No caso da divida Grega já sabe o que se espera, com a taxa de juro a 2 e 3 anos acima dos 25% e com um risco de incomprimento de 71% só os sonhadores acreditam que a Grécia vai conseguir pagar a sua divida.

http://aeiou.expresso.pt/cenarios-de-ba ... ga=f651043

Agora avizinha-se um cenário negro para o nosso pais, pois a Grécia depois de resgatada os juros continuaram a subir, resta-nos ver como irão reagir os mercados é que Portugal estar a pedir empréstimos com o único objectivo de abater nos juros e não na divida vai ser mesmo complicado.

Aqui há pouca coisa para inventar.
Se a ideia for manter coesa a zona Euro há que reestruturar a dívida (aka perdão de uma parte da dívida) de alguns Estados e depois haver um controle muito rígido das contas dos diversos Estados para que não voltemos ao mesmo passados alguns anos.
No caso português foi a ânsia de ganhar eleições pulvilhada com incompetência e corrupção que nos trouxe aqui.
Veja-se o emigrante português tão apreciado quando trabalha no centro/norte da Europa.
Veja-se o sucesso da Auto Europa (com modelo de gestão alemã).
O nosso problema está na mentalidade da classe dirigente (política e empresarial). A solução é um controle muito rigoroso vindo de fora.

Aquando da crise financeira ninguém teve a coragem de reorganizar as agências de rating, culpadas do maior descalabro financeiro de que há memória. E as agências de rating "apostaram" (isto é ganham muitos milhões) se, pelo menos, a Grécia, Portugal e Espanha (brevemente a ser atacada) estiverem coma corda na garganta. E depois vai haver a grande discussão: o Euro acaba ou não? Vai haver Euro para certos países e os outros países da Eurolândia são obrigados a ter novamente uma moeda própria?

O que para nós é trágico é que os políticos não têm qualquer intenção de discutir um plano para salvar este país. Andam aos debates, acusações, etc., etc. sem esclarecer ninguém. Não seria melhor convidar alguém do FMI para tomar conta deste país nos próxmos 4 anos (= 1 legislatura)?

Eu não penso que as agências de rating sejam uma invenção do diabo. Muito pelo contrário, acho que elas são muito conservadoras nas suas análises e muito lentas a reagir.

O rating de Portugal está um patamar acima de junk (se bem sei). Portugal merece este rating? Claro que não merece um rating tão elevado, pois dificilmente vamos pagar aquilo que devemos. Temos um governo, liderado por um político com experiência e que tinha dado boas provas como ministro, com um catedrático de economia como ministro das finanças e com outro como PR, que nos levaram tranquilamente à bancarrota e o problema são as agências de rating? "Ne tirez pas sur l´ambulance", dizem os franceses.

A sondagem de hoje do Expresso dá hoje a maioria à esquerda. Hoje a situação é:
- PSD - 33,6% - a descer 0,1%
- PS - 32,5% - a subir 0,5%
- CDS - 12,8% a descer
- CDU - 8,1% mantém
- BE - 6,5% a descer
Imaginem que acaba assim. Já viram o molho de bróculos que era?

Era a chamada Salada Russa

Acabei de ver a Carmelinda Pereira na TV. Esta senhora merecia ser deputada por prémio de carreira, pois acho que ela já é candidata desde as 1ªs eleições depois do 25A. Tambem ter um partido com o nome de POUS - diz-se pus - não ajuda. O pus não cresce, espreme-se.

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Nem sei bem o que seria melhor.
Mas um resultado como esse traduzido em lugares no parlamento é bem capaz de dar maioria absoluta a uma alinaça PSD/CDS.
E sendo o PSD o mais votado fica o Passos como PM.

Eu gosto de molhos de bróculos.
Preferia uma situação em que não houvesse possibilidade de ser formada uma maioria absoluta na Assembleia de PSD/CDS.
Seria por isso possível uma alternativa que englobasse o que é impensável e não concretizável, PS+PC+BE.

Por outro lado, o PSD e CDS ver-se-iam obrigados a obterem em certas áreas o apoio de um desses partidos.
O que traria certamente uma melhor defesa da protecção social, do ensino, da saúde, do trabalho.
Tenho a sensação de que se estabeleceria, até estalar o verniz, um certo entendimento e estabilidade.

Ou então teria de o PSD se virar para o PS e formarem a tal tão desejada pelo Sócrates maioria.
De direita pois claro e talvez até arrebanhassem o Portas...

Penso que só daria maioria se o PSD e o CDS estivessem em coligação, com estas percentagens poderiam não a conseguir por um deputado.
Não tenho a certeza. Poderá existir algum confrade por aqui, que esteja mais habilitado do que eu a dizer-nos.
A solução natural seria o chamado "bloco central" testado por Mário Soares e Mota Pinto, em situação similar. Penso que as coisas estão demasiado extremadas para que isso volte a acontecer.
A outra seria a formação de um governos PSD+CDS com acordo parlamentar com o PS, aliás, como já temos falado por aqui, o PS não deverá ser deixado de fora, até porque, no fundo, foi o responsável pelo memorando de entendimento com a tróika.
A união da esquerda é impensável, porquanto, quer o BE quer o PCP não estão de acordo com a pedido de ajuda.

Se acabar assim, o que eu não creio que vá acontecer, é uma confusão dos diabos. Meti estes valores num simulador de método de Hondt (http://icon.cat/util/elections) e dá o seguinte resultado:

PSD : 90
PS : 88
CDS : 34
CDU : 21
BE : 17

Claro que isto é muito simplista: a atribuição é feita por círculo eleitoral e os partidos mais pequenos perdem muitos votos, mas pode ser muito tangente.

Jolinho, você baseou em 250 mas só são 230.
OK. Vamos ver:
PSD : 83
PS : 81
CDS : 31
CDU : 19
BE : 16

Aparentemente a esquerda ganharia por dois deputados.

Isto vai a penaltis...

Tem razão, amigo Litlehouse; enganei-me.

E esta história dos problemas nos cadernos eleitorais e dos emigrantes ainda vai dar que falar ! É que normalmente, há sempre problemas, no entanto, esses mesmos problemas, nunca põem em causa o resultado das eleições. Agora, eu penso, como as sondagens dão um empate técnico, pode acontecer umas eleições, como as que aconteceram nos EUA em 2000 entre o Bush e o Al Gore, em que no inicio era a Flórida que iria desempatar, depois já eram uns dterminados condados dentro da Flórida que iriam determinar o vencedor. É claro, que o processo, foi pouco claro, mas se num país muito maior que Portugal, ficou-se mais de um mês, sem saber quem era o presidente e tudo foi decidido por meia dúzia de votos, então, em Portugal, também há uma séria probabilidade de tal suceder.

Fica tudo na mesma. Mas é um exercício interessante, que eles seguem minuto a minuto, porque há uma altura em que meia dúzia de votos podem valer um deputado. Eu penso que, por círculo eleitoral, os partidos têm uns "olheiros" que lhes vão dando dicas de como a coisa vai.
Se repararem o PSD, sobretudo ele, tem vindo a "disparar" em tudo o que mexe, sinal que deverão estar nas "bordinhas" para conseguir os números que pretendem.
Ainda sobre aqueles números. Às tantas era uma forma de os obrigar a entenderem-se, porquanto, ficaria na mão dos três a governação do país e quem boicotasse viria a ser grandemente penalizado no futuro e perderia toda a força.