Como já foi dito, tal como os futebolistas esta é uma profissão com prazo de validade. Com os anos a pesar chega uma altura em que ou uma mulher se vende por muito, muito mais barato ou muda de vida... Já vi muitas acompanhantes neste fórum contarem que já deixaram a vida de GP, mas acabaram por ter de voltar. Por isto tenho curiosidade de perguntar às meninas que são GP a full-time: Têm planos de contingência para o futuro? Um pé de meia/investimentos que deiam sustento para os últimos anos de vida, ainda que com um nível de vida bastante mais frugal? Possibilidades de emprego?

É uma questão que me deixa bastante curiosa, porque pela mesma altura que se 'passa do prazo' para GP, acham também os empregadores que somos velhos demais para qualquer trabalho, e é o tipo de mentalidade estúpida que não mostra intenções nenhumas de desaparecer tão cedo. Já para não falar no buraco inexplicável no currículo... (dizer que se foi dona de casa, talvez? )

Essa questão do prazo de validade, não funciona, com a mesma lógica, quando comparado com os futebolistas. E digo isto, porque, cada vez mais, há mulheres acima dos 40 e 50 a atender. É claro, que normalmente, há uma distinção: Há aquelas mulheres acima dos 40 e 50, que já são da "velha guarda", já atendem há 20 ou mais anos, e chegam a essa idade e já estão acabadas, e depois, há toda uma geração de mulheres maduras, que só se tornaram Gp´s há muito pouco tempo, muitas delas, depois dos 40, e essas, não todas, mas muitas delas, ainda estão em grande forma, são as MILF´s, as cotas boas, em que por vezes, têm uma energia superior, a muitas Gp´s de 20 e 30 anos. É claro, a forma delas deve-se ao facto de terem iniciado a actividade recentemente, pois caso contrário, não dúvido, muitas delas, já estavam acabadas.

Quanto a "planos de contingência", da minha experiência pessoal, com a crise, as coisas mudaram e muito. Ou seja, há dois anos, eu ouvia da boca de muitas ´GP´s, muitos projectos para deixar essa vida e sempre o tradicional " são só mais 3 meses" e depois os 3 meses, passavam a mais 4 ou 5, até que a partir de certa altura, deixava de ouvi-las falar em projectos e prazos para abandonar a actividade. Há a noção que se as coisas estão difíceis no apartamento, fora dele, no mundo real, ainda estão piores, e que os tempos que correm não estão para abrir negócios por conta própria ou projectos semelhantes e que mais vale, 3 ou 4 atendimentos por dia, do que lançar-se de cabeça num negócio e ao fim de 6 meses, as coisas darem para o torto.

A cara confreira terá a certeza de que o inexplicável é o buraco no curriculum?
Ou será por lá perto? (Dependendo da perspectiva, claro!)

Muitas mulheres que eu conheço abandonaram empregos por conta de outrém , pelo que, não acredito que o seu objectivo seja voltar para esse tipo de empregos. Em primeiro lugar, e então quando a mulher já passou dos 40, se é difícil para uma mulher que nunca andou nesta vida, arranjar trabalho, muito mais é para uma GP, que passou anos afastada do mercado laboral, e o tal "buraco" no curriculum torna-se muito relevante. Em segundo lugar, perdem-se hábitos e rotinas e é muito dificil, voltar a ganhá-los e o salário que se vai auferir, ainda torna tudo mais desmotivante.

Eu falo por mim, que a uma dada altura da vida, estive, 9 meses sem trabalhar e nesses 9 meses, ganhei muita inércia, levantava-me às horas que queria e não tinha horários para nada. Quando voltei ao trabalho, o primeiro mês, foi complicado, ter horas para levantar, ter compromissos, etc., etc. Agora se em vez de 9 meses, forem 9 anos, em que a GP, é certo que esteve a atender, mas fazia os horários que bem queria, se lhe apetecesse passar a manhã a dormir, ficava a dormir, se lhe apetecesse ir às compras à tarde, ia, se numa semana, decidia fechar o estaminé a uma 4ª, ou 5ª feira, então só voltava a trabalhar na 2ª feira. E passar desta vida, para uma vida, de ter de se levantar todos os dias a horas certas, apanhar o mesmo autocarro, almoçar às mesmas horas, e sair do trabalho, igualmente, às mesma horas e chegar ao fim de um mês, e ganhar 1/10 do que ganhava antes, não é para todas, ou melhor, para muito poucas.

Não pretendendo criticar a forma como ninguém gasta o dinheiro que ganha , na verdade vejo que muita menina gasta praticamente tudo aquilo que ganha, e nalguns casos estamos a falar de valores superiores a 20 salários mínimos.

A profissão de GP traz algumas despesas substanciais: Sites, books fotográficos, apartamentos bem localizados, cabeleireiro e afins quase diários, roupa, etc etc

E depois havendo bastante dinheiro a entrar é normal que também não se faça um grande esforço de poupança e aqui as GP no meu ver dividem-se em 2 grupos: as que poupam e as que não.

No primeiro grupo conheço varias GP que investem em cabeças de gado ou em imobiliário… no segundo será quase impossível enumerar naquilo que gastam todo o dinheiro que ganham mas pode variar de entre sustentar toda a família, a sustentar a sua tóxico ou álcool –dependencia, a gastos pessoais excessivos: restaurantes, transportes, luxo, roupa, etc etc etc.

Em relação ao final de carreira, cada caso é um caso: tens desde o caso da miúda que conheci no seu primeiro dia de trabalho e que acompanhei a vida dela pois ficamos amigos que supostamente era para ficar 3 meses para pagar uma divida e acabou por ficar 3 anos e ao fim dos 3 anos e com alguma ajuda minha conseguiu abrir um salão e hoje apesar de ter a vida estabilizada ainda tem 5 ou 6 clientes habituais para ter algum $$$ extra. Mas na experiencia que levo desta vida casos como este são a minoria

Tens outros casos de miúdas que entram para isto também assumindo que é temporário mas não conseguem sair pelos motivos apontados pelo morpheus… é uma vida muito fácil onde entra muito dinheiro com muita facilidade e onde podes fazer aquilo que quiseres… a pior parte que supostamente será a tua auto-estima e a capacidade de teres relações íntimas com alguém que te meta realmente nojo acabaste por habituar rapidamente pelo que passado algum tempo estas a fazer isto em “modo automático”


Fazer isto para muitas mulheres é o mesmo que ir para a tropa… vai ver o mundo, vais rasgar os teus horizontes, vai ser alguém importante… (ou importante para alguem )

Podia contar-te a história de outra amiga minha que veio de Igarape Grande no Pará (sim, se quiseres dar ao trabalho de ver onde fica, é mesmo onde o mundo acaba!) para Brasilia de autocarro (4 dias de viagem) trabalhar como cozinheira… ao fim de uma semana estava na rua, despedida, e o único sitio que tinha era a casa de uma amiga que se dedicava a isto em São Paulo … fui o primeiro cliente dela e ate penso que o primeiro homem da vida dela e durante a primeira semana tive pena dela e levei-a para ficar em minha casa e quando a semana terminou dei-lhe dinheiro suficiente para ela regressar de avião a casa e tive uma conversa com ela daquilo que a esperava se ela continuasse nesta vida. Achas que ela voltou???

Não… a vidinha lá no fim do mundo já não a atraia, ela já tinha experimentado a vida boa de SP e do RJ, de sair à noite, ir jantar a restaurantes chiques, discotecas e etcetcetcetc…

Mas voltando ao fim de carreira das GPs, há algumas que conseguem ficar até bastante tarde a trabalhar, hoje em dia uma mulher com 40/45 desde que tenha um corpo cuidado ainda consegue trabalhar competitivamente com GPs mais novas… e depois não são só as GPs que ficam velhas… os clientes também pelo que há uma procura nas faixas etárias 50+, menor mas há..

Há ainda outras 2 saídas desta vida:

1 – Quando os jogadores terminam a carreira passam a treinadores, as GP passam a donas de casas… uma GP quando já esta na fase final de carreira já tem um grande numero de contactos neste submundo, tanto de clientes como de colegas que lhe permitem abrir o seu próprio negocio e ter conhecimento suficiente para o gerir com sucesso.

2 – a partir de uma determinada idade todos nós procuramos alguma estabilidade na vida e para uma GP é fácil arranjar um gajo que a sustente, poderia te contar N casos sendo que alguns que conheço até são de sucesso…

É verdade que, todas as Gp´s, têm sempre, um, ou vários otários, daqueles que engolem todos os pseudo-dramas que a GP conta, e que a querem "salvar" desta vida e dar-lhe uma vida de felicidade. Muitas vão recusando as propostas de casamento, aproveitando-o para os ir chulando, até que, um dia, quando acham que está na hora de sair, acabam por aceitar a proposta de um qualquer deste tipo de fulanos, e passam a viver às suas custas.

E é claro, também há aquelas que viram "madames". Como o confrade Safado diz, é como no futebol, um jogador virar treinador ou director desportivo. Agora, para ter sucesso, enquanto madame, a mulher, enquanto GP, deve ser inteligente o suficiente, para cultivar boas amizades e boas relações de clientela, que lhe possam ser úteis nessa nova profissão.

Muita coisa mudou nos últimos dez anos, cinco anos, dois anos. Significa que tudo é agora diferente - e significa que tudo vai ser diferente no futuro.

Eu trabalhei sempre na adminstração pública e fazia também trabalhos de consultadoria. Tinha épocas de enorme actividade, que alternavam com épocas de uma certa tranquilidade e uma remuneração fixa a que se somavam rendimentos variáveis, um mês de férias e reforma completa aos 58 anos. Hoje em dia continuo na administração, mas a consultadoria foi-se e o rendimento associado também, a reforma vai ser aos 65, 67 ou mais tarde e, com sorte, corresponderá a 70 ou 80 % do valor dos descontos.

Claro que com as gp´s acontece o mesmo: fizeram planos e a situação vai ser diferente. Mas gp era há uns anos condição e agora já não o é. Quer dizer que se entra e se sai com muito mais facilidade e as gp´s são agora oriundas dos estratos mais variados. Uma amiga minha trabalhou algum tempo, organizou a vida e saltou fora (eu até só vim a saber mais tarde por onde ela tinha andado). E a idade já não é problema; veja-se a Júlia de Espinho, com aquele corpo e aquela cultura. E os preconceitos, que ainda são muito grandes, têm vindo a diminuir.

Há muito menos retiradas, do que havia antigamente, isso é um facto. Cada vez menos, se lê aqui no fórum, que uma determinada GP, deixou de atender. Claro que continua a acontecer, mas em muito menor quantidade.

Há cada vez mais Gp´s completamente agarradas a esta vida, e tal como atrás disse, que nesta altura do campeonato, já nem perdem tempo a enganarem-se a elas próprias, com prazos de saída de actividade. Mesmo a gama média, que durante muito tempo viveu muito bem, no presente, cada vez há mais Gp´s desta gama a fazer 1/2 horas por metade do preço, o que acredito, que seja um sinal, de que se existiam planos para uma retirada, esses ficaram em stand-by.

Engraçado.... ainda nenhuma GP se chegou à frente!

por acaso tive sempre a curiosidade em saber que emprego é que as GP,s têm depois de abandonar estas lides, principamente aquelas que não arramjam um gajo para as sustentar.

As que trabalharam bem e foram poupadas - safam-se

As que trabalharam bem e não foram poupadas - improvisam

As que tinham muita PDM - arrependem-se

As que trabalharam mal - lixam-se