Será que existe aquele amor na nossa vida, que por muitos outros que se vivam, nunca se esqueçe?
Existirá aquele amor que se voltassemos atrás faríamos tudo diferente...por quem trocaríamos o que temos actualmente?!
Em quem pensamos todos os dias embora não tenhamos contacto?!
Gostava que contassem as vossas maiores histórias de amor.



Tópico/Post movido para um local mais apropriado. Wolfgang66681

A maior que tive foi por uma rapariga que... enfim... estava completamente maluco por ela, mesmo. Se ela quisesse ter tido alguma coisa comigo, sei que largava tudo por ela... ainda bem que nao deu em nada, hoje ja nem nos falamos, por motivos que tambem nao vale a pena explicar aqui, seria uma dissertação.

Cá eu também tive uma que só quando perdi é que dei valor(como costume). Hoje não falamos, mas se ela quisesse não sei o que decidia...não sei mesmo, não digo que deixasse tudo para voltar atrás, mas também não digo que não...acho que teria que viver a situação de facto...mas às vezes, com nostalgia, ainda sofro, tanto tempo passado...

e verdade, caro confrade... há com cada uma deixa-nos a andar à roda

Caro confrade, ja ouviu falar no síndrome da "cerveja de ferias"?

É um sindrome que desenvolvemos quando bebemos fora, em ferias... cada garrafa com a sua marca que nao nos é familiar parece-nos sexy com o seu rotulo colorido e aquelas gotinhas de condensação no gargalo, e quando a vazamos para o copo os raios solares transformam o tom da cerveja de amber turvo para um dourado cristalino.

Quando as provamos são uma sensação extasiante e deliciosa de frescura e sabor que nos interrogamos sempre porque não há cerveja tão boa cá no burgo!

Passadas umas semanas de voltarmos de ferias vamos ao supermercado e... afinal eles vendem a marca de "cerveja das ferias"!!!
compramos um six-pack e religiosamente colocamo-la no frigorífico uns dias para arrefecer e por fim, com algum sentido de cerimonia, abrimos uma....

O problema é que quando a vamos beber aquilo sabe a mijo de burro misturado com dor de cabeça (nunca experimentei mas é a coisa mais horrivel que me lembrei)


Este síndrome nao é apenas exclusivo da cerveja, é valido para um monte de coisa incluindo o amor!


Por muito que tenha existido algo que num período de tempo tenha parecido brilhante ou perfeito, a rotina e o tempo e a "vida" acabam por desgastar a experiência e torna-la medíocre.





PS: tenho o frigorífico cheio de cervejas de marcas estranhas e o pior é que nem gosto de cerveja...

Simplesmente brilhante esta ultima resposta.
Fantástico confrade safado...o quanto eu gosto de cerveja...no verão...pois na me nego a religioso tinto.
Suberbo.

Bela imagem, confrade Safado.

Sem dívida que há amores que nunca se esquecem e paixões que nos rejuvenescem

Peço desculpa por interferir assim no meio da conversa dos confrades, mas não pude deixar de resistir. Não tenho muitos anos de vida neste vasto planeta Terra, tenho a plena consciência de que hajam aqui pessoas com mais experiência,mais historias e mais lições de vida. No entanto a partir da minha inexperiência pessoal e a partir das historias que ouço e que vejo no dia a dia que chego apenas a uma conclusão clara: apaixonar-mo-nos faz parte de saborear a vida em sua plenitude.

A minha primeira paixão tive-a aos meus 17 anos, se me recordo ele deveria ter 25/26. Não era uma pessoa que despertasse atenção ao passar na rua, mas tinha uma personalidade enigmatica, carinhosa e sempre atenta. Passamos três meses muito bons, onde eu descobria como era o mundo e ele dava me a atenção e "amor" que até lá nunca ninguém me tinha dado. Sim, era praticamente como nas historias, iríamos superar tudo e todos para ficar juntos. A diferença da nossa idade era um dos problemas que teríamos de enfrentar. Por vezes penso como seria hoje em dia a minha vida se realmente tivesses mos ficado juntos... Mas não aconteceu. Há quem diga que é o destino, outros é porque foi azar. No entanto depois do fatal acidente de moto após os 3 meses em partilhamos momentos únicos, eu perdi a fé em tudo o que até aquele momento considerava verdade. Abalou-me demais, senti-me injustiçada. No entanto um par de anos depois, tive de me levantar e seguir. Voltar a acreditar na vida e nas coisas. E voltei a apaixonar-me eventualmente, voltei a sorrir para a vida. Outras paixões se seguiram, seguidas por outras separações (não tão tristes mas não deixam de ser sentidas). Umas mais marcantes que outras

Hoje em dia já me arrisquei a definir o amor e parecia que estava mesmo perto dele. Mas... (há sempre um más) houve uma pessoa que me perguntou noutro dia: "Se o grande Camões não soube defini-lo, como é que tu consegues?". Não consigo. Apenas posso desejar e esperar que apenas no final no dos meus dias, quando a minha juventude for levada pelo tempo e em troca a sabedoria vier com ele, talvez... ai... talvez... eu consiga definir, nem que acerte apenas em metade. Portanto posso apenas afirmar que o maximo que consegui viver até hoje, foram grandes paixões. Grandes com G grande, onde não havia limites para nada, onde o impossível parecia não existir, onde cada lágrima, cada gota de suor, cada capricho eram compensadas ou satisfeito no momento. Onde nenhum dos dois queria saber das barreiras sociais, nem se deixava comandar pelo pensamento critico e moralista de outras pessoas, onde as consequências... deixavam de ser visíveis. Onde se dava e recebia... "um amor incondicional".

Quando essa ilusão passa e o chama desaparece, por mais que chore, por mais que lamente, não há volta a dar, o fim está perto. E quando já não há mais sumo para espremer duma laranja, é porque não há mais... acabou. Só resta pegar nos bons momentos que houve e guarda-los. E de vez em quando eu olho para trás e lembro daquela pessoa com todo carinho e dos momentos mais louco que já houve, das noite mais agradáveis que passei e das palavras carinhosas e únicas que ouvi. E só tenho de agradece, pois houve muitos dias em realmente fui feliz.

É por isso que acho que uma paixão verdadeira, traz ao de cima os sentimos bons e puros que por vezes ficam enterrado lá no fundo com o tempo. Para acabar deixo aqui um poema que encontrei há um mês atrás numa pesquisa de blogues que estava a realizar. Leio nas noites em me sinto mais aberta a sentimentalismos, pois há rimas que não poderiam ser escolhidas de melhor forma:


Sim tu

"Escrevo por causa de ti
Ao princípio não soube o que senti
Mas agora sei que te amo desde o dia que te vi
Ponho no papel o que não te posso dizer
Porque sei que não vais entender
A verdade é lixada
Ninguém gosta de a ouvir
Por vezes ela é tramada

Vejo-te sempre na minha mente
Mas tu aqui és uma pessoa diferente
Já não estás ausente
Tas no meu coração e tas sempre presente

Pequenas partes de mim levaste
Mas nem deste conta do importante que encontraste
E passou-te ao lado
Acho é que fui descuidado

Será que algum dia me vais ouvir?
Ou vais estar sempre a fugir?
Estás sempre a escapar
Mesmo que seja o único a te amar
Vejo-me no espelho
E não me reconheço
Desde que sinto isto por ti
A minha vida virou do avesso

Era melhor se não conhecesse ninguém
O problema dessa altura é que quero ter alguém
Espero que sejas tu
Mas já sei que não
O que posso ter pra mim é a solidão"

de Niu




Nikita P.

Parabens ao Safado e Parabens a Niki!

Cada um a sua maneira, escrveu de forma soberba e fantastica, consegui quase visualizar aqui-lo que voçes os dois contaram!
Muito obrigado pela vossa partilha, e Niki, tu cada vez me surpreendes mais, es uma MULHER, com garra, confiança e energia!

Continua asim que de certeza o teu amor ira aparecer!

Citação do dia:

"Não chores porque acabou... sorri porque aconteceu"

Um grande amor não se esquece nunca !!!!!!!!!!!!!!!!

Nikita por isto é que te escolhi para fazer o meu 1º post, tive um pressentimento que tu tens algo de diferente, e obtive agora aqui a confirmação, depois explico-te como tive esse pressentimento.

Quanto ao amor…penso que o amor na verdadeira ascensão da palavra é o amor que sentimos pelos nossos filhos, esse sim é eterno. Por vezes quando nos relacionamos com alguém eventualmente pensamos que é amor, porque passamos momentos fantásticos com essa pessoa, e adoramos estar com ela, mas penso que a palavra adequada para estas situações é paixão, já tive algumas que nunca esquecerei, mas já passaram, foram momentos bons e esses são sempre para recordar. Como o Safado exemplifica e bem, provavelmente se voltássemos a tentar repetir esses momentos com essas mesmas pessoas, já não seria a mesma coisa.

A vida passa por nós num ápice, portanto penso que o melhor é superarmos os problemas do dia-a-dia e as nossas tristezas com amor, paixões, amizades…ou seja com momentos bons, aproveitem bem o que o mundo e a vida nos dá de melhor.

Abraço.
Fiquem bem.

Há amores que nunca se esquecem sim, nunca esqueci o meu cão, tinha cerca de 10 anos quando apanhou uma doença óssea comum nesta raça. Começou a ficar paralisado, e parecia sofrer muito até ao dia em que tivemos de tomar a decisão com o veterinário de o mandar abater, parar com o sofrimento do animal, pois a doença não tinha cura.

Adorava o meu Rex (sim chamava-se Rex, e era um cão de raça Pastor Alemão), cão de guarda excelente, ninguém entrava em casa do meu pai, muitas vezes até se tornava dificil para mim lá entrar, pois ele saltava logo para cima de mim e começava a brincadeira comigo.

Odiava veterinários, adorava que lhe dessem a comida com a nossa mão, adorava deitar-se ao sol. Passei muito bons momentos com ele.

Era realmente o melhor amigo do Homem, admito que chorei quando ele faleceu e nunca o esquecerei.

Aproveito para deixar aqui este video http://www.youtube.com/watch?v=HjWtRYaxmWM

Nikita: Não tive ainda a oportunidade de te conhecer, mas após ter lido o teu texto, nasceu-me uma grande admiração por ti. A minha vida já é mais longa que a tua, já passei por muitas experiências, e sentimentalão como sou, compreendo tudo aquilo que já sentiste e por que passaste, porque eu tambem já fiz essas viagens pela vida. Ama-se e há pessoas que ficarão a ser uma referência nas nossas vidas e que eu nunca irei esquecer. Felicito-te pela perfeição como descreves o tema.