Segundo o DN:

Última hora
Governo estuda corte de 3,7% na TSU e subida do IVA
Peritos sugerem que o Governo mexa nos escalões reduzidos e intermédio do IVA em 2,2%.
O estudo sobre "desvalorização fiscal", que visa aliviar os custos das empresas com as pessoas, assume uma descida da Taxa Social Única na ordem dos 3,7%, colocando-a próxima de 20%. Se a medida for totalmente paga através do IVA, a taxa de imposto média terá de subir em mais de 2%.
De acordo com o estudo que acaba de ser divulgado pelo Ministério das Finanças, "em termos de impostos indirectos, o IVA aparece como aquele que maior margem tem para financiar esta medida, em particular pelo potencial de receita que pode gerar caso se pretenda alterar as taxas reduzida e intermédia, ou limitar algumas das isenções existentes".

Voltamos à TSU. Este corte de 3,7% não terá impacto nas exportações e, se for generalizado, coisa que estes dados indiciam, vai servir apenas como lucro para a esmagadora das empresas, isto é, no fundo, transfere-se dinheiro dos consumidores para as empresas.
Seria bem melhor, fazer um levantamento das empresas exportadoras, a partir de um dado volume, e baixar-lhes a TSU e acompanhar de perto a sua evolução de vendas. O IVA aumentaria os tais 2,2% mas ver-se-iam resultados.

Segundo o Expresso:

Governo estuda descida seletiva da TSU

Foi publicado o relatório sobre desvalorização fiscal. Reduzir a despesa ou aumentar impostos para financiar descida da TSU são hipóteses em cima da mesa.
O Governo reafirma, no relatório sobre desvalorização fiscal, a intenção de reduzir a Taxa Social Única (TSU), uma medida que poderá ser compensada "através da redução de despesa, através de cortes permanentes ou alteração da estrutura e das taxas do IVA e aumento de outros impostos que não tenham um efeito adverso sobre a competitividade".
A forma como a redução da TSU se fará continua também em aberto. O ministério das Finanças admite que a redução seja para todos os sectores de atividade, mas também deixa em aberto que seja apenas para as empresas que criem emprego em termos líquidos, ou apenas para determinados sectores (eventualmente os mais exportadores) ou nos salários mais baixos.

Espero que, tal como falei ontem, que esta descida vá exclusivamente para as empresas mais exportadoras, senão, as outras escolhas, dão aso a que se caia no dar-se como uma mão e tirar com a outras.

Segundo o Expresso:

Itália: novas medidas de austeridade em breve
O primeiro-ministro Sílvio Berlusconi anunciou hoje que o conselho de ministros vai reunir-se até 18 de agosto para garantir o equilíbrio orçamental em 2013.
O governo italiano vai adotar novas medidas de austeridade num conselho de ministros que se reunirá até 18 de agosto, para garantir o equilíbrio orçamental em 2013, anunciou hoje o primeiro-ministro Sílvio Berlusconi.
As novas medidas ainda não foram divulgadas e até ao momento Berlusconi e Tremonti apenas anunciaram a antecipação em um ano da reforma das prestações sociais (pensões de invalidez, de maternidade e outras).
Os "media" transalpinos garantem hoje que o governo está a preparar cortes nas reformas, um reforço do combate à evasão fiscal, criação de um imposto sobre as grandes fortunas e um aumento do imposto para as residências secundárias.

Face à instabilidade no mundo, não me admiraria que Portugal se visse na contingência de aumentar mais algumas medidas de austeridade. Nunca me agradou fazer de profeta da desgraça, mas, a verdade, é que tudo se encaminha para isso.

Segundo o DN:

Taxa Social Única
Banca é quem mais vai beneficiar com corte da TSU
Os bancos serão os mais beneficiados pela descida da taxa social única (TSU). Segundo o estudo do Governo e do Banco de Portugal, os serviços financeiros e seguros serão os sectores cujos custos directos e indirectos com remunerações mais vão descer.
Sem contar com a Administração Pública, e o já referido sector financeiro, os serviços de apoio prestados às empresas, o comércio de reparação de automóveis e motas, bem como os serviços administrativos prestados às empresas, serão os que mais ganharão com a medida.
Do lado dos que menos ganham estão a electricidade, o gás e a água, os produtos farmacêuticos e informáticos.

Como podem verificar, a confirmar-se a baixa para estas áreas de negócio, estaremos só a beneficiar o infractor e não existirá qualquer crescimento económico derivado daqui.

Segundo o Expresso:

Corte da TSU: escolher entre o défice e a recessão
Uma descida da taxa de 3,7 pontos percentuais deverá agravar o défice do próximo ano de 4,5% do PIB. A subida de impostos necessária para o compensar trará mais recessão.

Face à dimensão física da notícia, proponho-vos que leiam a notícia directamente no Expresso, no entanto, adianto, que isto da descida da TSU é um pau de dois bicos, com a agravante, de não se poderem fazer previsões dos seus resultados.
http://aeiou.expresso.pt/corte-da-tsu-e ... ao=f667395

Acho esta medida estranha à partida e, mesmo ainda de entrar em vigor, ela já está a provocar grande alarme. As empresas vão tender a absorver os ganhos, seja para aumentarem as margens, seja para reduzirem os prejuízos; no fim ficamos com um IVA de valor mais elevado, que, esse sim, vai provocar diminuição do consumo, com aumento do desemprego e queda da actividade económica.

A margem de manobra da governação é mínima, como sabemos. Penso que seria mais avisado preocuparem-se em cumprir os objectivos do que em fazer experiências.

Aqui para nós, que ninguém no lê, o sacana do Sócrates tinha avisado que este tema iria ser muito complicado, enquanto PPC considerava tudo simples.
Ah ah ah! Mudam-se os tempos mudam-se as vontades.

Eu pessoalmente só via bem uma descida do TSU nos novos contratos de trabalho.
Uma vez que quem começar agora a trabalhar vai ter menos regalias sociais tambem iria descontar menos. Uma vez que os novos empregados seriam mais baratos poderia incentivar o emprego.
Embora ache que o aumento do IVA na restauração não vai alterar nada, pois já é um dos sectores com maior fuga aos impostos.

Diferença de IVA dos restaurantes levará milhões de portugueses a almoçar em Espanha

Por Mário Botequilha

Depois das guerras dos galheteiros, dos fumadores e do couvert, a Associação de Restauração e Similares de Portugal prepara-se para enfrentar o governo no anunciado aumento dos restaurantes para a taxa máxima do IVA.
“A subida para os 23%, se entretanto não for mais, vai fazer com que o pessoal saia do emprego e dê um salto a Espanha, onde o IVA é muito mais baixo, para comer qualquer coisa à hora de almoço”, garante a ARESP. “As nossas mulheres vão a Espanha dar à luz, o Coentrão fugiu para o Real e já estamos a ver o pessoal a dar um pulinho a Sevilha, à Galiza ou a Badajoz só para encher o bandulho, atestar o depósito e atirar fruta ao TGV. Está mal”, lamenta a associação. MB
IN http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1507243

Ah ah ah!
Era como o outro que ia fazer a barba a Cacilhas, porque era mais barato cinco tostões e depois gastava vinte e cinco no barco.

Segundo o DN:

Governo teme contestação popular a novos cortes
Vai ser o ministro Vítor Gaspar a anunciar, esta manhã, "cortes brutais" aprovados num Conselho de Ministros que durou dez horas e que ficou marcado por alguma surpresa e tensão. Receia-se uma forte contestação social.
O "esforço colossal" está a colocar Passos e o seus ministros entre a espada e a parede. Os anunciados cortes "brutais" abrem as portas à ameaça de "contestação social" - um cenário admitido no Governo -, "inevitável" perante a dureza das medidas de austeridade. A justiça e a equidade social prometida por Passos Coelho está "condicionada" pela realidade de cortes "cegos" em áreas sensíveis.
O Governo prepara-se para enfrentar um "Outubro quente". O clima "denso" e a "tensão"que atravessaram as dez horas de reunião do Conselho de Ministros são os sintomas mais visíveis dessa preocupação.
Pressionado, o Governo está em contra-relógio: o BCE quer Portugal a cumprir o plano da 'troika' como deve ser; a 'troika' exige mais e pede a antecipação de medidas da reforma da legislação laboral.
E nem o cenário internacional ajuda. A Alemanha já estabeleceu limites ao endividamento. França, Itália e Chipre vão reforçar as medidas de austeridade. Como resolver a crise? Sarkozy e Merkel vão apresentar um "plano conjunto"antes do final do Verão.

Estas contestações dependerão do tipo de medidas, isto é, ser forem abrangentes o pessoal aguenta, se forem dirigidas ao grupo habitual, é provável que possa existir alguma tensão. Vamos ver...

Segundo o Ministro das Finanças:

A partir de Setembro o Gás e a Electricidade vão ter o IVA aos valores normais e as progressões remuneratórias nos Ministérios da Defesa e Administração Interna irão ser suspensas.
Estas medidas já estavam previstas, apenas estão a ser adiantadas.

Sem comentários.

Segundo o Ionline:

Troika liberta a 2ª tranche e diz que "este ano não há mais aumento de impostos"
A troika revelou hoje em conferência de imprensa em Lisboa que faz "uma avaliação geral muito positiva" da aplicação das medidas impostas para levar a cabo o resgate financeiro de Portugal.
Quer isto dizer que a segunda tranche dos 78 mil milhões de euros previstos de ajuda, cerca de 3,7 mil milhões de euros, será disponibilizada ao país em Setembro. E que não estão previstos "mais aumentos de impostos até ao final do ano", afirmou um dos elementos da troika (CE/BCE/FMI).

Como se depois do IVA da Luz e do Gás, existisse mais alguma coisa para aumentar, ou...haverá...
Previsões só no final do ano.

Segundo o Expresso:

Governo admite novo aumento de impostos em 2012
Ministro das Finanças Vítor Gaspar defendeu em entrevista à TVI que a subida do IVA na eletricidade e no gás e o imposto extraordinário equivalente 50% do subsídio de natal "resolvem metade do desvio".
Questionado sobre se o Governo prevê um novo aumento de impostos para 2012, Vítor Gaspar admitiu que tal irá acontecer.
"Sim, [o aumento de alguns impostos] está previsto no programa e irão executar-se de acordo com o calendário previsto por razões de consolidação orçamental" cujo valor estimado é de 410 milhões de euros, conforme consta do memorando de entendimento entre o Governo e a troika.
Vítor Gaspar rejeitou que esteja escrito, quer no programa do Governo, quer no memorando, a expressão "cortes nas gorduras [despesas]"e escusou-se a avançar de que forma o Executivo irá proceder aos cortes na despesa.
Sobre se esta é a forma mais "fácil" de arrecadar dinheiro, Vítor Gaspar respondeu: "Não é de todo fácil, é mais rápido ir buscar dinheiro aos contribuintes".

Sem comentários.

As gorduras do Estado