Vamos ver?

A que horas e em que programa?

Por acaso, sei que passa amanhã, na rtp1, às 21 horas, a esta hora não posso ver, espero que coloquem aqui o link, mas o programa não deve trazer nada de novo, nós já sabemos isso tudo... a novidade deve ser os anúncios e fotos na net, a "crise" já fez baixar os preços, as brasucas estão cá em força,...já não compensa estar aqui, muitas estão de regresso...já leram isto hoje http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... de-inferno

Boa dica Já preparei para gravar.Mas possivelmente é mais do mesmo.

E vai surgir em destaque o facto dos «frequentadores das meninas» discutirem e regatearem os preços. E até as condições / restrições.

Esta cena passa hoje, quarta-feira às 21h00 na RTP1, no programa Linha da Frente.

http://www0.rtp.pt/programas-rtp/index. ... 23-02-2011

Ja deu! Boa reportagem. Parace que a concorrencia anda aí!

Gostei bastante do programa. Confesso, que não estava com grandes expectativas, no entanto, a reportagem surpreendeu-me muito pela positiva. Gostei do enorme realismo de várias mulheres a falar da actividade GP, escapando às frases-cliché, que normalmente são tipicas deste tipo de reportagem. Achei piada à brasileira, que dizia que as brasileiras eram mais "pilantras", pois ao telefone diziam que faziam tudo e quando o homem chegava ao apartamento, já não faziam metade do que diziam. Gostei da outra brasileira, que dizia que uma mulher quando vinha do Brasil e atravessava o oceano não vinha à procura de amor, mas antes de dinheiro e que se andavam nesta vida era por dinheiro. Como disse apreciei esta visão realista e pragmática, era muito fácil entrar no cliché, do "dramalhão" e que andavam à procura do principe encantado, um homem por quem se apixonar e que as ia salvar desta vida.

Outro aspecto muito interessante: a tal reunião entre várias Gp´s e o responsável pelo Relax do JN, relativamente aos preços cobrados, uma vez que um anúncio no JN no Relax é bem mais caro do que uma anúncio de um carro e o tal êxito que tiveram na redução dos preços. A GP que dizia que os únicos chulos que tinha tido ao longo da vida, eram os jornais e os sites.

Gostei também muito de ouvir falar as duas Gp´s de rua da Rua Ferreira Cardoso no Porto. Achei um relato extremamente realista, nomeadamente, quando uma das Gp´s dizia que pura e simplesmente não conseguia deixar aquela vida, e que já tinha arranjado um emprego num supermercado, e que tinha sido despedida porque não conseguia cumprir os horários. E era a tal, que não fazia amor, tinha sexo, por dinheiro.

À margem disto, foi uma reportagem realizada com Gp´s do Grande Porto, pelo que, embora não seja o aspecto mais importante, por mera curiosidade, acredito que existam muitos confrades do Porto, que conheçam as Gp´s entrevistadas. Penso que aquela casa com as 3 brasileiras, que quando uma delas, pegou no jornal e esteve a mostrar o anúncio das 3, em que dizia Circunvalação, é uma casa já referenciada aqui no fórum.

também achei muito interessante.
só faltou a versão dos putanheiros.
O problema desta reportagem é que vem acabar com a ilusão de muitas Marias que achavam que ir às meninas era muito caro, podem começar a desconfiar , dos 20/40 euros que faltam na conta.

Concordo

Dá-me impressão, a mim, que esta realidade do Porto e arredores é diferente da realidade de Lisboa cidade, isto é, aproxima-se mais da realidade, muito, periférica da cidade de Lisboa, isto no que refere aos preços praticados. Também penso que esta reportagem afunilou muito, isto é, dirigiu-se à parte aparentemente mais "frágil", como é o caso da rua.
Globalmente foi interessante e deu para saber que o DN e outros praticam preços diferenciados para um vulgar anúncio a pedir emprego a ocupar o mesmo espaço e o anúncio da menina, coisa que não entendo e que só acontece pela "fragilidade" da situação em que a prostituição vive por se encontrar totalmente clandestina.

Eu a realidade de Lisboa conheço-a através do fórum e também há Gp´s de 20/30 euros que anunciam no Correio da manhã e outras que anunciam em sites e que cobram valores de 100 para cima. No Porto a realidade é a mesma, agora, um dos apectos onde a reportagem "pecou", foi, para quem não conhece estas andanças, dar a ideia que 20 ou 30 euros é uma espécie de preço cobrado na generalidade, por todas as Gp´s e que não há esse mundo das Gp´s de gama média ou alta.

Não concordei na íntegra com o que aquela GP "veterena" que trabalhava em apartamento, a tal, que já tinha tido 36 nomes artisticos, dizia sobre a crise. O que ela disse, que o sector, se estava a ressentir e muito, com a crise é verdade. Também referiu a tal situação, já aqui muito discutida, de que cada vez mais, os homens apareciam nos apartamentos a regatear preços. Não concordei, quando ela disse, que, não obstante, a negociação dos preços, os homens eram exigentes e não iam com qualquer mulher. Não é isso que eu venho notando e já o disse aqui no fórum. Há um ano, havia Td´s de Gp´s de 20 Euros, em que se dizia sempre, coisas como "por este preço não há qualidade" , "mais vale dar mais 20 ou 30 euros para se ter uma Gp de jeito" e hoje em dia, cada vez mais aparecem Td´s de Gp´s com esse mesmo mesmo preço com dizeres que "é barato e é bom" e "para o que é que é, serve", e etc., etc. O cliente, com menos poder de compra, começa a ser menos exigente na qualidade.

Relativamente, a outro assunto, também aqui discutido no fórum, de que com a crise, isso iria levar a uma debandada de Gp´s, recordam-se o que disse uma das brasileiras: "Vão 10, vêm 20". É verdade. O Relax do JN há um ano tinha 2 páginas de anúncios, agora tem 3 e não me surpreendia que daqui a a um ano tenha 4. Hoje comprei o Correio da Manhã, e por lá também não faltam uma imensidão de anúncios.

Desconhecia a existência de uma proposta do PCP, para proibir os anúncios. Uma coisa é verdade, e eu já tinha ficado um pouco com essa noção, através de conversas com várias Gp´s: os jornais, tipo JN e CM, ficaram demasiado gananciosos, e acharam e acham que têm uma mina de ouro nas mãos com os anúncios e lá dizia uma das Gp´s, que no dia em que proibissem os anúncios, provavelmente o jornal não ia mais para as bancas. Não será caso para tanto, mas numa primeira fase, se isso acontecer, será um rombo muito grande. Depois claro, lá se encontra uma forma, de dar a volta às coisas e voltamos à realidade dos anúncios de há 15 ou 20 anos atrás (em muito menor quantidade), que eram incluidos na categoria de "diversos", e tinham um "palavreado" muito "bonito", cheio de indirectas, mas que todos percebiam o significado do mesmo.

Eu li algures, que alguns dos jornais, tipo CM, esta facturação representa um terço do total da publicidade no jornal. Veja qual não era o impacto.
É notório que cada vez mais os TD's se referem a muitas low cost, mas penso que as TOP, das quais não aparecem TD's há muito tempo, salvo raras excepções e nem sempre pelas melhores razões, deixaram de existir TD's porque têm clientela certa e esporadicamente lá aparece um repeteco. Um dia deste eu fui ver algumas GP's TOP e no início existiam confrades com 5, 6 e mais TD's da mesma, coisa que agora deixou de acontecer. Mas retomando o pensamento, penso que agora se está numa fase de "descobertas", isto é, está a existir um rearrumar da "casa" e avaliar os danos, mas que rapidamente a coisa vai normalizar.
As TOP que conheço, todas me dizem que têm muito trabalho e que nada alterou.

Eu acho que essa história dos anúncios vai acabar mal. Até à data, eles sempre existiram, mas não era um assunto que preocupasse ninguém. Agora a ganância dos jornais, e com o aumento do espaço dos mesmos, está a levar a que recaiam, cada vez mais atenções sobre eles, e como foi dito na reportagem, já existe a tal proposta do PCP, de proibição dos mesmos.

E basta ver, que no final dos anos 90, foram proibidos os anúncios do "me liga vai". É verdade, a coisa atingiu proporções gigantescas, com outdoors gigantes nas principais ruas do Porto e de Lisboa. A realidade dos anúncios é diferente, mas eu acho que, ou os jornais limitam a secção, ou então, vamos caminhar para uma situação em que, como disse, começam cada dia a levantar mais atenções, até chegar ao ponto, de que se torna unânime, tal como aconteceu com os anúncios do "me liga vai", que é necessário proibi-los.

Quanto aos sites, não sei se percebi bem o que uma GP disse dos mesmos. O que percebi (secalhar mal), era que eles no primeiro mês, metiam a GP nos destaques do site, mas no segundo mês, colocavam-na no fundo da página, para fazerem pressão, para que ela abrisse os cordões à bolsa, para ter um lugar de destaque no site. Mais uma vez, ainda há pouco tempo, se ouviu falar em sites encerrados e pessoas constituidas arguidas e mais uma vez, a proliferação dos sites e a ganâncias dos seus proprietários, vai levar a que as coisas também não terminem bem.

Gravei o programa e comecei a ver, mas acabei por parar - e preferi vir aqui ler aquilo que os confrades escreveram sobre o assunto. O programa foi feito com cuidado, vê-se, e com seriedade. Para mim só falha, como é costume, ao anunciar que vai tratar o assunto a fundo, quando isso é manifestamente impossível.

De qualquer forma, há toda uma dimensão para este fenómeno que fica sempre por tratar, tal a sua complexidade e riqueza na sua diversidade. No fundo a sociedade é muito católica, mesmo quando agnóstica, e ainda considera a prostituição como um sub-fenómeno (se o posso dizer) e uma desgraça "uma mulher vender o corpo", etc. Claro que nós, foristas, sabemos que não é assim e entendemos as coisas de forma diferente.

Muita mulher "explorada" e metida num apartamento, a prometer fazer e a não fazer tudo o que prometeu e a aturar homens regateadores, pode ter vindo até este cantinho do mundo encontrar um pouco da dignidade e autonomia que não tinha na terra natal. Sabemos que há Gp´s, em todas as gamas de preço, organizadas, autónomas e com um projecto de vida e que, se não estivessem nesta actividade, estariam a aturar abusadores, em casa ou no trabalho. E conhecemos Gp´s com um nível extraordinário, com quem uma conversa é um prazer quase tão grande como a queca.

Não creio que a prostituição possa continuar por legalizar por muito tempo mais, porque o mundo está a mudar; acho até que a mudança está a acelerar e que vamos ver nos próximos anos grandes evoluções em vários campos.