Hoje, vi a noticia de uma sondagem que coloca o PS à frente nas intenções de voto por um ponto. E outra, que coloca o PSD, à frente por apenas 3 pontos. Isto é como no futebol, em que há uma equipa que vai bem lançada para ganhar o campeonato e prevê-se que ganhe, a algumas jornadas do fim, mas vai escorregando o adversário aproveita e chega-se a uma situação, em que vai haver campeonato até à última jornada.

E o PSD tem escorregado: primeiro foi a questão do Fernando Nobre; agora são os barões do PSD, que começam a sair da "toca", como o caso do António Capucho, com as suas "guerrinhas" internas, que por norma, são sempre letais para o partido. E vamos ter campeonato até ao fim, e quem já começou a festejar a saida do Sócrates, e lançar foguetes ainda se arrisca a ter de andar a apanhar as canas.

O PSD vai escorregando aqui e acolá. Se queria candidatar Fernando Nobre, deveria ter pensado na forma de o apresentar; depois houve a história o PEC4 e do telefonema/reunião em S. Bento. Somemos os barões a berrar e a catadupa de medidas: ele é privatizações, ele é plafonamento de pensões, ele é revisão constitucional. A mensagem torna-se confusa e o Zé baralha-se.

O PS subiu e é natural: Sócrates calou-se e o povo acha que é o FMI que vai governar (e tem alguma razão).

Este tópico têm certamente muitas coisas acertadas,cada um com as suas razões,não vou tecer grandes comentários,mas a sabedoria ensinamos a estar calados e tomar as decisões no momento certo (voto).

Pensamentos :

Não sei como o homem que fez isto a um país têm a coragem de recandidatar a primeiro ministro.

Mais vale um doce mentira que uma verdade amarga.

Cada um têm aquilo que merece, cada povo têm o Governo que merece.

Votem em consciência,é isso que conta

E é bom não esquecer, que o Sócrates faz boas campanhas eleitorais, nomeadamente é forte nos debates. Recordo-me em 2009, num dos testes mais difíceis, que era o debate com o Louçã, este último foi completamente humilhado.

Acho que lá bem no fundo ele esperava e desejava que alguns dos críticos no seu partido se chegasse á frente.
Relativamente aos pensamentos, não posso estar mais de acordo

Se o Sócrates for reeleito eu acho que emigro!!
Ele está muito calado o que não é normal......

Ele está muito calado, pois a maioria dos tugas já não podia aturá-lo. Desaparece durante dez dias e volta sorridente e dialogante, com um discurso novo. O tuga, que é otário, até é capaz de engolir.

Ainda hoje o Sócrates deu uma entrevista em directo na TVI. Eu não vi, mas como atrás se disse, eu também penso que será estratégia dele, não aparecer sempre, para não saturar os portugueses e digamos que, fazer estas aparições "cirúrgicas", como esta entrevista no telejornal.

Agora, ter um membro destacado do partido, a dizer que o Presidente da República é foleiro, a um mês e meio das eleições, é que não convém muito...

Sócrates é a expressão perfeita da degradação qualitativa das nossas elites políticas, tendo sido, por duas vezes, sufragado por um eleitorado crescentemente alheado da vida política e que alimenta um serôdio fascínio por tiques autoritários.

Andava eu angustiado para encontrar uma explicação para as sondagens que dão 30% ao PS.
Eis senão quando ontem li uma notícia no site da SIC a dizer que 30% dos portugueses sofrem de doenças mentais!
Está encontrada a explicação do "fenómeno"

O PSD se ganhar com pouca margem, pode sempre contar com um governo de coligação com o CDS, que surge nas sondagens como a 3ª força política, pelo que podem formar um governo de maioria. O PS se ganha com pouca vantagem, não se pode coligar com ninguém, já que não se vai coligar com BE ou PCP. Se isso acontecer vai ser um problema grave. Eu sei que isso pode parecer um cenário ridículo e irrealista, mas prevejo, se tal suceder, prevejo o regresso do Bloco Central, um governo PS/PSD, "patrocinado" pelo Presidente da República. É que na situação em que estamos, com o FMI, não pode voltar a cair um governo, e existirem novas eleições dentro de 1 ano ou 2 anos, nem irá haver espaço para vaidades ou querelas ideológicas. e portanto se tiver de existir um governo PS/PSD, a bem de Portugal, então terá que existir e ponto final.

Com o medo que os políticos estão aos finlandeses, ao FMI e ao BCE, eles fazem os acordos, pactos e coligações que for necessário. Nós andamos na linha quando sabemos quem manda e a margem de manobra que temos neste momento é nula.

(2750)

Amigo morpheus, acabou de descrever, em minha opinião, aquilo que vai acontecer, com uma nuance, o PDS e o CDS não vão conseguir maioria absoluta, pelo que, obrigatoriamente, os três terão de formar governo, liderado pelo partido mais votado. Também poderão não formar governo os três, poderá o PSD e o CDS formar governo, com um acordo de incidência parlamentar com o PS para a legislatura.
Para mim este será o cenário mais provável e credível.

Imagino que aconteça isso: governo PSD+CDS com um acordo parlamentar com o PS, façam os dois primeiros maioria absoluta ou não.

Se o PS ganhar, aí vejo a coisa mais complexa. Talvez um bloco central.

O dramatismo do discurso do Sócrates não resultou, no que se referiu às consequências da não aprovação do PEC 4. Agora e se o PS, ganha com o tal 1% de diferença ? Ou há um Bloco Central, ou então, o PSD fica "mansinho" e os futuros dramatismos do Sócrates já irão resultar para aprovar PEC´s 5, 6, 7 e por aí adiante. Porque sempre que for para aprovar um PEC, ou qualquer outra medida díficil, nos dias antes, lá virá o dramatismo, de que o país não pode suportar outra queda de governo e outras eleições ( e até terá alguma lógica).

Mas também acho que o PS se ganhar por uma margem baixa, não vai querer arriscar a ser governo sozinho, nessas circunstâncias e portanto se um futuro governo PS/PSD tiver a "benção" do Cavaco, ou indo até mais longe, dar-se a entender que foi ideia sua, penso que será essa a solução.