Memórias das minhas GPs tristes
Autor |
Mensagem |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Memórias das minhas GPs tristes
Onde vou contar as histórias mais loucas que me aconteceram em muitos anos de GPs. Nos primeiros, corria os pontos de rua de Lisboa pela calada da noite... Quando havia que escolher entre duas GPs, escolhi sempre a que poderia ser mais surpreendente.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
Editado pela última vez por alfa em 05 Jul 2010.
|
05 Jul 2010 |
|
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Naquela noite as ruas em volta do Técnico mais pareciam uma gigantesca pista de carrinhos de choques. Vi uma cara nova, uma indiana bem jovem. Não consegui chegar-me ao passeio. Dei a volta o mais rápido que pude. Ela ainda estava no mesmo sítio. Abri a porta e ela entrou. Ficou à espera que lhe dissesse o que fazer. Sugeri uma das pensões mais em voga na época, bem fraquinha, e lá fomos. A miúda despiusse sem grandes pudores, embora fosse obvio que não estava habituada àquelas coisas. Deitou-se na cama à espera que eu me despachasse. Não parecia fazer ideia acerca do que é um broche. Beijei-lhe os seios, pequenos mas bem feitos. Deu-me um preservativo. Lá tive de o meter sozinho. Era para tamanho júnior. Ela viu que não me servia. "Anda". Lá fui. Uma vez na vida arrisquei um td descapotavel. Esperou que eu me viesse. Fiquei com a impressão que a desvirginei, mas também não quis entrar em grandes conversas sobre o assunto. Fizemos a viagem de volta em silêncio. O sorriso inocente dela desanuviava o ambiente. Quando saiu do carro apareceu um puto indiano uns anos mais velho que imediatamente se afastou com ela. Tinha reparado nele pelo canto do olho antes, mas não tinha dado importância á coisa. Nunca mais a vi por lá.
Não me parece que a moça fosse uma put*. Sei que em algumas sociedades antigas era costume deixar a um escravo ou a um desconhecido a tarefa aziaga de tirar a virgindade a uma mulher. Calhou-me a mim esse papel. Na India há mil e uma tradições e não é impossível que em algumas delas se pense assim. Não se esqueçam que os esquimós oferecem aos seus visitantes uma noite de sexo com a sua mulher. Ficam zangados quando este recusa. O puto indiano devia ser irmão dela ou coisa assim. Não era o chulo, de certeza.
Acreditem, se quiserem.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
05 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Passei um fim de tarde pelo Técnico e parei à vista da carne tenra. Uma miúda a falar com uma put*. Pela forma como estava vestida e falava, podia ser aluna do IST. Fiquei parado cinco minutos e ... nada. Até que a outra lhe fez sinal para mim e por fim se decidiu a vir ter comigo. Queres falar com ela? Quero ... Cinco minutos depois estávamos a caminho de uma das pensões do costume. Ela era simpática e inteligente. A conversa era fácil e agradável. Foi uma girlfriend experience do melhor. Na segunda vez que nos encontrámos já me tratava como ao namorado, um colega de liceu da terra dela que também veio para a capital. A menina de boas famílias resolveu esticar a mesada embarcando nesta aventura. Também precisava de mais uns trocos para a outra novidade que a capital lhe trouxe: os charros de haxixe. Eu era o cliente diferente. Mais meigo e atencioso. Uma vez por outra discutíamos algum artigo do Expresso. Um sinal de requinte que nos distinguia da plebe. Durante uns tempos a vida correu-lhe bem. Depois aconteceu o inevitável. O namorado descobriu. Ela começou a aparecer ganzada e mal arranjada. A família acabou por descobrir e reagiu da pior forma possível. A brincadeira transformou-se numa forma de sobrevivência. Da última vez que a vi estava com uma infecção bem visível num canto da boca. Naquele estado estava completamente à mercê das propostas mais humilhantes.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
07 Jul 2010 |
|
 |
eduardob
Registado: 07 Jan 2008 Mensagens: 2232 Localização: Lisboa
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Quantas memórias, quantas memórias... 
|
07 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Quando se relata acontecimentos, costuma-se dizer que eles aconteceram. Quando se inventa uma história, também. Estas "memórias" relatam acontecimentos, são o fruto da minha imaginação ou situam-se algures a meio caminho entre os dois extremos? Não me vou dar ao trabalho de discutir isso... Também não me parece que isso interesse por aí além a quem passa por aqui...
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
09 Jul 2010 |
|
 |
trinita
Registado: 31 Jul 2008 Mensagens: 587
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
continua alfa eu acredito pois todos temos episódios com gp 
|
09 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Obrigado, Trinita!
Quem suspende a descrença, tira mais gozo da história...
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
10 Jul 2010 |
|
 |
trinita
Registado: 31 Jul 2008 Mensagens: 587
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
a propósito lê o livro com o mesmo nome do gabriel garcia marquez pq é muito bom todos os confrades o deviam ler 
|
10 Jul 2010 |
|
 |
voador
Registado: 04 Jun 2008 Mensagens: 526 Localização: Voou
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Esse e os "Cem anos de Solidão" foram livros que me marcaram a juventude. Agora mudando para o Canal História enquanto não começa a Final do Mundial : Nos finais dos anos 80 fazia muitas classificativas do Raly do Pintelho, sobretudo pelo Técnico. Já existia tambem a Castilho, o Restelo-onde fui roubado - e Entrecampos onde fui apanhado com a coisa na botija pela Policia mas sem consequências. No Técnico apanhei uma GP que fazia uns bicos espectaculares tanto no carro como nas Pensões junto ao Chile. E agora sentem-se- na época era tudo ao natural.Só comecei a usar presevativos uns bons anos depois. Essa GP era da Juventude Comunista com cargo e tudo, mas os nossos encontros eram muito bons. Sempre a começar com um oral até ao fim e depois um vaginal óptimo ( o anal era pouco habitual e nunca fui fâ). Eu até tinha o telefone da Pensão para combinar encontros durante o dia. Só que menina era toxidepedente e uma vez encontrei-a na Pensão com uma ressaca moumental. Assustei-me tanto que nunca mais a procurei, e entretanto desapareceu do Técnico. Senti muita pena da miuda porque além do convivio passavamos horas a discutir política uma vez que eu era quase nazi.
_________________ Irrar è umano
|
11 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Ao contrário do que o título dá a entender, o livro que dá o título a esta série de histórias é bastante alegre. Gabriel Garcia Marquez é provavelmente o único putanheiro assumido que ganhou um Nobel. Bem merecia, enquanto ainda está vivo, ser entronizado patrono desta confraria. 
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
12 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
...e a Joana teve de procurar outro emprego. Escolhia-a logo na primeira apresentação. Uma mulata alta e vistosa, que parecia ter o espírito a mil quilómetros de distância. Opção arriscada. Entendemos-nos maravilhosamente desde o primeiro dia. Nunca me tentou agradar ou bajular. Limitava-se a ser ela própria. E que maravilhosa ela era. Tranformei-me num cliente regular não seria talvez excessivo da minha parte considerar-me um cliente especial. Gosto de fazer anal com a mulher deitada, com a púbis contra o colchão. Daquela vez a coisa estava ainda mais harmoniosa do que de costume. Foi aí que ela girou a coluna e a boca dela procurou a minha. Aquele beijo não deve vir no Kama Sutra (não procurei). Uma experiência tantrica tão profunda devia elevar-me ao nirvana, dar-me a sabedoria que a que só chegaria daqui a mil reencarnações. A verdade é que me transformou num idiota chapado. A partir daí queria sempre mais... Mais o quê? Mais... Encontrá-la fora da casa, inspirar-lhe uma paixão shakesperiana? Tudo isso e mais alguma coisa. A coisa nunca deu para o torto porque ela tinha uma paciência sem limites e a minha educação protegia-me de cometer as asneiras mais grossas que o meu lado idiota gostaria de perpetrar. É verdade que quando os lábios dela procuraram os meus ela estava a fazer muito mais do que o seu trabalho. E daí? Um dia ela ia ao dentista e perante a minha insistência disse que eu podia ir com ela. Estava cheia de pressa e eu ainda não tinha recuperado da hora escaldante que tínhamos passado. Fui antes beber um café. Alguém tem dúvidas de que elas são o sexo forte? Outra vez ela deixou cair: o que eu quero é uma casa e um monte de filhos. Eu podia candidatar-me ao lugar, mas não era isso que eu queria, pois não? Um dia a Joana desapareceu. Soube que tinha montado um negócio com uma amiga. O truque para poder sair da vida é nunca se habituar a gastar aquela massa toda que se ganha. Pensei que nunca mais a ia ver. Um dia ela voltou. A amiga fugiu com o dinheiro todo. Não quero falar disso. Foram os tempos mais deliciosos. Aproveitei aquilo que sabia que ia acabar, sem sofreguidões idiotas. Ia lá menos vezes. Tinha outras amigas interessantes. Um dia ela lá juntou outra vez o dinheiro e voltou a desaparecer. Desejo-lhe o melhor.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
12 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Ficava numa esquina da Artilharia 1. Os carros paravam e ela dizia que não há maioria. Aquilo intimidava-me. Aquele par de mamas e a aquela cara altiva eram de tal forma irresistíveis que acabei por ganhar coragem e lá fui bater-lhe à porta. Só fazia broches. Era essa a explicação dos Nãos... Mas que broches... Nunca na vida gritei tanto. Ainda por cima dentro do carro. Uma vergonha... Passados dois dias, já queria mais. Só que ela não aparecia. E eu não queria mais nenhuma. Desisti por volta das três da manhã. Quando ia a caminho de casa, encontro-a no topo do Parque, a caminho do trabalho. Tinha estado no bingo. Diz-me que lhe apetece ir dançar. Noutro dia, tudo bem. Mas já eram três da manhã. Vamos para uma pensão. Isso ela não queria. Olha em volta, tira a blusa e o soutien e foi logo ali que ela tratou de mim. Bem melhor que da primeira vez. Já nem me envergonhava com os sons que deitava cá para fora... Depois, de nada me valeu as noites que por lá fiquei até às quinhentas. A rainha africana desapareceu.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
14 Jul 2010 |
|
 |
fernando19
Registado: 12 Abr 2007 Mensagens: 372 Localização: Mouraria
Positivos
5
Negativos
2
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
As verdadeiramente boas rapidamente desaparecem. Simplesmente de um momento para o outro , puff, já não existem. Foi esta a lição que eu também já aprendi. 
_________________ "Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado subtil de se deixar distinguir" Paul Valéry
|
26 Jul 2010 |
|
 |
alfa
Registado: 16 Jul 2008 Mensagens: 394
Positivos
3
Negativos
1
TD's nos últs 90 dias: 0
- Voyeur
|
 Re: Memórias das minhas GPs tristes
Fernando19, ela acabou por aparecer, uns meses mais tarde. Só fazia broches porque estava grávida. Depois de ter a criança, voltou às lides. Ela simpatizava comigo, mas já não era a mesma coisa. Agora, queria cama, e eu queria voltar a subir às nuvens. Nunca mais acertámos um com o outro. Ela andava a negociar um trabalho diferente num bar. Até deu a entender que podia estar interessada em mim. Mas não era nisso que eu queria. As mulheres que encontrei na vida eram tão boas ou tão más como as outras. Esta era das melhores.
_________________ Cada vez que um putanheiro cai numa banhada, caímos todos.
|
09 Out 2010 |
|
 |
|