Estão a ver a cena: estamos à mesa com a Maria, as amigas delas e os atrelados das amigas e alguém (uma das senhoras, que os homens são reservados quanto ao tema) diz "uma acompanhante de luxo ganha 500 Euros por hora", "mais as prendas" acrescenta outra - e por aí adiante, até que a conversa se dirige para esse ser desprezível que dá pelo nome de "putanheiro", um ser infra-humano, sem princípios e sem moral, que "sente culpa quando chega a casa".

É o assunto de conversa mais detestável que pode existir; felizmente só surge de longe a longe, invariavelmente depois de uma reportagem televisiva ou de um artigo na Visão.

Eu vou falando pouco, mas dizendo que sim e que não, sempre com muita prudência, que as mulheres têm um sexto sentido (e um sétimo e um oitavo) e concordo com todos. Cena chata, não é?

Xi, essas conversas, quando metem mulheres e amigos que não os nossos, é do piorio. Uma vez um gajo no meio destas conversas pergunta-me se eu sei o que é "Chuva Dourada", eu muito inocentemente disse que não fazia a minima, faço sempre papel de tótó e raramente me pronuncio, mas sinto-me verdadeiramente "enconado"

Ha uns tempos uma conhecida a meio de um telefonema perguntou-me se sabia o que era uma espanhola ... parece que as colegas estavam sem trabalho e então lembram-se de ler as paginas dos anúncios de convívio do CM






Geralmente a minha reacção é sempre "ah e? 500 €? porra, devia ter nascido gaja para ir para essa merd@"



Apenas uma vez numa conversa de explanada entrei mais numa conversa desse género, e o tema era algo do género "se pagava para comer uma gaja"... eu dizia que sim... se fosse a Ana Kournikova ou a Cameron Diaz claro que pagava e as presentes interrogavam-me se não me ia fazer confusão estar com uma mulher que só estava ali por dinheiro...

Claro que levaram logo com o "fazia-me a mesma confusão que as mulheres que são todas boas e arranjam maridos feios, velhos e ricos"

Remato logo com "Se fosse gaja e gaja boa era put*. E de luxo. A cobrar de 1000 para cima e só a atender quem quisesse". Faz-se logo um enorme silêncio e a coisa morre por ali.

Confrade Jolinho, o erro "clássico", na minha opinião, é falar muito do assunto, desenvolvê-lo, sempre na premissa do "tenho um amigo que...". Aí as coisas começam a tornar-se demasiado evidentes. É quase como ir a um psicólogo, ou a um psiquiatra, não ter coragem de contar o motivo da consulta, e dizer que temos um amigo, com determinados problemas, e que precisa de ajuda.

Quando as conversas caem para esse lado eu tomo o papel de ouvinte não interveniente e, logo que posso, desvio a conversa.
As mulheres, no geral, têm uma aversão a Brasileiras incrível, às vezes aqui por Lisboa, até parece que estou em Bragança.
Bolas...

Quando se fala desse assunto digo sempre a mesma coisa...

- "Quanto cobrará uma dessas senhoras para fazer sexo com um homem?!?!? Tenho curiosidade por saber..."

- "Como é possivel alguem pagar a uma mulher desconhecida para ter sexo!?!?! "

- "Como á possivel alguem vender-se por 1 punhado de euros!?"

-"Seria incaapaz de tal coisa eu"...

Boas

Caro Jolinho, eis um topico bastante interessante.

Quando as conversas vao parar a estes temas faço o que voce faz, calo-me bem caladinho, mas no entanto ha sempre alguem que remata " entao nao comentas" e eu la vou dizendo que " é a profissao mais velha do mundo e que quem recorre a esses serviços deve de ter necessidades basicas, pois devem de ser solteiros ou viuvos e que nao poodemos julgar pois nunca saberemos quando iremos tambem nos procurar estes serviços", normalmente calam-se e nao perguntam mais nada.

No entanto fico sempre desconfiado que quem muito fala é porque prevarica e quer ver se os outros tambem o fazem.

O melhor é sempre ser neutro.

So desojo a todos vos que fodam e muito.

Amavel

Pode-se falar com moderação, sem entrar na hipocrisia (eu pelo menos não consigo) de criticar abertamente quem vai a Gp´s e fazer discursos de apelo à moral e aos bons costumes.

Bom dando um "bitaite" também, penso que quando este tema é introduzido numa conversa familiar ou amigos "out" putanheirismo, temos que ter bom senso e perspicácia de colocar moderação no comentar ou não o assunto, nem muito calado nem muito falador.

O sexto, sétimo, oitavo e por aí adiante, sentido que as mulheres podem possuir, são influenciáveis, conforme o estado de espírito, pelo estado hormonal e clima do momento... ...ou seja podemos "ser presos por ter cão e por não ter"!!!

Ou seja muito caladinho, muito compremetidinho...muito falador, profundo conhecedor e interessado na materia!!!

Assim sendo, opto pela defensiva-neutral, mostrando algum conhecimento e uma boa dose de desconhecimento!!!

"Bicho" mulher é difícil de prever!!!

Boas e discretas Kekas!

Poix o problema esta mesmo ai!...se um gajo fica logo mto "enconado" com o assunto esta logo a revelar-se...mostrar ingenuidade sera um erro tremendo q elas apanham logo...
se um gajo fala demais tb esta a destapar o flanco...

no meio e que esta a virtude!

(nao sei o que se passa com o meu teclado...nao escreve os "acentos!!!)

"(...)uma das senhoras, que os homens são reservados quanto ao tema."
Porque é que será?...

"(...)esse ser desprezível que dá pelo nome de "putanheiro", um ser infra-humano, sem princípios e sem moral, que "sente culpa quando chega a casa" "
Possivelmente é por sentir culpa que ao olhar para a namorada/companheira/mulher de vários anos já não sente o desejo que sentia antes.

Cada vez mais, à medida de fico mais maduro das ideias, deixo de discutir assuntos altamente dogmáticos como são a prostituição, aborto, xenofobia, etc. e limito-me a ouvir as sentenças das outras cabeças falantes, que na maioria dos casos seguem as cartilhas que já são bem conhecidas de todos.

Caro SPD,

Subscrevo tudo o que afirmou sobre as opiniões dogmáticas que, em muitos casos, carecem de suficiente fundamentação ou, pior ainda, revelam hipocrisia.

Enquanto as "Marias" pensarem que só há GPs de rua... A coisa está segura.
Acham de certeza que estamos acima daquela condição.
Quando se aperceberem que a "nata da nata" está à distância de um telefonema... Aí, estamos condenados!
Basta haver uma novela com esse enredo e... Lá estamos ao "barulho".

Eu estou na mesma e já não falo de TGV, aeroporto, políticos desonestos, troika e outros assuntos interessantes.



Bem pensado; nunca tal me tinha ocorrido. A acompanhante, a 500 Euros, é para o empresário, a que anda na calçada é para alguém abaixo de nós. Um dia destes aparece a acompanhante que cobra 100 Euros e aí começam as ansiedades, os receios e as desconfianças.