é muito melhor ir ter com uma GP independente do que (até pode ser a mesma GP) ir ter com uma GP numa "casa".
Portanto, se houver procura para as independentes, elas não desaparecerão.

Para além de que se sai de ao pé dela com o espírito muito mais leve por saber que não estivemos a alimentar parasitas.

Suponho que as GPs preferem a situação actual. Certamente entendem que sairão prejudicadas se houver legislação que as obrigue a registar-se. Em primeiro lugar porque ficam com o nome conhecido nas redondezas, acabando-se o anonimato, depois porque as Finanças vão cobrar-lhes impostos que as obrigarão a subir os preços, o que é mau para elas e para os clientes, e em terceiro lugar porque os “empresários” irão forçá-las a abandonar a actividade por conta própria se elas quiserem arriscar violar a lei, não se registando. Poucas conseguirão sobreviver como independentes.

Na Alemanha onde a prostituição e legal há bordéis 24 horas , All you can fuck, a preços bem acessíveis. E caravanas do sexo por 20 euros.
A legalização reduz risco, e menos risco menos retorno.
As drogas só são caras porque são ilegais e arriscadas. Se fosse legal o preço baixava mesmo metendo iva e irc em cima
Era muito bom que fosse legalizado

McDonalds em versão McFoda?... Dispenso.

É isto:

"Uma coisa será decidir vender um serviço sexual e fazê-lo e outra, 'muito diferente', será vender a 'força de trabalho para terceiros venderem esses serviços'. Pergunta-se se 'a subordinação a uma entidade patronal não põe em causa a autodeterminação e a autonomia sexual'. 'A realização das actividades de forma autónoma, com auto-organização, não será mais segura e respeitadora do que trabalhar para uma entidade patronal?'"
https://www.publico.pt/2020/06/04/socie ... em-1919476

Ainda bem no início deste ano estive na Alemanha, mais precisamente em Dortmund, num clube de sauna chamado Freudenhaus, perto do aeroporto.

Foi a minha primeira vez num sítio destes, ao início não estava muito confortável com aquilo mas depois a coisa normalizou, tive a oportunidade de falar com algumas garotas sobre como funcionavam aqueles estabelecimentos, pelo que fiquei a saber que o proxenetismo foi proibido na Alemanha, ao que parece já não é legal uma terceira parte lucrar com os ganhos, o que essas miúdas fazem é alugar quartos ao dia nesses bordeis e são livres de entrar e sair quando quiserem.

Os quartos também têm um botão de emergência, que está diretamente ligada á central da polícia local no caso do cliente se tornar agressivo.

Fun fact: Uma das mulheres da limpeza/serviço ao balcão era Portuguesa


Posto isto acho que uma legalização bem regulada trás mais benefícios que malefícios,

Modelo nórdico e proibição total não reduz a prostituição e só poe estas profissionais mais em risco.

O conceito 'all you can fuck' acabou em Julho de 2017

Isto já é consideravelmente diferente e melhor. Mas deverá ser devidamente fiscalizado.

Teoricamente, o modelo é justo. Mas a sua aplicação prática depende da acção fiscalizadora do Estado, o que, na nossa terrinha, deve ser difícil de conseguir. Ainda veríamos alguns fiscais associados a empresários proprietários de bordéis...