Não entendo como pode uma televisão fazer uma abordagem destas. Ilustra uma reportagem sobre um tema com esta importância com a história de vida de uma jovem que precisa de ser protegida e resguardada.

É lamentável, mas hoje em dia as televisões transformam tudo em entertainment: tenho a certeza de que neste caso muitas pessoas ficaram coladas ao ecran o tempo todo.

Obrigado pelo link confrade tsp82, não tinha tido a oportunidade de ver a "reportagem". Como entusiasta da mitologia grega apreciei particularmente a descrição duma das gorgonas como "uma mulher de beleza rara, transformada em monstro depois de abusada sexualmente", acho que resume bem a qualidade global da reportagem.
Esta gentalha não tem um pingo de integridade profissional (e não, não estou a falar das GPs).

Eutanásia ainda não está legalizada, vamos ver.

E o aborto foi a muito custo e todos os anos surgem vozes do além que insistem em penalizar.

E o aborto foi a muito custo e todos os anos surgem vozes do além que insistem em penalizar.[/quote]

Eu diria mais: surgem vozes do Além, do Aquém e do Amén.

Vai demorar ainda muito tempo até que a nossa sociedade aceite a prostituição.

"Manhattan to stop prosecuting prostitution, dismissing cases dating back decades"
https://www.independent.co.uk/news/worl ... reddit.com

A sociedade não tem de aceitar nada para ser legalizado. Os exemplos são muitos.

Com ou sem legalizações, contem sempre com os movimentos das mulheres de Bragança, nem sempre tão explicitamente assumidos como tais.

Não significa com isto que seja favorável à legalização por várias razões. Aliás, em bom rigor não tenho posição assumida.

O modelo atual é um modelo penal. Assenta na proibição do proxenetismo. A partir do momento em que existe auto-determinação sexual entre adultos (sexo pago ou grátis, com ou sem promessas), o Estado nada tem a dizer. Legalizar a prostituição passa a dar muita liberdade ao Estado para se meter onde não é chamado. E a margem é grande. Na Turquia, onde a prostituição é legal e depende de autorização, sujeitam as autorização a numerus clausus, ilegalizando assim muitas mulheres que necessariamente arriscam prostituir-se sem a legal autorização e dando ao Estado a satisfação de persegui-las. É só um exemplo das perversidades que podem trazer a legalização.

Nestas coisas, o Estado é useiro e vezeiro. Com base em interessantes pressupostos resolveram taxar os sacos de plástico. Muito aplaudido aqui (na California ia havendo uma guerra civil) e de tal maneira que já pagamos os sacos de papel.

Ia ver o vídeo, mas informa o Youtube que está indisponível porque que a conta foi suprimida. Pode saber-se se há alguma relação com o vídeo?

Com a mão do estado certamente iríamos pagar muito mais pois o estado ficaria com x% + taxas e taxinhas.

É deixar as coisas como estão.

Eu sou 200% a favor da legalização. Nem que isso implique pagar um pouco mais, ou ir menos vezes.

Pessoalmente sentia-me mais seguro e acho que para as GPs também traria benefícios.

Quanto ao pagar mais, elas já estão a tratar disso sozinhas. Para quem for na cantiga, claro.

Como já disse não contem comigo.

Também não sei quem lá vai pois TD aqui népia.

Há algumas que tento contactar e nem se dão ao trabalho de responder.

Essas tarifas devem ter alguma coisa por trás vai-se lá perceber é o quê.

"Essa Ana Loureiro já devia de estar presa pelo crime de lenocínio."

Não é bem assim! As madames, ficam com metade da prenda que a GP, pois são elas que pagam todas as despesas da casa, renda, água, luz, roupa, publicidade etc...
Há meninas que preferem trabalhar em casas, mesmo entregando metade da prendinha.
A minha 1ª atendia na sua própria casa particular, recebia muito mais, mas corria enormes riscos, denúncias de vizinhos, insegurança.
Há outras que se juntam com uma amiga e alugam um apartamento só para o trabalho. Se o vizinho chatearem, partem para outro.
Quando são várias meninas, mais de 5, por exemplo, dá jeito ter alguém a gerir. Geralmente há mais meninas que quartos, e é a madame que gere a rotação dos quartos. Lembro-me de uma GP que adorei, passou de casa com Madame, para casa sem, para ganhar mais, e por vezes as colegas mais brutas chateavam-na e até discutiam por usar demasiado o quarto. Ela quando mudou já vinha com uma carteira de clientes e claro que necessitava muito do quarto.
É preciso conhecer o mundo das mulheres, há GPs desde a estudante de medicina até à da favela, facilmente discutem, roubam coisas às outras, lutam pelo quarto, pelo cacifo, até pelo programa que passa na tv.
Por estas coisas, em casas com mais de 4 meninas convém ter alguém mais velho a por ordem no espaço, atender os telefones, organizar a agenda, uso dos quartos. Até por segurança, um cliente pode tornar-se violento.