Limpeza? Num tópico iniciado com o intuito de puxar conversa de chacha? E envolvendo o Goucha. Pá, não.

Olha, tenho a comunicar que terei 3 TD por colocar. Não sei o que se passa comigo, volto sempre às lides no último trimestre do ano.

O link da entrevista na TVI à ex-acompanhante "de luxo" referida:

https://tviplayer.iol.pt/programa/gouch ... 51602e325d

Manuel Luís Goucha entrevista ex-acompanhante de luxo - Veja a conversa completa 6 nov 2024

Sem ser uma entrevista fantástica, senti que aborda vários pontos de interesse aqui para o fórum.

Para já, umas notas a alguns comentários feitos aqui:

"Mais uma traumatizada pela moral judaico-cristã ainda vigente".


Segundo a entrevistada, foi vítima na infância e adolescência de abusos sexuais traumatizantes, problema muito sério (e infelizmente também muito frequente nas sociedades da "moral judaico-cristã"...).


"Se estas mulheres se tratassem com profissionais qualificados em vez de com moralistas controladores, seria certamente melhor para elas."


Plenamente de acordo, mas como ela própria afirmou, tem problemas hereditários de bipolaridade e toma medicação para isso. Embora ela não o tenha referido, calculo que tenha acompanhamento clínico.


"Isto provavelmente merece tópico próprio"

Também concordo. Tomei uns apontamentos da entrevista, se ninguém se antecipar tomarei em breve essa iniciativa.

Só assisti o início da entrevista e sinceramente não tenho pachorra.
Mas baseado em alguns comentários aqui se fala em agências e percentagens que pagava e quanto ganhava, são certamente pontos interessantes para o fórum.
Agora, não devemos entrar em análises à psique da gp que falou nem quem era ou deixou de ser. Isso é parte pessoal dela que ela partilhou na entrevista é certo mas que para o fórum não serão relevantes

Para quem estiver interessado nesse aspeto, a informação que ela passou foi simples e clara, e amplamente conhecida no fórum: 150 rosas/hora, 40 % para a agência (60 rosas),+10 rosas para a telefonista, 80 para ela. Disse que chegava a ganhar 10 mil por mês, às vezes. Ganhou muito, gastou muito, ajudou muita gente, saiu sem nada. O máximo de clientes num dia foi 7, no final fazia um por dia ou cada dois dias, já não estava com andamento psicológico.

Não há nada nesse assunto que seja novidade para o fórum.




No que achei a entrevista interessante e relevante para o fórum foi justamente pela carga psicológica que as declarações dela tiveram...decidiu ir à TV dar a cara e falar sobre isto, e assim tornou-se numa formadora de opinião para muita gente.
Apresentaram-na como uma vítima de abuso em criança e na adolescência, que quando adulta se torna acompanhante.
Desde a primeira cena da introdução à entrevista ficou patente essa associação.
Deram destaque a palavras dúbias: "Vender o teu corpo, vender um pedaço do teu corpo, é tráfico...comprar corpos é tráfico…".
Desde o início da entrevista: "-G: Vender o corpo é prostituição...e pode ser uma opção... ""-Sim, mas tem consequências, pode ter muitas consequências para nós…" o foco do diálogo é o aspecto psicológico, e é esse, e apenas esse, o meu interesse naquela conversa televisiva. Se fosse uma conversa privada para mim não teria relevância. Sendo televisionada, num país em que quase só quem aborda estes assuntos são as TVI's e os CM's, merece a nossa atenção.

É bom lembrar que aqui ao lado, em Espanha, está a haver uma polémica forte sobre a prostituição, com vista a rever a legislação, em que se distingue mal as mulheres vítimas de tráfico das mulheres que tomam as suas próprias decisões; e mais adiante, em França, os clientes já são penalizáveis há anos, tal como na Suécia...e em Portugal, no último debate do assunto no meio político, houve silêncios constrangidos, posições hesitantes e frases absurdas gritadas a plenos pulmões contra a prostituição.

A TVI não decidiu passar esta entrevista só para ajudar a promover o livro da entrevistada.

O que não tem relevância para o debate, e é degradante para o fórum mencionar, é a vida sexual privada da acompanhante.
A senhora da limpeza, que às vezes tem excesso de zelo, deve estar de férias.

Tenciono abrir um tópico novo sobre a entrevista, onde vou transcrever algumas das frases que achei relevantes.

Recomendo a quem se interessa pela forma como a opinião pública vê a prostituição que assista a entrevista.

https://tviplayer.iol.pt/programa/gouch ... 51602e325d

A juntar à observação do Goucha, logo no início da entrevista, de que parecia que a visada se começou a prostituir como uma espécie de vingança contra o Mundo, temos aqui uma grande caldeira de frustações e confusões, que certamente irão ser aproveitadas por populistas para tirar dividendos políticos das desgraças dos outros!

Eu acho que a senhora da limpeza decidiu mudar de vida e agora é trabalhadora do sexo!

Enviado do meu SM-A225F através do Tapatalk

Confrade doncorleone,
Foi certamente vítima de coisas muito graves.
Mas também é vítima, como somos todos ainda (uns mais do que outros) de uma moral consagrada há 2k anos e que condena moralmente pessoas que vendem serviços sexuais. Talvez fizesse algum sentido há 2k anos e até ser possível comprovar a paternidade de humanos. Hoje parece-me só uma reliquia do passado que atrasa o desenvolvimento.
Isso parece-me notório em comentários destes: "Vender o teu corpo, vender um pedaço do teu corpo, é tráfico...comprar corpos é tráfico…"

Se não fossem estes comentários dela eu teria visto ali uma mulher com um início de vida muito difícil mas que fez muito de positivo (serviços bem prestados, entre muitas outras coisas certamente) e ganhando bom dinheiro. Se o estourou todo, já não é imputável à prostituição. Mas com estes comentários vejo uma mulher ainda muito traumatizada.

Nota muito positiva para o Goucha

SpaceGhost, a minha opinião pessoal em relação ao estigma com que as sociedades tratam e trataram a prostituição será com certeza muito semelhante à sua, e provavelmente à da maioria dos que aqui participam.

Mas a realidade é que a de muitas outras pessoas não é, e nunca haverá unanimidade nestas questões.

Por isso achei esta entrevista televisiva relevante. E apontei:

Apresentaram-na como uma vítima de abuso em criança e na adolescência, que quando adulta se torna acompanhante.
Desde a primeira cena da introdução à entrevista ficou patente essa associação.
Deram destaque a palavras dúbias: "Vender o teu corpo, vender um pedaço do teu corpo, é tráfico...comprar corpos é tráfico…".

O trauma causado por abusos sexuais, e ainda mais na infância, é um assunto muito sério.
As marcas que deixa acompanham a vítima o resto da vida. Nunca é demais enfatizar esta questão, e creio que quanto a isso estaremos todos de acordo.

Por outro lado, as sociedades de moral judaico-cristã tiveram ao longo da História várias formas de lidar com a questão da prostituição: em algumas épocas com tolerância, ou mesmo com integração, em outras épocas com total intolerância, e uma enorme hipocrisia.

Como é sabido, nos meios de comunicação contemporâneos é possível exercer um tipo de "hipocrisia sofisticada", em que as associações são subliminares, implícitas, não declaradas. E é um exemplo disso que eu vi no início dessa entrevista.

O depoimento sobre os abusos em criança e adolescente é apresentado no início em frases soltas, sem grande conexão entre si; seguem-se outras frases soltas sobre ter-se sentido um objeto; e a introdução é culminada com as tais palavras dúbias: "Vender o teu corpo, vender um pedaço do teu corpo, é tráfico...comprar corpos é tráfico…" no que, digo eu, pode ter sido um deslize neuro-linguístico dela muito bem aproveitado pela produção.

Aí começa a entrevista, com o entrevistador a colocar "-Vender o corpo é prostituição...e pode ser uma opção...""-Sim, mas tem consequências, pode ter muitas consequências para nós…"

Houve ali uma dessas associações subliminares tão comuns na TV e não só: começam por apresentar a vítima de abusos, evolui para uma associação ambígua entre o tráfico sexual e a venda ou compra de serviços de prostituição, e quando começa a entrevista muitos dados já estão lançados na psique dos tele-espectadores ...

O tema das vítimas de abuso sexual, ainda mais na infância, é dos mais graves que há, em todas as sociedades; o tema das vítimas do tráfico e escravização sexual é outro; o da prostituição, por decisão própria, e de todas as questões relacionadas, é ainda outro. Foram apresentados associados de uma forma nada inocentemente confusa e propensa a confundir.

A moral judaico-cristã está em plena forma, rejuvenescida, e recomenda-se...

(Há muito mais a dizer...O tópico próprio já podia ter sido criado - a procrastinação é um pecado venial )

Quem conhece diz que é tudo ilusão de uma mente perturbada desde nascença...


Enviado do meu SM-S918B através do Tapatalk

A senhora entrevistada afirmou, ela própria, sem ser inquirida sobre isso, que tem problemas psíquicos, de origem hereditária, de bipolaridade, e toma medicação para procurar o equilíbrio.

Por outro lado ninguém pode afirmar com certeza que o que ela conta sobre abusos na infância é fruto da sua imaginação, como ninguém pode afirmar com certeza o contrário.

O interesse que vejo nesta entrevista é na forma como fizeram a introdução, claramente a manipular a opinião do telespectador, e na forma como a entrevistada colocou as profissionais do sexo como vítimas, generalizando e trazendo uma série de estereótipos para o écran.

A principal mensagem que vejo necessário passar quando se fala em quem trabalha com serviços sexuais é a necessidade de formação e apoio no âmbito profissional, para facilitar a quem desejar sair a entrada em outras áreas de trabalho. E nesse aspecto, claramente, a entrevistada pode até ter boas intenções, mas não mostrou ideias nem projetos.

Adorei. Uma acompanhante a fazer-se notar quando falamos (ou atiramos bitaites para o ar) sobre o que será a vida das pros do sexo.

Se há alguma coisa a dizer sobre a entrevista, é que precisamos de mudar drasticamente como olhamos para o mundo GP. Sexo é sexo e a acompanhante proporciona um serviço. Sem tirar nem pôr, e é por isto que pelo menos, tal como acontence noutros países europeus, devíamos ter uma atitude default mais humana quando vamos comprar o tempo de alguém com quem vamos ter relações sexuais. As coisas são muita complicadas, a acompanhante pode carregar trumas sexuais de infância e ver-se presa em fantasiar ainda mais este trauma (uma espécie de síndrome de Estocolmo - e não é a única acompanhante que conheço que diz ter sido violada em nova mas é prostituta), o cliente pode estar a libertar tendências que suprimidas têm consequências sociais muito preocupantes (veja-se sociedades realmente moralistas onde se proibem, por meio dos costumes, atos sexuais considerados "desviantes" e depois veja-se o nível latente de violência que lá há - ex: Republica Islâmica do Pasquistão e certas zonas ultra conservadoras dos EUA).

Basicamente isto, tratar a Gp como gente, a não ser que estejamos a lidar com mercenárias (que não merecem o respeito de as visitarmos sequer, fica a nota do que estou a sugerir que se faça). Ser bom com o outro, mas não comer gelados com a testa e estar vigilante a toda a hora.

Quanto à acompanhante da entrevista, teve a coragem de falar de doença mental em público (outra zona de desinformação) e chamou a atenção para a violência em forma de violação, que é mais comum do que se imagina. Gastou o dinheiro todo e tem uma personalidade de remorsos e de uma auto importância inflacionada por ela mesma? Bate certo com a doença bipolar. É possível ser cordial com pessoas assim, e quando vamos ter sexo com elas? Não é um tema fácil isto de humanizar a profissão mais antiga de sempre, envolta em crime e degradação pessoal. As gps não são vítimas nem um bocado de carne porque fornecem companhia sexual, nem o cliente é criminoso nem um otário porque chama uma gp. Há mil e uma razões para continuar a existir sexo pago. A tendência era agora fazer comparações com outras profissões, mas diminuiria o que é ser Gp (para mim fez-me maravilhas à saúde mental conhecer mulheres neste meio).

Era tudo mais simples se fosse mesmo só sexo. Mas como tudo na vida, as coisas são um poucachinho menos simples.
Beijos na parareca.

E o Td confrade?

Os valores para este novo ano já estão nos 150€ / 30min, 200€ / 60min + extras (até para o oral ao natural). E não vai parar.

Nem nos países mais ricos se paga tanto.

Á tempos alertei para o absurdo e descontrole do mercado ao aceitar valores de 80/150€. Fiz a minha parte e recusei pagar esses valores (com exceção de um regresso, mas uma vez sem exemplo).

Tal como nos outros mercados, somos os únicos responsáveis por todos os problemas quando aceitamos e deixamos normalizar.

Ou elas pensam que somos um país de endinheirados ou fazem o tuga de parvo… e este aceita.

Como diz o famoso juiz da TVI: “Depois não se queixe!”

Já tinha alertado em Setembro que os preços em 2025 iriam subir!
80/150 serão a nova "moda" para 2025 (pun intended), com o completo nos 100/180!

Acho que ppr estarem ciente dos aumentos muitas gps vão oferecer pacotes de 40min, ficando o convívio incompleto 80/120/150 para 30/40/60 minutos.

Está claro que eatamos a falar de valores na primeira liga.

Na segunda e terceiras ligas vai haver também pressão de preços a subir mas ai vai ser mais difícil conseguirem manter a clientela sem oferecerem "rapidinhas" ou "promoções".

Veremos como as coisas evoluem.

A questão, então, é: o que é a 1ª liga? É da 1ª liga quem anuncia nos sites x, y ou z? É da 1ª liga quem declara ter menos de 30 anos? Ou mais de 30 anos? É da 1ª liga quem tem uma maioria de TDs com avaliação 8+? (mas, assim, só ao fim de alguns TDs se poderá avaliar se é da 1ª liga ou não) É da 1ª liga quem não apresenta nenhumas restrições nem nenhuma lista de "extras"? Ou é exactamente ao contrário? É impossível manter a tarifa dos 100/120 e fazer parte da 1ª liga? Conta só um destes critérios ou terão de ser mais? E quais?

Parece-me que chegar a uma conclusão não será propriamente fácil...