Acabei de ler que o PR defende um aumento de impostos ao consumo. Esta leitura causou-me várias interrogações. A saber:
- Pode o PR defender medidas que cabem por inteiro ao executivo?
- Estará o PR a dar cobertura ao programa eleitoral do PSD, que propõe a diminuição da Taxa Social Única para as empresas, mas não explica como irá recuperar estas verbas?
- Deverá o PR, que até agora esteve mudo, vir agora a terreiro defender tais medidas, quando já foi apresentado o pacote da tróika?
- Afinal ele próprio contraria o seu discurso no 25 de Abril, quando pediu união de esforços e agora lança palpites "avulsos", lançando a confusão entre as pessoas.
- No seu discurso de tomada de posse, afirmou que não poderiam ser exigidos mais impostos aos mais carenciados, quando o IVA é um imposto cego que abrange todos, ricos e pobres.
- Qual vai ser o seu papel, já que agora está tão interventivo, quando PPC diz recusar qualquer entendimento com o PS pós eleições, contrariando frontalmente todos as recomendações que vieram a público.

Razão tinham os Romanos, quando afirmaram que: "este povo não se governa nem se deixa governar"

Sabemos bem que pelo facto de se apresentarem como de "sabática" pelo partido eles não deixam de ser o que são.
No caso do PR sabemos bem ser ele PSD como sabíamos serem outros PS.
E no caso do actual ele não se pode eximir a responsabilidades sejam elas enquanto governante, apoiante, militante ou qualquer outra inclusivé moral.
E nem precisaríamos de apontar as acções do BPN ou a "casita" de férias.

Coloca-se o problema de redução da taxa social e como compensar.
Parece-me que tal manobra está bem demonstrada por um aumento criterioso do IVA em certos artigos ou em certos grupos de artigos. E também por um possível aumento das exportações e uma maior competividade interna relativamente a certos produtos que importamos.
É verdade ser o IVA cego porque vivemos num país em que os pobres pagam para os ricos, inclusivé, para os seus vícios.
No entanto, podemos imaginar o aumento de IVA em certos produtos, sobretudo artigos de luxo, e a manutenção em artigos de primeira necessidade.
É só questão de elaborar grupos com algum critério.
E assim pode-se obter um IVA que até nem seja cego.

Mas isto é muito bonito só que não me parece que os que nunca foram capazes de implementar certas medidas, beneficiando e beneficiando-se sempre à custa do erário público, venham agora fazer algo em sentido contrário.

Eu concordo, mais ou menos, com o baixar a Taxa Social, desde que compensada por outros valores, só que essa troca tem de ter efeitos imediatos, isto é, não se pode basear em pressupostos, pelo que os ditos 1500 milhões de diferença terão de estar à cabeça e não vejo que aumentando o IVA em alguns produtos considerados de luxo se consigam alcançar esses valores. Depois esta nuance de que apenas se aplica a empresas exportadoras tem muito que se lhe diga, assim como a sua fiscalização é de difícil eficácia.
Às tantas vamos ter aquela medida radical de um IVA médio único que apenas vai beneficiar quem já agora tem poder de compra. Estamos na verdade numa encruzilhada e Cavaco, com estas declarações, apenas "atiçou" uma fogueira já só por si de labaredas muito altas.
Andámos há tanto tempo a fugir disto, que alguma vez tinha de ser, isto é, que em nome da competitividade se perdessem muitas das conquistas sociais que se conseguiram, de forma a se conseguirem preços competitivos, tendo como base os praticados pelos países Asiáticos, onde não existe Segurança Social, ordenado mínimo ou protecção ao desemprego.
Vamos recuar 30 anos.

Se forem só 30 e pudermos recomeçar... enfim!
Mas parece-me que teremos de esperar pela chegada de uma consciência colectiva social que não premeie quem tanto rouba.
E que saiba correr com esses e encontrar alternativas.

Mas o que é voce querem?


Abriram o mercado aos asiaticos... em Portugal um chines abre loja e fica meia duzia de anos a nao pagar impostos e um portugues tem que pagar tudo e mais alguma coisa?


Isto é um pais onde existe uma classe social que não faz nada, nem nada quer fazer e que vive de um subsidio do estado e tem casa gratis, escola grátis, saúde gratis, justiça grátis ao mesmo tempo que um desgraçado que estudou 16 anos tem que trabalhar para receber um ordenado de 1000 ou 1500 € e tem pagar tudo e mais alguma coisa...





Acham que alguma pequena e media empresa se aguenta com esta carga fiscal? o Portugal empresarial está falido, a maioria das empresas ainda só não fechou a porta pois arrastam os pagamentos aos fornecedores ad eternum para ir respirando uns balões de oxigénio e evitar o óbvio

Safado, meu amigo, para mim é meia verdade, isto é, há muitas empresas a balões de soro, mas a verdade é que são esses que compram as grandes casas, os grandes carros e vivem vidas luxuosas, maioritariamente, à conta dos fornecedores.
Sabe que muitos estabelecimentos comerciais, que andam sistematicamente atrasados com pagamentos, aproveitam sempre para "pagar" em Agosto quando vão de férias para as Caraíbas ou para o Brasil.
As grandes empresas sempre pagaram com algum atraso, mas pagam sempre, assim como pagam os vencimentos e os seus compromissos sociais a tempo.

Sim e não...


Ha muita gente neste pais que não tem a mínima ideia o que é ser gestor, receberam a indemnização ou foram reformados aos 45 e abriram um tasco sem ter a mínima ideia... tratam as receitas como a sua conta particular à ordem e esquecem obrigações para o estado, fornecedor e funcionários...


Provavelmente torram o guito todo em GPs...


Quanto as ferias em Cuba, espero que o meu amigo nao esta a dizer isso por eu la ter estado nos ultimos 15 dias ... ate porque tenho as contas todas pagas ...

hoje em dia esta-se uma semana nas caraíbas por 800 ou 900 € ... experimente o meu amigo fazer isso no Allgarve

Ah ah ah!
Ignorava isso totalmente, como deve calcular, mas espero que tivesse passado umas boas férias. Por acaso eu gosto muito dessa área, mas estou em período de recessão, tenho de pagar atempadamente a fornecedores e cumprir os prazos dos pagamentos sociais.
Mas também tem razão em relação a essas PME, que serão há volta 700.000 e empregam 2.8 milhões de empregos, o que é preocupante, face à sua análise.
1 abraço
PS: no próximo ano convide-me, por favor.

Bem pdoem andar às voltas com o problema de estes serem assim e os outro assado.
Ou de que um tem um governo minoritário, que o não é, porque foi apoiado maioritariamente o seu programa.
E o orçamento também.
A responsabilidade se houvesse interesse em responsabilizar seria sempre do que chamam os partidos do arco.
Mas para mim não são bem os partidos, são os dirigentes desses partidos.
Que se c.g..m para os militantes e querem é o deles e ao mesmo tempo lá foram distribuindo uns tachitos.

O que me fode é eu como eleitor, cidadão, contribuinte, putanheiro, filho, pai, residente neste País ainda ninguém me ter explicado para onde foram nestes 6 anos o caralho dos 80 mil milhões que este país gastou aumentando drasticamente a sua divida.

Saúde, Segurança Social, Educação, incentivo a empresas, incentivo a emprego, a exportações, na Agricultura, na Indústria... ?

Essa é que é essa....

Quem se fode é sempre o mesmo...

Espero que dia 5 Junho, na hora de votar, as pessoas pensem nisso.

PS: E o Cavaco é mais um dos que contribuiu para esta situção miserável que nos encontramos. Por acção e por omissão.
Tá cheio dele, como todos os que tiveram no poleiro, essa é que é essa...

Perante a cise financeira criada nos USA, a CE reagiu apoiando as empresas, os trabalhadores desempregados, novos investimentos, etc... etc... etc... como forma de sair desse "abraço".
A CE avaliou mal a dimensão da coisa e, quando se preparava para começar a cortar nas verbas, a situação agravou-se, pelo que a CE manteve mais algum tempo esses apoios. Isso foi a gota de água, para países com a nossa dimensão e que estão muito dependentes dos restantes países.
A situação em Portugal, não se enquadra em nada com a Irlanda ou a Grécia, nós defendemos-nos disso, mas não nos conseguimos defender de outras situações e os especuladores numa tentativa de atingir a Espanha, virtualmente a Itália e a própria França, afogaram-nos.
Todos os peritos internacionais independentes, estão de acordo que Portugal não precisaria de recorrer à ajuda externa, senão tivéssemos sido atacados como fomos. Vejam que os próprios USA estão a começar a ser atacados pelas agência de rating, que na semana passada lhes baixaram o rating.

para onde foram nestes 6 anos o caralho dos 80 mil milhões

A divida total do Estado Português é de 168 mil milhões e se estes 80 apareceram não foi porque o Estado em 6 anos gastasse tanto como nos ultimos 40 anos.
O que aconteceu é que desde 1972 sem interrupções o Estado teve sempre um défice orçamental, pelo que a divida sempre cresceu embora nuns anos menos porque vendemos muitas empresas roubadas aos donos em 1975.
Por outro lado neste ultimos anos o Estado foi obrigado a incluir na divida oficial as dividas das empresas publicas, autarquias, regiões autonomas, etc que antes eram considerdas á parte.
O unico valor que apareceu de repente foi o BPN, porque tudo resto foi uma escalada de obras que uns adjudicavam e os que vêm a seguir que paguem...

É um facto exceptuando que nessa sequência de acumulação de dívida, contracção de empréstimos para pagamento de dívidas, se chegou há 6 anos atrás a um valor de cerca de 80 mil milhões.

Ouvimos, e houve quem lesse também, que as nossas finanças públicas estavam saneadas.
Idem, para a crise que não nos atingiria porque tínhamos tomado medidas preventivas e o nosso investimento era diferente do de outros países. Não sofríamos de bolha imobiliária...
E que vinha aí prosperidade... 150.000 empregos e mais uns ...

Chegaram mesmo a soprar forte que a crise tinha passado.

E entretanto fechavam-se centros de sáude, redimensionavam-se hospitais, deslocavam-se pessoas de centros de saúde e hospitais para outros privados, fecharam-se escolas, reduziram-se despesas públicas.... Vendeu-se património. Cortou-se em despesas de funcionamento. Aplicou-se a lei de saem 2 entra um. Pagava-se por outro lado a uns imberbes uns 100.000 por mês fora as benesses... Exibiam-se cornos na assembleia...

E assitimos a PEC1, PEC2, PEC3 + Orçamento 2011, PEC 4, Troika....

E viemos a saber que há contas que desconhecemos que deveriam ter sido dadas a conhecer quando foi a apresentação do PEC3 + Orçamento 2011...

E no fundo devemos nos congratular porque o Estado Social está aí, temos o melhor SNS do mundo e não só e pá! para negociar com Troikas estamos cá nós que somos os que melhores acordos fazemos.

Até já podemos governar com o FMI...

Vão enganar o ...............

Isto é um pais onde existe uma classe social que não faz nada, nem nada quer fazer e que vive de um subsidio do estado e tem casa gratis, escola grátis, saúde gratis, justiça grátis ao mesmo tempo que um desgraçado que estudou 16 anos tem que trabalhar para receber um ordenado de 1000 ou 1500 € e tem pagar tudo e mais alguma coisa...





Acham que alguma pequena e media empresa se aguenta com esta carga fiscal? o Portugal empresarial está falido, a maioria das empresas ainda só não fechou a porta pois arrastam os pagamentos aos fornecedores ad eternum para ir respirando uns balões de oxigénio e evitar o óbvio [/quote]


Isto é mais do mesmo , cortar nas mordomias zero, Ajuda 4% para as grandes Empresas até são as que menos necessitam, pequenos empregadores pagam a crise, e esta enn. Aqui está a verdadeira revolução de políticas ou seja mais do mesmo. Este apoio que foi dado a pequenas empresas nos ultimos 2 anos, vejam só quantas conseguem pagar vejam 70% já não pagam , agora se os apoios são só para as restantes então a taxa de desemprego vai aumentar ai vai vai . Tanta coisa e ninguem pensa o País, esperam que o FMI resolva o problema.

Em vez de pedirmos ajuda ao FMI devíamos era pedir ajuda ao Obama...


Era mandar vir a equipa 6 dos Seals e despachar os governantes dos ultimos 20 anos todos para Guantanamo onde deveriam ser usados como cobaias medicas para testar medicamentos do tipo "soro da verdade" cujos efeitos secundarios fossem cólicas intestinais, incontinência, gases e diarreia